Capítulo 1

1. E chamou o Senhor a Moisés, e lhe falou desde a tenda da congregação, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum homem dentre vós outros oferecer oferta ao Senhor; dos animais das vacas e das ovelhas oferecereis vossas ofertas.
3. Se sua oferta for holocausto de vacas, macho perfeito o oferecerá: à porta da tenda da congregação o oferecerá de sua própria vontade, perante a face do Senhor.
4. E porá sua mão sobre a cabeça do holocausto: para que seja aceito por ele, para o expiar.
5. Depois degolará ao bezerro perante a face do Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e espargirão o sangue sobre o altar ao redor, que está diante da porta da tenda da congregação.
6. Então esfolará o holocausto, e o partirá em seus pedaços.
7. E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar; e porão em ordem a lenha sobre o fogo.
8. E o sacerdotes, os filhos de Arão, porão em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está sobre o fogo, que está sobre o altar.
9. Porém sua fressura e suas pernas lavar-se-ão com água. E o sacerdote incensará tudo isto sobre o altar: holocausto é, oferta incensada de suave cheiro ao Senhor.
10. E se sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou de cabras, para holocausto, macho perfeito oferecerá.
11. E o degolará ao lado do altar, para o norte, perante a face do Senhor; e os filhos de Arão, o sacerdote, espargirão seu sangue sobre o altar ao redor.
12. Depois o partirá em seus pedaços, como também sua cabeça, e seu redenho; e o sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está sobre o fogo, que está sobre o altar.
13. Porém a fressura e as pernas se lavarão com água. E o sacerdote oferecerá tudo isto, e o incensará sobre o altar: holocausto é, oferta incensada de suave cheiro ao Senhor.
14. E se sua oferta ao Senhor for holocausto de aves, então oferecerá sua oferta de rolas, ou de pombinhos.
15. E o sacerdote a oferecerá sobre o altar, e lhe fenderá a cabeça com sua unha, e a incensará sobre o altar; e seu sangue se espremerá à parede do altar.
16. E tirará seu papo com suas penas; e o lançará junto ao altar, para o oriente, no lugar da cinza.
17. E a fenderá com suas asas, não a partirá, e o sacerdote a incensará em cima do altar, sobre a lenha, que está sobre o fogo: holocausto é, oferta incensada de suave cheiro ao Senhor.

Capítulo 2

1. E quando pessoa alguma oferecer oferta de manjares ao Senhor, de flor de farinha será sua oferta; e deitará azeite sobre ela, e porá sobre ela incenso.
2. E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes; e tomará dela um punhado cheio de sua flor de farinha, e de seu azeite, com todo seu incenso. E o sacerdote incensará seu memorial sobre o altarA tradução castelhana de Casiodoro de Reina sugere aqui “o sacerdote fará dele perfume sobre o altar”, sem fazer qualquer menção à ideia de “memória” ou “memorial”. Aliás, na mesma tradução castelhana, aparece em nota que a expressão hebraica original corresponderia a “perfumará seu perfume”, mas ainda assim sem qualquer referência explícita a um memorial. O texto português segue nesse pormenor as demais traduções de referência, como a oficial holandesa, a francesa de Genebra e a italiana de Diodati, pois todas buscam expressar, em seus respectivos idiomas, a particularidade do termo hebraico “אַזְכָּרָה/azkarah”, substantivo derivado do verbo “זָכַר/zakar”, relacionado à ideia de lembrança, memória ou menção. Daí que a versão francesa traz “mémorial/memorial”, a italiana “ricordanza/recordação”, e a holandesa “gedenkoffer/oferta memorial”. Aliás, a própria Vulgata latina traz também “memoriale”, e as referidas traduções holandesa e francesa esclarecem em nota que tal oferta de perfumes é chamada “memorial” por pretender evocar, metaforicamente, a “memória de Deus” no tocante a suas promessas para com os israelitas piedosos.: oferta incensada de suave cheiro é ao Senhor.
3. E o que sobejar da oferta de manjares, será de Arão e de seus filhos: isso é santidade de santidades, de ofertas incensadas ao Senhor.
4. E quando ofereceres oferta de manjares cozida em forno, será de bolos ázimos de flor de farinha, amassados com azeite, e coscorões ázimos, untados com azeite.
5. E se tua oferta for oferta de manjares cozida na sertã, de flor de farinha será, amassada com azeite, sem fermento.
6. Em pedaços a partirás, e deitarás sobre ela azeite: oferta de manjares é.
7. E se tua oferta for oferta de manjares cozida em caçoula, far-se-á de flor de farinha com azeite.
8. Então trarás a oferta de manjares, que se fizer daquilo, ao Senhor; e a farão chegar ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
9. E o sacerdote levantará daquela oferta de manjares seu memorial, e a incensará sobre o altar: oferta incensada de suave cheiro é ao Senhor.
10. E o que sobejar da oferta de manjares, será de Arão e de seus filhos: santidade de santidades é, de ofertas incensadas do Senhor.
11. Nenhuma oferta de manjares, que oferecereis ao Senhor, se fará com levedura; porque nem de algum fermento, nem de algum mel, incensareis oferta incensada ao Senhor.
12. A oferta das primícias oferecereis ao Senhor, porém sobre o altar não subirão por suave cheiro.
13. E toda oferta de teus manjares salgarás com sal, e não deixarás faltar o sal do concerto de teu Deus de tua oferta de manjares: em toda tua oferta oferecerás sal.
14. E se ofereceres oferta de manjares de primeiras novidades ao Senhor, de espigas verdes tostadas ao fogo – isto é, do grão trilhado de espigas verdes cheias – oferecerás a oferta de manjares de tuas primeiras novidades.
15. E deitarás sobre ela azeite, e porás sobre ela incenso: oferta de manjares é.
16. Assim o sacerdote incensará seu memorial, de seu grão trilhado, e de seu azeite, com todo seu incenso: oferta incensada é ao Senhor.

Capítulo 3

1. E se sua oferta for sacrifício pacífico; se a oferecer de vacas, seja macho seja fêmea, a oferecerá perfeita perante a face do Senhor.
2. E porá sua mão sobre a cabeça de sua oferta, e a degolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar ao redor.
3. Então oferecerá, do sacrifício pacífico, uma oferta incensada ao Senhor: a gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura.
4. E ambos os rins, e a gordura que houver sobre eles, que houver sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, isso tirará.
5. E os filhos de Arão o incensarão sobre o altar, em cima do holocausto, que está sobre a lenha, que está no fogo: oferta incensada de suave cheiro é ao Senhor.
6. E se sua oferta de ovelhas for para sacrifício pacífico ao Senhor; seja macho seja fêmea, perfeita a oferecerá.
7. Se ele oferecer cordeiro por sua oferta, oferece-lo-á perante a face do Senhor.
8. E porá sua mão sobre a cabeça de sua oferta, e a degolará diante da tenda da congregação; e os filhos de Arão espargirão seu sangue sobre o altar ao redor.
9. Então oferecerá, do sacrifício pacífico, por oferta incensada ao Senhor  sua gordura, o rabo inteiro, ao qual tirará do espinhaço; e a gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura;
10. Como também ambos os rins, e a gordura que está sobre eles, que está sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, isso tirará.
11. E o sacerdote o incensará sobre o altar: manjar de oferta incensada é ao Senhor.
12. Se porém sua oferta for cabra, então a oferecerá perante a face do Senhor.
13. E porá sua mão sobre a cabeça dela, e a degolará diante da tenda da congregação; e os filhos de Arão espargirão seu sangue sobre o altar ao redor.
14. Então oferecerá dela sua oferta, por oferta incensada ao Senhor: a gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura;
15. Como também ambos os rins, e a gordura que está sobre eles, que está sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, isso tirará.
16. E o sacerdote o incensará sobre o altar: manjar de oferta incensada de cheiro suave é; toda a gordura será ao Senhor.
17. Estatuto perpétuo será isso em vossas gerações, por todas vossas habitações: nenhuma gordura e nenhum sangue comereis.

Capítulo 4

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando pessoa alguma pecar, por erro, contra algum dos mandamentos do Senhor, acerca do que se não deve fazer; e fizer contra algum deles;
3. Se o sacerdote ungido pecar, para culpa do povo; então oferecerá por seu pecado que pecou um novilho, filho de vaca, perfeito, ao Senhor, por expiação do pecado.
4. E trará o novilho à porta da tenda da congregação, perante a face do Senhor; e porá sua mão sobre a cabeça do novilho, e degolará o novilho perante a face do Senhor.
5. Então o sacerdote ungido tomará do sangue do novilho, e o trará à tenda da congregação.
6. E o sacerdote molhará seu dedo naquele sangue; e espargirá do sangue sete vezes perante a face do Senhor, diante do véu do santuário.
7. O sacerdote também porá daquele sangue sobre os chifres do altar do perfume de especiarias aromáticas, perante a face do Senhor, que está na tenda da congregação; e todo o demais sangue do novilho derramará no fundo do altar do holocausto, que está à porta da tenda da congregação.
8. E toda a gordura do novilho da expiação do pecado levantará dele: a gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura.
9. E ambos os rins, e a gordura que está sobre eles, que está sobre as tripas; e o redenho de sobre o fígado, com os rins, o tirará;
10. Como se tira do boi do sacrifício pacífico; e o sacerdote o incensará sobre o altar do holocausto.
11. Mas o couro do novilho, e toda sua carne, com sua cabeça, e com suas pernas; e sua fressura, e seu esterco;
12. E a todo aquele novilho, levará fora do arraial, a um lugar limpo, lá onde se lança a cinza, e o queimará sobre a lenha com fogo: lá onde se lança a cinza, se queimará.
13. Se, porém, toda a congregação de Israel errar, e o caso for oculto aos olhos do ajuntamento; e fizerem alguma coisa contra algum dos mandamentos do Senhor, que se não devia fazer, e forem culpados;
14. E for notório o pecado com que pecaram; então o ajuntamento oferecerá um novilho, filho de vaca, por expiação do pecado, e o trará diante da tenda da congregação.
15. E os anciãos do ajuntamento porão suas mãos sobre a cabeça do novilho, perante a face do Senhor; e o degolará perante a face do Senhor.
16. Então o sacerdote ungido trará do sangue do novilho, à tenda da congregação.
17. E o sacerdote molhará seu dedo naquele sangue; e espargirá dele sete vezes, perante a face do Senhor, diante do véu.
18. E daquele sangue porá sobre os chifres do altar, que está diante da face do Senhor na tenda da congregação; e todo o demais sangue derramará no fundo do altar do holocausto, que está à porta da tenda da congregação.
19. E toda sua gordura tirará dele, e incensará sobre o altar.
20. E fará a este novilho como fez ao novilho da expiação do pecado; sim, assim lhe fará. E o sacerdote fará expiação por eles, e lhes será perdoado.
21. Depois levará ao novilho fora do arraial, e o queimará, como queimou ao primeiro novilho: expiação do pecado do ajuntamento é.
22. Quando algum príncipe pecar; e fizer por erro alguma coisa contra algum dos mandamentos do Senhor, seu Deus, que não se devia fazer, e for culpado;
23. Ou lhe for notificado seu pecado, com que pecou; então trará por sua oferta um bode dentre as cabras, macho perfeito.
24. E porá sua mão sobre a cabeça do bode, e o degolará no lugar onde se degola o holocausto, perante a face do Senhor: expiação do pecado é.
25. Depois, o sacerdote tomará do sangue da expiação do pecado com seu dedo, e o porá nos chifres do altar do holocausto; então seu demais sangue derramará no fundo do altar do holocausto.
26. Também toda sua gordura incensará sobre o altar, como a gordura do sacrifício pacífico: assim o sacerdote fará expiação por ele de seu pecado, e lhe será perdoado.
27. E se alguma pessoa do povo da terra pecar por erro, fazendo coisa alguma contra algum dos mandamentos do Senhor, que se não devia fazer, e assim for culpada;
28. Ou lhe for notificado seu pecado que pecou; então trará por sua oferta uma cabra dentre as cabras, fêmea, perfeita, por seu pecado que pecou.
29. E porá sua mão sobre a cabeça da expiação do pecado; e degolará a expiação do pecado no lugar do holocausto.
30. Depois, o sacerdote tomará de seu sangue com seu dedo, e o porá sobre os chifres do altar do holocausto; então todo seu demais sangue derramará no fundo do altar.
31. E toda sua gordura tirará, como se tira a gordura do sacrifício pacífico; e o sacerdote o incensará sobre o altar, por suave cheiro ao Senhor. E o sacerdote fará expiação por ela, e lhe será perdoado.
32. Porém se trouxer cordeiro por sua oferta para expiação do pecado, fêmea perfeita trará.
33. E porá sua mão sobre a cabeça da expiação do pecado; e a degolará por expiação do pecado, no lugar onde se degola o holocausto.
34. Depois o sacerdote tomará do sangue da expiação do pecado com seu dedo, e o porá sobre os chifres do altar do holocausto; então todo seu demais sangue derramará no fundo do altar.
35. E a toda sua gordura tirará, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico; e o sacerdote o incensará sobre o altar, em cima das ofertas incensadas do Senhor. E o sacerdote fará expiação por ela, por seu pecado que pecou, e lhe será perdoado.

Capítulo 5

1. E quando pessoa alguma pecar, ouvindo alguma voz de blasfêmia de que for testemunhaA versão castelhana de Casiodoro de Reina traduz aqui o substantivo hebraico “אָלָה/alah” por “juramento”, e não “blasfêmia”, esclarecendo em nota que tal lei diria respeito aos que juraram dizer a verdade em juízo. Contudo, a mesma nota acrescenta que alguns interpretam essa lei de outro modo, entendendo tratar-se dos que não denunciam um terceiro em caso de “perjúrio”. Contudo, ao adotar especificamente o termo “blasfêmia”, a versão portuguesa parece ter recebido influência direta da tradução francesa de Genebra, que embora traga no corpo do texto “exécration avec serment” – quer dizer, “execração com juramento” –, esclarece em nota que, nesse contexto, a referida lei trataria especificamente de “blasfêmias contra Deus, ou contra o próximo”. Assim, tendo o termo hebraico original ora conotação positiva, de “juramento”, ora negativa, de “maldição” ou “blasfêmia”, a versão portuguesa adota neste caso essa última interpretação. , seja que o viu ou que o soube; se o não denunciar, então levará sua iniquidade.
2. Ou quando pessoa alguma tocar alguma coisa imunda, seja um corpo morto de besta-fera imunda, seja um corpo morto de animal imundo, seja um corpo morto de réptil imundo; ainda que lhe fosse oculto, contudo ela será imunda e culpada.
3. Ou quando tocar imundícia de homem algum, segundo toda sua imundícia com que se faz imundo; e lhe for oculto, e o souber depois, então será culpada.
4. Ou quando pessoa alguma jurar, com leviandade pronunciando com seus lábios para fazer mal ou para fazer bem algum, em tudo quanto o homem com leviandade pronunciar com juramento; e lhe for oculto, e o souber depois, então será culpada de uma destas coisas.
5. Será pois que, sendo culpada de uma destas coisas; então confessará aquilo em que pecou.
6. E trará, por sua expiação da culpa, ao Senhor, por seu pecado que pecou, uma fêmea de gado miúdo, uma cordeira ou uma cabra das cabras, pelo pecado; e o sacerdote fará expiação por ela, por causa de seu pecado.
7. Porém, se sua mão não alcançar o que bastar para gado miúdo, então trará por sua expiação, da culpa que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos, ao Senhor: um para expiação do pecado, e o outro para holocausto.
8. E os trará ao sacerdote, o qual oferecerá primeiro aquele que é para expiação do pecado; e lhe fenderá a cabeça com a unha, junto a seu pescoço, porém não a dividirá.
9. E espargirá do sangue da expiação do pecado sobre a parede do altar; porém o que sobejar daquele sangue, se espremerá no fundo do altar: expiação de pecado é.
10. E do outro fará holocausto, como é de costume; assim o sacerdote fará expiação por ela, por causa de seu pecado que pecou, e lhe será perdoado.
11. Porém se sua mão não alcançar duas rolas, ou dois pombinhos, então aquele que pecou trará por sua oferta a décima parte de um efa da flor de farinha, para expiação do pecado: não deitará sobre ela azeite, nem porá sobre ela incenso, porquanto expiação de pecado é.
12. E a trará ao sacerdote, e o sacerdote tomará um punhado cheio dela por seu memorial, e a incensará sobre o altar, em cima das ofertas incensadas do Senhor: expiação do pecado é.
13. Assim o sacerdote fará expiação por ele, por causa de seu pecado, que pecou em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; e será do sacerdote, como a oferta de manjares.
14. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
15. Quando pessoa alguma fizer prevaricação, e pecar por erro acerca das coisas sagradas do Senhor; então trará por sua expiação da culpa ao Senhor um carneiro perfeito do gado miúdo, conforme a tua estimação, em siclos de prata, segundo o siclo do santuário, por expiação da culpa.
16. E aquilo que, pecando, tirou da coisa sagrada, restituirá; e seu quinto acrescentará ainda a mais, e o dará ao sacerdote. E o sacerdote fará expiação por ela, com o carneiro da expiação da culpa, e lhe será perdoado.
17. E se pessoa alguma pecar, e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor o que se não devia fazer, ainda que o não soubesse, contudo será culpada, e levará sua iniquidade.
18. E trará ao sacerdote um carneiro perfeito do gado miúdo, conforme a tua estimação, por expiação da culpa; e o sacerdote fará expiação por ela, por causa de seu erro em que errou, e o não soube, e lhe será perdoado.
19. Expiação de culpa é: certamente se fez culpada ao Senhor.

