Capítulo 1
- Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel que entraram no Egito; com Jacó entrou cada um com sua casa:
- Rúben, Simeão, Levi e Judá;
- Issacar, Zebulom e Benjamim;
- Dã e Naftali, Gade e Aser.
- E todas as almas que saíram da coxa de Jacó, foram setenta almas; porém José estava no Egito.
- Sendo, pois, já morto José, e todos seus irmãos, e toda aquela geração;
- Os filhos de Israel frutificaram-se, e cresceram abundantemente, e multiplicaram-se, e corroboraram-se grandissimamente; de maneira que a terra se encheu deles.
- Entretanto se levantou um rei novo sobre o Egito, que não conhecera a José.
- O qual disse a seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais corroborado que nós outros.
- Eia, pois, sejamos sábios para com ele! Para que não se multiplique; e não aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
- E puseram sobre ele maiorais de tributos, para o oprimirem com suas cargas. Porquanto edificara-se ao Faraó cidades de armazéns: a Pitom, e a Ramessés.
- Porém, quanto mais o oprimiam, tanto mais se multiplicava, e tanto mais estendia-se; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
- E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza.
- Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em ladrilhos, e com toda servidão no campo; e com toda sua servidão, em que lhes serviam com dureza.
- Além disto, disse o rei do Egito às parteiras hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra Puá).
- E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes nos assentos; se filho for ele, matai-o, mas se for filha ela, viva.
- Porém as parteiras temeram a Deus, e não fizeram como lhes falara o rei do Egito; antes, deram a vida aos meninos.
- Então chamou o rei do Egito às parteiras, e disse-lhes: Por que fizestes isto, que destes a vida aos meninos?
- E disseram as parteiras ao Faraó: Porquanto as hebreias não são como as mulheres egípcias. Porque são vigorosas, antes que a parteira chegue a elas, já têm dado à luz.
- Pelo que Deus fez bem às parteiras; e o povo se multiplicou, e corroboraram-se muito.
- E aconteceu que porquanto as parteiras temeram a Deus, ele edificou-lhes casas.
- Então mandou o Faraó a todo seu povo, dizendo: A todo filho que nascer, no rio o lançareis. Porém a toda filha, dareis a vida.
Capítulo 2
- E foi um varão da casa de Levi, e tomou a uma filha de Levi.
- E concebeu a mulher, e deu à luz um filho; e vendo-o, que ele era formoso, escondeu-o por três meses.
- Porém não o podendo mais esconder, tomou-lhe uma cesta de juncos, e betumou-a com betume e com pez; e pôs nela ao menino, e a pôs nos juncos, junto à praia do rio.
- E a irmã dele estava em pé de longe, para saber o que se faria dele.
- E desceu a filha do Faraó para lavar-se ao rio, e suas donzelas passeavam pela borda do rio; e viu ela a cesta no meio dos juncos, e mandou a sua criada, que a tomou.
- E abrindo-a, viu a ele, isto é, ao menino; e eis que o menino chorava. E moveu-se de compaixão por ele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.
- Então disse a irmã dele à filha do Faraó: Porventura irei, e te chamarei a uma ama das hebreias? Para que te crie o menino.
- E disse-lhe a filha do Faraó: Vai-te. E foi-se a donzela, e chamou à mãe do menino.
- E disse-lhe a filha do Faraó: Leva este menino, e cria-mo, e eu te darei o salário. E tomou a mulher ao menino, e criou-o.
- E sendo o menino já grande, trouxe-o à filha do Faraó, e foi-lhe a ela por filho. E chamou seu nome Moisés, e disse: Porquanto das águas o tirei.
- E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já grande, saiu a seus irmãos, e atentou para suas cargas; e viu a um varão egípcio que feria a um varão hebreu de seus irmãos.
- E olhando de um lado e do outro, viu que ninguém havia ali; e feriu ao egípcio, e escondeu-o na areia.
- E saiu no dia seguinte, e eis que dois varões hebreus pelejavam. E disse ao injusto: Por que feres ao teu próximo?
- O qual disse: Quem a ti te pôs por maioral e juiz sobre nós? Dizes tu isto para me matar, tal como mataste ao egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente é sabido o negócio.
- Ouvindo, pois, o Faraó este negócio, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu da face do Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço.
- E o sacerdote de Midiã tinha sete filhas; as quais vieram a tirar água, e encheram as pias para dar de beber ao rebanho de seu pai.
- Então vieram os pastores, e lançaram-nas dali; porém Moisés se levantou, e defendeu-as, e deu de beber a seu rebanho.
- E vindo elas a Reuel, seu pai, disse ele: Por que tornastes hoje tão depressa?
- E elas disseram: Um varão egípcio nos livrou da mão dos pastores. E também nos tirou água em abundância, e deu de beber ao rebanho.
- E disse a suas filhas: Onde, pois, está ele? Por que deixastes ir ao varão? Chamai-o, para que coma pão.
- E consentiu Moisés em morar com o varão; e deu Zípora, sua filha, a Moisés.
- A qual deu à luz um filho, e ele chamou seu nome Gérson. Porque disse: Sou peregrino em terra estranha.
- E aconteceu que, depois de muitos daqueles dias, morrendo o rei do Egito, suspiraram os filhos de Israel por causa da servidão, e clamaram; e subiu seu clamor a Deus, por causa de sua servidão.
- E ouviu Deus seu gemido; e lembrou-se Deus de seu concerto com Abraão, e com Isaque, e com Jacó.
- E atentou Deus para os filhos de Israel, e reconheceu-os Deus.
Capítulo 3
- E Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho por detrás do deserto, e veio ao monte de Deus, até Horebe.
- E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo, desde o meio de um sarçal; e olhou, e eis que o sarçal ardia em fogo, e o sarçal não se consumia.
- E disse Moisés: Ora, para lá me volverei, e verei esta grande visão! Por que o sarçal não se queima?
- E vendo o Senhor que se volvia para lá, a ver; bradou-lhe Deus desde o meio do sarçal, e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
- E disse: Não te chegues para cá. Tira teus sapatos de teus pés, porquanto o lugar em que tu estás é terra santa.
- Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E escondeu Moisés sua face, porque temeu olhar para Deus.
- E disse o Senhor: Mui bem tenho visto a aflição de meu povo, que está no Egito. E seu clamor tenho ouvido, por causa de seus exatores, porquanto entendi suas dores.
- Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir desta terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu.
- E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel veio a mim; e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
- Vem, pois, agora, e enviar-te-ei ao Faraó; para que tires a meu povo, os filhos de Israel, do Egito.
- Então disse Moisés a Deus: Quem sou eu, que vá ao Faraó? E que tire os filhos de Israel do Egito?
- E disse Deus: Certamente serei contigo, e isto te será por sinal de que eu te enviei: quando tu houveres tirado ao povo do Egito, servireis a Deus neste mesmo monte.
- Então disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais enviou-me a vós. E eles me disserem: Qual é seu nome? Que lhes direi?
- . Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: “Serei” me enviou a vós.
- E disse Deus mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, enviou-me a vós outros. Este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração.
- Vai, pois, e reune os anciãos de Israel, e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, me apareceu, o Deus de Abraão, de Isaque, e de Jacó, dizendo: Fielmente vos visitei, e vi o que se vos fez no Egito.
- Portanto eu, disse, far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu: a uma terra que mana leite e mel.
- E escutarão tua voz. E irás tu, e os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: O Senhor, o Deus dos hebreus, nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus.
- Porém eu sei que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda com mão forte.
- Porque estenderei minha mão, e ferirei ao Egito com todas minhas maravilhas, que farei em meio deles; e depois, vos deixará ir.
- E darei graça a este povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis vazios.
- Porque cada mulher pedirá à sua vizinha, e à sua hóspeda, vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes; os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas, e despojareis ao Egito.
Capítulo 4
- Então respondeu Moisés, e disse: Mas eis que não me crerão, nem obedecerão à minha voz. Porquanto dirão: O Senhor não te apareceu.
- E disse-lhe o Senhor: Que é isso em tua mão? E ele disse: Uma vara.
- E disse: Lança-a na terra; e ele a lançou na terra, e tornou-se em cobra. E fugia Moisés dela.
- Então disse o Senhor a Moisés: Estende tua mão, e pega-a pelo rabo. E estendeu sua mão, e pegou-a, e tornou-se em vara em sua mão.
- Para que creiam que te apareceu o Senhor, o Deus de seus pais: o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.
- E disse-lhe o Senhor mais: Mete agora tua mão em teu seio; e ele meteu sua mão em seu seio. E tirando-a, eis que sua mão estava leprosa, como a neve.
- E disse: Torna a meter tua mão em teu seio; e ele tornou a meter sua mão em seu seio. E tirando-a do seu seio, eis que se tornara tal como sua outra carne.
- E acontecerá que se não te crerem nem escutarem a voz do primeiro sinal; crerão à voz do derradeiro.
- E acontecerá, se não crerem ainda a estes dois sinais, nem escutarem tua voz, que tomarás das águas do rio, e as derramarás na seca. E tornar-se-ão as águas, que tu tomarás do rio; sim, tornar-se-ão em sangue sobre a seca.
- Então disse Moisés ao Senhor: Ai Senhor! . Porquanto eu sou pesado de boca, e pesado de língua.
- E disse-lhe o Senhor: Quem deu a boca ao homem? Ou quem fez ao mudo ou ao surdo, ou ao que vê ou ao cego? Não eu, o Senhor?
- Vai pois agora! E eu serei com tua boca, e te ensinarei o que hás de falar.
- Porém ele disse: Ai Senhor! Envia agora pela mão de quem hás de enviar.
- Então se acendeu a ira do Senhor contra Moisés, e disse: Não é Arão teu irmão, o levita? Eu sei que ele mui bem falará. E eis que também ele te sairá ao encontro; e vendo-te, se alegrará em seu coração.
- E tu lhe falarás, e porás as palavras em sua boca; e eu serei com tua boca, e com sua boca, e vos ensinarei o que haveis de fazer.
- E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu serás a ele por Deus.
- Toma pois esta vara em tua mão, com que farás os sinais.
- Então foi-se Moisés, e tornou-se a Jetro, seu sogro, e disse-lhe: Eu irei agora, e me tornarei a meus irmãos, que estão no Egito; e verei se ainda vivem. E disse Jetro a Moisés: Vai em paz.
- Disse também o Senhor a Moisés em Midiã: Vai, torna-te ao Egito. Porque mortos são já todos os homens que buscavam tua alma.
- Tomou, pois, Moisés sua mulher e seus filhos, e os levou sobre um asno, e tornou-se à terra do Egito; e tomou Moisés a vara de Deus em sua mão.
- E disse o Senhor a Moisés: Posto que vais a tornar-te ao Egito, olha que faças perante o Faraó todas as maravilhas que tenho posto em tua mão. Eu, porém, endurecerei seu coração, de modo que não deixe ir ao povo.
- Então dirás ao Faraó: Assim diz o Senhor: Meu filho, meu primogênito, é Israel.
- E eu te tenho dito: Deixa ir a meu filho, para que me sirva a mim; e recusaste deixá-lo ir. Eis que eu mato teu filho, teu primogênito.
- E aconteceu que, no caminho, em uma estalagem; o Senhor o encontrou, e o quis matar.
- Então Zípora tomou uma pedra aguda, e cortou o prepúcio de seu filho, e o lançou a seus pés. E disse: Na verdade que esposo de sangue tu me és.
- E desviou-se dele. Então ela disse: Esposo de sangue, por causa das circuncisões.
- E disse o Senhor a Arão: Vai-te ao encontro de Moisés, ao deserto. E foi-se, e encontrou-o no monte de Deus, e beijou-o.
- E anunciou Moisés a Arão todas as palavras do Senhor, que o enviara; e todos os sinais que mandara.
- Então foram-se Moisés e Arão, e reuniram a todos os anciãos dos filhos de Israel.
- E falou Arão todas as palavras que o Senhor falara a Moisés; e fez os sinais perante os olhos do povo.
- E creu o povo; e ouvindo que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via sua aflição, inclinaram-se, e adoraram.
Capítulo 5
- E depois entraram Moisés e Arão, e disseram ao Faraó: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Deixa ir a meu povo, para celebrar-me festa no deserto.
- Porém o Faraó disse: Quem é o Senhor, que eu obedeça sua voz, para deixar ir a Israel? Não conheço ao Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel.
- E eles disseram: O Deus dos hebreus nos encontrou. Deixa-nos agora ir caminho de três dias ao deserto, e sacrificar ao Senhor, nosso Deus, para que não venha sobre nós com pestilência, ou com espada.
- Porém o rei do Egito lhes disse: Moisés e Arão, por que desviais o povo de suas obras? Ide-vos a vossas cargas!
- Disse mais o Faraó: Eis que o povo da terra já é muito. Vós outros os fazeis cessar de suas cargas?
- E mandou o Faraó, naquele mesmo dia; aos exatores entre o povo e aos oficiais, dizendo:
- Daqui em diante, mais não dareis palha ao povo, para fazer ladrilhos, como ontem e anteontem: eles mesmos vão, e colham palha para si.
- E a mesma quantia dos ladrilhos que eles faziam ontem e anteontem, lhes imporeis: nada lhes diminuireis. Porque eles estão ociosos; por isso eles clamam, dizendo: Vamos, sacrifiquemos ao nosso Deus.
- Agrave-se a servidão sobre estes homens, e se ocupem nela; e não atentem a palavras de mentira.
- Então saíram os exatores do povo, e seus oficiais, e disseram ao povo, dizendo: Assim diz o Faraó: Eu não vos darei palha.
- Ide vós mesmos, trazei para vós palha de onde quer que a achardes. Todavia, nada se diminuirá de vosso serviço.
- Então se espalhou o povo por toda a terra do Egito, a colher restolho no lugar de palha.
- E os exatores os apertavam, dizendo: Acabai vossas obras, o serviço de cada dia em seu dia, como quando havia palha.
- E foram espancados os oficiais dos filhos de Israel, que os exatores do Faraó haviam posto sobre eles, dizendo: Por que não acabastes vossa tarefa de ladrilhos como ontem e anteontem, tanto ontem como hoje?
- Pelo que foram-se os oficiais dos filhos de Israel, e clamaram ao Faraó, dizendo: Por que fazes assim a teus servos?
- Palha não se dá a teus servos, e nos dizem: Fazei ladrilhos. E eis que teus servos são espancados; porém teu povo tem a culpa.
- Então disse: Ociosos, sim, vós sois ociosos. Por isso, vós dizeis: Vamos, sacrifiquemos ao Senhor.
- Ide pois agora, trabalhai. Porém palha se vos não dará; contudo, a mesma quantia dos ladrilhos dareis.
- Então viram-se os oficiais dos filhos de Israel em aflição, porquanto se lhes dizia: Nada diminuireis de vossos ladrilhos, do serviço de cada dia em seu dia.
- E encontraram a Moisés e a Arão, que estavam em face deles; saindo eles de junto ao Faraó.
- E disseram-lhes: O Senhor atente a vós outros, e julgue. Pois fizestes fétido nosso cheiro diante do Faraó e diante de seus servos, dando-lhes a espada nas mãos para nos matarem.
- Então se tornou Moisés ao Senhor, e disse: Ó Senhor, por que tens maltratado a este povo? Por que agora me enviaste?
- Porque desde que entrei junto ao Faraó, para falar em teu nome, maltratou a este povo; e de maneira nenhuma livraste a teu povo!
Capítulo 6
- Então disse o Senhor a Moisés: Agora verás o que hei de fazer ao Faraó. Porque com mão poderosa os deixará ir, e com mão poderosa os lançará de sua terra.
- Falou mais Deus a Moisés, e disse-lhe: Eu sou o Senhor.
- E eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus todo-poderoso; porém com meu nome, o Senhor, não fui notório a eles.
- E também estabeleci meu concerto com eles, para dar-lhes a terra de Canaã: a terra de suas peregrinações, em que peregrinaram.
- E também eu tenho ouvido os gemidos dos filhos de Israel, que os egípcios fazem servir; e me tenho lembrado do meu concerto.
- Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei de sua servidão. E vos resgatarei com braço estendido, e com juízos grandiosos.
- E a vós outros tomar-me-ei por povo, e a vós outros serei por Deus; e sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios.
- E vos levarei à terra pela qual levantei minha mão, que eu a daria a Abraão, a Isaque, e a Jacó; e vo-la darei por herança, sim, eu, o Senhor.
- E falou Moisés deste modo aos filhos de Israel; porém não ouviram a Moisés, por causa da ânsia de espírito, e por causa da dura servidão.
- Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
- Vai, dize ao Faraó, rei do Egito: que deixe sair aos filhos de Israel de sua terra.
- Mas Moisés falou perante o Senhor, dizendo: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido a mim. Como me ouvirá, logo, o Faraó, sendo eu também incircunciso de lábios?
- Todavia falou o Senhor a Moisés e a Arão, e lhes deu mandamento para os filhos de Israel, e para o Faraó, rei do Egito; para tirarem aos filhos de Israel da terra do Egito.
- Estes são os cabeças das casas de seus pais. Os filhos de Rúben, primogênito de Israel: Enoque e Palu, Hezrom e Carmi. Estas são as famílias de Rúben.
- E os filhos de Simeão: Jemuel, e Jamim, e Oade, e Jaquim, e Zoar, e Saul, o filho de uma cananeia. Estas são as famílias de Simeão.
- E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo suas gerações: Gérson, e Coate, e Merarí. E foram os anos da vida de Levi, cento e trinta e sete anos.
- Os filhos de Gérson: Libni e Simeí, segundo suas famílias.
- E os filhos de Coate: Anrão, e Isar, e Hebrom, e Uziel. E foram os anos da vida de Coate, cento e trinta e três anos.
- E os filhos de Merarí: Malí e Musí. Estas são as famílias de Levi, segundo suas gerações.
- E Anrão tomou para si a Joquebede, sua tia, por mulher; e deu-lhe à luz a Arão e a Moisés. E foram os anos da vida de Anrão, cento e trinta e sete anos.
- E os filhos de Isar: Corá, e Nefegue, e Zicri.
- E os filhos de Uziel: Misael, e Elzafã, e Sitri.
- E tomou para si Arão por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom; e deu-lhe à luz a Nadabe e a Abiú, a Eleazar e a Itamar.
- E os filhos de Corá: Assir, e Elcaná, e Abiasafe. Estas são as famílias dos coraítas.
- E Eleazar, filho de Arão, tomou para si por mulher a uma das filhas de Putiel, e deu-lhe à luz a Fineias. Estes são os cabeças dos pais dos levitas, segundo suas famílias.
- Este é Arão, e Moisés. Aos quais o Senhor disse: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito, segundo seus exércitos.
- Estes são os que falaram ao Faraó, rei do Egito, para tirarem aos filhos de Israel do Egito; este é Moisés, e Arão.
- E aconteceu, naquele dia, quando o Senhor falou a Moisés no Egito;
- Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eu sou o Senhor: fala ao Faraó, rei do Egito, tudo quanto eu te falo a ti.
- E disse Moisés perante a face do Senhor: Eis que eu sou incircunciso de lábios; como, pois, Faraó me ouvirá?
Capítulo 7
- Então disse o Senhor a Moisés: Eis que te pus por Deus ao Faraó. E Arão, teu irmão, há de ser o teu profeta.
- Tu falarás tudo quanto eu te mandar; e Arão, teu irmão, falará ao Faraó, que deixe sair aos filhos de Israel de sua terra.
- Porém eu endurecerei o coração do Faraó; e multiplicarei meus sinais e minhas maravilhas na terra do Egito.
- E o Faraó vos não ouvirá, e porei minha mão contra o Egito; e tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
- Então os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu estender minha mão sobre o Egito; e tirarei os filhos de Israel do meio deles.
- Então o fez Moisés, e também Arão; tal como o Senhor lhes mandara, assim fizeram.
- E era Moisés de oitenta anos de idade, e Arão de oitenta e três anos de idade; quando falaram ao Faraó.
- E disse o Senhor a Moisés, e a Arão, dizendo:
- Quando o Faraó vos falar, dizendo: Fazei por vós algum milagre! Então dirás a Arão: Toma tua vara, e lança-a diante do Faraó; e em serpente tornar-se-á.
- Então vieram Moisés e Arão ao Faraó, e fizeram assim como o Senhor mandara. E lançou Arão sua vara diante do Faraó, e diante de seus servos; e tornou-se em serpente.
- E chamou também Faraó os sábios e os encantadores; .
- Porque cada qual lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles.
- Porém o coração do Faraó se endureceu, e não os ouviu; tal como o Senhor tinha falado.
- Então disse o Senhor a Moisés: Agravado está o coração do Faraó. Recusa deixar ir ao povo.
- Vai-te ao Faraó, pela manhã: eis que ele sairá às águas; e põe-te tu diante dele, junto à praia do rio. E a vara que se tornou em cobra, tomarás em tua mão.
- E dir-lhe-ás: O Senhor, o Deus dos hebreus, me tem enviado a ti, dizendo: Deixa ir a meu povo, para que me sirva no deserto. Porém eis que, até agora, não ouviste.
- Assim diz o Senhor: Nisto saberás que eu sou o Senhor: Eis que eu ferirei com esta vara que tenho em minha mão as águas que estão no rio, e se tornarão em sangue.
- E os peixes que estão no rio morrerão, e o rio federá; e os egípcios se fatigarão por beber a água do rio.
- Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Toma tua vara, e estende tua mão sobre as águas dos egípcios: sobre seus rios, sobre seus ribeiros, e sobre seus tanques, e sobre todos os ajuntamentos de suas águas, para que se tornem em sangue. E estará sangue em toda a terra do Egito, tanto nos vasos de madeira como nos de pedra.
- E fizeram assim Moisés e Arão, tal como o Senhor tinha mandado; e levantou a vara, e feriu as águas que havia no rio, perante os olhos do Faraó, e perante os olhos de seus servos. E tornaram-se todas as águas que havia no rio em sangue.
- E os peixes que havia no rio morreram, e o rio tanto fedeu, que os egípcios não podiam beber a água do rio; e houve o sangue em toda a terra do Egito.
- E os magos do Egito fizeram igual com seus encantamentos; e endureceu-se o coração do Faraó, e não os ouviu, tal como o Senhor tinha falado.
- E virou-se o Faraó, e foi-se para sua casa; e nem ainda nisto pôs seu coração.
- E todos os egípcios fizeram poços ao redor do rio, para beberem; porquanto não podiam beber das águas do rio.
- Assim se cumpriram sete dias, depois que o Senhor ferira o rio.
Capítulo 8
- Depois disse o Senhor a Moisés: Entra junto ao Faraó, e dize-lhe: Assim diz o Senhor: Deixa ir a meu povo, para que me sirvam.
- E se tu recusares deixá-lo ir, eis que eu ferirei todos teus termos com rãs.
- E o rio criará em abundância rãs, e subirão, e entrarão em tua casa, e na câmara em que dormes, e sobre tua cama; e nas casas de teus servos, e sobre teu povo, e em teus fornos, e em tuas amassadeiras.
- E sobre ti, e sobre teu povo, e sobre todos teus servos; subirão rãs.
- E disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende tua mão, com tua vara, sobre os rios, sobre os ribeiros, e sobre os tanques. E faze subir rãs sobre a terra do Egito.
- E Arão estendeu sua mão sobre as águas do Egito; e subiram rãs, e cobriram a terra do Egito.
- Então fizeram os magos igual, com seus encantamentos; e fizeram subir rãs sobre a terra do Egito.
- E chamou o Faraó a Moisés e a Arão, e disse: . E deixarei ir ao povo, para que sacrifiquem ao Senhor.
- Porém Moisés disse ao Faraó: Tenhas tu a honra sobre mim: quando é que orarei instantemente por ti, e por teus servos, e por teu povo, para destruir as rãs de ti, e de tuas casas? De modo que só no rio fiquem.
- E ele disse: Amanhã. E disse Moisés: Conforme a tua palavra seja, para que saibas que ninguém há como o Senhor, nosso Deus.
- E retirar-se-ão as rãs de ti, e de tuas casas, e de teus servos, e de teu povo: só no rio ficarão.
- E saiu-se Moisés com Arão do Faraó; e clamou Moisés ao Senhor, por causa das rãs que pusera sobre o Faraó.
- E fez o Senhor conforme à palavra de Moisés; e morreram as rãs das casas, dos pátios, e dos campos.
- E colheram-nas em montões; e fedeu a terra.
- Vendo, porém, o Faraó que já havia alento, agravou seu coração, e não os ouviu; tal como o Senhor tinha falado.
- Então disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende tua vara, e fere ao pó da terra. E se tornará em piolhos em toda a terra do Egito.
- E fizeram assim; e Arão estendeu sua mão com sua vara, e feriu ao pó da terra; e houve muitos piolhos nos homens, e nas alimárias. Todo o pó da terra se tornou em piolhos, em toda a terra do Egito.
- E fizeram assim também os magos, com seus encantamentos, para produzirem piolhos, mas não puderam; e houve muitos piolhos nos homens e nas alimárias.
- Então disseram os magos ao Faraó: O dedo de Deus é este. Porém o coração do Faraó se endureceu, e não os ouviu, tal como o Senhor tinha falado.
- Disse mais o Senhor a Moisés: Levanta-te cedo pela manhã, e põe-te diante da face do Faraó; eis que sairá às águas. E dize-lhe: Assim diz o Senhor: Deixa ir a meu povo, para que me sirva.
- Porque se não deixares ir a meu povo, eis que eu enviarei sobre ti, e sobre teus servos, e sobre teu povo, e sobre tuas casas, uma mistura de moscas; e as casas dos egípcios se encherão desta mistura de moscas, e até a terra em que estiverem.
- E separarei naquele dia a terra de Gósen, em que meu povo habita, de sorte que nela não haja alguma mistura de moscas; para que saibas que eu sou o Senhor, no meio desta terra.
- E porei redenção entre meu povo e teu povo: amanhã haverá este sinal.
- E o Senhor fez assim, e veio uma grave mistura de moscas à casa do Faraó, e às casas de seus servos. E sobre toda a terra do Egito: corrompeu-se a terra desta mistura de moscas.
- Então chamou o Faraó a Moisés e a Arão. E disse: Ide, sacrificai a vosso Deus nesta terra.
- E disse Moisés: Não convém que se faça assim, pois sacrificaríamos a abominação dos egípcios ao Senhor, nosso Deus. Eis que, se sacrificássemos a abominação dos egípcios perante seus olhos, não nos apedrejariam?
- Caminho de três dias iremos ao deserto; e sacrificaremos ao Senhor, nosso Deus, como ele nos dirá.
- Então disse o Faraó: Eu vos deixarei ir a sacrificar ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que, indo vós, de nenhuma maneira vades longe. Orai instantemente por mim.
- E disse Moisés: Eis que eu saio de ti, e instantemente orarei ao Senhor, para que se retire esta mistura de moscas amanhã do Faraó, de seus servos, e de seu povo. Somente que o Faraó não mais use de engano, não deixando ir a este povo, para sacrificar ao Senhor.
- Então saiu Moisés de junto ao Faraó; e orou instantemente ao Senhor.
- E fez o Senhor conforme à palavra de Moisés, e a mistura de moscas se retirou do Faraó, de seus servos, e de seu povo: nada ficou de resto.
- Porém o Faraó agravou seu coração ainda esta vez, e não deixou ir ao povo.
Capítulo 9
- Depois disse o Senhor a Moisés: Entra junto ao Faraó. E fala-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixa ir a meu povo, para que me sirva.
- Porque se recusas tu deixá-lo ir, e tu ainda o deténs por força;
- Eis que a mão do Senhor estará sobre teu gado que está no campo, sobre os cavalos, sobre os asnos, sobre os camelos, sobre as vacas, e sobre as ovelhas; com pestilência gravíssima.
- E o Senhor fará separação entre o gado de Israel e o gado dos egípcios; e nada morrerá de tudo o que é dos filhos de Israel.
- E assinalou o Senhor um certo tempo, dizendo: Amanhã o Senhor fará esta obra na terra.
- E fez o Senhor esta obra no dia seguinte, e morreu todo o gado dos egípcios; porém do gado dos filhos de Israel, não morreu um sequer.
- E mandou o Faraó ver, e eis que nem ainda um morrera do gado de Israel; porém o coração do Faraó se agravou, e não deixou ir ao povo.
- Então disse o Senhor a Moisés e a Arão: Tomai-vos vossos punhos cheios da cinza do forno. E Moisés a espalhe para o céu perante os olhos do Faraó.
- E tornar-se-á em pó miúdo sobre toda a terra do Egito; e tornar-se-á nos homens e nas alimárias em sarna, que arrebente em empolas, em toda a terra do Egito.
- E tomaram a cinza do forno, e se puseram perante o Faraó, e Moisés a espalhou para o céu; e se tornou em sarna, que arrebentava em empolas nos homens, e nas alimárias.
- E já os magos não podiam parar perante Moisés, por causa da sarna; porquanto havia sarna nos magos, e em todos os egípcios.
- Porém o Senhor endureceu o coração do Faraó, e não os ouviu; tal como o Senhor tinha falado a Moisés.
- Então disse o Senhor a Moisés: Levanta-te cedo pela manhã, e põe-te perante o Faraó. E dize-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Deixa ir a meu povo, para que me sirva.
- Porque desta vez eu enviarei todas minhas pragas em teu coração, e em teus servos, e em teu povo; para que saibas que não há outro como eu em toda a terra.
- Pois já tinha estendido minha mão, para ferir a ti, e a teu povo, com pestilência; e serás destruído da terra.
- Porém deveras para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti minha potência; e para que se faça menção de meu nome em toda a terra.
- Tu ainda te exaltas contra meu povo, para os não deixar ir?
- Eis que farei chover amanhã a este tempo saraiva gravíssima; qual nunca houve no Egito, desde o dia que foi fundado, até agora.
- Agora, pois, manda, recolhe teu gado, e tudo quanto tens no campo. Todo homem e alimária que for achado no campo, e não se recolher à casa, sobre eles descerá a saraiva, e morrerão.
- Quem dos servos do Faraó temeu a palavra do Senhor, fez fugir a seus servos e a seu gado para sua casa.
- Porém aquele que não aplicou seu coração à palavra do Senhor, deixou seus servos e seu gado no campo.
- Então disse o Senhor a Moisés: Estende tua mão para o céu, e haverá saraiva em toda a terra do Egito: sobre os homens, e sobre as alimárias, e sobre toda a erva do campo na terra do Egito.
- E Moisés estendeu sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva, e fogo percorreu a terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito.
- E houve saraiva, e fogo misturado no meio da saraiva; e foi mui gravíssima, qual nunca houve em toda a terra do Egito, desde que veio a ser povo.
- E feriu a saraiva, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, desde os homens até as alimárias. Também a saraiva feriu toda a erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo.
- Somente na terra de Gósen, em que estavam os filhos de Israel; ali não houve saraiva.
- E mandou o Faraó a chamar a Moisés e a Arão, e disse-lhes: Pequei esta vez. O Senhor é justo; e eu e meu povo, ímpios.