Capítulo 6

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Quando pessoa alguma pecar, e fizer prevaricação contra o Senhor; e negar a seu próximo o que se lhe deu em guarda, ou aquilo que se depôs em sua mão, ou roubo, ou o que retém violentamente a seu próximo.
3. Ou achando o perdido, o negar e jurar com falsidade; acerca de coisa alguma de todas as que faz o homem, pecando nelas.
4. Será pois que, porquanto pecou e ficou culpada, restituirá o roubo que roubou, ou o retido que reteve violentamente, ou o guardado que se lhe deu em guarda, ou o perdido que achou.
5. Ou tudo aquilo sobre que falsamente jurou, o restituirá em sua principal soma, e além disso acrescentará o seu quinto; para aquele de quem é o dará, no dia da expiação de sua culpa.
6. E a expiação de sua culpa trará ao Senhor: um carneiro perfeito do gado miúdo, conforme a tua estimação, para expiação da culpa, ao sacerdote.
7. Então o sacerdote fará expiação por ela, perante a face do Senhor, e lhe será perdoado; acerca de coisa alguma de todas as que fez, sendo culpada nelas.
8. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
9. Manda a Arão, e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto. É holocausto, porque arde sobre o altar toda a noite, até a manhã; e o fogo do altar arderá nele.
10. E o sacerdote vestirá sua veste de linho, e as ceroulas de linho vestirá sobre sua carne; e havendo o fogo consumido ao holocausto sobre o altar, levantará a cinza. E a porá junto ao altar.
11. Depois despirá suas vestes, e vestirá outras vestes; e levará a cinza fora do arraial, ao lugar limpo.
12. O fogo, pois, sobre o altar, arderá nele, não se apagará, mas o sacerdote incensará lenha sobre ele cada manhã; e porá em ordem sobre ela o holocausto, e incensará sobre ela a gordura dos sacrifícios pacíficos.
13. O fogo de contínuo arderá sobre o altar: não se apagará.
14. E esta é a lei da oferta de manjares: um dos filhos de Arão a oferecerá perante a face do Senhor, diante do altar.
15. E levantará dela um punhado seu da flor de farinha da oferta de manjares, e de seu azeite, e todo o incenso que estiver sobre a oferta de manjares. E o incensará sobre o altar: suave cheiro por seu memorial é ao Senhor.
16. E o que restar dela, Arão e seus filhos comerão: ázimo se comerá no lugar santo, no pátio da tenda da congregação o comerão.
17. Não se cozerá lêvedo; sua porção é, que lhes dei de minhas ofertas incensadas: santidade de santidades é, como a expiação do pecado, e como a expiação da culpa.
18. Todo macho dentre os filhos de Arão a comerá; estatuto perpétuo será para vossas gerações, das ofertas incensadas do Senhor: tudo quanto as tocar, será santificado.
19. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
20. Esta é a oferta de Arão, e de seus filhos, que oferecerão ao Senhor, no dia em que ele for ungido: a décima parte de um efa da flor de farinha, por oferta de manjares contínua – a metade dela pela manhã, e a metade dela à tarde.
21. Em uma sertã com azeite se fará, frita a trarás; os pedaços cozidos da oferta de manjares oferecerás, em suave cheiro ao Senhor.
22. Também o sacerdote que, de seus filhos, em seu lugar, será ungido, fará o mesmo: estatuto perpétuo seja; ao Senhor, toda se incensará.
23. Assim, toda oferta de manjares do sacerdote totalmente será queimada: não se comerá.
24. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
25. Fala a Arão, e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da expiação do pecado. No lugar onde se degola o holocausto, se degolará a expiação do pecado, perante a face do Senhor; santidade de santidades é.
26. O sacerdote que a oferecer pelo pecado, a comerá: no lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação.
27. Tudo quanto tocar sua carne, será santo; e se alguém espargir de seu sangue sobre vestimenta alguma, aquilo sobre que se espargiu o lavarás no lugar santo.
28. E o vaso de barro em que se houver cozida, se quebrará; porém, se em vaso de cobre se houver cozida, esfregar-se-á, e enxaguar-se-á na água.
29. Todo macho entre os sacerdotes a comerá: santidade de santidades é.
30. Porém nenhuma expiação de pecado, de cujo sangue se trará na tenda da congregação para expiar no santuário, se comerá: no fogo será queimada.

Capítulo 7

1. E esta é a lei da expiação da culpa: santidade de santidades é.
2. No lugar onde degolam o holocausto, degolarão a expiação da culpa; e seu sangue se espargirá sobre o altar ao redor.
3. E dela se oferecerá toda sua gordura: o rabo, e a gordura que recobre a fressura;
4. Como também ambos os rins, e a gordura que há sobre eles, que há sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, isso tirará.
5. E o sacerdote o incensará sobre o altar, em oferta incensada ao Senhor: expiação da culpa é.
6. Todo macho entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá: santidade de santidades é.
7. Como a expiação do pecado, assim será a expiação da culpa (uma mesma lei haverá para ambas); do sacerdote que houver feito expiação com ela, dele será.
8. Também o sacerdote que oferecer o holocausto de alguém, o tal sacerdote terá o couro do holocausto que oferecer.
9. Como também toda oferta de manjares que se cozer em forno, com tudo quanto se adereçar em sertã e em caçoula; do sacerdote que o oferece, dele será.
10. Também toda oferta de manjares, amassada com azeite ou seca; de todos os filhos de Arão será, assim de um como do outro.
11. E esta é a lei do sacrifício pacífico, que se oferecerá ao Senhor.
12. Se por oferta de louvores a oferecer, então oferecerá com o sacrifício de louvores bolos ázimos, amassados com azeite, e coscorões ázimos, untados com azeite; e flor de farinha frita, bolos amassados com azeite.
13. Com os bolos oferecerá pão lêvedo por sua oferta, juntamente com o sacrifício de louvores de seus sacrifícios pacíficos.
14. E oferecerá um deles, de toda a oferta, por oferta levantada ao Senhor; do sacerdote que espargirá o sangue dos sacrifícios pacíficos, dele será.
15. Mas a carne do sacrifício de louvores de seu sacrifício pacífico, no dia de sua oferta se comerá: nada se deixará dela para a manhã.
16. E se o sacrifício de sua oferta for voto, ou oferta voluntária, no dia em que oferecer seu sacrifício, se comerá; e o que dele restar, também se comerá ao outro dia.
17. E o que ainda restar da carne do sacrifício, ao terceiro dia se queimará com fogo.
18. Porque se em alguma maneira se comer da carne de seu sacrifício pacífico ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será agradável, não se lhe imputará, coisa horrível será; e a pessoa que desta comer, levará sua iniquidade.
19. E a carne que tocar coisa alguma imunda, não se comerá: com fogo se queimará. Porém, tocante a outra carne, qualquer que estiver limpo comerá daquela carne.
20. Porém, comendo alguma pessoa a carne do sacrifício pacífico que é do Senhor, e tendo sua imundícia sobre si, aquela mesma pessoa será extirpada de seus povos.
21. E tocando alguma pessoa coisa alguma imunda, como imundícia de homem, ou animal imundo, ou qualquer abominável imundícia, e comendo da carne do sacrifício pacífico que é do Senhor, aquela mesma pessoa será extirpada de seus povos.
22. Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo:
23. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de cordeiro, nem de cabra, comereis.
24. E a gordura do corpo morto, e a gordura do arrebatado, pode servir para toda obra; porém em maneira nenhuma a comereis.
25. Porém, qualquer que gordura de animal comer, de que se houver oferecida oferta incensada ao Senhor, a pessoa que a comer será extirpada de seus povos.
26. E nenhum sangue comereis em todas vossas habitações, seja de aves, seja de animais.
27. Toda pessoa que comer algum sangue, aquela mesma pessoa será extirpada de seus povos.
28. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
29. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quem oferecer seu sacrifício pacífico ao Senhor, trará sua oferta ao Senhor de seu sacrifício pacífico.
30. Suas mãos trarão as ofertas incensadas do Senhor: a gordura sobre o peito trará com o peito, para a mover por oferta movida perante a face do Senhor.
31. E o sacerdote incensará aquela gordura sobre o altar; porém o peito será de Arão e de seus filhos.
32. Também o ombro direito dareis para oferta levantada ao sacerdote, de vossos sacrifícios pacíficos.
33. Aquele que, dos filhos de Arão, oferecer o sangue do sacrifício pacífico, e a gordura; dele será o ombro direito, por seu quinhão.
34. Porquanto o peito movido, e o ombro levantado, tomei dos filhos de Israel de seus sacrifícios pacíficos; e os dei a Arão, o sacerdote, e a seus filhos, por perpétuo estatuto dos filhos de Israel.
35. Esta é a unção de Arão, e a unção de seus filhos, das ofertas incensadas do Senhor, no dia em que os fez chegar, para administrar o sacerdócio ao Senhor;
36. O que o Senhor mandou que se lhes desse, dos filhos de Israel, no dia em que os ungiu: estatuto perpétuo seja, para suas gerações.
37. Esta é a lei do holocausto, da oferta de manjares, e da expiação do pecado, e da expiação da culpa; e da oferta das consagrações, e do sacrifício pacífico;
38. Que o Senhor mandou a Moisés, no Monte Sinai, no dia em que mandou aos filhos de Israel que oferecessem suas ofertas ao Senhor, no deserto de Sinai.

Capítulo 8

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Toma a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestimentas, e o azeite da unção; como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães ázimos;
3. E ajunta toda a congregação, à porta da tenda da congregação.
4. Fez pois Moisés como o Senhor lhe mandara; e ajuntou-se a congregação junto à porta da tenda da congregação.
5. Então disse Moises à congregação: Esta é a coisa que o Senhor mandou fazer.
6. E fez Moisés chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água.
7. E pôs sobre ele a túnica, e o cingiu com o cinto, e lhe vestiu o manto, e pôs sobre ele o éfode; e o cingiu com o cinto artificioso do éfode, e o apertou com ele.
8. Pôs-lhe mais o peitoral, e pôs no peitoral o Urim e o Tumim.
9. E pôs a mitra sobre sua cabeça; e pôs sobre a mitra, diante de sua face, a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o Senhor mandara a Moisés.
10. Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu ao tabernáculo, com todas as coisas que estavam nele; e santificou-as.
11. E espargiu dele sobre o altar sete vezes; e ungiu ao altar, com todos seus instrumentos, como também a pia e sua base, para os santificar.
12. Depois derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão; e ungiu-o, para o santificar.
13. Moisés também fez chegar aos filhos de Arão, e lhes vestiu as túnicas, e os cingiu com cinto, e lhes atou as tiaras: como o Senhor mandara a Moisés.
14. Então fez chegar ao novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado;
15. E degolou-o; e tomou Moisés o sangue, e pôs dele com seu dedo sobre os chifres do altar ao redor; e expiou ao altar. E derramou o demais sangue no fundo do altar, e santificou-o, para fazer expiação sobre ele.
16. E tomou toda a gordura que havia na fressura, e o redenho do fígado, e os dois rins, e sua gordura; e Moisés o incensou sobre o altar.
17. Porém o novilho com seu couro, e sua carne, e seu esterco, queimou com fogo fora do arraial: como o Senhor mandara a Moisés.
18. Depois fez chegar ao carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram suas mãos sobre a cabeça do carneiro.
19. E degolou-o; e Moisés espargiu o sangue sobre o altar ao redor.
20. Também ao carneiro partiu em seus pedaços; e Moisés incensou a cabeça, e os pedaços, e o redenho.
21. Porém a fressura, e as pernas, lavou em água. E Moisés incensou todo o carneiro sobre o altar: holocausto é, de suave cheiro; oferta incensada é ao Senhor, como o Senhor mandara a Moisés.
22. Depois fez chegar ao outro carneiro, o carneiro da oferta das consagrações; e Arão e seus filhos puseram suas mãos sobre a cabeça do carneiro.
23. E degolou-o; e Moisés tomou de seu sangue, e pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão; e sobre o dedo polegar de sua mão direita, e sobre o dedo polegar de seu pé direito.
24. Fez também chegar aos filhos de Arão, e pôs Moisés daquele sangue sobre a ponta de suas orelhas direitas, e sobre o dedo polegar de suas mãos direitas, e sobre o dedo polegar de seus pés direitos. Depois, borrifou Moisés o demais sangue sobre o altar ao redor.
25. E tomou a gordura, e o rabo, e toda a gordura que havia sobre as entranhas, e o redenho do fígado, e ambos os rins e sua gordura; e o ombro direito.
26. Também do cesto dos pães ázimos, que estavam diante da face do Senhor, tomou um bolo ázimo, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão; e os pôs sobre a gordura, e sobre o ombro direito.
27. E deu tudo isto nas mãos de Arão, e nas mãos de seus filhos; e o moveu por oferta movida perante a face do Senhor.
28. Depois Moisés o tomou de suas mãos, e o incensou no altar sobre o holocausto. Oferta de consagrações era, por suave cheiro: oferta incensada era ao Senhor.
29. Tomou mais Moisés o peito, e o moveu por oferta movida perante a face do Senhor. Do carneiro da oferta das consagrações, isso foi a porção de Moisés, como o Senhor mandara a Moisés.
30. Tomou também Moisés do azeite da unção, e do sangue que estava sobre o altar, e o aspergiu sobre Arão, sobre suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; e santificou a Arão, a suas vestes, e a seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele.
31. E disse Moisés a Arão e a seus filhos: Cozei a carne à porta da tenda da congregação, e ali a comei com o pão que está no cesto da oferta das consagrações. Como já tenho mandado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão.
32. Mas o que restar da carne e do pão, queimareis com fogo.
33. E não saireis da porta da tenda da congregação em sete dias, até o dia em que se cumprirem os dias da oferta de vossas consagrações; porquanto por sete dias vos consagrarão.
34. Como se fez neste dia, assim o Senhor mandou fazer para fazer expiação por vós outros.
35. À porta, pois, da tenda da congregação, ficareis dia e noite, por sete dias, e fareis a guarda do Senhor, para que não morrais; porquanto assim me foi mandado.
36. E assim fizeram Arão e seus filhos: todas as coisas que o Senhor mandou por Moisés.