- Orai instantemente ao Senhor – pois que basta –, para que não mais haja trovões de Deus nem saraiva. Então vos deixarei ir, e aqui não mais ficareis.
- Então lhe disse Moisés: Saindo eu da cidade, estenderei minhas mãos ao Senhor: os trovões cessarão, e a saraiva não haverá mais, para que saibas que a terra é do Senhor.
- Todavia, quanto a ti e a teus servos; bem sei que nem ainda temereis diante da face do Senhor, Deus.
- E o linho e a cevada foram feridos; porquanto a cevada já estava em espiga, e o linho estava em cana.
- Porém o trigo e centeio não foram feridos, porquanto estavam cobertos.
- Saiu, pois, Moisés da presença do Faraó, desde a cidade, e estendeu suas mãos ao Senhor; e cessaram os trovões e a saraiva, e a chuva não mais caiu sobre a terra.
- Vendo então o Faraó que cessavam a chuva, e a saraiva, e os trovões, continuou em pecar; e agravou seu coração, ele e seus servos.
- Assim o coração do Faraó se endureceu, e não deixou ir aos filhos de Israel; tal como o Senhor tinha falado por Moisés.
Capítulo 10
- Depois disse o Senhor a Moisés: Entra junto ao Faraó. Porquanto eu mesmo tenho agravado seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio dele.
- E para contares aos ouvidos dos teus filhos, e dos filhos de teus filhos, o que operei no Egito, e meus sinais que fiz entre eles; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Assim entraram Moisés e Arão junto ao Faraó, e disseram-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Até quanto recusas humilhar-te perante a minha face? Deixa ir a meu povo, para que me sirva.
- Porque se ainda recusares tu deixar ir a meu povo, eis que trarei amanhã gafanhotos em tuas fronteiras.
- E recobrirão a face da terra, de tal modo que não se possa ver a terra. E comerão o resíduo do que escapou, o que de resto ficou da saraiva; e comerão toda árvore, que se vos produz, do campo.
- E encherão tuas casas, e as casas de todos teus servos, e as casas de todos os egípcios; e tais serão quais nunca viram teus pais, nem os pais de teus pais, desde o dia em que foram sobre a terra, até o dia de hoje. E virou-se, e saiu da presença do Faraó.
- E disseram os servos do Faraó a ele: Até quando nos será este por laço? Deixa ir a estes homens, para que sirvam ao Senhor, seu Deus. Ainda não sabes que o Egito está destruído?
- Então Moisés e Arão foram levados outra vez ao Faraó, que disse-lhes: Ide, servi vós ao Senhor, vosso Deus. Quem, e quem são, os que hão de ir?
- E disse Moisés: Havemos de ir com nossos rapazes, e com nossos velhos. Havemos de ir com nossos filhos e com nossas filhas, com nossas ovelhas e com nossas vacas, porque temos festa do Senhor.
- Então ele lhes disse: Seja assim o Senhor convosco, como eu vos deixarei ir a vós, e a vossos meninos! Olhai que há mal diante de vossa face.
- Não assim; ide agora os varões, e servi ao Senhor, pois isto é o que vós mesmos pedistes. E os lançaram fora da face do Faraó.
- Então disse o Senhor a Moisés: Estende tua mão sobre a terra do Egito, pelos gafanhotos, para que subam sobre a terra do Egito. E comam toda a erva da terra, tudo quanto a saraiva deixou.
- Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor trouxe um vento oriental sobre a terra todo aquele dia, e toda a noite; e aconteceu pela manhã que o vento oriental trouxe os gafanhotos.
- E subiram os gafanhotos sobre toda a terra do Egito, e pousaram em todos os termos dos egípcios. Mui graves foram: antes deles nunca houve gafanhotos tais como eles, nem depois deles tais haverá.
- E recobriram a face de toda a terra, e a terra se escureceu; e comeram toda a erva da terra, e todo o fruto das árvores, que a saraiva deixara de resto. E não restou verdura alguma nas árvores, e na erva do campo, em toda a terra do Egito.
- Então se apressou o Faraó a chamar a Moisés e a Arão. E disse: Pequei contra o Senhor, vosso Deus, e contra vós outros.
- Agora, pois, te peço que perdoes meu pecado, tão somente esta vez, e orai instantemente ao Senhor, vosso Deus; que somente tire de mim esta morte!
- E saiu-se da presença do Faraó, e orou instantemente ao Senhor.
- Então o Senhor fez voltar um vento ocidental mui forte, que levantou os gafanhotos, e os lançou no Mar Vermelho: não restou gafanhoto algum, em todos os termos do Egito.
- Porém o Senhor endureceu o coração do Faraó; e não deixou ir aos filhos de Israel.
- Então disse o Senhor a Moisés: Estende tua mão para o céu, para que estejam trevas sobre a terra do Egito. E apalpar-se-ão as trevas.
- E estendeu Moisés sua mão para o céu; e houve grossas trevas em toda a terra do Egito, por três dias.
- Não viu um ao outro, e ninguém se levantou de seu lugar em três dias; mas para todos os filhos de Israel houve luz em suas habitações.
- Então chamou o Faraó a Moisés, e disse: Ide, servi ao Senhor; somente vossas ovelhas e vossas vacas fiquem. Também vossos meninos vão convosco.
- Porém Moisés disse: Também tu darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos. Para que os ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.
- E também nosso gado há de ir conosco: não ficará de resto nem uma unha sequer; porque dele havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus. Pois nós não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que ali não cheguemos.
- Porém o Senhor endureceu o coração do Faraó; e não os quis deixar ir.
- E disse-lhe o Faraó: Vai-te de mim! Guarda-te de que mais não vejas meu rosto; porque no dia em que vires meu rosto, morrerás.
- E disse Moisés: Bem falaste. Nunca mais verei o teu rosto.
Capítulo 11
- E dissera o Senhor a Moisés: Ainda uma praga trarei sobre o Faraó, e sobre o Egito; depois disto, ele vos deixará ir daqui. E quando vos deixar ir totalmente, vos lançará à toda pressa daqui.
- Fala agora aos ouvidos do povo: que peça cada um a seu vizinho, e cada uma a sua vizinha, vasos de prata e vasos de ouro.
- E deu o Senhor graça ao povo aos olhos dos egípcios. Também o varão Moisés era mui grande na terra do Egito, aos olhos dos servos do Faraó e aos olhos do povo.
- Disse mais Moisés: Assim disse o Senhor: À meia-noite, eu sairei pelo meio do Egito.
- E todo primogênito morrerá na terra do Egito, ; e todo primogênito até dos animais.
- E haverá grande clamor em toda a terra do Egito; qual nunca houve, e qual não mais haverá.
- Porém entre todos os filhos de Israel, nem ainda um cão moverá sua língua, desde os homens até os animais; para que saibais que o Senhor faz diferença entre os egípcios e os israelitas.
- Então todos estes teus servos descerão a mim, e se encurvarão a mim, dizendo: Sai tu, e todo o povo que segue tuas pisadas; e depois sairei eu. E saiu-se da presença do Faraó com ardor de ira.
- Dissera mais o Senhor a Moisés: o Faraó não vos ouvirá. Para que minhas maravilhas se multipliquem na terra do Egito.
- E fizeram Moisés e Arão todas estas maravilhas diante do Faraó. Porém o Senhor endureceu o coração do Faraó; e ele não deixou ir os filhos de Israel de sua terra.
Capítulo 12
- E o Senhor dissera a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
- Este mesmo mês vos será por cabeça dos meses: este vos será o primeiro dos meses do ano.
- Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada qual tome para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
- Mas se a casa for pequena para um cordeiro, então o tome ele e seu vizinho, o mais chegado à sua casa, conforme ao número das almas; cada qual conforme possa comer, fareis a conta sobre o cordeiro.
- O cordeiro será a vós outros inteiro, macho, de um ano de idade: das ovelhas, ou das cabras, o tomareis.
- E em guarda o tereis, até o dia décimo quarto deste mês; e toda a congregação do ajuntamento de Israel o degolará, entre as duas tardes.
- E tomarão do sangue, e o darão em ambas as ombreiras, e na lumeeira da porta: nas casas em que o comerão.
- E comerão a carne na mesma noite: assada ao fogo, e pães ázimos, com ervas amargas, o comerão.
- Nada comereis dele cru, nem tampouco cozido em água; porém assado ao fogo, sua cabeça, com seus pés, e com sua fressura.
- E nada deixareis dele até a manhã; mas o que restar dele até a manhã, com fogo queimareis.
- Assim, pois, o comereis: cingidos vossos lombos, vossos sapatos em vossos pés, e vosso cajado em vossa mão. E o comereis apressadamente: esta é a Páscoa do Senhor.
- Porquanto passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei a todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até as alimárias; e em todos os deuses do Egito farei juízos, eu, o Senhor.
- E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; e vendo eu o sangue, passarei por vós outros. E não haverá entre vós praga de destruição, quando eu ferir a terra do Egito.
- E este dia vos será por lembrança, e o celebrareis por festa ao Senhor; entre vossas gerações o celebrareis, por estatuto perpétuo.
- Sete dias pães ázimos comereis; mas ao primeiro dia, tirareis o fermento de vossas casas. Porque qualquer que comer lêvedo desde o dia primeiro até o dia sétimo, aquela alma será extirpada de Israel.
- E ao dia primeiro haverá convocação santa; também ao sétimo dia tereis convocação santa. Nenhuma obra se fará neles; porém o que cada pessoa houver de comer, só isso fareis para vós outros.
- E guardareis os pães ázimos, porquanto naquele mesmo dia haverei tirado vossos exércitos da terra do Egito; e guardareis este dia entre vossas gerações, por estatuto perpétuo.
- No mês primeiro, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos; até os vinte e um dias do mês, à tarde.
- Por sete dias fermento não se achará em vossas casas; porque qualquer que comer lêvedo, aquela alma será extirpada da congregação de Israel, tanto o estrangeiro como o natural da terra.
- Coisa nenhuma lêveda comereis; em todas vossas habitações comereis pães ázimos.
- Chamou, pois, Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Tirai, e tomai-vos cordeiro para vossas famílias, e o cordeiro da Páscoa degolai.
- Então tomai um manolho de hissopo, e o molhai no sangue que estiver em uma bacia, e borrifai a lumeeira, e ambas as ombreiras, com aquele sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta de sua casa, até a manhã.
- Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios; porém, vendo o sangue na lumeeira, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará por aquela porta, e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para ferir.
- Portanto, guardai isto: por estatuto para vós, e para vossos filhos, para sempre.
- E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará, como tem falado; então guardareis este culto.
- Acontecerá também que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este vosso?
- Então direis: Este é o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou nossas casas. Então o povo se encurvou, e adorou.
- E os filhos de Israel foram-se, e fizeram isso; como o Senhor mandara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
- E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do Faraó, que haveria de se assentar em seu trono, até o primogênito do cativo, que estava na casa do cárcere; e a todos os primogênitos dos animais.
- E levantou-se o Faraó de noite, ele e todos seus servos, e todos os egípcios, e houve grande clamor no Egito; porque casa nenhuma houve em que não houvesse morto.
- E chamou a Moisés e a Arão, de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio de meu povo, tanto vós como os filhos de Israel. E ide, e servi ao Senhor, como tendes falado.
- Também vossas ovelhas, também vossas vacas, tomai, como tendes falado, e ide; e abençoai-me também a mim.
- E apertavam os egípcios ao povo, apressando-se a lançá-los da terra; porque diziam: Nós todos seremos mortos!
- E levou o povo sua massa, antes que se levedasse; suas amassadeiras atadas em suas vestes, sobre seus ombros.
- Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés; e pediram emprestados aos egípcios vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes.
- Deu também o Senhor graça ao povo aos olhos dos egípcios, e emprestaram-lhes; e despojaram aos egípcios.
- Assim partiram-se os filhos de Israel de Ramessés, para Sucote; cerca de seiscentos mil de pé, só de varões, afora os meninos.
- E subiu também muita mistura de gente com eles; e ovelhas, e vacas, e grande multidão de gado.
- E cozeram a massa que tinham tirado do Egito, isto é, bolos ázimos, porque não se levedara; porquanto foram lançados do Egito, e não se puderam deter, nem também aprontaram para si provisão.
- E foi o tempo da estadia que os filhos de Israel habitaram no Egito, quatrocentos e trinta anos.
- E aconteceu, ao fim dos quatrocentos e trinta anos; sim, e aconteceu naquele mesmo dia, que todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.
- Esta noite bem se guardará ao Senhor, por os haver tirado nela da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem bem guardar todos os filhos de Israel, por suas gerações.
- Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da Páscoa: Filho algum de estrangeiro comerá dela.
- Porém todo servo de qualquer, comprado por dinheiro; quando o houveres circuncidado, então comerá dela.
- O estrangeiro, bem como o assalariado, não comerá dela.
- Em uma casa se comerá, não levarás daquela carne para fora da casa; e osso nela não quebrareis.
- Toda a congregação de Israel o fará.
- Porém se peregrinar contigo estrangeiro algum, e celebrar a Páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo macho; e então chegará a celebrá-la. E será como o natural da terra; porém nenhum incircunciso comerá dela.
- Uma mesma lei haja para o natural, e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.
- E fizeram assim todos os filhos de Israel; como mandara o Senhor a Moisés e a Arão, assim fizeram.
- E tal aconteceu naquele mesmo dia: o Senhor tirou aos filhos de Israel da terra do Egito, segundo seus exércitos.
Capítulo 13
- Então falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- Santifica-me todo primogênito, que abrir madre alguma entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.
- E disse Moisés ao povo: Lembrai-vos deste dia, em que saístes do Egito, da casa de servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou daqui. Portanto, não se comerá lêvedo.
- Hoje vós outros saís, no mês de Abibe.
- E acontecerá que, havendo-te o Senhor introduzido na terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos heveus, e dos jebuseus, que jurou a teus pais que te daria – terra que mana leite e mel –, farás este serviço neste mês.
- Sete dias comerás pães ázimos; e ao sétimo dia haverá festa ao Senhor.
- Pães ázimos se comerão sete dias; e não se verá lêvedo em ti, nem fermento se verá em ti, em todos teus termos.
- E farás saber a teu filho, naquele mesmo dia, dizendo: Faço isto pelo que o Senhor me fez, quando saí do Egito.
- E te será por sinal sobre tua mão, e por memorial entre teus olhos, para que esteja a Lei do Senhor em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito.
- Portanto guardarás este estatuto a seu tempo, de ano em ano.
- Também acontecerá que, havendo-te o Senhor introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti, e a teus pais; e havendo-a dado a ti;
- Farás passar ao Senhor tudo quanto abrir madre; como também tudo quanto abrir madre do fruto dos animais que tiveres, os machos serão para o Senhor.
- Porém tudo quanto abrir madre de asna, resgatarás com cordeiro; e se não o resgatares, degolá-lo-ás. Mas todo o primogênito de homem entre teus filhos, resgatarás.
- E acontecendo que teu filho te pergunte amanhã, dizendo: Que é isto? Dir-lhe-ás: Com mão forte nos tirou o Senhor do Egito, da casa de servidão.
- Porque sucedeu que, endurecendo-se o Faraó para não deixar-nos ir, matou o Senhor a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de homem, até o primogênito dos animais. Por isso eu sacrifico ao Senhor tudo quanto abre a madre, sendo machos; porém todo primogênito de meus filhos, resgato.
- E será por sinal sobre tua mão, e por frontais entre teus olhos; porque com mão forte o Senhor nos tirou do Egito.
- E aconteceu que, deixando o Faraó ir o povo, não o guiou Deus pelo caminho da terra dos filisteus, ainda que era mais perto. Porquanto Deus dizia: Para que o povo não se arrependa vendo a guerra, e se tornem ao Egito.