Capítulo 9

1. E aconteceu ao oitavo dia que Moisés chamou a Arão e a seus filhos, e aos anciãos de Israel.
2. E disse a Arão: Toma para ti um bezerro, filho de vaca, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto, perfeitos. E faze-os chegar perante a face do Senhor.
3. E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode dentre as cabras para a expiação do pecado, e um bezerro, e um cordeiro de um ano, perfeitos, para holocausto.
4. Como também um boi, e um carneiro por oferta pacífica, para oferecer diante da face do Senhor, e oferta de manjares, amassada com azeite; porquanto hoje o Senhor vos aparecerá.
5. Então tomaram o que mandou Moisés, trazendo-o diante da tenda da congregação; e toda a congregação chegou, e se pôs perante a face do Senhor.
6. E disse Moisés: Esta coisa que o Senhor mandou, fareis. E a glória do Senhor vos aparecerá.
7. E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze tua expiação do pecado, e teu holocausto; e faze expiação por ti, e pelo povo. Depois, faze a oferta do povo, e fazei expiação por ele, como o Senhor mandou,
8. Então Arão se chegou ao altar; e degolou ao bezerro da expiação do pecado, que era por ele.
9. E os filhos de Arão lhe trouxeram o sangue; e molhou seu dedo no sangue, e o pôs sobre os chifres do altar. E derramou o demais sangue no fundo do altar.
10. Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado da expiação do pecado, incensou sobre o altar; como o Senhor mandara a Moisés.
11. Porém a carne e o couro, queimou com fogo fora do arraial.
12. Depois degolou ao holocausto; e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e o borrifou sobre o altar ao redor.
13. Também ao holocausto lhe entregaram em seus pedaços, com a cabeça; e os incensou sobre o altar.
14. E lavou a fressura e as pernas, e as incensou sobre o holocausto no altar.
15. Depois ofereceu a oferta do povo. E tomou ao bode da expiação do pecado, que era para o povo, e degolou-o. E o fez expiação do pecado, como ao primeiro.
16. Fez também chegar ao holocausto, e o fez segundo o rito.
17. E fez chegar a oferta de manjares, e encheu sua mão dela, e incensou sobre o altar; além do holocausto da manhã.
18. Depois degolou ao boi e ao carneiro, por sacrifício pacífico, que era para o povo; e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e o espargiu sobre o altar ao redor.
19. Como também entregaram as gorduras do boi; e do carneiro, o rabo, e o que recobre a fressura, e os rins, e o redenho do fígado.
20. E puseram as gorduras sobre os peitos; e incensou as gorduras sobre o altar.
21. Mas os peitos, e o ombro direito, Arão moveu por oferta movida perante a face do Senhor; como Moisés tinha mandadoTanto a tradução castelhana de Casiodoro de Reina, como a versão francesa de Genebra, sugerem aqui “como o Senhor havia mandado a Moisés”, e não “como Moisés tinha mandado”. O texto português segue, neste caso, a interpretação da Bíblia oficial holandesa – em harmonia, aliás, com a tradução italiana de Diodati, e com a própria Vulgata latina –, que entende que o sujeito do verbo hebraico “צָוָה/tsavah” é o próprio Moisés, isto é, “como Moisés tinha mandado”. Outras versões, porém, possivelmente seguindo a tradução latina de Sante Pagnini (1470-1536), interpretam que o referido verbo hebraico tem por sujeito oculto o próprio Senhor, quer dizer, “como (ele) havia mandado a Moisés”. Portanto, tendo o próprio texto hebraico, neste caso, alguma ambiguidade, a tradução portuguesa segue aqui o modelo interpretativo da versão holandesa de referência..
22. Depois levantou Arão suas mãos ao povo, e os abençoou; e desceu de fazer a expiação do pecado, e o holocausto, e o sacrifício pacífico.
23. Então entrou Moisés com Arão na tenda da congregação; e saíram, e abençoaram ao povo. E apareceu a glória do Senhor a todo o povo.
24. Porquanto fogo saiu de diante da face do Senhor, e consumiu sobre o altar ao holocausto, e as gorduras; o que, vendo todo o povo, rejubilaram, e caíram sobre suas faces.

Capítulo 10

1. E os filhos de Arão – Nadabe e Abiú – tomaram cada um seu braseiro, e puseram neles fogo, e deitaram em cima dele incenso; e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não mandara.
2. Então saiu fogo de diante da face do Senhor, e os consumiu; e morreram perante a face do Senhor.
3. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Naqueles que se achegam a mim, santificar-me-ei, e perante a face de todo o povo, glorificar-me-ei. Porém Arão se calou.
4. E chamou Moisés a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão. E disse-lhes: Chegai, levai a vossos irmãos de diante do santuário fora do arraial.
5. Então chegaram, e os levaram em suas túnicas fora do arraial; como Moisés tinha falado.
6. E disse Moisés a Arão, e a Eleazar e a Itamar, seus filhos: Vossas cabeças não descobrireis, nem vossas vestes rasgareis, para que não morrais, nem venha indignação sobre toda a congregação. Porém vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentarão este incêndio que o Senhor ateou.
7. Nem saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porquanto o azeite da unção do Senhor está sobre vós outros. E fizeram conforme à palavra de Moisés.
8. E falou o Senhor a Arão, dizendo:
9. Tu, e teus filhos contigo, não bebereis vinho nem sidra, quando haveis de entrar na tenda da congregação, para que não morrais: estatuto perpétuo será por vossas gerações.
10. E isto para fazer diferença entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo.
11. E para ensinar, aos filhos de Israel, todos os estatutos que o Senhor lhes falou pelo ministério de Moisés.
12. E falou Moisés a Arão, e a Eleazar e a Itamar, seus filhos que restaram: Tomai a oferta de manjares que ficou de resto das ofertas incensadas do Senhor, e comei-a sem levedura junto ao altar. Porquanto santidade de santidades é.
13. Portanto, a comereis no lugar santo, porquanto é tua ordenada porção, e a porção ordenada de teus filhos, das ofertas incensadas do Senhor; porque assim me foi mandado.
14. Também o peito movido, e o ombro levantado, comereis tu e teus filhos e tuas filhas contigo, em lugar limpo; porquanto, por tua ordenada porção, e por porção ordenada de teus filhos, se te deram das ofertas pacíficas dos filhos de Israel.
15. O ombro levantado, e o peito movido, com as ofertas incensadas das gorduras trarão, para os mover por oferta movida perante a face do Senhor; e será para ti, e para teus filhos contigo, por estatuto perpétuo, como o Senhor mandou.
16. E Moisés buscou diligentemente ao bode da expiação do pecado, e eis que já estava queimado; e indignou-se contra Eleazar e contra Itamar, filhos de Arão que restaram, dizendo:
17. Por que não comestes a expiação do pecado no lugar santo? Pois é santidade de santidades. E o Senhor a vós outros vo-la deu, para que lavásseis a iniquidade da congregação, para fazer expiação por eles diante da face do Senhor.
18. Eis que não se trouxe seu sangue ao santuário de dentro; certamente a haveis de comer no santuário, como já tenho mandado.
19. Então falou Arão a Moisés: Eis que hoje ofereceram sua expiação do pecado, e seu holocausto, perante a face do Senhor, e sucederam-me tais coisas. Se eu, pois, hoje comera a expiação de pecado, seria porventura aceito aos olhos do Senhor?
20. O que, ouvindo Moisés, foi aceito aos seus olhos.

Capítulo 11

1. E falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:
2. Falai aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais que comereis dentre todas as bestas que há sobre a terra:
3. Tudo quanto reparte as unhas, e a fenda das unhas divide em duas, e rumina entre os animais; isso comereis.
4. Estes, porém, não comereis dos que ruminam e dos que repartem as unhas: o camelo, porque ele rumina, porém não reparte a unha: este vos será imundo.
5. Como também o coelho, porque ele rumina, porém não divide a unha: este vos será imundo.
6. E a lebre, porque ela rumina, porém não reparte a unha: esta vos será imunda.
7. Também o porco, porque ele reparte a unha, e a fenda das unhas divide em duas, porém o mastigado ele não rumina: este vos será imundo.
8. Da carne deles não comereis, nem a seu corpo morto tocareis: estes vos serão imundos.
9. Isto comereis de tudo quanto há nas águas: tudo quanto tem barbatanas e escamas nas águas, e nos mares, e nos rios, isso comereis.
10. Porém tudo quanto não tem barbatanas ou escamas, nos mares e nos rios, de todo réptil das águas, e de toda alma vivente que há nas águas; isso vos será por abominação.
11. Ser-vos-ão, pois, por abominação: de sua carne não comereis, e seu corpo morto abominareis.
12. Tudo quanto não tem barbatanas ou escamas nas águas, isso vos será por abominação.
13. E estas abominareis dentre as aves, não se comerão, elas serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e águia valorosa.
14. E o milhano, e a pega, segundo a sua espécie.
15. Todo corvo, segundo sua espécie.
16. E o avestruz, e o mocho, e o cuco, e o gavião, segundo sua espécie.
17. E o bufo, e o corvo-marinho, e o noitivo.
18. E a coruja, e o pelicano, e o abutre.
19. E a cegonha, e a garça, segundo sua espécie; e a poupa, e o morcego.
20. Todo réptil de ave que anda sobre quatro pés, vos será por abominação.
21. Isto, porém, comereis de todo réptil de ave que anda sobre quatro pés: o que tiver pernas sobre seus pés, para saltar com elas sobre a terra.
22. Deles, comereis estes: o gafanhoto, segundo sua espécie, e o “solham”, segundo sua espécie; e o “hargol”, segundo sua espécie, e o “hagab”, segundo sua espécie.
23. E todo réptil de ave que tem quatro pés, vos será por abominação.
24. E por estes, sereis imundos: qualquer que tocar em seus corpos mortos, será imundo até a tarde.
25. E qualquer que levar seus corpos mortos, lavará suas vestes e será imundo até a tarde.
26. Todo animal que reparte unhas, e a fenda não divide em duas, nem rumina, este vos será imundo: qualquer que tocar neles, será imundo.
27. E tudo quanto anda sobre suas patas, de toda besta que anda sobre quatro pés, vos será imundo: qualquer que tocar no seu corpo morto, será imundo até a tarde.
28. E o que levar seu corpo morto, lavará suas vestes, e será imundo até a tarde: eles vos serão imundos.
29. Estes vos serão imundos entre os répteis, que andam de peitos sobre a terra: a comadrinha, o rato, e o cágado, segundo sua espécie.
30. E o ouriço-cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa; e a lesma, e o camaleão.
31. Estes vos serão imundos, de todo réptil: qualquer que tocar neles, estando eles mortos, será imundo até a tarde.
32. E tudo o que sobre que coisa alguma deles cair, estando eles mortos, será imundo: seja algum vaso de madeira, ou vestimenta, ou pele, ou saco, ou qualquer instrumento com que se faz alguma obra. Na água se meterá, e será imundo até a tarde; então, será limpo.
33. E todo vaso de barro em que coisa alguma deles cair, tudo quanto nele houver será imundo, e o vaso quebrareis.
34. Todo manjar que se come, sobre que tal água vier, será imundo; e toda bebida que se bebe, em todo vaso, será imunda.
35. E tudo sobre o que coisa alguma de seu corpo morto cair, será imundo; o forno e o vaso de barro se quebrarão: imundos são. E vos serão imundos.
36. Porém a fonte, ou a cisterna, em que se recolhem águas, será limpo; mas quem tocar no seu corpo morto, será imundo.
37. E quando de seu corpo morto coisa alguma cair sobre alguma semente de semear, que se semeia, será limpa.
38. Mas quando for deitada água sobre a semente, e de seu corpo morto cair alguma coisa sobre ela, vos será imunda.
39. E quando morrer algum dos animais que vos servem de mantimento, quem tocar no seu corpo morto, imundo será até a tarde.
40. Também aquele que comer de seu corpo morto, lavará suas vestes, e será imundo até a tarde; e aquele que levar seu corpo morto, lavará suas vestes, e será imundo até a tarde.
41. Como também todo réptil, que anda de peitos sobre a terra; será abominação, não se comerá.
42. Tudo quanto anda de barriga, e tudo quanto anda sobre quatro pés, ou tudo quanto tem muitos pés, entre todo réptil, que anda de peitos sobre a terra; não os comereis, porquanto são abominação.
43. Não façais abomináveis vossas almas em nenhum réptil, que anda de peitos; nem vos contamineis neles, para serdes imundos por eles.
44. Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vos santificareis, e sereis santos, porquanto eu sou santo. E não contaminareis vossas almas em nenhum réptil que se move sobre a terra.
45. Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para ser a vós outros por Deus. Sereis, pois, santos, porquanto eu sou santo.
46. Esta é a lei das alimárias, e das aves, e de toda criatura vivente que se move nas águas; e de toda criatura que anda de peitos sobre a terra.
47. Para fazer diferença entre o imundo e o limpo; e entre o animal que se há de comer e o animal que se não há de comer.

Capítulo 12

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, dizendo: A mulher, quando conceber, e der à luz macho, então será imunda por sete dias. Conforme aos dias da separação de sua enfermidade, será imunda.
3. E ao dia oitavo, a carne de seu prepúcio será circuncidada.
4. Depois, trinta e três dias ficará no sangue de sua purificação: nenhuma coisa santa tocará, e ao santuário não virá, até que se cumpram os dias de sua purificação.
5. Porém se der à luz fêmea, então será imunda duas semanas, conforme à sua separação. Depois, sessenta e seis dias ficará no sangue de sua purificação.
6. E quando se cumprirem os dias de sua purificação, por filho ou por filha, trará um cordeiro de um ano para holocausto, e um pombinho, e uma rola, para expiação do pecado, à porta da tenda da congregação, ao sacerdote.
7. O qual o oferecerá perante a face do Senhor, e fará expiação por ela; e será limpa do fluxo de seu sangue. Esta é a lei da que der à luz macho, ou fêmea.
8. Porém se sua mão não alcançar o que bastar para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos – um para o holocausto, e um para a expiação do pecado. E o sacerdote fará expiação por ela, e será limpa.

Capítulo 13

1. Falou mais o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
2. O homem, havendo na pele de sua carne inchação, ou apostema, ou empola branca, que estiver na pele de sua carne como praga de lepra; então será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes.
3. E o sacerdote olhará a praga na pele da carne: se o pelo na praga se tornou branco, e a aparência da praga for mais profunda que a pele de sua carne, praga de lepra é. Vendo-o o sacerdote, o declarará por imundo.
4. Porém se a empola for branca na pele de sua carne, e a aparência dela não for mais profunda que a pele, e seu pelo se não tornar branco; então o sacerdote encerrará ao que tem a praga por sete dias.
5. E o sacerdote olhará a ele ao sétimo dia; e eis que, se a praga parou, a seu parecer, e a praga não se estendeu na pele, então o sacerdote o encerrará por sete dias a segunda vez.
6. E o sacerdote olhará a ele ao sétimo dia outra vez; e eis que, se a praga se recolheu, e a praga se não estendeu na pele, então o sacerdote o declarará por limpo: apostema é; e lavará suas vestes, e será limpo.
7. Porém se a apostema se estendeu totalmente na pele, depois que se mostrou ao sacerdote para sua purificação, então se mostrará outra vez ao sacerdote.
8. E se o sacerdote olhar, e eis que a apostema se tem estendido na pele, então o sacerdote o declarará por imundo: lepra é.
9. Quando a praga de lepra houver no homem, então será levado ao sacerdote;
10. E o sacerdote o olhará: eis que, se há inchação branca na pele, e ela tornou o pelo em branco, e viveza de carne viva há na inchação;
11. Lepra é, envelhecida na pele de sua carne; portanto, o sacerdote o declarará por imundo: não o encerrará, porquanto é imundo.
12. Porém se a lepra totalmente reverdecer na pele, e a lepra recobrir toda a pele ao que tem a praga, desde sua cabeça até seus pés; a todo o parecer dos olhos do sacerdote;
13. Então o sacerdote o olhará, e eis que, se a lepra tem coberto toda sua carne, então ao que tem a praga declarará por limpo: toda se mudou branca, limpo é.
14. Mas no dia em que aparecer nele carne viva, será imundo.
15. Vendo, pois, o sacerdote a carne viva, o declarará por imundo: carne viva é imunda, lepra é.
16. Ou quando tornar a carne viva, e se mudar em branca, então virá ao sacerdote.
17. E o sacerdote o olhará, e eis que, se a praga se tem mudado em branca; então o sacerdote declarará por limpo ao que tem a praga: limpo é.
18. Também se a carne em cuja pele houver algum tumor ardente, se sarar,
19. E no lugar do tumor ardente houver inchação branca, ou empola branca avermelhada, então se mostrará ao sacerdote.
20. Se o sacerdote olhar que, eis que parece mais funda que a pele, e seu pelo se tem mudado branco; então o sacerdote o declarará por imundo: praga de lepra é, pelo tumor ardente reverdeceu.
21. Se, pois, o sacerdote a olhar, e eis que não há nele pelo branco, nem está mais funda que a pele, porém recolhida; então o sacerdote o encerrará por sete dias.
22. Se depois totalmente se estender na pele, então o sacerdote o declarará por imundo: a praga é.
23. Porém, se a empola parar em seu lugar, não se estendendo, pústula do tumor ardente é: por limpo, pois, o declarará o sacerdote.
24. Ou quando há carne em cuja pele houver queimadura de fogo, e no que é sarado da queimadura houver empola branca avermelhada ou branca.
25. E olhando-a o sacerdote, e eis que, se o pelo se tem tornado branco na empola, e a aparência dela for mais funda que a pele, lepra é: pela queimadura reverdeceu. Portanto, o sacerdote o declarará por imundo: praga de lepra é.
26. Mas se o sacerdote a olhar, e eis que na empola não há pelo branco, nem está mais funda que a pele, porém recolhida; então o sacerdote o encerrará por sete dias.
27. Depois o sacerdote o olhará, ao sétimo dia: se totalmente se estendeu na pele, então o sacerdote o declarará por imundo: praga de lepra é.
28. Porém se a empola se parar em seu lugar, e não se estender na pele, mas antes se recolher, inchação de queimadura é. Portanto, o sacerdote o declarará por limpo, porque pústula de queimadura é.
29. E quando homem ou mulher tiver praga alguma na cabeça, ou na barba;
30. E olhando o sacerdote a praga, e eis que a aparência dela é mais funda que a pele, e nela há pelo amarelo fino; então o sacerdote o declarará por imundo: tinha é; lepra da cabeça ou da barba é.
31. Porém se o sacerdote olhar a praga da tinha, e eis que a aparência dela não é mais funda que a pele, e pelo preto não houver nela; então o sacerdote encerrará ao que tem a praga da tinha por sete dias.
32. E o sacerdote olhará a praga ao sétimo dia; e eis que, se a tinha não estiver estendida, e não houver nela pelo amarelo; nem a aparência da tinha for mais funda que a pele;
33. Então se tosquiará; a tinha, porém, não tosquiará. E o sacerdote encerrará ao que tem a tinha por sete dias segunda vez.
34. E o sacerdote olhará a tinha ao sétimo dia; e eis que, se a tinha se não houver estendido na pele, e a aparência dela não estiver mais funda que a pele; então o sacerdote o declarará por limpo; e lavará suas vestes, e será limpo.
35. Porém se a tinha totalmente se houver estendido na pele, depois de sua purificação;
36. E olhando-o o sacerdote, e eis que, se a tinha se tem estendido na pele, então o sacerdote não buscará pelo amarelo: imundo é.
37. Mas se a tinha parou a seu parecer, e pelo preto crescer nela, sã está a tinha: limpo é. Portanto, o sacerdote o declarará por limpo.
38. E quando homem ou mulher na pele de sua carne tiverem empolas – empolas brancas –,
39. E o sacerdote houver olhado que, eis que na pele de sua carne aparecem empolas recolhidas brancas; pústula branca é, que reverdeceu na pele: limpo está.
40. E o homem, quando sua cabeça se pelar, calvo é: limpo está.
41. E se de um lado de seu rosto sua cabeça se pelar, meio calvo é: limpo está.
42. Porém se na calva, ou na meia calva, houver praga branca avermelhada; lepra é, que reverdece em sua calva, ou em sua meia calva.
43. Havendo-o pois olhado o sacerdote, e eis que a inchação da praga branca avermelhada está em sua calva, ou em sua meia calva; como a aparência da lepra, na pele da carne;
44. O tal homem leproso é: imundo está. O sacerdote o declarará totalmente por imundo: em sua cabeça sua praga tem.
45. E o leproso em quem está a praga, suas vestes serão rompidas, e sua cabeça será descoberta, e o lábio de cima cobrirá. E clamará: Imundo! Imundo!
46. Todos os dias em que tal praga houver nele, será imundo: imundo está. Sozinho habitará: fora do arraial será sua habitação.
47. Quando também em veste alguma houver praga de lepra, em veste de lã, ou em veste de linho.
48. Ou no fiado, ou no liço do linho ou da lã; ou em pele, ou e qualquer obra de pele.
49. E for a praga verde ou vermelha na vestimenta, ou na pele, ou no fiado, ou no liço, ou em qualquer coisa de pele, praga de lepra é; pelo que se mostrará ao sacerdote.
50. E o sacerdote olhará a praga, e encerrará a coisa que tem a praga por sete dias.
51. Então olhará a praga ao sétimo dia: se a praga se houver estendido na veste, ou no fiado, ou no liço, ou na pele para qualquer obra feita de pele, lepra roedora é a tal praga: imundo está.
52. Pelo que queimará aquela vestimenta, ou fiado, ou liço de lã, ou de linho, ou qualquer obra de pele em que tal praga houver. Porque lepra roedora é: com fogo se queimará.
53. Porém se o sacerdote olhar que, eis que se não tem estendido a praga na veste, ou no fiado, ou no liço; ou em qualquer coisa de pele.
54. Então mandará o sacerdote que se lave aquilo em que está a praga; e o encerrará por sete dias segunda vez.
55. E o sacerdote olhará a praga, depois que for lavada, e eis que, se a praga não mudou sua aparência, nem a praga se estendeu, imundo é, com fogo o queimarás: praga penetrante é em sua calva, ou em sua meia calva.
56. E se o sacerdote olhar, e eis que a praga se tem recolhido, depois que for lavada; então a rasgará da veste, ou da pele, ou do fiado, ou do liço.
57. Mas se ainda aparecer na veste, ou no fiado, ou no liço, ou em qualquer coisa de pele, lepra é que reverdece: com fogo queimarás aquilo em que a praga está.
58. Porém a veste, ou o fiado, ou o liço, ou qualquer coisa de pele, que houveres lavado,  e de que a praga se houver retirado, segunda vez se lavará, e será limpo.
59. Esta é a lei da praga da lepra da veste de lã, ou de linho, ou do fiado, ou do liço, ou de qualquer coisa de pele; para o declarar por limpo, ou para o declarar por imundo.

Capítulo 14

1. Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Esta será a lei do leproso no dia de sua purificação: será levado ao sacerdote.
3. E o sacerdote sairá fora do arraial; e olhando o sacerdote que eis que a praga da lepra é sarada do leproso;
4. Então o sacerdote mandará que se tome, por aquele que se houver de purificar, duas aves vivas limpas; e pau de cedro, e carmesim, e hissopo.
5. E mandará o sacerdote que se degole uma ave, em um vaso de barro sobre águas vivas.
6. E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo; e os molhará, juntamente com a ave viva, no sangue da ave que foi degolada sobre as águas vivas.
7. E espargirá sobre aquele que se houver de purificar da lepra sete vezes; então o declarará por limpo, e deixará voar a ave viva sobre a face do campo.
8. E aquele que se houver de purificar lavará suas vestes, e rapará todo seu pelo, e se lavará com água: assim será limpo, e depois entrará no arraial. Porém morará fora de sua tenda por sete dias.
9. E será que, ao sétimo dia, rapará todo seu pelo, sua cabeça, e sua barba, e as sobrancelhas de seus olhos, e todo seu outro pelo rapará; e lavará suas vestes, e lavará sua carne nas águas, e será limpo.
10. E ao dia oitavo, tomará dois cordeiros inteiros, e uma cordeira inteira, de um ano; e três décimas de flor de farinha, para oferta de manjares, amassada com azeite, e um logue de azeite.
11. E o sacerdote que faz a purificação, apresentará ao varão que se houver de purificar, com aquelas coisas; perante a face do Senhor, à porta da tenda da congregação.
12. E o sacerdote tomará a um cordeiro, e o oferecerá por expiação da culpa, com o logue de azeite; e os moverá por oferta movida perante a face do Senhor.
13. Então degolará ao cordeiro no lugar em que se degola a expiação do pecado e o holocausto, no lugar santo; porquanto, como a expiação do pecado, assim a expiação da culpa é para o sacerdote: santidade de santidades é.
14. E o sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa, e o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que se houver de purificar; como também no polegar de sua mão direita, e no polegar de seu pé direito.
15. Assim mesmo o sacerdote tomará do logue de azeite, e o derramará sobre a mão esquerda do sacerdote.
16. Então o sacerdote molhará seu dedo direito no azeite que está em sua mão esquerda; e espargirá daquele azeite, com seu dedo, sete vezes perante a face do Senhor.
17. E do que ficar de resto do azeite que estiver em sua mão, o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que se purifica, e sobre o polegar de sua mão direita, e sobre o polegar de seu pé direito: em cima do sangue da expiação da culpa.
18. E o que ficar de resto do azeite que estiver na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que se purifica: assim o sacerdote fará expiação por ele, perante a face do Senhor.
19. E o sacerdote fará a expiação do pecado, e fará expiação por aquele que se purifica de sua imundícia; e depois, degolará ao holocausto.
20. E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de manjares sobre o altar: assim o sacerdote fará expiação por ele, e será limpo.
21. Porém se for pobre, e sua mão não alcançar tanto, então tomará um cordeiro por expiação da culpa, para movimento, para fazer expiação por ele; e uma décima de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta de manjares, e um logue de azeite.
22. Como também duas rolas, ou dois pombinhos – aquilo que alcançar sua mão –, dos quais um será para expiação do pecado, e o outro para holocausto.
23. E os trará ao dia oitavo de sua purificação ao sacerdote, à porta da tenda da congregação, perante a face do Senhor.
24. E o sacerdote tomará o cordeiro da expiação da culpa, e o logue do azeite; e o sacerdote os moverá por oferta movida perante a face do Senhor.
25. Então degolará ao cordeiro da expiação da culpa, e o sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa, e o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que se purifica; como também sobre o polegar de sua mão direita, e sobre o polegar de seu pé direito.
26. Também do azeite o sacerdote derramará, sobre a mão esquerda do sacerdote.
27. E o sacerdote espargirá com seu dedo direito, do azeite que está em sua mão esquerda, sete vezes perante a face do Senhor.
28. E o sacerdote porá do azeite que está sobre sua mão, sobre a ponta da orelha direita daquele que se purifica, e sobre o polegar de sua mão direita, e sobre o polegar de seu pé direito: sobre o lugar do sangue da expiação da culpa.
29. E o que ficar de resto do azeite, que estiver sobre a mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que se purifica: para fazer expiação por ele, perante a face do Senhor.
30. Depois adereçará a uma das rolas, ou a um dos pombinhos – do que sua mão alcançar.
31. Do que sua mão alcançar, será um para expiação do pecado, e o outro para o holocausto, com a oferta de manjares. Assim o sacerdote fará expiação por aquele que se purifica, perante a face do Senhor.
32. Esta é a lei daquele em quem estiver a praga da lepra, cuja mão não alcançar o sobredito para sua purificação.
33. Falou mais o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
34. Quando houverdes entrado na terra de Canaã, que vos hei de dar por possessão; e eu enviar praga de lepra em casa alguma da terra de vossa possessão;
35. Então virá aquele de quem for a casa, e o fará saber ao sacerdote, dizendo: Algo como praga se me parece na casa.
36. E o sacerdote mandará que despejem aquela casa, antes que o sacerdote venha a olhar a praga, para que não seja contaminado tudo quanto houver na casa; e depois, virá o sacerdote para olhar a casa.
37. E havendo olhado a praga, e eis que a praga nas paredes da casa tem covinhas verdes ou vermelhas; e as aparências delas são mais fundas que a parede;
38. Então o sacerdote sairá daquela casa, à porta da mesma casa; e cerrará aquela casa por sete dias.
39. E o sacerdote tornará, ao sétimo dia; e olhará, e eis que a praga se tem estendido nas paredes da casa.
40. Então o sacerdote mandará que arranquem as pedras em que estiver a praga; e as lancem fora da cidade, no lugar imundo.
41. E fará raspar a casa por de dentro ao redor; e lançarão fora ao pó que houverem raspado, fora da cidade, no lugar imundo.
42. Depois tomarão outras pedras, e as trarão no lugar daquelas outras pedras; e outro barro se tomará, e a casa se rebocará.
43. Porém se a praga tornar, e reverdecer naquela casa, depois de se arrancarem as pedras; e depois de rasparem a casa, e depois que foi rebocada.
44. Então o sacerdote virá, e olhará, e eis que se a praga se tem estendido na casa; lepra roedora há na casa, imunda está.
45. Pelo que derribará a casa, suas pedras, e sua madeira, como também todo o barro da casa; e levará fora da cidade, ao lugar imundo.
46. E o que entrar naquela casa todos os dias em que se houver cerrado, será imundo até a tarde.
47. Também o que se deitar naquela casa, lavará suas vestes; e o que comer naquela casa, lavará suas vestes.
48. Porém se tornar o sacerdote a entrar, e olhar que eis que a praga se não tem estendido naquela casa, depois que a casa foi rebocada; então o sacerdote declarará a casa por limpa, pois a praga está curada.
49. Tomará, pois, para expiar a casa, duas aves; como também pau de cedro, e carmesim, e hissopo.
50. E degolará uma ave, em um vaso de barro sobre águas vivas.
51. Então tomará o pau de cedro, e o hissopo, e o carmesim, e a ave viva, e os molhará no sangue da ave degolada, e nas águas vivas; e espargirá à casa sete vezes.
52. Assim expiará aquela casa com o sangue da ave, e com as águas vivas; e com a ave viva, e com o pau de cedro, e com o hissopo, e com o carmesim.
53. Então deixará voar a ave viva para fora da cidade, sobre a face do campo: assim fará expiação pela casa, e será limpa.
54. Esta é a lei: por toda praga de lepra, e de tinha.
55. E pela lepra da veste, e da casa.
56. Como também pela inchação, e pela apostema, e pela empola branca.
57. Para ensinar em que dia coisa alguma é imunda, e em que dia é limpa. Esta é a lei da lepra.