- Mas Deus guiou ao povo rodeando pelo caminho do deserto do Mar Vermelho; .
- E tomou Moisés os ossos de José consigo. Porquanto havia ajuramentado com grande juramento aos filhos de Israel, dizendo: Certamente vos visitará Deus; fazei, pois, subir daqui meus ossos convosco.
- Assim se partiram de Sucote; e assentaram campo em Etã, à entrada do deserto.
- E ia o Senhor diante deles, de dia em uma coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite em uma coluna de fogo, para os alumiar; para caminharem dia e noite.
- Nunca tirou a coluna de nuvem de dia nem a coluna de fogo de noite, de diante do povo.
Capítulo 14
- Então o Senhor falou a Moisés, dizendo:
- Fala aos filhos de Israel que tornem, e assentem seu campo diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar; diante de Baal-Zefom, defronte dele assentareis o campo, junto ao mar.
- O deserto os encerrou!
- E endurecerei o coração do Faraó, para que os persiga; e serei glorificado no Faraó, e em todo seu exército; e assim saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E fizeram assim.
- E foi denunciado ao rei do Egito que o povo fugia. E mudou-se o coração do Faraó e de seus servos contra o povo, e disseram: Por que fizemos isto, que deixamos ir a Israel, de modo que não nos sirva?
- E aprontou suas carruagens, e seu povo tomou consigo.
- E tomou seiscentas carruagens escolhidas, e todas as carruagens do Egito; e aos capitães sobre todos eles.
- Porque o Senhor endureceu o coração do Faraó, rei do Egito; e perseguiu aos filhos de Israel. Porém os filhos de Israel saíram, por mão alta.
- E perseguiram-nos os egípcios, e alcançaram-nos, com o campo, assentado junto ao mar, todos os cavalos e carruagens do Faraó, e seus cavaleiros e seu exército; perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Zefom.
- E chegou o Faraó. E levantaram os filhos de Israel seus olhos, e eis que os egípcios caminhavam após eles; e temeram muito, e clamaram os filhos de Israel ao Senhor.
- E disseram a Moisés: Porventura não havia nenhuns sepulcros no Egito, que nos tens tirado de lá, para morrermos neste deserto? Por que nos fizeste isto, tirando-nos do Egito?
- Não é esta a palavra que te falávamos no Egito, dizendo: Deixa-nos que sirvamos aos egípcios? Porque melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrer nós outros no deserto.
- Porém Moisés disse ao povo: Não temais; parai-vos, e vede a salvação do Senhor, que vos há de fazer hoje. Porque aos egípcios que vistes hoje, nunca mais os vereis, eternamente.
- O Senhor pelejará por vós; e vós outros vos aquietareis.
- Então disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Fala aos filhos de Israel que caminhem.
- E tu, levanta tua vara, e estende tua mão sobre o mar, e fende-o; e os filhos de Israel passarão pelo meio do mar, em seco.
- E eu, eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que entrem nele após eles; e serei glorificado no Faraó, e em todo seu exército, em suas carruagens, e em seus cavaleiros.
- E saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado no Faraó, em suas carruagens, e em seus cavaleiros.
- E retirou-se o anjo de Deus, que ia diante do campo de Israel, e ia detrás deles; retirou-se também a coluna de nuvem de diante deles, e se pôs detrás deles.
- E veio entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e era nuvem e escuridade àqueles, mas a estes esclarecia a noite. E não chegou um ao outro em toda a noite.
- Então Moisés estendeu sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar com um forte vento oriental por toda a noite, e tornou o mar em seco; e fenderam-se as águas.
- E entraram os filhos de Israel pelo meio do mar, em seco; e as águas lhes eram por muro à sua direita, e à sua esquerda.
- E perseguiram-nos os egípcios, e entraram após eles todos os cavalos do Faraó, suas carruagens, e seus cavaleiros, até o meio do mar.
- E sucedeu que, na vela da noite, olhou o Senhor desde a coluna do fogo e da nuvem para o campo dos egípcios; e alvoroçou ao campo dos egípcios.
- E tirou as rodas de suas carruagens, e fez com que andassem dificilmente. Então disseram os egípcios: Fujamos de diante de Israel, porque o Senhor peleja por eles contra os egípcios!
- E disse o Senhor a Moisés: Estende tua mão sobre o mar. Para que as águas se tornem sobre os egípcios, sobre suas carruagens e sobre seus cavaleiros.
- Então Moisés estendeu sua mão sobre o mar, e tornou-se o mar em sua força, quando amanhecia, e os egípcios fugiram a seu encontro; e o Senhor derribou aos egípcios no meio do mar.
- E tornaram-se as águas, e recobriram as carruagens e os cavaleiros de todo exército do Faraó, que entraram após eles no mar: não restou deles nem um sequer.
- Mas os filhos de Israel andavam em seco pelo meio do mar; e eram-lhes as águas por muro, à sua direita e à sua esquerda.
- Assim o Senhor salvou naquele dia a Israel da mão dos egípcios; e Israel viu aos egípcios mortos à praia do mar.
- E viu Israel a mão grandiosa que o Senhor mostrara contra os egípcios, e o povo temeu ao Senhor; e creram no Senhor, e em Moisés, seu servo.
Capítulo 15
- Então cantou Moisés, e também os filhos de Israel, este cântico ao Senhor. E disseram, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque sumamente se exaltou; ao cavalo e ao cavaleiro lançou no mar.
- Minha força e meu cântico é o Senhor: ele me foi por salvação. ; ele é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei.
- O Senhor é varão de guerra: Senhor é seu nome.
- As carruagens do Faraó e seu exército, ele lançou no mar; e seus escolhidos capitães afogaram-se no Mar Vermelho.
- Os abismos os recobriram; desceram nas profundezas como pedra.
- Tua mão direita, ó Senhor, engrandeceu-se em potência. Tua mão direita, ó Senhor, quebrantou ao inimigo.
- E com a grandeza de tua excelência transtornaste aos que se levantaram contra ti. Enviaste a teu furor, que os consumiu como a restolho.
- E com o sopro de tuas narinas amontoaram-se as águas, as correntes pararam-se como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar.
- Dizia o inimigo: Perseguirei, alcançarei, repartirei o despojo; minha alma se encherá deles, arrancarei minha espada, minha mão os destruirá.
- Assopraste com teu vento, o mar os recobriu; afundaram-se como chumbo nas veementes águas.
- Quem é como tu, ó Senhor, entre os deuses? Quem é como tu, engrandecido em santidade!? Terrível em louvores, o que faz maravilhas?
- Estendeste tua mão direita: a terra os tragou.
- Guiaste com tua benevolência a este povo, que remiste; levaste-o com tua força à agradável habitação de tua santidade.
- Os povos o ouvirão, e estremecerão; dor tomará aos moradores de Filisteia.
- Então os príncipes de Edom ficarão pasmados, tremor tomará aos poderosos dos moabitas; todos os moradores de Canaã fundir-se-ão.
- Terror, e espanto também, cairá sobre eles; pela grandeza de teu braço emudecerão como pedra. Até que passe teu povo, ó Senhor; até que passe este povo, que adquiriste.
- Tu os introduzirás, e os plantarás no monte de tua herança, no assento que para tua habitação preparaste, ó Senhor; no santuário, ó Senhor, que estabeleceram tuas mãos.
- O Senhor reinará eterna e perpetuamente.
- Porque o cavalo do Faraó, com suas carruagens e com seus cavaleiros, entrou no mar; e fez tornar o Senhor sobre eles as águas do mar. Mas os filhos de Israel foram-se em seco pelo meio do mar.
- E Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou o adufe em sua mão; e todas as mulheres saíram após ela, com adufes e com danças.
- Então Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque sumamente se exaltou, ao cavalo com seu cavaleiro lançou no mar!
- Depois Moisés fez partir aos israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur. E andaram três dias no deserto, e não acharam águas.
- Então chegaram a Mara; porém não puderam beber as águas de Mara, porquanto eram amargas. Por isso, se chamou seu nome Mara.
- E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
- Então Moisés clamou ao Senhor; e mostrou-lhe o Senhor um lenho, que lançou nas águas; e as águas se adoçaram. Ali lhe pôs estatuto e direito, e ali o provou.
- E disse: Se bem ouvires a voz do Senhor, teu Deus, e o reto perante seus olhos fizeres, e inclinares teus ouvidos a seus mandamentos, e guardares todos seus estatutos; nenhuma das enfermidades que pus sobre o Egito, porei sobre ti, porque eu sou o Senhor, teu médico.
- Então vieram a Elim; e havia ali doze fontes de águas, e setenta palmeiras. E ali assentaram o campo, junto às águas.
Capítulo 16
- E tendo partido de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sin, que está entre Elim e Sinai; aos quinze dias do mês segundo, desde que saíram da terra do Egito.
- E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés, e contra Arão, no deserto.
- E disseram-lhes os filhos de Israel: Ah, se morrêramos pela mão do Senhor na terra do Egito, quando nos assentávamos junto às panelas de carne, quando comíamos pão a fartar! Porque nos tirastes a este deserto, para matardes a todo este ajuntamento de fome!
- Então disse o Senhor a Moisés: Eis que eu vos choverei pão do céu. E o povo sairá, e recolherá a porção de um dia, por cada dia; para que eu o prove, se anda em minha Lei ou não.
- E será ao sexto dia que prepararão o que trouxerem, e será em dobro do que recolhem a cada dia.
- Então disse Moisés, e também Arão, a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que o próprio Senhor vos tirou da terra do Egito.
- E pela manhã vereis a glória do Senhor, porquanto ouviu vossas murmurações contra o Senhor. Porque quem somos nós, para que murmureis contra nós?
- Disse mais Moisés: Isso será, quando o Senhor vos der à tarde carne para comer, e pão pela manhã a fartar; porquanto o Senhor ouviu vossas murmurações, com que vós murmurais contra ele. Porque quem somos nós? Não contra nós são vossas murmurações, senão contra o Senhor.
- Depois disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos perante o Senhor. Porque ouviu vossas murmurações.
- E aconteceu que, falando Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e virando-se eles para o deserto; eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.
- E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- Ouvi as murmurações dos filhos de Israel; fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. E sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus.
- E aconteceu que, à tarde, subiram codornizes, e cobriram o campo; e pela manhã, jazia o orvalho ao redor do campo.
- E alçando-se o orvalho que jazia, eis que sobre a face do deserto era uma coisa miúda redonda, miúda como geada sobre a terra.
- E vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Maná é isto (porque não sabiam o que era isto). Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o Senhor vos deu para comer.
- Esta é a palavra que o Senhor tem mandado: Recolhei dele cada qual conforme ele puder comer: um gômer por cada cabeça, segundo o número de vossas almas, cada qual tomará, para os que estão em sua tenda.
- E fizeram assim os filhos de Israel; e recolheram uns muito, e outros pouco.
- Porém medindo-o com o gômer, não sobejava ao que recolhera muito, nem ao que recolhera pouco faltava: cada qual recolheu conforme ele podia comer.
- E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã.
- Porém não deram ouvidos a Moisés; antes, alguns varões deixaram dele para a manhã, e criou bichos, e fedeu. Pelo que Moisés se indignou muito contra eles.
- Recolheram-no, pois, cada qual pela manhã, cada qual conforme ele podia comer; porque aquecendo-se o sol, se derretia.
- E aconteceu que, ao sexto dia, colheram pão em dobro: dois gômeres para cada um. E todos os príncipes da congregação vieram, e denunciaram-no a Moisés.
- E ele lhes disse: Isto é o que o Senhor tem falado: o sábado, o sábado santo do Senhor, é amanhã. O que houverdes de cozer, cozei-o; e o que houverdes de cozer na água, cozei-o na água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para amanhã.
- E guardaram-no até pela manhã, como Moisés tinha mandado; e não fedeu, nem houve bicho algum nele.
- Então disse Moisés: Comei-o hoje, porque hoje é o sábado do Senhor. Hoje o não achareis no campo.
- Seis dias o recolhereis; porém ao sétimo dia é o sábado, nele não haverá isto.
- E sucedeu que, ao sétimo dia, saíram alguns do povo a recolher; porém não acharam.
- Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar meus mandamentos e minhas leis?
- Vede que, porque o Senhor vos deu o sábado, por isso ele vos dá ao sexto dia pão para dois dias. Fique-se cada qual em seu lugar: ninguém saia de seu lugar ao sétimo dia.
- Assim repousou o povo ao sétimo dia.
- E chamou a casa de Israel seu nome “maná”. E era como semente de coentro, branco; e seu sabor como bolos de mel.
- Disse mais Moisés: Esta é a palavra que o Senhor tem mandado: Enchei um gômer dele, para que se guarde para vossas gerações. Para que vejam o pão que vos tenho dado a comer no deserto, quando vos tirei da terra do Egito.
- Disse também Moisés a Arão: Toma um vaso, e mete nele um gômer cheio de maná. E o põe perante o Senhor, para que se guarde para vossas gerações.
- Como o Senhor mandara a Moisés, assim o pôs Arão diante do testemunho em guarda.
- E comeram os filhos de Israel este maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada: este maná comeram até que entraram nos termos da terra de Canaã.
- E o gômer é a décima parte de um efa.
Capítulo 17
- Depois se partiu toda a congregação dos filhos de Israel do deserto de Sin, por suas jornadas, segundo o mandamento do Senhor. E assentaram campo em Refidim; e não havia ali água, para que o povo bebesse.
- E contendeu o povo com Moisés, e disseram: Dai-nos água que bebamos! E Moisés lhes disse: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor?
- Havendo, pois, ali o povo sede de água, murmurou o povo contra Moisés. E disse: Por que nos fizeste subir do Egito? Para me matar a mim, e a meus filhos, e a meu gado de sede?
- E clamou Moisés ao Senhor, dizendo: Que hei de fazer a este povo? Daqui a pouco me apedrejarão!
- Então disse o Senhor a Moisés: Passa diante do povo, e toma contigo alguns dos anciãos de Israel. E também tua vara, com que feriste o rio, toma em tua mão, e vai.
- Eis que eu estarei em pé diante de tua face ali, sobre a penha em Horebe; e ferirás a penha, e sairão dela águas, e o povo beberá. E Moisés fez assim perante os olhos dos anciãos de Israel.
- E chamou o nome do lugar Massá, e Meribá. E isso pela contenda dos filhos de Israel, e porquanto tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?
- Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim.
- Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos varões, e sai, peleja contra Amaleque. Amanhã eu estarei em pé sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará em minha mão.
- E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; porém Moisés, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro.
- E sucedia que, quando levantou Moisés sua mão, prevalecia Israel; mas quando abaixou sua mão, prevalecia Amaleque.
- Porém as mãos de Moisés estavam já pesadas; pelo que tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, e assentou-se sobre ela. E Arão e Hur sustentavam as mãos dele: um de um lado, e o outro do outro; assim suas mãos ficaram firmes, até que o sol se pôs.
- E assim Josué fez enfraquecer a Amaleque, e a seu povo, ao fio da espada.
- Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto por memória num livro, e o põe aos ouvidos de Josué. Que de todo hei de desfazer a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
- E edificou Moisés um altar, e chamou seu nome “o Senhor, minha bandeira”.
- E disse: Porquanto a mão está sobre o trono do Senhor, haverá guerra do Senhor contra Amaleque, de geração em geração.
Capítulo 18
- Ora, ouviu Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, tudo quanto Deus fizera a Moisés, e a Israel, seu povo; que o Senhor tirara a Israel do Egito.
- E tomou Jetro, sogro de Moisés, a Zípora, mulher de Moisés; depois que ele a enviara.