Capítulo 15

1. Falou mais o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo:
2. Falai aos filhos de Israel, e dizei-lhes: Qualquer varão, quando tem fluxo de semente de sua carne, por seu fluxo será imundo.
3. Esta pois será sua imundícia em seu fluxo: se sua carne vaza seu fluxo, ou sua carne estanca de seu fluxo, esta é sua imundícia.
4. Toda cama em que se deitar o que tiver fluxo, será imunda; e toda coisa sobre que se assentar, será imunda.
5. E qualquer um que tocar a sua cama; este lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
6. E o que se assentar sobre aquilo em que se assentou o que tem o fluxo, lavará suas vestes, e em água se banhará, e será imundo até a tarde.
7. E o que tocar a carne daquele que tem o fluxo; o tal lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
8. Quando também o que tem o fluxo cuspir sobre o limpo; então este lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
9. Também toda sela em que cavalgar o que tem o fluxo, será imunda.
10. E todo o que tocar coisa alguma que estiver debaixo dele, imundo será até a tarde; e o que a levar, lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
11. Também todo aquele a quem tocar o que tem o fluxo, sem haver lavado suas mãos com água; lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
12. E o vaso de barro que tocar o que tem o fluxo, será quebrado; porém todo vaso de madeira será lavado com água.
13. Quando, pois, o que tem o fluxo estiver limpo de seu fluxo, então se contará sete dias para sua purificação, e lavará suas vestes; e banhará sua carne em águas vivas, e será limpo.
14. E ao dia oitavo tomará para si duas rolas, ou dois pombinhos; e virá perante a face do Senhor, à porta da tenda da congregação, e os dará ao sacerdote.
15. E o sacerdote os adereçará: um para expiação do pecado, e outro para holocausto. Assim o sacerdote fará expiação por ele, de seu fluxo, perante a face do Senhor.
16. Também o varão, quando sair dele a semente de coabitaçãoA tradução castelhana de Casiodoro de Reina sugere “derramamento de semente” no lugar de “semente de coabitação”. O termo hebraico original “שְׁכָבָה/shekabah”, traduzido em português por “coabitação”, evoca a noção de “reclinar-se” ou “deitar-se”, com conotação sexual – sentido literal expresso, por exemplo, na Bíblia oficial holandesa com o termo “bijliggens”. Contudo, ao adotar “semente de coabitação”, o texto português segue claramente a Bíblia francesa de Genebra, que traz “semence de cohabitation”, isto é, “semente de coabitação”. Em todo caso, embora os sentidos sejam semelhantes, tal opção portuguesa revela mais uma vez a influência da referida tradução francesa da Bíblia para a formação do texto português.; então banhará em água toda sua carne, e será imundo até a tarde.
17. Toda vestimenta também, e toda pele, sobre a qual houver semente de coabitação; lavar-se-á com água, e será imundo até a tarde.
18. Como também a mulher com que se deitar o varão com semente de coabitação: ambos se banharão em água, e serão imundos até a tarde.
19. E a mulher, quando tiver fluxo, e seu fluxo de sangue estiver em sua carne, sete dias estará em sua separação, e todo o que a tocar será imundo até a tarde.
20. E tudo aquilo sobre que se deitar em sua separação, será imundo; como também tudo aquilo sobre que se assentar será imundo.
21. E todo aquele que tocar sua cama; o tal lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
22. Também todo aquele que tocar coisa alguma sobre que ela houver deitado; lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
23. E se a tal coisa estiver sobre a cama, ou sobre o fato em que ela se assentou, quando a tocar; será imundo até a tarde.
24. E se o varão certamente se deitar com ela, e sua imundícia estiver sobre ele, então será imundo por sete dias; como também toda cama sobre que se deitar será imunda.
25. Como também a mulher, quando manar fluxo de seu sangue por muitos dias fora do tempo de sua separação, ou quando manar para além de sua separação; todos os dias do fluxo de sua imundícia, como nos dias de sua separação, ela será imunda.
26. Toda a cama sobre que se deitar, todos os dias de seu fluxo, como a cama de sua separação lhe será; e toda coisa sobre que se assentar será imunda, conforme à imundícia de sua separação.
27. E qualquer que as tocar, será imundo; pelo que lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.
28. E quando for limpa de seu fluxo, então contará para si sete dias, e depois será limpa.
29. E ao dia oitavo, tomará para si duas rolas, ou dois pombinhos; e os trará ao sacerdote, à porta da tenda da congregação.
30. Então o sacerdote adereçará a um para expiação do pecado, e ao outro para holocausto; e fará expiação por ela o sacerdote, perante a face do Senhor, pelo fluxo de sua imundícia.
31. Assim separareis aos filhos de Israel de suas imundícias; para que não morram em suas imundícias, contaminando meu tabernáculo, que está no meio deles.
32. Esta é a lei daquele que tem fluxo; e daquele do que sair a semente de coabitação, pelo que fica imundo.
33. Como também da mulher enferma em sua separação, e daquele a quem lhe mana seu fluxo, tanto por macho como por fêmea; e do varão que se deita com imunda.

Capítulo 16

1. E falou o Senhor a Moisés, depois que os filhos de Arão morreram – quando se chegaram diante da face do Senhor, e morreram.
2. Disse, pois, o Senhor a Moisés: Fala a Arão, teu irmão, que não entre em todo tempo no santuário, véu adentro; diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra, porquanto eu apareço na nuvem sobre o propiciatório.
3. Com isto, Arão entrará no santuário, com um novilho, filho de vaca, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto.
4. A túnica santa de linho vestirá, e ceroulas de linho terá sobre sua carne, e com cinto de linho se cingirá, e com a mitra de linho se cobrirá: estas são as vestes santas, pelo que banhará em água sua carne, e os vestirá.
5. E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes dentre as cabras, para expiação do pecado; e um carneiro para holocausto.
6. Então Arão fará chegar o novilho da expiação do pecado, que é para ele; e fará expiação por si, e por sua casa.
7. Também tomará ambos os bodes; e os apresentará perante a face do Senhor, à porta da tenda da congregação.
8. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode que havia de ser enviadoNo lugar de “bode que havia de ser enviado”, a tradução castelhana de Casiodoro de Reina traz “Azazel”, interpretando o termo hebraico original “עֲזָאזֵל/azazel” como nome próprio, seja do bode mesmo, seja do lugar para onde havia de ser enviado. A versão portuguesa, por sua vez, segue a interpretação da Bíblia oficial holandesa, a qual esclarece em nota que o termo hebraico é palavra composta, formada do substantivo “עֵז/ez”, que significa “bode”, e do verbo “אָזַל/azal”, quer dizer, “passar” ou “ir embora”. Aliás, a própria Vulgata latina também não o interpreta como nome próprio, mas como “capro emissario”, isto é, “bode emissário”. Finalmente, à semelhança da Bíblia castelhana, as traduções francesa de Genebra e italiana de Diodati entendem também o referido termo hebraico como nome próprio, mas indicam em notas outras possibilidades de tradução, como esta seguida pelo texto português, o que pode também ter exercido aqui alguma influência..
9. Então fará chegar Arão o bode sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e o adereçará por expiação do pecado.
10. Porém ao bode sobre o qual cair a sorte, para que havia de ser bode enviado, apresentará vivo perante a face do Senhor, para fazer expiação com ele; para o enviar ao deserto, como a um bode que havia de ser enviado.
11. E Arão fará chegar o novilho da expiação do pecado, que é para ele, e fará expiação por si, e por sua casa; e degolará o novilho da expiação do pecado, que é para ele.
12. Também tomará o braseiro, cheio das brasas do fogo do altar, de diante da face do Senhor, como também seus punhos cheios de perfume de especiarias aromáticas moído; e o meterá véu adentro.
13. E porá o perfume sobre o fogo perante a face do Senhor; e a nuvem do perfume cobrirá ao propiciatório que está sobre o testemunho; e não morrerá.
14. E tomará do sangue do novilho, e espargirá com seu dedo sobre a face do propiciatório, para os lados do oriente; e perante o propiciatório espargirá sete vezes daquele sangue, com seu dedo.
15. Depois degolará ao bode da expiação do pecado, que é para o povo, e meterá seu sangue véu adentro; e fará de seu sangue como fez do sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório.
16. Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel, e de suas transgressões, segundo todos seus pecados; e assim fará à tenda da congregação, que mora com eles em meio de suas imundícias.
17. E nenhum homem estará na tenda da congregação, quando ele entrar a fazer expiação no santuário, até que haja saído; e fará expiação por si, e por sua casa, e por todo o ajuntamento de Israel.
18. Então sairá ao altar que está perante a face do Senhor, e fará expiação por ele; e tomará do sangue do novilho, e do sangue do bode, e o porá sobre os chifres do altar ao redor.
19. E espargirá sobre ele daquele sangue, com seu dedo, sete vezes; e o purificará, e o santificará das imundícias dos filhos de Israel.
20. Havendo, pois, acabado de expiar ao santuário, e à tenda da congregação, e ao altar, fará chegar ao bode vivo.
21. E porá Arão ambas suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e confessará sobre ele todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas suas transgressões, segundo todos seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e o enviará ao deserto, pela mão do varão preparado para isso.
22. Assim que aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles a uma terra apartada; e enviará ao bode no deserto.
23. Depois Arão virá à tenda da congregação, e despirá as vestes de linho que havia vestido, entrando no santuário; e os deixará ali.
24. E banhará sua carne em água no lugar santo, e se vestirá de suas vestes; então sairá, e adereçará seu holocausto, e o holocausto do povo, e fará expiação por si, e pelo povo.
25. E a gordura da expiação do pecado incensará sobre o altar.
26. E aquele que houver enviado ao bode que havia de ser enviado, lavará suas vestes, e banhará sua carne em água; e depois, entrará no arraial.
27. Mas ao novilho da expiação do pecado, e ao bode da expiação do pecado, cujo sangue se trouxe para fazer expiação no santuário, alguém levará fora do arraial; e queimarão com fogo suas peles, e sua carne, e seu esterco.
28. E aquele que os queimar, lavará suas vestes, e banhará sua carne em água; e depois, entrará no arraial.
29. E isto vos será por estatuto perpétuo: ao mês sétimo, aos dez dias do mês, afligireis vossas almas, e obra nenhuma fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina no meio de vós outros.
30. Porquanto naquele dia fará expiação por vós outros, para purificar a vós outros: de todos vossos pecados, perante a face do Senhor sereis purificados.
31. Sábado de descanso vos será, e afligireis vossas almas: estatuto perpétuo é.
32. E fará expiação o sacerdote, o que houver sido ungido, e cuja mão for cheia para administrar o sacerdócio no lugar de seu pai; e vestir-se-á das vestes de linho, e das vestes santas.
33. Assim expiará ao santo santuário; e à tenda da congregação, e ao altar, expiará. Semelhantemente, pelos sacerdotes, e por todo o povo do ajuntamento, fará expiação.
34. E isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação pelos filhos de Israel, de todos seus pecados, uma vez no ano. E fez Arão como o Senhor mandara a Moisés.

Capítulo 17

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel, e dize-lhes: Esta é a palavra que o Senhor mandou, dizendo:
3. Qualquer varão da casa de Israel que degolar boi, ou cordeiro, ou cabra, no arraial; ou que degolar fora do arraial;
4. E os não trouxer à porta da tenda da congregação, para oferecer oferta ao Senhor, diante do tabernáculo do Senhor; o sangue será imputado ao tal varão: sangue derramou, pelo que o tal varão será extirpado entre seu povo.
5. Para que, quando os filhos de Israel trazem seus sacrifícios, que eles sacrificam sobre a face do campo, os tragam ao Senhor, à porta da tenda da congregação, ao sacerdote; e os sacrifiquem por sacrifícios pacíficos ao Senhor.
6. E o sacerdote espargirá o sangue sobre o altar do Senhor, à porta da tenda da congregação; e incensará a gordura, em suave cheiro ao Senhor.
7. E assim nunca mais sacrificarão seus sacrifícios aos demônios, após os quais fornicam: estatuto perpétuo lhes será isto em suas gerações.
8. Dize-lhes, pois: Qualquer varão da casa de Israel, e dos estrangeiros que em meio deles peregrinam; que oferecer holocausto ou sacrifício;
9. E o não trouxer à porta da tenda da congregação, para o adereçar ao Senhor; o tal varão será extirpado de seus povos.
10. E qualquer varão da casa de Israel, e dos estrangeiros que peregrinam em meio deles, que comer algum sangue; porei minha face contra a pessoa do tal que comer sangue, e a extirparei entre seu povo.
11. Porquanto a alma da carne no sangue está, pelo que eu vo-lo dei sobre o altar, para fazer expiação por vossas almas; porquanto o sangue é o que fará expiação pela alma.
12. Pelo que tenho dito aos filhos de Israel: Nenhuma pessoa dentre vós comerá sangue. Nem estrangeiro que peregrina no meio de vós comerá sangue.
13. Também qualquer varão dos filhos de Israel, e dos estrangeiros que peregrinam em meio deles, que caça a caça de animal, ou de ave que se come; derramará seu sangue, e o cobrirá com pó.
14. Porquanto a alma de toda carne é seu sangue: no lugar de sua alma está ele; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: Sangue de carne alguma comereis. Porquanto a alma de toda carne é seu sangue: qualquer que o comer, será extirpado.
15. E toda pessoa, entre os naturais ou entre os estrangeiros, que comer coisa alguma morta ou despedaçada, lavará suas vestes, e se banhará em água, e será imunda até a tarde; então, será limpa.
16. Porém se os não lavar nem sua carne banhar, levará sua iniquidade.

Capítulo 18

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu sou o Senhor, vosso Deus.
3. Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes; nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, em que eu vos faço entrar, nem andareis em seus estatutos.
4. Meus direitos fareis, e meus estatutos guardareis, para andar neles: eu sou o Senhor, vosso Deus.
5. Sim, meus estatutos e meus direitos guardareis, os quais, fazendo o homem, viverá por eles: eu sou o Senhor.
6. Nenhum varão se achegará a parente alguma de sua carne, para desnudar as vergonhas: eu sou o Senhor.
7. As vergonhas de teu pai e as vergonhas de tua mãe não desnudarás; tua mãe é, não desnudarás suas vergonhas.
8. As vergonhas da mulher de teu pai não desnudarás: as vergonhas de teu pai são.
9. As vergonhas de tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou nascida fora da casa; sim, suas vergonhas, digo, não desnudarás.
10. As vergonhas da filha de teu filho, ou da filha de tua filha, suas vergonhas não desnudarás; pois tuas vergonhas são.
11. As vergonhas da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai – tua irmã é –, suas vergonhas não desnudarás.
12. As vergonhas da irmã de teu pai não desnudarás: parente de teu pai é.
13. As vergonhas da irmã de tua mãe não desnudarás, pois parente de tua mãe é.
14. As vergonhas do irmão de teu pai não desnudarás; à sua mulher te não chegarás, tua tia é.
15. As vergonhas de tua nora não desnudarás: mulher de teu filho é, não desnudarás suas vergonhas.
16. As vergonhas da mulher de teu irmão não desnudarás: as vergonhas de teu irmão são.
17. As vergonhas de mulher alguma e de sua filha não desnudarás. A filha de seu filho e a filha de sua filha não tomarás, para desnudares suas vergonhas: parentes são, maldade é.
18. Também a uma mulher com sua irmã não tomarás; para a afligir, desnudando suas vergonhas perante ela em sua vida.A tradução castelhana de Casiodoro de Reina sugere “não tomarás mulher com sua irmã por concubina”, seguindo assim a interpretação da Vulgata latina, que faz também referência a concubinato com a expressão “in pellicatum”. O texto português, por sua vez, sem fazer qualquer menção a concubinato, adota a expressão “para a afligir”, certamente por influência da tradução francesa de Genebra, que traz “pour l’affliger”. Aliás, a mesma interpretação aparece também na Bíblia oficial holandesa, a qual traduz o termo hebraico original “צָרַר/tsarar”, que é de fato um verbo, com esse sentido de “oprimir” ou “afligir”, indicando em nota que a passagem faz referência a situações de humilhação e desprezo que ocorreriam com frequência em casamentos com mais de uma esposa, especialmente se forem irmãs em sentido literal, como no caso de Jacó.
19. E à mulher, na separação de sua imundícia; não chegarás para desnudar suas vergonhas.
20. Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para semente, para te contaminar com ela
21. E de tua semente não darás, para a fazer passar pelo fogo a Moloque. E não profanarás o nome de teu Deus: eu sou o Senhor.
22. E com macho não te deitarás, com coabitação de mulher: abominação é.
23. Nem te deitarás com animal algum, para te contaminar com ele. Nem a mulher se porá perante animal algum, para se ajuntar com ele: mistura abominável é.
24. Não vos contamineis com coisa alguma destas; pois em todas estas coisas se contaminaram as gentes que eu lanço fora de diante de vossa face.
25. Pelo que contaminada está a terra, e eu visito sua iniquidade sobre ela; e a terra vomita seus moradores.
26. Porém vós outros guardareis meus estatutos e meus direitos, e nada fareis destas abominações: nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina no meio de vós outros.
27. Porque todas estas abominações fizeram os varões desta terra, que estavam antes de vós outros nela; e a terra se contaminou.
28. Para que a terra vos não vomite, havendo-a contaminado; como vomitou a gente que nela estava antes de vós outros.
29. Porque todo aquele que fizer alguma destas abominações, as pessoas que as fizeram serão extirpadas entre seu povo.
30. Portanto, guardareis meu mandado, não fazendo algum dos abomináveis estatutos que se fizeram antes de vós outros, e vos não contamineis com eles: eu sou o Senhor, vosso Deus.

Capítulo 19

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis. Pois santo sou eu, o Senhor, vosso Deus.
3. Cada qual a sua mãe e a seu pai temerá, e meus sábados guardará: eu sou o Senhor, vosso Deus.
4. Não vos virareis aos ídolos, nem deuses de fundição vos fareis: eu sou o Senhor, vosso Deus.
5. E quando sacrificardes sacrifício pacífico ao Senhor, de vossa própria vontade o sacrificareis.
6. No dia de vosso sacrifício se comerá, e ao dia seguinte; mas o que ficar de resto até o terceiro dia, com fogo se queimará.
7. E se coisa alguma dele se comer ao terceiro dia, coisa horrível será: não será agradável.
8. E qualquer que o comer, sua iniquidade levará, porquanto a santidade do Senhor profanou. Portanto, a tal pessoa será extirpada de seus povos.
9. Quando também segardes a sega de vossa terra, não acabarás de segar o canto de teu campo; nem as espigas caídas de tua sega colherás.
10. Semelhantemente, tua vinha não rebuscarás, nem colherás os bagos caídos de tua vinha. Ao pobre e ao estrangeiro os deixarás: eu sou o Senhor, vosso Deus.
11. Não furtareis; nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com seu próximo.
12. Nem jurareis por meu nome falsamente. Pois assim profanaríeis o nome de vosso Deus: eu sou o Senhor.
13. Não oprimirás fraudulosamente a teu próximo, nem o roubarás; não pernoitará o jornal do jornaleiro contigo até a manhã.A tradução castelhana de Casiodoro de Reina sugere aqui um texto mais simples, pois não traz o advérbio “fraudulosamente”, e sugere “deter” no lugar de “pernoitar” (ou “tresnoitar”, conforme o português arcaico). Neste caso, fica evidente a influência da Bíblia oficial holandesa sobre a versão portuguesa, uma vez que traz também um advérbio (“bedriegelijk”), e também o verbo “vernachten”, ligado à ideia de “passar a noite”. Com isso, a tradução holandesa – seguida aqui, portanto, pela portuguesa – parece buscar pôr em evidência a especificidade do verbo hebraico “עָשַׁק/ashaq”, com sentido não somente de “oprimir”, mas de “reter injustamente” ou “defraudar”, bem como do verbo “לוּן/luwn”, geralmente usado no contexto bíblico não só no sentido de “permanecer”, mas de “permanecer durante a noite”, especificamente.
14. Não amaldiçoarás ao surdo, nem perante o cego porás algum tropeço. Mas terás temor de teu Deus: eu sou o Senhor.
15. Não fareis em juízo perversidade, não aceitarás a face do pequeno, nem respeitarás a face do grande: com justiça julgarás a teu próximo.
16. Não andarás como mexeriqueiro entre teus povos, nem te porás contra o sangue de teu próximo: eu sou o Senhor.
17. Não aborrecerás a teu irmão em teu coração; diligentemente repreenderás a teu próximo, e não suportarás nele pecado.
18. Não te vingarás, nem reterás ira contra os filhos de teu povo, porém amarás a teu próximo, como a ti mesmo: eu sou o Senhor.
19. Meus estatutos guardareis: a teus animais de diferentes espécies não deixarás ajuntar, para mistura. Teu campo não semearás de diferentes espécies, e não subirá sobre ti vestimenta de diferentes espécies de diversa estofa.
20. E quando varão algum se deitar com mulher alguma, em ajuntamento de semente, que for serva, desprezada do varão, e em nenhuma maneira resgatada, nem se lhe houver dado liberdade; serão açoitados, não morrerão, pois libertada não foi.
21. E trará por expiação de sua culpa, ao Senhor, à porta da tenda da congregação, isto: um carneiro para expiação da culpa.
22. E o sacerdote fará expiação por ele com o carneiro da expiação da culpa, perante a face do Senhor, por causa de seu pecado, que pecou; e lhe será perdoado seu pecado, que pecou.
23. Quando também houverdes entrado na terra, e plantardes toda árvore de mantimento, circuncidareis o prepúcio de seu fruto: por três anos vos será incircuncisa, não se comerá dela.
24. Porém ao quarto ano todo seu fruto será santidade de louvores ao Senhor.
25. E ao ano quinto, comereis seu fruto, para que vos faça crescer sua novidade: eu sou o Senhor, vosso Deus.
26. Não comereis nada com sangue. Não sereis agoureiros, nem adivinhareis.
27. Não tosquiareis ao redor os cantos de vossa cabeça, nem danarás as pontas de tua barba.
28. E rasgadura por corpo morto não fareis em vossa carne, nem escrito de sinal lavrado fareis em vós mesmos: eu sou o Senhor.
29. Não profanarás a tua filha, fazendo-a fornicar; para que não fornique a terra, e a terra não se encha de maldade.
30. Meus sábados guardareis, e tereis temor de meu santuário: eu sou o Senhor.
31. Não vos virareis aos adivinhos e aos encantadores, não os buscareis, contaminando-vos com eles: eu sou o Senhor, vosso Deus.
32. Perante as cãs te levantarás, e honrarás a face do velho. E terás temor de teu Deus: eu sou o Senhor.
33. E quando peregrinar contigo algum estrangeiro em vossa terra, não o oprimireis.
34. Como o natural entre vós, será o estrangeiro que peregrina entre vós, e o amarás, como a ti mesmo; pois fostes estrangeiros na terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
35. Não fareis perversidade em juízo: com mensura, com peso, e com medida.
36. Balanças justas, pedras de pesar justas, efa justo e justo him tereis: eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito.
37. Pelo que guardareis todos meus estatutos, e todos meus direitos, e os fareis: eu sou o Senhor.

Capítulo 20

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que dos filhos de Israel, e dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der de sua semente a Moloque, certamente morrerá. O povo da terra o apedrejará com pedras.
3. E eu porei minha face contra o tal varão, e o extirparei do meio de seu povo; porquanto de sua semente deu a Moloque, para contaminar meu santuário, e para profanar meu santo nome.
4. E se o povo da terra de alguma maneira esconder seus olhos do tal varão, que houver dado de sua semente a Moloque; para assim o não matar;
5. Então eu porei minha face contra o tal varão, e contra sua família; e extirparei a ele, e a todos quantos fornicarem após ele, para fornicarem após Moloque, do meio de seu povo.
6. Quando uma alma se virar aos adivinhos e aos encantadores, para fornicar após eles; então porei minha face contra a tal alma, e a extirparei do meio de seu povo.
7. Portanto, santificai-vos, e sede santos; pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
8. E guardai meus estatutos, e os fazei: eu sou o Senhor, que vos santifico.
9. Quando varão algum amaldiçoar a seu pai e a sua mãe, certamente morrerá: a seu pai e a sua mãe amaldiçoou, seu sangue está sobre ele.
10. Também o varão que adulterar com a mulher de outro, o qual, digo, adulterar com a mulher de seu próximo; esse certamente morrerá, tanto o adúltero como a adúltera.
11. E o varão que se deitar com a mulher de seu pai, as vergonhas de seu pai desnudou: ambos certamente morrerão, seu sangue está sobre eles.
12. Semelhantemente, quando varão algum se deitar com sua nora, ambos certamente morrerão: mistura abominável fizeram, seu sangue está sobre eles.
13. Quando também varão algum se deitar com macho, como se fora mulher, ambos fizeram abominação: certamente morrerão, seu sangue está sobre eles.
14. E quando varão algum tomar a alguma mulher, e a sua mãe junto, maldade é: com fogo queimarão a ele e a elas, para que não haja maldade no meio de vós outros.
15. E o varão que se deitar com animal, certamente morrerá; e ao animal matareis.
16. E quando alguma mulher se achegar a animal algum, para ter ajuntamento com ele, então matarás à tal mulher, e ao tal animal: certamente morrerão, seu sangue está sobre eles.
17. E quando varão algum tomar sua irmã, filha de seu pai ou filha de sua mãe, e ele olhar as vergonhas dela, e ela olhar as vergonhas dele, torpeza é; pelo que serão extirpados perante os olhos dos filhos de seu povo. As vergonhas de sua irmã desnudou; sua iniquidade levará.
18. E quando varão algum se deitar com mulher menstruada, e desnudar suas vergonhas, sua fonte desnudando, e ela descobrir a fonte de seu sangue; então ambos serão extirpados do meio de seu povo.
19. Também as vergonhas da irmã de tua mãe, e da irmã de teu pai, não desnudarás; porquanto sua parente desnudou, sua iniquidade levarão.
20. Quando também varão algum se deitar com sua tia, as vergonhas de seu tio desnudou: seu pecado levarão, sem filhos morrerão.
21. E quando varão algum tomar a mulher de seu irmão, imundícia é: as vergonhas de seu irmão desnudou, sem filhos ficarão.
22. Guardai, pois, todos meus estatutos, e todos meus direitos, e fazei-os; para que vos não vomite a terra na qual vos faço entrar, para habitar nela.
23. E não andeis nos estatutos da gente que lanço fora de diante de vossa face. Porque todas estas coisas fizeram; portanto, fui enfadado por eles.
24. E eu vos disse a vós outros: Vós possuireis em herança a terra deles, e eu vo-la darei a vós, para possuí-la em herança, terra que mana leite e mel. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos separei dos povos.
25. Portanto, fareis diferença entre os animais limpos e imundos, e entre as aves imundas e limpas; e não fareis abomináveis vossas almas nos animais, e nas aves, e em tudo quanto rasteja sobre a terra, as quais coisas vos separei, para as terdes por imundas.
26. E me sereis santos, pois santo sou eu, o Senhor; e vos separei dentre os povos, para serdes meus.
27. Quando, pois, algum homem ou mulher tiver em si espírito adivinhador ou encantador, certamente morrerão: com pedras os apedrejarão, seu sangue está sobre eles.

Capítulo 21

1. Depois disse o Senhor a Moisés: Fala aos sacerdotes, filhos de Arão. E dize-lhes: Por morto algum, o sacerdote não se contaminará entre seus povos.
2. Salvo por seu parente a ele mais achegado: por sua mãe, e por seu pai, e por seu filho, e por sua filha, e por seu irmão.
3. E por sua irmã virgem, a ele achegada, que não teve varão; por ela, se contaminará.
4. Não se contaminará sendo maioral entre seus povos, para se profanar a si.
5. Não farão calva em sua cabeça, e a ponta de sua barba não raparão; nem rasgarão rasgadura em sua carne.
6. Santos serão a seu Deus, e não profanarão ao nome de seu Deus. Porquanto as ofertas incensadas do Senhor, o pão de seu Deus, oferecem; portanto, santos serão.
7. Mulher rameira ou profanada não tomarão, nem tomarão mulher repudiada por seu marido; pois santo é a seu Deus.
8. E o santificarás, porquanto o pão de teu Deus oferece; santo te será a ti, pois santo sou eu, o Senhor, que vos santifico a vós.
9. E quando filha de algum sacerdote começar a fornicar, ela profana a seu pai: será queimada com fogo.
10. E o sumo sacerdote entre seus irmãos, sobre cuja cabeça se derramou o azeite da unção, e cuja mão se encheu para vestir as vestes; não descobrirá sua cabeça, nem rasgará suas vestes.
11. Nem virá a pessoa nenhuma morta: nem por seu pai, nem por sua mãe, se contaminará.
12. Nem sairá do santuário, para que não profane o santuário de seu Deus. Pois a coroa do azeite da unção de seu Deus está sobre ele: eu sou o Senhor.
13. E ele tomará mulher em sua virgindade.
14. Viúva, ou repudiada, ou profanada, ou rameira, elas, digo, não tomará; mas virgem de seus povos tomará por mulher.
15. E não profanará sua semente entre seus povos, pois eu sou o Senhor, que o santifico.
16. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
17. Fala a Arão, dizendo: Ninguém de tua semente, em suas gerações, em que houver alguma falta, se achegará a oferecer o pão de seu Deus.
18. Pois varão nenhum, em quem houver alguma falta, se achegará – como varão cego, ou coxo, ou curto, ou sobejo de membros.
19. Ou varão em quem houver quebradura de pé, ou quebradura de mão.
20. Ou corcovado, ou anão, ou que tiver nuvem em seu olho, ou sarna, ou impigem em seu corpo, ou testículo quebrado.
21. Varão nenhum da semente de Arão, o sacerdote, em que houver alguma falta, se achegará a oferecer as ofertas incensadas do Senhor: falta nele há, não se achegará a oferecer o pão de seu Deus.
22. O pão de seu Deus, das santidades de santidades; e das coisas santas, comerá.
23. Porém até o véu não entrará, nem ao altar se achegará, porquanto falta há nele; para que não profane meu santuário, pois eu sou o Senhor que os santifico.
24. E isto falou Moisés a Arão e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel.