- Juntamente com seus dois filhos, dos quais o nome de um era Gérson; porquanto dissera “peregrino fui em terra estranha”.
- E o nome do outro era Eliézer; porque, disse ele, “o Deus de meu pai foi por minha ajuda, e me livrou da espada do Faraó”.
- Veio pois Jetro, sogro de Moisés, com seus filhos e com sua mulher, até Moisés; ao deserto, lá onde ele tinha assentado o campo, junto ao monte de Deus.
- E disse a Moisés: Eu, teu sogro, Jetro, venho a ti; com tua mulher, e seus dois filhos com ela.
- Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram-se um a outro como estavam; e foram-se à tenda.
- E contou Moisés a seu sogro tudo quanto o Senhor fizera ao Faraó e aos egípcios, por amor de Israel; e todo o trabalho que passaram no caminho, e como o Senhor os livrara.
- E alegrou-se Jetro de todo o bem que o Senhor fizera a Israel, livrando-o da mão dos egípcios.
- E disse Jetro: Bendito seja o Senhor, que vou livrou da mão dos egípcios, e da mão do Faraó! Que livrou ao povo de debaixo da mão dos egípcios.
- Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses;
- Então tomou Jetro, sogro de Moisés, holocausto e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, a comer pão com o sogro de Moisés, diante de Deus.
- E aconteceu que, ao outro dia, se assentou Moisés a julgar ao povo; e o povo esteve em pé diante de Moisés, desde pela manhã até a tarde.
- E viu o sogro de Moisés tudo quanto ele fazia ao povo. E disse: Que é isto que tu fazes ao povo? Por que tu sozinho te assentas, e todo o povo está em pé diante de ti, desde pela manhã até a tarde?
- Então disse Moisés a seu sogro: Porquanto este povo vem a mim para consultar a Deus.
- Quando eles têm alguma coisa, vêm a mim, e eu julgo entre um e o outro; e eu lhes faço saber os estatutos de Deus, e suas leis.
- Porém o sogro de Moisés lhe disse: Não é boa a coisa que tu fazes.
- Totalmente desfalecerás, tanto tu como todo este povo que está contigo. Porquanto esta coisa é mui difícil para ti: tu sozinho o não podes fazer.
- Ouve, agora, minha voz, eu te aconselharei, e Deus será contigo: sê tu pelo povo junto a Deus, e leva tu as coisas a Deus.
- E declara-lhes os estatutos e as leis; e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.
- Tu, porém, atenta dentre todo o povo por varões valorosos, tementes a Deus, varões de verdade, que aborreçam a avareza; e os põe sobre ele por maiorais de mil, por maiorais de cem, por maiorais de cinquenta, e por maiorais de dez.
- Para que julguem a este povo em todo tempo; e será que, toda coisa grande, te tragam a ti; mas toda a coisa pequena, eles mesmos julguem. Assim, a ti mesmo te alivia desta carga, e eles a levem contigo.
- Se esta coisa fizeres, e Deus assim to mandar, então poderás subsistir; e também todo este povo virá a seu lugar em paz.
- E deu Moisés ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito.
- E escolheu Moisés varões valorosos, de todo Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: por maiorais de mil, por maiorais de cem, por maiorais de cinquenta, e por maiorais de dez.
- E julgaram ao povo em todo tempo: a coisa árdua, trouxeram a Moisés, e toda coisa pequena, eles mesmos julgaram.
- Então Moisés despediu a seu sogro, o qual se foi à sua terra.
Capítulo 19
- Ao mês terceiro da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia vieram ao deserto de Sinai.
- Porque partindo-se de Refidim, vieram ao deserto de Sinai, e assentaram o campo no deserto. Assim que Israel assentou ali o campo, diante do monte.
- E subiu Moisés a Deus. E clamou-lhe o Senhor desde o monte, dizendo: Assim dirás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel:
- Vós outros tendes visto o que fiz aos egípcios; e como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim.
- Agora, pois, se diligentemente obedecerdes à minha voz, e guardardes meu concerto; .
- E vós outros me sereis um reino sacerdotal, e gente santa. Estas são as palavras que hás de falar aos filhos de Israel.
- E veio Moisés, e chamou aos anciãos do povo; e propôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha mandado.
- Então todo o povo respondeu à uma, e disse: Tudo quanto o Senhor falou, faremos. E relatou Moisés as palavras do povo ao Senhor.
- E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti em uma nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e também te creiam eternamente. Porque Moisés anunciara as palavras do povo ao Senhor.
- Disse também o Senhor a Moisés: Vai-te ao povo, e os santifica hoje, e amanhã. E lavem suas vestes.
- E estejam apercebidos para o terceiro dia; porquanto ao terceiro dia, o Senhor há de descer a olhos de todo o povo, sobre o Monte Sinai.
- E assinalarás um termo ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos de subir ao monte, e tocar a seu termo. Todo aquele que tocar ao monte, certamente morrerá.
- Não lhe tocará mão, porque certamente será apedrejado, ou certamente será asseteado: seja animal ou seja homem, não viverá. Tocando longamente a corneta, eles subirão ao monte.
- Então Moisés desceu do monte ao povo; e santificou ao povo, e lavaram suas vestes.
- E disse ao povo: Estai apercebidos para o terceiro dia. Não vos chegueis a mulher.
- E aconteceu que, ao terceiro dia, sendo já de manhã, houve trovões, e relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre o monte, e som de uma trombeta mui forte; e estremeceu todo o povo que estava no campo.
- E tirou Moisés do campo ao povo, a encontrar-se com Deus; e puseram-se no mais baixo do monte.
- E todo o Monte Sinai fumegava, porquanto o Senhor descera sobre ele em fogo; e subia seu fumo como o fumo de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente.
- E o soar da trombeta ia-se e reforçava-se em grande maneira. Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta.
- E desceu o Senhor ao Monte Sinai, sobre o cume do monte. E chamou o Senhor a Moisés ao cume do monte, e subiu Moisés.
- E disse o Senhor a Moisés: Desce, protesta ao povo; que não traspassem o termo para ver ao Senhor, e não caiam dentre ele muitos.
- E também os sacerdotes, que se achegam ao Senhor, se hão de santificar: para que o Senhor não faça neles rotura.
- Então disse Moisés ao Senhor: Não poderá o povo subir ao Monte Sinai. Porque nos protestaste, dizendo: Assinala termos ao monte, e santifica-o.
- E disse-lhe o Senhor: Vai-te, desce; e subirás tu, e Arão contigo. Porém os sacerdotes e o povo, não traspassem o termo para subir ao Senhor, para que não faça neles rotura.
- Então desceu Moisés ao povo, e disse-lhes isto.
Capítulo 20
- Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
- Eu sou o Senhor, teu Deus; que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão.
- Não terás outros deuses diante de meu rosto.
- , nem nenhuma semelhança das coisas que estão no céu em cima, nem na terra embaixo; nem nas águas debaixo da terra.
- Não te inclinarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais sobre os filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
- E faço misericórdia em milhares, aos que me amam e guardam meus mandamentos.
- Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não deixará sem castigo a quem tomar seu nome em vão.
- Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
- Seis dias trabalharás, e farás toda tua obra.
- Mas o sétimo dia será o sábado ao Senhor, teu Deus: não farás obra nenhuma, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem tua alimária, nem teu estrangeiro, que está dentro de tuas portas.
- Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles; e descansou ao sétimo dia. Portanto, o Senhor abençoou ao dia do sábado, e o santificou.
- Honra a teu pai e a tua mãe; para que teus dias se prolonguem sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
- Não matarás.
- Não adulterarás.
- Não furtarás.
- Não dirás falso testemunho contra teu próximo.
- Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu asno, nem coisa alguma de teu próximo.
- E todo o povo via os trovões, e os relâmpagos, e o som da trombeta, e o monte que fumegava; e vendo-o o povo, desviaram-se, e estiveram em pé, de longe.
- E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos. E Deus não fale conosco, para que não morramos.
- E disse Moisés ao povo: Não temais, porque para provar-vos veio o Senhor. E para que seu temor esteja diante de vossa face, para que não pequeis.
- E o povo estava em pé, de longe; porém Moisés se chegou à escuridade, lá onde Deus estava.
- Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós outros tendes visto que, desde os céus, falei convosco.
- Não fareis para comigo deuses de prata; nem deuses de ouro fareis para vós.
- Altar de terra me farás; e sacrificarás sobre ele teus holocaustos, teus sacrifícios pacíficos, tuas ovelhas, e tuas vacas. Em todo lugar onde eu puser a memória de meu nome, virei a ti, e te abençoarei.
- Porém se altar de pedras me fizeres, não o edificarás de pedras lavradas; porque se teu buril moveres sobre ele, profaná-lo-ás.
- Nem subirás por degraus a meu altar, para que se não descubra tua nudez sobre ele.
Capítulo 21
- E estes são os direitos que lhes proporás:
- Quando comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo, sairá forro, de graça.
- Se veio só com seu corpo, com só seu corpo sairá; se ele era homem casado, também sairá sua mulher com ele.
- Se seu senhor lhe houver dado mulher, e ela lhe houver dado à luz filhos ou filhas; a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá com só seu corpo.
- Mas se aquele servo expressamente disser: Amo a meu senhor, a minha mulher, e a meus filhos: não quero sair forro.
- Então seu senhor o trará aos juízes, e o trará à porta, ou ao umbral. E seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e o servirá para sempre.
- E quando alguém vender a sua filha por serva, não sairá como saem os servos.
- Se desagradar aos olhos de seu senhor, pelo que se não desposou com ela, fará que se resgate; a povo estranho a não poderá vender, usando deslealmente com ela.
- Mas se a desposar com seu filho, conforme ao direito das filhas fará a ela;
- Se lhe tomar outra, seu mantimento, sua cobertura, e sua coabitação, não diminuirá.
- E se estas três coisas lhe não fizer, sairá de graça, sem dinheiro.
- Quem ferir a alguém que morra, ele também certamente morrerá.
- Porém, quem não lhe armou ciladas, mas Deus o fez encontrar a suas mãos; então te ordenarei lugar aonde fuja.
- Mas se alguém se ensoberbecer contra seu próximo, para o matar com engano; de meu altar o tirarás, para que morra.
- E quem ferir a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá.
- E quem furtar homem algum, e o vender, ou for achado em sua mão, certamente morrerá.
- E quem maldisser a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá.
- E se pelejarem alguns varões, ferindo um ao outro com pedra, ou com o punho, e não morrer, porém em cama cair;
- Se se levantar, e andar fora sobre seu bordão, então o que o feriu será absolto; somente o que esteve de vago lhe pagará, e o fará curar totalmente.
- E se alguém ferir a seu servo ou a sua serva com pau, e morrer debaixo de sua mão; certamente será vingado.
- Porém, se por um dia, ou dois, viver, não será vingado; porque é seu dinheiro.
- E se pelejarem alguns varões, e ferirem a alguma mulher prenhe, e o fruto lhe cair, porém não houver morte; certamente será castigado, conforme ao que o marido da mulher lhe impuser, e pagará por juízes.
- Porém, se houver morte, então darás alma por alma;
- Olho por olho, dente por dente; mão por mão, pé por pé;
- Queimadura por queimadura, ferida por ferida: golpe por golpe.
- E se alguém ferir o olho de seu servo, ou o olho de sua serva, e o danar; o deixará ir forro, por seu olho.
- E se tirar o dente de seu servo, ou o dente de sua serva; o deixará ir forro, por seu dente.
- E se algum boi escornar homem, ou mulher, e morrer; o boi será apedrejado certamente, e sua carne se não comerá, porém o dono do boi ficará absolto.
- Mas se o boi dantes escornava, e seu dono foi convencido disso, e não o guardou, e matou a algum homem ou mulher; aquele boi será apedrejado, e também seu dono morrerá.
- Se resgate lhe for imposto, então dará resgate de sua alma conforme a tudo quanto lhe for imposto.
- Quer escornasse filho, quer escornasse filha: conforme a este direito lhe será feito.
- Se o boi escornar servo ou serva, dará trinta siclos de prata a seu senhor, e o boi será apedrejado.
- E se alguém abrir cova alguma, ou se cavar alguém cova alguma, e não a cobrir; e nela cair algum boi, ou asno;
- O dono da cova o pagará, o dinheiro restituirá a seu dono; porém o boi morto será seu.
- E se o boi de alguém escornar ao boi de seu próximo, e morrer; então venderão o boi vivo, e repartirão seu dinheiro, e também o boi morto repartirão.
- Porém, se foi notório que aquele boi dantes escornava, e seu dono o não guardou; certamente pagará boi por boi, porém o boi morto será seu.
Capítulo 22
- Se alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar ou o vender, cinco bois restituirá pelo boi, e quatro ovelhas pela ovelha.
- Se o ladrão for achado minando, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.
- Se o Sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão totalmente restituirá: se não tiver, será vendido por seu furto.
- Se certamente for achado o furto em sua mão, seja boi ou asno ou ovelha vivos, em dobro restituirá.
- Se alguém fizer pascer campo, ou vinha, e largar sua alimária para pascer no campo de outro; do melhor de seu campo, e do melhor de sua vinha, lho restituirá.
- Se algum fogo sair, e se atear nos espinhos, e abrasar a meda de trigo, ou a seara, ou o campo; aquele que acendeu o fogo, totalmente restituirá o queimado.
- Se alguém der a seu próximo prata, ou vasos, a guardar, e for furtado da casa daquele homem; se o ladrão se achar, restituirá em dobro.
- Se o ladrão se não achar, então o dono da casa será levado aos juízes: a ver se não meteu sua mão na fazenda de seu próximo.
- Sobre todo negócio de sem-razão, sobre boi, sobre asno, sobre ovelha, sobre vestido, sobre toda coisa perdida de que alguém disser que é sua, perante os juízes virá a causa de ambos: aquele a quem os juízes condenarem, restituirá em dobro a seu próximo.
- Se alguém der a seu próximo um asno, ou boi, ou ovelha, ou alimária alguma a guardar; e morrer, ou for quebrantado, ou afugentado, ninguém o vendo;
- Então juramento do Senhor haverá entre ambos, que não meteu sua mão na fazenda de seu próximo; e seu dono o aceitará, e o outro não o restituirá.
- Mas se de fato lhe for furtado, restituí-lo-á a seu dono.
- Se de feito lhe for despedaçado, trará disso testemunha: o despedaçado não restituirá.
- E se alguém a seu próximo pedir coisa alguma, e for danificada, ou morta, seu dono não estando presente, certamente a restituirá.
- Se seu dono esteve presente, não a restituirá; se foi alugada, lhe veio por seu alugamento.
- E se alguém enganar alguma virgem que não estiver desposada, e se deitar com ela, certamente a dotará, e a tomará por mulher.
- Se seu pai totalmente recusar de lha dar, dará dinheiro conforme ao dote das virgens.
- À feiticeira não darás vida.
- Todo aquele que se deitar com animal, certamente morrerá.
- Aquele que sacrificar a outros deuses, e não a só o Senhor, será excomungado.
- Ao estrangeiro não farás força, nem o oprimirás; pois fostes estrangeiros na terra do Egito.
- Não afligireis a alguma viúva, ou ao órfão.
- Se em alguma maneira os afligires, e eles em alguma maneira clamarem a mim, certamente ouvirei seu clamor.
- E minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos.
- Se emprestares dinheiro a meu povo que está pobre contigo, não te haverás com ele como onzeneiro: não lhe imporás usura.
- Se em alguma maneira tomares em penhor o vestido de teu próximo, antes que se pôr o Sol lho tornarás.
- Porque só aquilo é sua cobertura, aquilo é seu vestido por sua pele. Em que se deitaria? Será, pois, que, quando clamar a mim, então eu o ouvirei, porque eu sou misericordioso.