Capítulo 22

1. Depois falou Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala a Arão, e a seus filhos, que se apartem das coisas santas dos filhos de Israel, para que não profanem o nome de minha santidade; nas quais eles me santificam: eu sou o Senhor.
3. Dize-lhes: Todo varão que se achegar, entre vossas gerações, de toda vossa semente, às coisas santas que os filhos de Israel santificam ao Senhor, tendo sua imundícia sobre si; a tal alma desarraigada será de diante de minha face: eu sou o Senhor.
4. Ninguém da semente de Arão que for leproso, ou tiver fluxo, comerá das coisas santas até que não esteja limpo; como também o que tocar coisa alguma imunda de coisa morta, ou varão do qual sair semente de coabitação.
5. Ou qualquer que tocar a algum réptil, pelo que se fizer imundo; ou a um homem, pelo que se fizer imundo, segundo toda sua imundícia.
6. O homem que o tocar, será imundo até a tarde; e não comerá das coisas santas, mas banhará sua carne em água.
7. E havendo-se o sol já posto, então será limpo; e depois comerá das coisas santas, pois este é seu pão.
8. Coisa morta, ou despedaçada, não comerá, para se contaminar nela: eu sou o Senhor.
9. Guardarão, pois, meu mandado, para que por isso não levem pecado, nem morram nele, profanando-as: eu sou o Senhor, que os santifico.
10. Também nenhum estrangeiro comerá coisa santa; nem o hóspede do sacerdote, nem o jornaleiro, da coisa santa comerão.
11. Todavia, havendo o sacerdote comprado alguma pessoa por seu dinheiro, a tal comerá dela; e o nascido em sua casa: estes comerão de seu pão.
12. Mas quando a filha do sacerdote se casar com varão estrangeiro, ela não comerá da oferta levantada das coisas santas.
13. Porém quando a filha do sacerdote for viúva, ou repudiada, e não tiver semente, e se houver tornado à casa de seu pai, como em sua mocidade, do pão de seu pai comerá; mas nenhum estrangeiro comerá dele.
14. E quando alguém comer coisa santa por erro, então acrescentará seu quinto sobre ela e o dará ao sacerdote com a coisa santa.
15. E não profanarão as coisas santas dos filhos de Israel, que houverem oferecido ao Senhor.
16. Nem os farão levar a iniquidade da culpa, comendo suas coisas santas; pois eu sou o Senhor, que os santifico.
17. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
18. Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel, e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Israel e dos estrangeiros em Israel, oferecer sua oferta, segundo todos seus votos e segundo todas suas ofertas voluntárias, que oferecerem ao Senhor em holocausto:
19. De vossa livre vontade será: oferecereis macho inteiro, das vacas, dos cordeiros ou das cabras.
20. Coisa nenhuma em que haja falta oferecereis; pois não será aceita por vós outros.
21. E quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao Senhor, separando voto ou oferta voluntária, das vacas ou das ovelhas; isso será inteiro, para que seja aceito, falta nenhuma haverá naquilo:
22. Cego, ou quebrantado, ou aleijado, ou verruguento, ou sarnento, ou cheio de ronha, estes não oferecereis ao Senhor; nem poreis oferta incensada deles sobre o altar, ao Senhor.
23. Porém boi, ou gado miúdo, sobejo ou falto de membros, para oferta voluntária o adereçarás; mas por voto, não será aceito.
24. Machucado, ou ferido, ou despedaçado, ou cortado, não oferecereis ao Senhor; nem em vossa terra fareis oferta deles.
25. Também da mão do estrangeiro nenhum manjar oferecereis a vosso Deus, de todas estas coisas; pois sua corrupção está nelas, falta nelas há, não vos serão aceitas.
26. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
27. Quando algum boi, ou cordeiro, ou cabra nascer, estará sete dias debaixo de sua mãe; e desde o oitavo dia e em diante, será aceito por oferta incensada ao Senhor.
28. Também boi ou gado miúdo, a ele e a seu filho não degolareis em um mesmo dia.
29. E quando sacrificardes sacrifício de louvores ao Senhor, de vossa livre vontade o sacrificareis.
30. No mesmo dia se comerá, nada deixareis ficar dele até a manhã: eu sou o Senhor.
31. Pelo que guardareis meus mandamentos, e os fareis: eu sou o Senhor.
32. E não profanareis meu santo nome, para que eu seja santificado em meio dos filhos de Israel: eu sou o Senhor, que vos santifico;
33. Que vos tirei da terra do Egito, para vos ser a vós por Deus: eu sou o Senhor.

Capítulo 23

1. Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenes festividades do Senhor, as quais apregoareis, serão convocações santas. Estas são minhas solenes festividades:
3. Seis dias obra se fará, porém ao sétimo dia será sábado do descanso, santa convocação; nenhuma obra fareis. Sábado é do Senhor, em todas vossas habitações.
4. Estas, pois, são as solenes festividades do Senhor, as santas convocações; as quais apregoareis a seu tempo determinado:
5. No mês primeiro, aos catorze dias do mês, entre as duas tardes: é Páscoa ao Senhor.
6. E aos quinze dias do mesmo mês, é a festa dos pães ázimos ao Senhor: por sete dias, pães ázimos comereis.
7. No primeiro dia tereis santa convocação: nenhuma obra servil fareis.
8. Mas oferecereis oferta incensada ao Senhor sete dias. Ao sétimo dia, haverá santa convocação: nenhuma obra servil fareis.
9. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
10. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra que vos hei de dar, e segardes sua sega; então trareis uma gavela das primícias de vossa sega ao sacerdote.
11. E ele moverá aquela gavela perante a face do Senhor, para que sejais aceitos: no dia seguinte do sábado, o sacerdote a moverá.
12. Também adereçareis, no dia em que moverdes a gavela, isto: um cordeiro inteiro, de um ano, em holocausto ao Senhor.
13. Como também sua oferta de manjares, de duas décimas de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta incensada, de suave cheiro ao Senhor; e sua oferta de licor de vinho, a quarta parte de um him.
14. E não comereis pão, nem grão tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta de vosso Deus: estatuto perpétuo é por vossas gerações, em todas vossas habitações.
15. Então contareis para vós, desde o dia seguinte do sábado, desde o dia em que trouxerdes a gavela da oferta movida (sete sábados inteiros serão),
16. Até o dia seguinte do sétimo sábado, contareis cinquenta dias. Então oferecereis nova oferta de manjares ao Senhor.
17. De vossas habitações, dois pães movidos trareis, de duas décimas de flor de farinha serão, lêvedos se cozerão: primícias são ao Senhor.
18. Também oferecereis, com o pão, sete cordeiros inteiros de um ano, e um novilho, filho de vaca, e dois carneiros: holocausto serão ao Senhor, com sua oferta de manjares, e suas derramaduras, por oferta incensada, de suave cheiro ao Senhor.
19. Também adereçareis um bode dentre as cabras por expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.
20. Então o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante a face do Senhor, com os dois cordeiros: santidade serão ao Senhor para o sacerdote.
21. E naquele mesmo dia, apregoareis convocação santa que vos será; nenhuma obra servil fareis. Estatuto perpétuo será, em todas vossas habitações, por vossas gerações.
22. E quando segardes a sega de vossa terra, segando, não acabarás de segar o canto de teu campo, nem as espigas caídas de tua sega colherás. Para o pobre, e para o estrangeiro, as deixarás: eu sou o Senhor, vosso Deus.
23. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
24. Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro dia do mês, tereis sábado, memorial de jubilação, santa convocação.
25. Nenhuma obra servil fareis, mas oferecereis oferta incensada ao Senhor.
26. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
27. Porém, aos dez deste mês sétimo, o dia de expiação este será, convocação santa tereis, então afligireis vossas almas; e oferecereis oferta incensada ao Senhor.
28. E nenhuma obra fareis naquele mesmo dia; pois o dia de expiação é, para fazer expiação por vós outros, perante a face do Senhor, vosso Deus.
29. Porque toda pessoa que se não afligir naquele mesmo dia, será extirpada de seus povos.
30. Também toda pessoa que fizer obra alguma naquele mesmo dia, à tal pessoa destruirei do meio de seu povo.
31. Nenhuma obra fareis: estatuto perpétuo por vossas gerações será, em todas vossas habitações.
32. Sábado do descanso vos será, e afligireis vossas almas: aos nove do mês à tarde, de tarde à tarde, celebrareis vosso sábado.
33. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
34. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a festa das cabanas, por sete dias, ao Senhor.
35. Ao primeiro dia, haverá a convocação santa: nenhuma obra servil fareis.
36. Sete dias oferecereis oferta incensada ao Senhor. Ao dia oitavo, convocação santa tereis, e oferecereis oferta incensada ao Senhor: dia de proibição é, nenhuma obra servil fareis.
37. Estas são as solenes festividades do Senhor, que apregoareis para santas convocações; para oferecer oferta incensada ao Senhor, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e derramaduras, cada coisa em seu dia.
38. Além dos sábados do Senhor; e além de vossas dádivas, e além de vossos votos, e além de todas vossas voluntárias ofertas, que haveis de dar ao Senhor.
39. Porém aos quinze dias do mês sétimo, quando já houverdes recolhido a novidade da terra, celebrareis a festa do Senhor sete dias: ao dia primeiro haverá sábado, e ao dia oitavo haverá sábado.
40. E ao primeiro dia, para vós tomareis fruto de formosas árvores, ramos de palmas e ramos de árvores espessas, com salgueiros dos rios; e vos alegrareis perante a face do Senhor, vosso Deus, por sete dias.
41. E celebrareis esta festa ao Senhor, por sete dias, a cada ano. Estatuto perpétuo será por vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis.
42. Em cabanas morareis por sete dias: todos os naturais em Israel morarão em cabanas.
43. Para que vossas gerações saibam que eu fiz morar aos filhos de Israel em cabanas, quando os tirei da terra do Egito: eu sou o Senhor, vosso Deus.
44. Assim pronunciou Moisés as solenes festividades do Senhor, aos filhos de Israel.

Capítulo 24

1. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Manda aos filhos de Israel que tragam a ti azeite de oliva puro, moído, para a lumeeira; para acender as lâmpadas continuamente.
3. Fora do véu do testemunho, na tenda da congregação, Arão as concertará continuamente, desde a tarde até a manhã, perante a face do Senhor: estatuto perpétuo será, por vossas gerações.
4. Sobre o castiçal puro concertará as lâmpadas, perante a face do Senhor continuamente.
5. Também tomará flor de farinha, e cozerá dela doze bolos: de duas décimas será cada bolo.
6. E pô-los-á em duas carreiras, seis em cada carreira; sobre a mesa pura, perante a face do Senhor.
7. E porás sobre cada carreira incenso puro. E será para o pão por memorial; oferta incensada é ao Senhor.
8. Em cada dia de sábado o concertará perante a face do Senhor, continuamente; por causa dos filhos de Israel, por concerto perpétuo.
9. E será de Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo; porquanto santidade de santidades é para ele das ofertas incensadas do Senhor, por estatuto perpétuo.
10. Então saiu um filho de uma mulher israelita, filho de um varão egípcio, o qual estava no meio dos filhos de Israel; e o filho da israelita e um varão israelita pelejaram no arraial.
11. Então o filho da mulher israelita blasfemou o Nome, e amaldiçoou; pelo que o trouxeram a MoisésNo lugar de “blasfemou o Nome”, a versão castelhana de Casiodoro de Reina sugere “declarou o Nome”, indicando também em nota “pronunciou” como possibilidade de tradução, e esclarecendo que o sentido é de fato, nesse contexto, “blasfemou”. A tradução portuguesa, assim, segue o modelo das demais traduções de referência – como a Bíblia oficial holandesa, a versão francesa de Genebra e a italiana de Diodati – pois todas optam por verbos mais próximos ao português “blasfemou”, como o holandês “lasterde”, o francês “blasphéma” e o italiano “bestemmiò”. Aliás, a mesma tradução holandesa acrescenta em nota que o verbo hebraico “נָקַב/naqab”, aqui traduzido por “blasfemou”, carrega literalmente o sentido de “traspassar”, “perfurar” ou “ferir”, como se Deus houvesse sido “traspassado” por uma língua blasfema. Finalmente, nesse caso, o texto português segue também o modelo da Vulgata latina, que traz “blasphemasset nomen”.. E era o nome de sua mãe Selomite, filha de Dibri, da tribo de Dã.
12. E puseram-no na prisão, para que se lhes fizesse declaração pela boca do Senhor.
13. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
14. Tira ao blasfemo fora do arraial; e todos quantos o ouviram, porão suas mãos sobre sua cabeça. Então, o apedrejará toda a congregação.
15. E aos filhos de Israel falarás, dizendo: Qualquer que amaldiçoar a seu Deus, levará seu pecado.
16. E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o Nome, morrerá.
17. E o homem que matar alguma pessoa, certamente morrerá.
18. Porém, quem matar animal algum, restituí-lo-á: alma por alma.
19. Quando também alguém der mancha a seu próximo, ferindo-o; tal como fez, assim se lhe fará.
20. Quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente: como deu mancha a um homem, assim se lhe dará.
21. Quem, pois, matar algum animal, restituí-lo-á; mas quem matar a algum homem, morrerá.
22. Um mesmo direito tereis: como o estrangeiro, assim o natural será. Pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
23. E falou Moisés aos filhos de Israel que tirassem ao blasfemo fora do arraial, e o apedrejassem com pedras; e os filhos de Israel fizeram como mandara o Senhor a Moisés.

Capítulo 25

1. Falou mais o Senhor a Moisés, no Monte Sinai, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra que eu vos dou; então a terra descansará um sábado ao Senhor.
3. Seis anos semearás teu campo, e seis anos podarás tua vinha; e colherás sua novidade.
4. Porém, ao sétimo ano, sábado de descanso haverá para a terra, sábado ao Senhor: teu campo não semearás, e tua vinha não podarás.
5. O que nascer de si mesmo de tua sega, não segarás, e as uvas de tua separação, não vindimarás: ano de descanso será para a terra.
6. Mas o sábado da terra vos será por mantimento, a ti, e a teu servo, e a tua serva; e a teu jornaleiro e a teu forasteiro que peregrinam contigo.
7. Como também a tua besta e a teu animal que há em tua terra, será toda sua novidade por mantimento.
8. Também te contarás sete semanas de anos: sete vezes sete anos. De maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.
9. Então farás passar o som da trombeta ao mês sétimo, aos dez dias do mês: no dia das expiações, fareis passar trombeta por toda vossa terra.
10. E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos seus moradores: ano de jubileu este vos será, e tornareis cada qual à sua possessão, e cada qual à sua família tornará.
11. Ano de jubileu este ano quinquagésimo vos será: não semeareis, nem segareis o que nele nascer de si mesmo, nem vindimareis nele as uvas das separações.
12. Pois o ano de jubileu é, santo vos será; do campo comereis sua novidade.
13. Neste ano do jubileu, tornareis cada qual à sua possessão.
14. Pelo que, quando venderdes coisa alguma de venda a vosso próximo, ou comprardes da mão de vosso próximo; ninguém oprima a seu irmão.
15. Conforme ao número dos anos, desde o ano do jubileu, comprarás de teu próximo; e conforme ao número dos anos das novidades, te venderá ele a ti.
16. Conforme à multidão dos anos, aumentarás seu preço, e conforme à pouquidade dos anos, diminuirás seu preço; pois conforme o número das novidades te vende a ti.
17. Ninguém, pois, de vós outros oprimirá a seu próximo, mas terás temor de teu Deus; pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
18. E fazei meus estatutos, e meus direitos guardai, e os fazei: assim habitareis sobre a terra seguros.
19. E a terra dará seu fruto, e comereis a fartar; e habitareis seguros nela.
20. E quando disserdes: Que comeremos ao sétimo ano? Eis que não hemos de semear, nem colher nossa novidade.
21. Então eu vos mandarei a minha bênção no sexto ano, para que vos dê novidade por três anos.
22. E semeareis ao ano oitavo, e comereis da novidade velha, até o ano nono: até que venha sua novidade, comereis a velha.
23. Também a terra não se venderá rematadamente, pois a terra é minha; porque vós outros sois peregrinos e forasteiros comigo.
24. Pelo que em toda a terra de vossa possessão, resgate dareis à terra.
25. Quando teu irmão empobrecer, e vender coisa alguma de sua possessão; então virá seu resgatador, seu parente, e resgatará o vendido de seu irmão.
26. E se algum varão não tiver resgatador; porém sua mão alcançar, e achar o que basta para seu resgate;
27. Então contará os anos de sua venda, e tornará o que sobejar ao varão a quem vendeu; e tornar-se-á à sua possessão.
28. Porém se sua mão não alcançar o que basta para que lhe torne, então o vendido dele ficará em mão do que o comprou, até o ano do jubileu; porém no ano do jubileu sairá, e ele tornará à sua possessão.
29. Semelhantemente, quando alguém vender a casa de habitação em cidade muralhada, então será seu resgate até que se cumpra o ano de sua venda: um ano inteiro será o tempo de seu resgate.
30. Mas se, cumprindo-se-lhe um inteiro ano, ainda não for resgatado, então a casa que estiver na cidade que tem muralha ficará rematadamente ao que a comprou, para suas gerações: não sairá no ano do jubileu.
31. Porém as casas das aldeias, que não tem muro ao redor, serão estimadas como o campo da terra: resgate haverá para elas, e no ano do jubileu sairão.
32. E no tocante às cidades dos levitas, as casas das cidades de sua possessão; resgate perpétuo terão os levitas.
33. E havendo-se feito resgate entre os levitas, então sairá a venda da casa e da cidade de sua possessão no ano do jubileu; porquanto as casas das cidades dos levitas são sua possessão em meio dos filhos de Israel.
34. Porém o campo dos arrabaldes de suas cidades, se não venderá; porque possessão perpétua é para eles.
35. E quando teu irmão empobrecer, e sua mão trêmula estender a tiEm vez de “sua mão trêmula estender a ti”, a tradução castelhana de Casiodoro de Reina sugere “sua mão encostar (ou se arrimar) a ti”, esclarecendo em nota marginal que o sentido da expressão seria simplesmente “te pedir ajuda”. O texto português segue mais de perto, neste caso, a interpretação proposta pela tradução francesa de Genebra, que traz justamente “ses mains tremblantes”, quer dizer, “suas mãos trêmulas” ou “trementes”, conforme o português arcaico. Além disso, a referida tradução francesa, junto com a Bíblia oficial holandesa, esclarece em nota que podem ser dois o sentido da passagem: ou tremem as mãos do pobre como indício de sua debilidade, ou tremem como manifestação física de sua súplica. Seja como for, a referida tradução francesa, tal como a holandesa e portuguesa, traduzem bem literalmente o sentido dos termos hebraico originais, isto é, o substantivo “יָד/yad” como “mão”, e o verbo “מוֹט/mot” como “tremer”, “vacilar” ou “balançar”.; então sustentá-lo-ás, também ao peregrino e forasteiro, para que viva contigo.
36. Não tomarás dele usura e onzena, mas terás temor de teu Deus; para que teu irmão viva contigo.
37. Teu dinheiro lhe não darás à usura, nem lhe darás à onzena teu manjar.
38. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito; para vos dar a terra de Canaã, para vos ser a vós por Deus.
39. Semelhantemente, quando teu irmão empobrecer, estando contigo, e se houver vendido a ti; não lhe deixarás fazer serviço de escravo.
40. Como jornaleiro, como forasteiro estará contigo; até o ano do jubileu servirá contigo.
41. Então sairá de contigo, ele e seus filhos com ele; e tornará à sua família, e à possessão de seus pais tornará.
42. Porquanto meus servos são, os quais tirei da terra do Egito: não serão vendidos, como se vende o escravo.
43. Não te farás senhor dele com dureza, mas terás temor de teu Deus.
44. E quanto a teu escravo, ou a tua escrava, que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós outros: delas comprareis escravos e escravas.
45. Também dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós outros, deles os comprareis, e de suas famílias, que estiverem convosco, que são nascidos em vossa terra; e vos serão por possessão.
46. E possuí-los-eis por herança, para vossos filhos depois de vós, para que herdem a possessão: perpetuamente os fareis servir. Porém sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, cada qual sobre seu irmão, não dominareis sobre ele com dureza.
47. E quando a mão do peregrino e forasteiro, que está contigo, alcançar coisa alguma; e teu irmão que está com ele empobrecer, e se vender ao peregrino ou forasteiro que está contigo, ou à raça da família do peregrino;
48. Depois que se houver vendido, resgate haverá para ele: um de seus irmãos o resgatará.
49. Ou seu tio, ou o filho de seu tio, o resgatará; ou um dos parentes de sua carne, de sua família, o resgatará. Ou se sua própria mão alcançar, ele mesmo se resgatará.
50. E contará com o que o comprou, desde o ano que se vendeu a ele, até o ano do jubileu. E o dinheiro de sua venda será por conta dos anos: como os dias de jornaleiro, se usará com ele.
51. Se ainda forem muitos anos, tornará seu resgate do dinheiro pelo qual foi vendido conforme a eles.
52. E se restarem poucos anos até o ano do jubileu, então fará conta com ele; conforme a seus anos, tornará seu resgate.
53. Como jornaleiro, de ano por ano, estará com ele: não terá domínio sobre ele com dureza perante teus olhos.
54. E se com isto se não resgatar, então sairá no ano do jubileu ele e seus filhos com ele.
55. Porque os filhos de Israel me são servos: servos meus são, os quais tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.