- Aos juízes não amaldiçoarás, e ao príncipe em teu povo não maldirás.
- Tua plenitude, e teus licores, não dilatarás a oferecer; o primogênito de teus filhos me darás.
- Assim farás com teu boi, e com tua ovelha: sete dias estará com sua mãe, ao dia oitavo mo darás.
- E ser-me-eis varões santos. Portanto, não comereis carne despedaçada no campo: aos cães a lançareis.
Capítulo 23
- Não admitirás falso rumor; e não te concertarás com o ímpio, para ser testemunha de violência.
- Não seguirás aos muitos para fazer mal; nem falarás, em demanda, encostando-te aos muitos, para torcer o direito.
- Nem ao pobre preferirás em sua demanda.
- Se encontrares ao boi de teu inimigo, ou a seu asno, extraviado, totalmente lho tornarás.
- Se vires ao asno daquele que te aborrece deitado debaixo de sua carga, deixarás então de ajudá-lo? Certamente o ajudarás juntamente com ele.
- Não perverterás o direito de teu pobre em sua demanda.
- Do negócio de falsidade te alonja; e ao inocente e justo não matarás, porquanto não hei de justificar ao ímpio.
- Também presente não tomarás; porque o presente cega aos que têm vista, e perverte os negócios dos justos.
- Ao estrangeiro também não oprimirás; pois vós outros sabeis o coração do estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.
- Também seis anos semearás tua terra, e sua novidade recolherás.
- Mas ao sétimo a deixarás aquietar e descansar, para que os pobres de teu povo possam comer, e os animais do campo comam o sobejo; assim também farás com tua vinha, e com teu olival.
- Seis dias farás tuas obras, mas ao sétimo dia descansarás; para que cessem também teu boi, e teu asno, e o filho de tua serva, e o estrangeiro tome alento.
- E em tudo o que vos tenho dito, guardai-vos. E do nome de outros deuses, vos não lembreis: não se ouça de vossa boca.
- Três vezes no ano me celebrareis festa.
- A festa dos ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos – como mandado te tenho –, ao tempo apontado no mês de Abibe, porquanto nele saíste do Egito. Porém ninguém apareça perante minha face vazio.
- E a festa da sega dos primeiros frutos de teu trabalho, que houveres semeado no campo; e a festa da colheita, à saída do ano, quando houveres recolhido teu trabalho do campo.
- Três vezes no ano, aparecerá todo teu macho perante a face do Senhor Deus.
- Não sacrificarás com pão lêvedo o sangue do meu sacrifício, nem ficará de noite a gordura de minha festa até a manhã.
- As primícias das primeiras novidades de tua terra, trarás à casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás ao cabrito com o leite de sua mãe.
- Eis que eu envio um anjo diante de tua face, para que te guarde no caminho; e te leve ao lugar que te tenho aparelhado.
- Guarda-te diante de sua face, e obedece à sua voz: não o provoques à ira. Porque não perdoará vossa rebelião; porquanto meu nome está no meio dele.
- Mas se diligentemente obedeceres à sua voz, e fizeres tudo quanto eu falar; então serei inimigo de teus inimigos, e adversário de teus adversários.
- Porque meu anjo irá diante de tua face, e te levará ao amorreu, e ao heteu, e ao ferezeu, e ao cananeu, e ao heveu, e ao jebuseu; e a eles destruirei.
- Não te inclinarás a seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme a suas obras; antes, totalmente os destruirás, e de todo quebrantarás suas estátuas.
- E servireis ao Senhor, vosso Deus, e abençoará teu pão, e tua água; e tirarei a doença do meio de ti.
- Não haverá mulher que aborta, nem estéril em tua terra. O número de teus dias cumprirei.
- Meu terror enviarei diante de tua face, e farei atônito a todo povo aonde entrares; e farei que todos teus inimigos te virem as costas.
- Também enviarei vespões diante de tua face, que lancem fora de diante de tua face ao heveu, ao cananeu e ao heteu.
- Não os lançarei fora de diante de tua face em um ano; para que a terra se não torne em deserto, e as alimárias do campo se não multipliquem contra ti.
- Pouco a pouco os lançarei fora de diante de tua face; até que te frutifiques, e herdes a terra.
- E porei a teus termos desde o Mar Vermelho até o mar dos filisteus, e desde o deserto até o rio; porquanto darei em tua mão aos moradores da terra, para que os lances fora de diante de tua face.
- Não farás algum concerto com eles, ou com seus deuses.
- Não habitarão em tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires a seus deuses, certamente te será por laço.
Capítulo 24
- Depois disse a Moisés: Sobe ao Senhor, tu e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos desde longe.
- E só Moisés se achegue ao Senhor, porém eles se não acheguem; nem o povo suba com ele.
- Vindo, pois, Moisés, contou ao povo todas as palavras do Senhor, e todos os direitos. Então todo o povo respondeu a uma voz; e disseram: Todas as palavras que o Senhor falou, faremos.
- E escreveu Moisés todas as palavras do Senhor, e levantou-se de madrugada pela manhã, e edificou um altar ao pé do monte; e doze estátuas, segundo as doze tribos de Israel.
- E enviou os mancebos dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos; e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos de bezerros.
- E tomou Moisés a metade do sangue, e a pôs em bacias; e espargiu a outra metade do sangue sobre o altar.
- E tomou o livro do concerto, e o leu a ouvidos do povo. E disseram: Tudo quanto o Senhor falou, faremos, e obedeceremos.
- Então tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre o povo; e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco, sobre todas estas palavras.
- E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel.
- E viram ao Deus de Israel; e debaixo de seus pés havia como a obra de pedra de safira, e como o parecer do céu em sua claridade.
- Porém sobre os separados dos filhos de Israel não estendeu sua mão; mas viram a Deus, e comeram e beberam.
- Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica-te ali; e dar-te-ei umas tábuas de pedra, e a Lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar.
- Levantou-se então Moisés, com Josué, seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus;
- E aos anciãos disse: Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós outros; e eis que Arão e Hur ficam convosco: quem tiver negócios alguns, se achegará a eles.
- E subiu Moisés ao monte; e uma nuvem cobriu ao monte.
- E habitava a glória do Senhor sobre o monte de Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e chamou a Moisés ao sétimo dia, desde o meio da nuvem.
- E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel.
- E entrou Moisés no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e esteve Moisés no monte quarenta dias, e quarenta noites.
Capítulo 25
- Então falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- Fala aos filhos de Israel, que tomem para mim uma oferta de alçar; de todo varão cujo coração se mover voluntariamente a isso, tomareis minha oferta de alçar.
- E esta é a oferta de alçar que haveis de tomar deles: ouro, e prata, e cobre;
- Como também azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras;
- E peles de carneiros tingidas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de Sitim;
- Azeite para a lumeeira, espécias para o óleo da unção e especiarias para o perfume;
- Pedras sardônicas e pedras de engaste, para o éfode e para o peitoral.
- E me farão um santuário; e habitarei no meio deles.
- Conforme a tudo o que eu te mostrar, ao modelo do tabernáculo, e ao modelo de todos seus aviamentos, assim mesmo fareis.
- Também farão uma arca de madeira de Sitim; de dois côvados e meio será sua compridão, e de um côvado e meio sua largura, e de um côvado e meio sua altura.
- E a forrarás de ouro puro: por de dentro e por de fora a forrarás. E farás sobre ela uma coroa de ouro ao redor.
- E lhe fundirás quatro argolas de ouro, e as porás a seus quatro cantos; e duas argolas estarão a um lado dela, e as outras duas argolas ao outro lado dela.
- E farás umas barras de madeira de Sitim, e as forrarás de ouro.
- E meterás as barras nas argolas que estão aos lados da arca, para levarem a arca com elas.
- Nas argolas da arca estarão as barras: nunca se tirarão dela.
- E porás na arca o testemunho que te hei de dar.
- Também farás um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será sua compridão, e de um côvado e meio sua largura.
- Farás também dois querubins de ouro: de ouro batido os farás, aos dois cabos do propiciatório.
- E farás um querubim ao cabo de uma parte, e outro querubim ao cabo de outra parte: do propiciatório fareis sair os querubins a seus dois cabos.
- E os querubins estenderão suas asas por em cima, cobrindo com suas asas ao propiciatório, e seus rostos estarão um em frente ao outro: para o propiciatório serão os rostos dos querubins.
- E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o testemunho que te darei.
- E a ti virei ali, e falarei contigo de cima do propiciatório, desde entre os dois querubins – que estiverem sobre a arca do testemunho – tudo quanto eu te mandar para os filhos de Israel.
- Também farás uma mesa de madeira de Sitim: de dois côvados será sua compridão, e de um côvado sua largura, e de um côvado e meio sua altura.
- E a forrarás de ouro puro, e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
- Também lhe farás uma moldura, de largura de uma mão, ao redor; e far-lhe-ás uma coroa de ouro ao redor de sua moldura.
- Também lhe farás quatro argolas de ouro; e porás as argolas aos quatro cantos que estarão a seus quatro pés.
- Diante da moldura estarão as argolas, por lugares para as barras; para levarem a mesa.
- Farás, pois, as barras de madeira de Sitim, e as forrarás de ouro; e a mesa se levará com elas.
- Farás também seus pratos, e seus perfumadores, e suas escudelas, e suas taças, com que se há de cobrir o pão: de ouro puro os farás.
- E porás sobre a mesa os pães da proposição perante minha face continuamente.
- Farás também um castiçal de ouro puro. De ouro batido este castiçal se fará: seu pé, e suas canas, suas copas, suas maçãs, e suas flores, do mesmo serão.
- E seis canas sairão dos seus lados: três canas do castiçal de um lado seu, e as outras três canas do castiçal do seu outro lado.
- Em uma cana haverá três copas a modo de amêndoas, uma maçã, e uma flor; e três copas a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã, e uma flor. Assim será com as seis canas que saem do castiçal.
- Porém no mesmo castiçal haverá quatro copas, a modo de amêndoas, com suas maçãs, e com suas flores.
- E uma maçã debaixo das duas canas que saem dele; e outra maçã debaixo das outras duas canas que saem dele; e ainda outra maçã debaixo das outras duas canas que saem dele. Assim se fará com as seis canas que saem do castiçal.
- Suas maçãs e suas canas serão do mesmo: tudo será de um pedaço, obra batida de ouro puro.
- Também lhe farás sete lâmpadas; e acendê-las-ão, e as farão alumiar diante dele.
- E seus espevitadores, e seus vasos de apagar candeias, serão de ouro puro.
- De um talento de ouro puro o farão, com todos estes aviamentos.
- Atenta, pois, e o faze, conforme ao seu modelo que te foi mostrado no monte.
Capítulo 26
- E o tabernáculo farás de dez cortinas: de linho fino torcido, e azul, e púrpura, e carmesim, com querubins da obra de artífice, as farás.
- O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina de quatro côvados: todas as cortinas serão de uma mesma medida.
- Cinco cortinas se ajuntarão uma a outra; e as outras cinto cortinas se ajuntarão uma a outra.
- E farás laçadas de azul na borda da cortina ao cabo, na juntura; assim também farás na borda do cabo da outra cortina, na segunda juntura.
- Cinquenta laçadas farás a uma cortina, e farás cinquenta laçadas ao cabo da cortina que está na segunda juntura: as laçadas serão travadas uma com a outra.
- E farás cinquenta colchetes de ouro; e ajuntarás as cortinas uma a outra com os colchetes, e isso será um tabernáculo.
- Farás também cortinas de pelos de cabras, para a tenda sobre o tabernáculo: onze cortinas as farás.
- O comprimento de uma cortina será de trinta côvados, e a largura da mesma cortina de quatro côvados: as onze cortinas terão uma mesma medida.
- A ajuntarás as cinco cortinas per si, e as seis cortinas per si; e dobrarás a sexta cortina perante a face da tenda.
- E farás cinquenta laçadas na borda de uma cortina ao cabo, na juntura; e outras cinquenta laçadas na borda da outra cortina, na segunda juntura.
- Também farás cinquenta colchetes de cobre; e meterás os colchetes nas laçadas, e assim ajuntarás a tenda, para que seja uma.
- E o resto, que sobejar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobeja, penderá de sobejo às costas do tabernáculo.
- E um côvado de uma banda, e outro côvado da outra, do que sobejar do comprimento das cortinas da tenda, penderá de sobejo aos lados do tabernáculo, de uma e da outra banda, para o cobrir.
- Também farás à tenda uma coberta de peles de carneiro tingidas de vermelho; e outra coberta de peles de texugos em cima.
- E farás tábuas para o tabernáculo, de madeira de Sitim, que estão em pé.
- O comprimento de cada tábua será de dez côvados; e a largura de cada tábua será de um côvado e meio.
- Cada tábua terá dois quícios, postos – como degraus em escada – um após o outro: assim farás com todas as tábuas do tabernáculo.
- E farás as tábuas para o tabernáculo: vinte tábuas para a banda do meio-dia, ao sul.
- Também quarenta bases de prata farás debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, a seus dois quícios, e duas bases debaixo da outra tábua, a seus dois quícios.
- Também ao outro lado do tabernáculo, para a banda do norte, haverá vinte tábuas;
- E suas quarenta bases de prata; duas bases debaixo de uma tábua, e duas bases debaixo da outra tábua.
- E aos lados do tabernáculo, para o ocidente, farás seis tábuas.
- Também duas tábuas farás para as esquinas do tabernáculo, em ambos os lados.
- E ajuntar-se-ão como gêmeos por baixo; e ajuntar-se-ão como gêmeos pelo mais alto dele, com uma argola. Assim se fará com as duas tábuas: ambas serão por tábuas de esquina.
- Assim serão as oito tábuas, com suas bases de prata, dezesseis bases: duas bases debaixo de uma tábua, e duas bases debaixo da outra tábua.
- Também farás barras de madeira de Sitim: cinco para as tábuas de um lado do tabernáculo;
- E outras cinco para as tábuas do outro lado do tabernáculo; como também outras cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo, de ambas as bandas para o ocidente.
- E a barra do meio estará no meio das tábuas, passando de um cabo até o outro cabo.
- E as tábuas forrarás de ouro, e suas argolas farás de ouro, por lugares para as barras; e forrarás de ouro as barras.
- Então levantarás o tabernáculo, conforme ao modelo que te foi mostrado no monte.
- Depois farás um véu de azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido: de obra de artífice se fará com querubins.
- E o porás sobre quatro colunas de madeira de Sitim, forradas de ouro; seus ganchos serão de ouro. E estarão sobre quatro bases.
- E porás o véu debaixo de colchetes, e meterás ali, a dentro do véu, a arca do testemunho; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.
- E porás o propiciatório sobre a arca do testemunho, no lugar santíssimo.
- E porás a mesa afora do véu, e ao castiçal em fronte da mesa, ao lado do tabernáculo, ao sul; mas a mesa porás ao lado do norte.
- Também farás um anteparo, à porta da tenda, de azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido: de obra de bordador.
- E farás para o anteparo cinco colunas de madeira de Sitim, e as forrarás de ouro; seus ganchos serão de ouro. E lhe farás de fundição cinco bases de metal.
Capítulo 27
- Farás também um altar de madeira de Sitim: cinco côvados será o comprimento, e outros cinco côvados a largura – quadrado será o altar –, e três côvados sua altura.
- E farás seus cornos, a seus quatro cantos: do mesmo serão seus cornos. E o forrarás de cobre.
- Farás também seus caldeirões, para limpar sua cinza, e suas pás, e suas bacias, e seus garfos, e seus braseiros; e todos seus instrumentos farás de cobre.
- Far-lhe-ás também um crivo de cobre, a modo de rede; e farás à rede quatro argolas de cobre, a seus quatro cantos.
- E o porás dentro do cerco do altar abaixo, de maneira que a rede esteja até o meio do altar.
- Também farás barras para o altar, barras de madeira de Sitim; e as forrarás de cobre.
- E as barras se meterão nas argolas; de maneira que as barras estejam a ambos os lados do altar, quando o houverem de levar.
- Cavado de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.
- Também farás o pátio do tabernáculo. Para a banda do meio-dia, ao sul, haverá no pátio cortinas de linho fino torcido: cem côvados do comprimento serão a cada lado.
- E suas vinte colunas, e as vinte bases delas, serão de cobre. Os ganchos das colunas, e seus anéis, serão de prata.
- Assim também ao lado do norte, no comprimento, serão as cortinas de cem côvados do comprimento. E suas vinte colunas, com as vinte bases delas, serão de cobre; os ganchos das colunas, e seus fios, serão de prata.
- E a largura do pátio, ao lado do ocidente, terá cortinas de cinquenta côvados. Suas colunas serão dez; e as bases delas, dez.
- Semelhantemente, a largura do pátio, ao lado do oriente, ao levante, será de cinquenta côvados.
- E as cortinas de um lado serão de quinze côvados; suas colunas, três, e as bases delas, três.
- E ao outro lado serão cortinas de quinze côvados; suas colunas, três, e as bases delas, três.
- E à porta do pátio haverá um anteparo de vinte côvados, de azul e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido de obra de bordador; suas colunas, quatro, e as bases delas, quatro.
- Todas as colunas do pátio ao redor serão cingidas de fios de prata; seus ganchos serão de prata. Mas suas bases, de cobre.
- O comprimento do pátio será de cem côvados; e a largura de cada banda, cinquenta; e a altura, de cinco côvados de linho fino torcido. Mas suas bases, de cobre.
- Tocante a todos os instrumentos do tabernáculo, em todo seu serviço – e até todos seus pregos, e todos os pregos do pátio – serão de cobre.
- Tu, pois, mandarás aos filhos de Israel que te tomem azeite de oliveiras puro, moído, para a lumeeira: para acender as lâmpadas continuamente.
- Na tenda da congregação, fora do véu que está diante do testemunho, as concertará Arão, e seus filhos, desde a tarde até a manhã, perante a face do Senhor: estatuto perpétuo será este, por suas gerações, acerca dos filhos de Israel.
Capítulo 28
- Depois tu farás chegar a ti a Arão, teu irmão, e a seus filhos consigo, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o sacerdócio: a Arão, Nadabe e Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão.
- E farás vestidos santos a Arão, teu irmão: para glória, e para ornamento.
- Também falarás tu a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenho enchido de espírito de sabedoria; que façam vestidos a Arão, para o santificar, para que me administre o sacerdócio.
- Estes, pois, são os vestidos que hão de fazer: um peitoral, um éfode e um manto; e uma túnica ocular, uma mitra e um cinto. E farão vestidos santos a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o sacerdócio.
- Também tomarão eles aquele ouro, e azul, e púrpura; e carmesim, e linho fino;
- E farão o éfode, de ouro, azul e púrpura, de carmesim e linho fino torcido, da obra de artífice.
- Terá duas ombreiras, que se ajuntem a suas duas pontas, e assim se ajuntará.
- E o cinto artificioso de seu éfode, que sobre ele estará, será de sua mesma obra, do mesmo: de ouro, azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido.
- E tomarás duas pedras sardônicas; e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel.
- Seis de seus nomes serão numa pedra, e outros seis nomes na outra pedra, segundo suas gerações.
- Conforme a obra de lapidário, de lavor de selos, lavrarás estas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel: ao redor engastadas em ouro as farás.
- E porás as duas pedras sobre as obreiras do éfode, por pedras de memória, para os filhos de Israel. E levará Arão seus nomes, perante a face do Senhor, sobre seus ambos ombros, por memória.
- Também farás engastes de ouro;
- E duas correntinhas de puro ouro, de igual medida as farás, da obra de fieira; e as correntinhas de fieira porás aos engastes.
- Também farás o peitoral do juízo, da obra de artífice; conforme a obra do éfode o farás: de ouro, azul, e púrpura, e carmesim, e de linho fino torcido o farás.
- Quadrado será, e dobrado; de um palmo será seu comprimento, e de um palmo sua largura.
- E o encherás de enchimento de pedras, com quatro ordens de pedras: a ordem de um sárdio, um topázio e um carbúnculo será a primeira ordem.
- E a segunda ordem será de uma esmeralda, uma safira e um diamante.
- E a terceira ordem será de um jacinto, e uma ágata, e um ametisto.
- E a quarta ordem será de uma turquesa, e uma sardônica, e um jaspe. Seus engastes de ouro serão em seus enchimentos.
- E estas pedras estarão com os nomes dos filhos de Israel: doze, segundo seus nomes. Estarão lavrados como selos, cada um segundo seu nome: serão para as doze tribos.
- E farás ao peitoral correntinhas de igual medida, da obra da fieira: de ouro puro.
- Também farás ao peitoral duas argolas de ouro; e porás as duas argolas nas duas pontas do peitoral.
- Então meterás as duas correntinhas de fieira de ouro nas duas argolas, que estão nas pontas do peitoral.
- Mas as duas pontas, das duas correntinhas de fieira, meterás nos dois engastes; e as porás sobre as ombreiras do éfode, do lado dianteiro dele.
- Também farás duas argolas de ouro, e as porás nas duas pontas do peitoral: à sua borda, que estiver ao lado do éfode, por de dentro.
- Farás também duas argolas de ouro, e as porás sobre as duas ombreiras do éfode, abaixo da banda dianteira dele, em fronte de sua juntura; por cima do cinto artificioso do éfode.
- E atarão por cima o peitoral com suas argolas, às argolas do éfode, com um cordão azul, para que esteja sobre o cinto artificioso do éfode; e nunca se separará o peitoral do éfode.
- Assim Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo, sobre seu coração, quando entrar no santuário; para memória diante da face do Senhor continuamente.
- Também porás no peitoral do juízo ao Urim, e ao Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante da face do Senhor. Assim levará Arão o juízo dos filhos de Israel sobre seu coração, diante da face do Senhor continuamente.
- Também farás o manto do éfode, todo de azul.
- E o colar da cabeça estará no meio dele. Este colar terá uma borda ao redor, de obra tecida: como colar de saia de malha lhe será, para que se não rompa.
- E farás em suas bordas romãs de azul, e púrpura, e carmesim, ao redor de suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas, ao redor.
- Uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã, haverá nas bordas do manto ao redor.
- E estará sobre Arão quando administrar; para que se ouça seu soído quando entrar no santuário, diante da face do Senhor, e quando sair dali, para que não morra.
- Mais farás uma lâmina de ouro puro; e lavrarás nela, como lavor de selos, Santidade do Senhor.
- E a pegarás sobre um cordão de azul, de maneira que esteja na mitra: da banda dianteira da mitra estará.
- E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniquidade das coisas santas que os filhos de Israel santificarem, em todas as ofertas de suas coisas santas; e estará sobre sua testa continuamente, para serem eles agradáveis diante da face do Senhor.
- Farás também de linho fino uma túnica ocular, e farás a mitra de linho fino; mas o cinto farás da obra de bordador.
- E aos filhos de Arão farás túnicas, e lhes farás cintos; também lhes farás tiaras, para glória, e para ornamento.
- E delas vestirás a Arão, teu irmão, e a seus filhos com ele; e ungi-los-ás, e encherás suas mãos, e os santificarás, para que me administrem o sacerdócio.
- E lhes farás ceroulas de linho, para cobrirem a carne da vergonha: dos lombos até as pernas serão.
- E estarão sobre Arão e sobre seus filhos, quando entrarem na tenda da congregação, ou quando se chegarem ao altar, a administrarem no santuário; para que não levem iniquidade, e morram. Estatuto perpétuo será este para ele, e para sua semente depois dele.
Capítulo 29
- Esta é, pois, a coisa que lhes hás de fazer, para os santificar, para me administrarem o sacerdócio: toma um novilho, filho de vaca, e dois carneiros perfeitos;
- E pão ázimo, e bolos ázimos amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
- E os porás em um cesto, e os oferecerás no cesto; juntamente com o novilho, e com os dois carneiros.
- Então a Arão, e a seus filhos, farás chegar à porta da tenda da congregação; e os lavarás com água.
- Depois tomarás os vestidos, e vestirás a Arão da túnica, e do manto de éfode, e do éfode, e do peitoral; e o cingirás com o cinto artificioso do éfode.
- E porás a mitra sobre sua cabeça; e porás a coroa da santidade sobre a mitra.
- E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre sua cabeça; e o ungirás.
- Depois a seus filhos farás chegar, e os vestirás das túnicas.
- E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo; e encherás as mãos de Arão, e de seus filhos.
- E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação; e Arão e seus filhos porão suas mãos sobre a cabeça do novilho.
- E matarás o novilho perante a face do Senhor, à porta da tenda da congregação.
- Depois tomarás do sangue do novilho, e o porás nos cornos do altar com teu dedo; e todo o demais sangue derramarás no fundo do altar.
- Também tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, e o redenho sobre o fígado, e ambos os rins, e a gordura que houver neles; e o incensarás sobre o altar.
- Porém a carne do novilho, e sua pele, e seu esterco, queimarás a fogo fora do arraial: sacrifício por pecado é.
- Depois tomarás a um carneiro; e Arão e seus filhos porão suas mãos sobre a cabeça do carneiro.
- E matarás o carneiro; e tomarás seu sangue, e o borrifarás sobre o altar, ao redor.
- E ao carneiro partirás, por suas partes: e lavarás suas entranhas, e suas pernas, e as porás sobre suas partes, e sobre sua cabeça.
- Assim incensarás todo o carneiro sobre o altar: holocausto é para o Senhor. Cheiro suave, oferta incensada é ao Senhor.
- Depois tomarás ao outro carneiro; e Arão e seus filhos porão suas mãos sobre a cabeça do carneiro.
- E matarás o carneiro, e tomarás de seu sangue, e o porás sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre a ponta das orelhas direitas de seus filhos, como também sobre o dedo polegar de suas mãos direitas, e sobre o dedo polegar de seus pés direitos; e borrifarás o sangue sobre o altar, ao redor.
- Então tomarás do sangue que estiver sobre o altar, e do azeite da unção, e o espargirás sobre Arão, e sobre seus vestidos, e sobre seus filhos, e sobre os vestidos de seus filhos com ele; para que ele seja santificado, e seus vestidos, e seus filhos, e os vestidos de seus filhos com ele.
- Depois tomarás do carneiro a gordura, e o rabo, e a gordura que cobre as entranhas, e o redenho do fígado, e ambos os rins, com a gordura que houver sobre eles, e o ombro direito – pois ele é um carneiro das consagrações.
- E um pedaço de pão, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão, do cesto dos pães ázimos, que estiver diante da face do Senhor.
- E porás tudo nas mãos de Arão, e nas mãos de seus filhos; e o moverás por oferta movida perante a face do Senhor.
- Depois o tomarás de suas mãos, e o incensarás no altar sobre o holocausto; por cheiro suave perante a face do Senhor, oferta incensada é ao Senhor.
- Tomarás também o peito do carneiro das consagrações, que é por Arão, e o moverás por oferta movida perante a face do Senhor; e isso será tua porção.
- E santificarás o peito da oferta movida, e o ombro da oferta levantada, que foi movido e que foi alçado: do carneiro das consagrações, do que for por Arão e do que for por seus filhos.
- E será por Arão e por seus filhos, em estatuto perpétuo dos filhos de Israel; porque é oferta levantada. E a oferta levantada será dos filhos de Israel, de seus sacrifícios pacíficos; sua oferta levantada será para o Senhor.
- E os vestidos santos que houverem sido de Arão, serão de seus filhos depois dele; para neles serem ungidos, e para encherem neles suas mãos.
- Sete dias os vestirá aquele que de seus filhos será sacerdote em seu lugar: o que entrará na tenda da congregação, a servir no santuário.
- E ao carneiro das consagrações tomarás, e cozerás sua carne no lugar santo.
- E Arão e seus filhos comerão a carne deste carneiro e o pão que estiver no cesto, à porta da tenda da congregação.
- E comerão as coisas com que for feita a expiação, para encher suas mãos, para os santificar; porém o estrangeiro não as comerá, porque são coisas santas.
- E se coisa alguma da carne das consagrações, e deste pão, ficar de resto até a manhã; então queimarás com fogo o que ficar de resto, não se comerá, porquanto é coisa santa.
- Assim, pois, farás a Arão e a seus filhos, conforme a tudo o que te tenho mandado; por sete dias encherás suas mãos.
- Também um novilho, por sacrifício de pecado, prepararás cada dia, para as expiações, e expiarás pelo pecado o altar, fazendo expiação sobre ele; e o ungirás, para o santificar.
- Sete dias expiarás pelo altar, e o santificarás. E o altar será santíssimo: tudo quanto tocar o altar, será santo.
- Isto, pois, é o que prepararás sobre o altar: dois cordeiros de um ano cada dia, continuamente.
- A um cordeiro prepararás pela manhã, e ao outro cordeiro prepararás entre as duas tardes.
- E a décima parte de flor de farinha, amassada com a quarta parte de um him de azeite moído, e para oferta de licor a quarta parte de um him de vinho, para um cordeiro.
- E ao outro cordeiro prepararás entre as duas tardes: como com a oferta da manhã, e como com sua oferta de licor, farás com ele, para suave cheiro – oferta incensada é ao Senhor.
- Este será o holocausto contínuo por vossas gerações, à porta da tenda da congregação, perante a face do Senhor; aonde me acharei convosco, para falar contigo ali.
- E me acharei ali com os filhos de Israel, para que sejam santificados com minha glória.
- E santificarei a tenda da congregação, e o altar; também a Arão e a seus filhos santificarei, para que me administrem o sacerdócio.
- E habitarei no meio dos filhos de Israel, e lhes serei por Deus a eles.
- E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirei da terra do Egito, para habitar no meio deles: eu sou o Senhor, seu Deus.
Capítulo 30
- E farás um altar de perfume, para perfumar: de madeira de Sitim o farás.
- De um côvado será seu comprimento, e de um côvado sua largura – será quadrado –, e de dois côvados sua altura; e dele mesmo serão seus cornos.
- E o forrarás de ouro puro, a seu teto, e a suas paredes ao redor, e a seus cornos; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
- Também duas argolas de ouro lhe farás, por debaixo de sua coroa, a seus dois lados; a suas ambas bandas lho farás. E serão por lugares para as barras, para o levarem com elas.
- E farás as barras de madeira de Sitim, e as forrarás de ouro.
- E o porás diante do véu, que estiver diante da arca do testemunho; diante do propiciatório que estará sobre o testemunho, aonde me acharei contigo.
- E Arão incensará sobre ele o perfume de especiarias cada manhã: havendo adereçado as lâmpadas, o incensará.
- E acendendo Arão as lâmpadas, entre as duas partes o incensará. Este será o contínuo perfume perante a face do Senhor, por vossas gerações.
- Não oferecereis sobre ele perfume alheio, nem holocausto, nem oferta de manjar; e oferta de licor não derramareis sobre ele.
- E Arão fará expiação sobre seus cornos uma vez no ano. Com o sangue do sacrifício de pecado das expiações, uma vez no ano fará expiação sobre ele, por vossas gerações: santidade de santidade é isto ao Senhor.
- Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
- Quando tomares a soma dos filhos de Israel, conforme sua conta, então cada um deles dará o resgate de sua alma ao Senhor quando os contares; para que entre eles não haja praga alguma, quando os contares.