Capítulo 26

1. Não fareis para vós ídolos, nem imagem de vulto, nem estátua vos levantareis; nem pedra figurada poreis em vossa terra, para vos inclinar a ela. Pois eu sou o Senhor, vosso Deus.
2. Meus sábados guardareis, e meu santuário reverenciareis: eu sou o Senhor.
3. Se em meus estatutos andardes; e meus mandamentos guardardes, e os fizerdes;
4. Então darei vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará sua novidade, e a árvore do campo dará seu fruto.
5. E a debulha vos chegará à vindima, e a vindima chegará à sementeira; e comereis vosso pão à fartura, e habitareis seguros em vossa terra.
6. Também darei paz na terra, e dormireis, e não haverá quem vos espante; e às bestas-feras farei cessar da terra, e espada não passará por vossa terra.
7. E perseguirei a vossos inimigos, e cairão perante vossa face à espada.
8. E cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós perseguirão a dez mil; e vossos inimigos cairão perante vossa face à espada.
9. E me virarei a vós, e vos farei frutificar, e vos multiplicarei; e estabelecerei meu concerto convosco.
10. E comereis do velho já envelhecido; e o velho, por causa do novo, tirareis fora.
11. E porei meu tabernáculo em meio de vós outros, e minha alma se não enfastiará de vós.
12. E andarei em meio de vós, e vos serei a vós por Deus; e vós me sereis a mim por povo.
13. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para que não fôsseis seus escravos; e quebrantei os timões de vosso jugo, e vos fiz andar direitos.
14. Porém se me não ouvirdes, e não fizerdes todos estes mandamentos.
15. E se abominardes meus estatutos, e se vossa alma se enfastiar de meus direitos; não fazendo todos meus mandamentos, porém invalidando meu concerto.
16. Também eu vos farei isto: enviarei sobre vós terror, etiguidade e febre ardente, que consumam os olhos, e atormentem a alma. E semeareis em vão vossa semente, e vossos inimigos a comerão.
17. E porei minha face contra vós outros, e sereis feridos perante a face de vossos inimigos. E os que vos aborrecem, terão domínio sobre vós; e fugireis, não havendo quem vos persiga.
18. E se ainda com estas coisas me não ouvirdes, então acrescentarei a castigar-vos sete vezes mais por vossos pecados.
19. E quebrantarei a soberba de vossa força; e farei a vosso céu como ferro, e a vossa terra como cobre.
20. E vossa força se consumirá em vão; e vossa terra não dará sua novidade, e as árvores da terra não darão seu fruto.
21. E se andardes opondo-vos a mim, e não quiserdes me ouvir; então acrescentarei sobre vós feridas sete vezes tanto, conforme a vossos pecados.
22. E enviarei entre vós as feras do campo, as quais vos roubarão vossos filhos, e desfarão vosso gado; e vos apoucarão, e vossos caminhos serão desertos.
23. E se com estas coisas me não fordes assaz castigados, porém andardes opondo-vos a mim;
24. Também eu andarei opondo-me a vós; e eu também vos ferirei sete vezes tanto, por vossos pecados.
25. E trarei sobre vós espada vingativa, que vingará meu concerto, e vos ajuntareis em vossas cidades; e enviarei pestilência no meio de vós outros, e sereis entregues nas mãos do inimigo.
26. Quando eu vos quebrantar o bordão do pão, então dez mulheres cozerão vosso pão em um forno, e vos tornarão vosso pão a peso; e comereis, porém não vos fartareis.
27. Se com isto também me não ouvirdes, porém andardes opondo-vos a mim;
28. Também eu andarei opondo-me em furor a vós, e vos castigarei sete vezes tanto por vossos pecados.
29. E comereis a carne de vossos próprios filhos; e a carne de vossas próprias filhas comereis.
30. E destruirei vossos altos, e cortarei vossas imagens do Sol, e lançarei vossos corpos mortos sobre os corpos mortos de vossos deuses de esterco;A tradução castelhana de Casiodoro de Reina traz aqui expressões mais simples: em vez de “imagens do Sol” sugere “imagens” apenas; e no lugar de “deuses de esterco”, traz “ídolos”. Aqui, o texto português segue claramente a Bíblia oficial holandesa, que traz no primeiro caso “zonnebeelden” (quer dizer, “imagens solares”), e no segundo “drekgoden” (“deuses de esterco” ou de “excremento”). Aliás, a mesma tradução holandesa esclarece em nota que o primeiro termo hebraico, o substantivo “חַמָּן/chamman”, é derivado do verbo “חָמַם/chamam”, ligado à noção de aquecimento, e particularmente do calor do Sol (“חַמָּה/chammah”); e que o segundo, o substantivo “גִּלּוּל/gillul”, significa literalmente “esterco” ou “excremento humano”, sendo os tais ídolos assim denominados pejorativamente no texto bíblico. Finalmente, embora as versões francesa de Genebra e italiana de Diodati não sigam no corpo do texto exatamente esse mesmo padrão de tradução, ambas trazem em notas marginais informações similares sobre os referidos termos hebraicos, de modo que podem ter sido consultadas também para a formação da versão portuguesa. e minha alma se enfastiará de vós.
31. E porei vossas cidades em deserto, e assolarei vossos santuários; e não cheirarei vosso suave cheiro.
32. E eu assolarei a terra; de tal maneira que se espantem disso vossos inimigos, que moram nela.
33. E vos espalharei entre as gentes, e arrancarei espada após vós; e vossa terra será assolada, e vossas cidades serão deserto.
34. Então a terra folgará em seus sábados, todos os dias de sua assolação, e vós estareis na terra de vossos inimigos; então a terra descansará, e folgará em seus sábados.
35. Todos os dias de sua assolação, descansará;  porque não descansou em vossos sábados, quando habitáveis nela.
36. E quanto aos que dentre vós restarem, meterei covardia em seus corações nas terras de seus inimigos; de modo que até o som de uma folha movida os perseguirá, e fugirão como de fuga de espada, e cairão não havendo quem os persiga.
37. E tropeçarão uns nos outros, como de diante de espada, não havendo quem os persiga; e não podereis parar perante vossos inimigos.
38. E perecereis entre as gentes, e a terra de vossos inimigos vos consumirá.
39. E os que dentre vós restarem, se derreterão por sua iniquidade nas terras de vossos inimigos; e até pela iniquidade de seus pais, com eles se derreterão.
40. Então confessarão sua iniquidade, e a iniquidade de seus pais, com suas prevaricações com que prevaricaram contra mim; como também que andaram opondo-se a mim.
41. E que também eu andei opondo-me a eles, e os levei à terra de seus inimigos. E se então seu coração incircunciso se abater, e então tomarem por bem o castigo de sua iniquidade;
42. Também eu me lembrarei de meu concerto com Jacó. E também de meu concerto com Isaque, e também de meu concerto com Abraão, me lembrarei, e da terra me lembrarei;
43. Havendo a terra sido desamparada por causa deles, e havendo-se folgado em seus sábados, sendo assolada por causa deles, e tomando por bem o castigo de sua iniquidade; porquanto e em razão de que rejeitaram meus direitos, e sua alma se enfastiara de meus estatutos.
44. E demais disto também, estando eles na terra de seus inimigos, os não enjeitarei, nem me enfastiarei deles, para consumi-los, invalidando meu concerto com eles; pois eu sou o Senhor, seu Deus.
45. Antes, por amor deles, me lembrarei do concerto com seus antepassados. Os quais tirei da terra do Egito, perante os olhos das gentes, para que lhes fosse por Deus: eu sou o Senhor.
46. Estes são os estatutos, e os direitos, e as leis que o Senhor deu entre si e os filhos de Israel, no Monte Sinai, pela mão de Moisés.

Capítulo 27

1. Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
2. Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando alguém separar voto algum; segundo tua estimação as almas serão do Senhor.
3. Sendo tua estimação do macho de vinte anos de idade, até a idade de sessenta anos; então será tua estimação de cinquenta siclos de prata, segundo o siclo do santuário.
4. Porém sendo fêmea, então será tua estimação de trinta siclos.
5. E se for de idade de cinco anos até idade de vinte anos; então será tua estimação do macho de vinte siclos, e da fêmea, dez siclos.
6. Porém, se for de um mês de idade, até a idade de cinco anos, então será tua estimação do macho de cinco siclos de prata; e da fêmea será tua estimação de três siclos de prata.
7. E se for de sessenta anos de idade e acima, se for macho, então será tua estimação quinze siclos; e da fêmea, dez siclos.
8. Porém, se for mais pobre do que tua estimação, então se porá perante a face do sacerdote, para que o sacerdote o estime; conforme ao que alcançar a mão do que fez o voto, o sacerdote o estimará.
9. E se for animal de que se oferece oferta ao Senhor, tudo quanto der dele ao Senhor será santo.
10. Não o mudará, nem trocará bom por mau, ou mau por bom; se porém em alguma maneira trocar animal por animal, então o tal, e sua troca, será santo.
11. E se for algum animal imundo, de que se não oferece oferta ao Senhor; então porá ao tal animal perante a face do sacerdote.
12. E o sacerdote o estimará, seja bom ou seja mau; segundo tua estimação, ó sacerdote, assim será.
13. Porém se em alguma maneira o resgatar, então lhe acrescentará seu quinto para além de tua estimação.
14. E quando alguém santificar sua casa, para ser santa ao Senhor, então o sacerdote a estimará, seja boa ou má: como o sacerdote a estimar, assim se ficará.
15. E se o que santificou resgatar sua casa; então acrescentará o quinto, para além do dinheiro de tua estimação, e será sua.
16. Se também alguém do campo de sua possessão santificar coisa alguma ao Senhor, então será tua estimação segundo sua semente: um gômer de semente de cevada será estimado a cinquenta siclos de prata.
17. Se desde o ano de jubileu houver santificado seu campo, segundo tua estimação se ficará.
18. Porém, se depois do ano de jubileu houver santificado seu campo, então o sacerdote lhe contará o dinheiro conforme aos anos que restam até o ano de jubileu, e se tirará de tua estimação.
19. E se o que santificou o campo, totalmente o resgatar; então acrescentará o quinto, para além do dinheiro de tua estimação, e ficará seu.
20. E se não resgatar o campo ou se vender o campo a outro varão, nunca mais se resgatará.
21. Porém, havendo o campo saído no ano de jubileu, será santo ao Senhor, como campo consagrado: ao sacerdote será sua possessão.
22. E se o campo que comprou, o qual não for do campo de sua possessão; santificar ao Senhor,
23. Então o sacerdote lhe contará a soma de tua estimação, até o ano de jubileu; e dará tua estimação no mesmo dia por santidade ao Senhor.
24. No ano do jubileu, tornará o campo àquele de quem o comprou; àquele, digo, de quem era a possessão da terra.
25. E toda tua estimação se fará conforme ao siclo do santuário: de vinte geras será o siclo.
26. Porém o primogênito que, de animal algum, nascer primeiro ao Senhor, ninguém o santificará: seja boi ou gado miúdo, do Senhor é.
27. Mas se for de animal imundo, então o resgatará segundo tua estimação, e lhe acrescentará de mais seu quinto; e se não se resgatar, então se venderá segundo tua estimação.
28. Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao Senhor de tudo quanto tem – de homem, ou de animal, ou do campo de sua possessão –, não se venderá, nem se resgatará: toda coisa consagrada será santidade de santidades ao Senhor.
29. Toda coisa consagrada, que for consagrada de homem, não se resgatará: certamente morrerá.
30. Também todos os dízimos da terra, da semente da terra, do fruto das árvores, são do Senhor: santos são ao Senhor.
31. Porém se alguém de alguma maneira resgatar coisa algum de seus dízimos, de mais lhe acrescentará seu quinto.
32. No tocante a todos os dízimos de vacas e gado miúdo, tudo que passar de baixo de vara; o dízimo será santo ao Senhor.
33. Não esquadrinhará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas se em alguma maneira o trocar, o tal e tua troca será santo, não se resgatará.
34. Estes são os mandamentos que o Senhor mandou a Moisés para os filhos de Israel, no Monte Sinai.