- Isto dará todo aquele que passar aos contados: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário – de vinte geras é este siclo –, a metade de um siclo é a oferta levantada ao Senhor.
- Todo aquele que passar aos contados, de vinte anos e acima, dará a oferta levantada ao Senhor.
- O rico não aumentará e o pobre não diminuirá da metade de siclo, quando derem a oferta levantada do Senhor para fazer expiação por vossas almas.
- Tomarás, pois, dos filhos de Israel o dinheiro das expiações, e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será aos filhos de Israel por memória diante da face do Senhor, para fazer expiação por vossas almas.
- E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- Também farás uma pia de cobre, com sua base de cobre, para lavar. E a porás entre a tenda da congregação e entre o altar; e deitarás água nela;
- E se lavarão dela Arão e seus filhos, suas mãos e seus pés.
- Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram; ou quando se achegarem ao altar para ministrar, para incensarem a oferta incensada ao Senhor.
- E lavarão suas mãos e seus pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto perpétuo, a ele e à sua semente, por suas gerações.
- Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
- Tu também toma-te das principais especiarias, da mais pura mirra, quinhentos siclos: de canela aromática, a metade de tanto, a saber, duzentos e cinquenta; e de cálamo aromático, duzentos e cinquenta siclos.
- De cássia também quinhentos, segundo o siclo do santuário; e de azeite de oliveiras, um him.
- E farás disto o óleo da santa unção, unguento precioso, obra de boticário: este será o óleo da santa unção.
- E ungirás com ele a tenda da congregação, e arca do testemunho;
- Como também a mesa com todos seus instrumentos, e o castiçal com seus instrumentos; e o altar de perfume;
- E o altar do holocausto com todos seus instrumentos, e a pia com sua base.
- Assim os santificarás, para que sejam santidade de santidades: tudo quanto os tocar, será santo.
- Também a Arão e a seus filhos ungirás; e os santificarás, para me administrarem o sacerdócio.
- E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Este me será o óleo da santa unção em vossas gerações.
- Sobre carne de homem não será untado, nem fareis como este, conforme a sua composição: santo é, santo vos será.
- O varão que tal compuser como este, ou que puser dele sobre coisa estranha, será extirpado de seus povos.
- Disse mais o Senhor a Moisés: Toma-te especiarias aromáticas: estoraque, e ônica, e gálbano; especiarias aromáticas, e incenso puro: cada qual será per si.
- E farás disto um perfume de unguento, obra de boticário: misturado, puro, santo.
- E dele moendo pulverizarás, e porás dele diante do testemunho, na tenda da congregação, aonde eu a ti virei: santidade de santidades vos será.
- Porém o perfume que farás, conforme sua composição, não vos fareis: santo te será ao Senhor.
- O varão que fizer tal como este para cheirá-lo, será extirpado de seus povos.
Capítulo 31
- Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- Olha, chamei por nome a Besaleel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.
- E o enchi do Espírito de Deus: de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em toda obra;
- Para inventar invenções; para obrar em ouro, e em prata, e em cobre;
- E em artifício de lavrar pedras, e para engastar, e em artifício de lavrar madeira; para obrar em toda obra.
- E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e no coração de todo aquele que é de coração sábio, tenho dado sabedoria. E farão tudo quanto eu mandei:
- A tenda da congregação, e a arca do testemunho, e o propiciatório que há de estar sobre ela; e todos instrumentos da tenda.
- E a mesa com seus instrumentos, e o castiçal puro com todos seus instrumentos; e o altar do perfume.
- E o altar do holocausto com todos seus instrumentos, e a pia com sua base.
- E os vestidos do ministério; e os vestidos santos para Arão, o sacerdote, e os vestidos de seus filhos, para administrarem o sacerdócio.
- E o óleo da unção, e o perfume de especiarias aromáticas para o santuário; conforme a tudo o que te tenho mandado, farão.
- Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
- Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente meus sábados guardareis. Porquanto eles são sinal entre mim e entre vós outros, em vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifico.
- Portanto, guardareis o sábado; porque ele é santo a vós outros. Aquele que o profanar, certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer obra alguma, aquela alma será extirpada do meio de seus povos.
- Seis dias se fará obra, porém no sétimo dia, é sábado de descanso, santidade ao Senhor: qualquer que fizer obra alguma no dia do sábado, certamente morrerá.
- Guardarão, pois, os filhos de Israel o sábado; celebrando o sábado em suas gerações, por concerto perpétuo.
- Entre mim, e entre os filhos de Israel, será sinal para sempre; porquanto em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, e no sétimo dia descansou, e se recreou.
- E deu a Moisés, acabando de falar com ele no monte de Sinai, as duas tábuas do testemunho: tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus.
Capítulo 32
- Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se o povo a Arão, e disseram-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses que vão diante de nossa face, porquanto a este Moisés, aquele varão que nos tirou da terra do Egito, não sabemos que lhe haja sucedido.
- E disse-lhes Arão: Arrancai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos, e de vossas filhas; e trazei-os a mim.
- Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam em suas orelhas; e os trouxeram a Arão;
- O qual os tomou de suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito!
- O que vendo Arão, edificou um altar diante dele. E apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor.
- E madrugaram ao dia seguinte, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas gratíficas; e assentou-se o povo a comer e a beber, depois se levantaram a brincar.
- Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce, porque já se tem corrompido o povo que tiraste da terra do Egito.
- Depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha mandado: fizeram para si um bezerro de fundição. E lhe inclinaram-se, e lhe sacrificaram, e disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito!
- Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado.
- Agora, pois, deixa-me, que meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e te farei a ti em grande gente.
- Porém Moisés adorou a face do Senhor, seu Deus; e disse: Ah Senhor! Por que teu furor se acenderia contra teu povo, o qual tiraste da terra do Egito com grande força, e com forte mão?
- Por que falariam os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para os matar nas montanhas, e para os destruir da face da terra? Torna-te do ardor de teu furor, e arrepende-te do mal de teu povo.
- Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais tens jurado, por ti mesmo, e lhes tens falado: Multiplicarei vossa semente como as estrelas dos céus; e toda esta terra, de que tenho dito, darei a vossa semente, para que a possuam por herdade eternamente.
- Então o Senhor se arrependeu do mal que falara que havia de fazer a seu povo.
- E Moisés se virou, e desceu do monte, com as duas tábuas do testemunho em sua mão: as tábuas escritas de ambas suas bandas – de uma e de outra banda estavam escritas.
- E aquelas tábuas eram obra de Deus, e a escritura era a escritura de Deus, lavrada naquelas tábuas.
- Ouvindo então Josué a voz do povo, que gritava, disse a Moisés: Alarido de guerra há no arraial.
- Porém ele disse: Não é alarido dos que clamam vitória, nem alarido dos que clamam perdição: alarido dos que cantam eu ouço.
- E aconteceu que, chegando ele ao arraial, e vendo o bezerro, e as danças; acendeu-se a ira de Moisés, e arremessou de suas mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte.
- E tomou ao bezerro que tinha feito, e o queimou no fogo, e o moeu até que se tornou em pó; e o aspergiu sobre as águas, e o deu a beber aos filhos de Israel.
- E disse Moisés a Arão: Que te tem feito este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?
- E Arão disse: Não se acenda a ira de meu Senhor: tu conheces o povo, que está no mal.
- Disseram-me, pois: Faze-nos deuses, que vão diante de nossa face; porquanto a este Moisés, aquele varão, que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos que lhe haja sucedido.
- Então lhes disse eu: Quem tem ouro, arranquem-no, e mo dêem a mim. E lancei-o no fogo, e saiu dele este bezerro.
- Vendo, pois, Moisés que o povo estava despido – porquanto Arão o havia despido para vergonha, entre os que se levantam contra ele –,
- Moisés estava em pé, na porta do arraial, e disse: Quem está do lado do Senhor, achegue-se a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.
- E disse-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada qual de vós ponha sua espada sobre sua coxa. Passai, e tornai pelo arraial de porta em porta; e cada qual mate a seu irmão, e cada qual a seu amigo, e cada qual a seu próximo.
- E fizeram os filhos de Levi conforme à palavra de Moisés; e caíram do povo, aquele dia, como três mil varões.
- Porquanto Moisés tinha dito: Consagrai a vós mesmos hoje ao Senhor, porque cada qual será contra seu filho, e contra seu irmão. E isto para que ele hoje dê sobre vós outros bênção.
- E aconteceu ao dia seguinte que Moisés disse ao povo: Vós outros pecastes grande pecado. Porém agora, subirei ao Senhor: porventura farei propiciação por vosso pecado.
- Assim se tornou Moisés ao Senhor, e disse: Ah, pecou este povo grande pecado, fazendo para si deuses de ouro!
- Agora, pois, ou perdoa seu pecado; ou, quando não, risca-me agora de teu livro, que tens escrito.
- Mas disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a esse riscarei de meu livro.
- Vai, pois, agora, leva a este povo aonde te tenho falado: eis que meu anjo irá diante de tua face. Porém, no dia de minha visitação, visitarei sobre eles seu pecado.
- Assim feriu o Senhor ao povo; porquanto fizeram o bezerro, que Arão tinha feito.
Capítulo 33
- E falou o Senhor a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: À tua semente a darei.
- E enviarei diante de tua face um anjo – e lançarei fora ao cananeu, ao amorreu e ao heteu, e ao ferezeu, ao heveu e ao jebuseu –,
- À terra que corre leite e mel. Porque não subirei no meio de ti, porquanto tu és povo obstinado; para que eu te não consuma no caminho.
- Ouvindo então o povo esta má palavra, tomaram luto; e nenhum deles pôs sobre si seus atavios.
- Porquanto o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: Vós outros sois povo obstinado; em um momento, subirei no meio de ti, e te consumirei. Porém agora, tira de ti teus atavios, e saberei o que te hei de fazer.
- Então os filhos de Israel se despojaram de seus atavios, desviados do monte de Horebe.
- E Moisés tomou a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, longe desviada do arraial; e chamou-lhe “a tenda da congregação”. E aconteceu que, todo aquele que buscava ao Senhor, saia à tenda da congregação, que estava fora do arraial.
- E aconteceu que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um estava em pé à porta de sua tenda; e olhavam após Moisés, até que entrava na tenda.
- Aconteceu também que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e se punha à porta da tenda; e falava com Moisés.
- E vendo todo o povo a coluna de nuvem que se punha à porta da tenda, levantava-se todo o povo, e cada qual se inclinava na porta de sua tenda.
- E falava o Senhor com Moisés cara a cara, como qualquer varão fala com seu amigo. Depois, se tornava ao arraial; porém seu servidor, Josué, filho de Num, mancebo, não se apartava do meio da tenda.
- E disse Moisés ao Senhor: Vês aqui, tu me dizes: Faze subir a este povo; porém tu me não fazes saber a quem hás de mandar comigo – havendo tu dito “conheço-te por nome”, e também “achaste graça em meus olhos”.
- Agora, pois, se tenho achado graça em teus olhos, rogo-te que agora me faças saber teu caminho; e conhecer-te-ei, para que ache graça em teus olhos. E atenta que esta gente é teu povo.
- Então disse: Minha face irá contigo, para te fazer descansar?
- E ele lhe disse: Se tua face não irá conosco, não nos faças subir daqui.
- Porque em que se saberia agora que tenho achado graça em teus olhos, eu e teu povo? Porventura, não em isto: que andes conosco? Assim seremos diferenciados, eu e teu povo, de todo o povo que está sobre a face da terra.
- Então disse o Senhor a Moisés: Também esta coisa que falaste, farei. Porquanto achaste graça em meus olhos, e te conheço por nome.
- Então ele disse: Rogo-te que me mostres tua glória.
- Porém o Senhor disse: Eu farei passar toda minha bondade diante de tua face, e proclamarei o nome do Senhor diante de tua face; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e compadecer-me-ei de quem me compadecer.
- Disse mais: Não poderás ver minha face; porquanto homem nenhum me verá, e viverá.
- Disse ainda o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; e ali te porás sobre a penha.
- E acontecerá que, quando passar minha glória, te porei em uma fenda da penha; e te cobrirei com minha mão, até que eu haja passado.
- E havendo eu tirado minha mão, então me verás por detrás. Mas minha face, se não verá.
Capítulo 34
- Então disse o Senhor a Moisés: Alisa-te duas tábuas de pedra, como as primeiras; e escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas tábuas primeiras, que quebraste.
- E sê preparado para a manhã; para que subas pela manhã ao Monte Sinai, e ali te põe diante de mim, no cume do monte.
- E ninguém suba contigo, e também ninguém apareça em todo o monte: nem ovelhas nem vacas pasçam em fronte daquele monte.
- Então alisou duas tábuas de pedra como as primeiras, e levantou-se de madrugada Moisés pela manhã, e subiu ao Monte Sinai, como o Senhor lhe tinha mandado; e tomou em sua mão as duas tábuas de pedra.
- E o Senhor desceu em uma nuvem, e se pôs ali junto a ele; e proclamou o nome do Senhor.
- Passando, pois, o Senhor perante a face dele, clamou: Senhor, Senhor, Deus misericordioso e piedoso! Tardio em iras, e grande em misericórdia e verdade;
- Que guarda a misericórdia em milhares, que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente ao culpado, que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos, e sobre os filhos dos filhos, até a terceira, e até a quarta geração.
- E apressurou-se Moisés; e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se.
- E disse: Se agora tenho achado graça em teus olhos, ó Senhor, vá agora o Senhor em meio de nós. Porque povo obstinado é este; porém perdoa-nos nossa iniquidade e nosso pecado, e toma-nos por herança.
- Então disse: Eis que eu faço concerto: perante todo teu povo farei maravilhas, quais nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gentes algumas. De maneira que verá todo este povo, em cujo meio estás, a obra do Senhor; porque coisa terrível é que eu faço contigo.
- Guarda o que eu hoje te mando. Eis que lançarei fora, de diante de ti, ao amorreu, e ao cananeu, e ao heteu, e ao ferezeu, e ao heveu, e ao jebuseu.
- Guarda-te que não faças concerto com o morador da terra, aonde hás de entrar; para que te não seja por laço no meio de ti.
- Mas seus altares derribareis, e suas estátuas quebrareis; e seus bosques cortareis.
- Porque não te hás de encurvar diante de outro deus – pois o nome do Senhor é Zeloso: Deus zeloso é ele –,
- Para que não faças concerto com o morador da terra; e não forniquem após seus deuses, nem sacrifiquem a seus deuses, e alguém não te convide, e não comas de seu sacrifício.
- E não tomes de suas filhas mulheres para teus filhos; e fornicando suas filhas após seus deuses, não façam que também teus filhos forniquem após seus deuses.
- Deuses de fundição não te farás.
- A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos, como te tenho mandado, no tempo determinado do mês de Abibe. Porquanto no mês de Abibe tens saído do Egito.
- Tudo quanto abrir madre é meu; e todo teu gado que nascer macho, abrindo madre, de vaca e ovelha.
- Porém o asno que abrir madre, o resgatarás com ovelha; porém se o não resgatares, degolá-lo-ás. Todo primogênito de teus filhos resgatarás; e ninguém aparecerá vazio diante de minha face.
- Seis dias trabalharás, mas ao sétimo dia descansarás: na arada, e na sega, descansarás.
- Também a festa das semanas guardarás, que é a festa dos primeiros frutos da sega do trigo; e a festa da colheita, à saída do ano.
- Três vezes no ano, aparecerá todo teu macho perante a face do Senhor Deus, Deus de Israel.
- Porque lançarei fora às gentes de diante de tua face, e dilatarei teu termo. Então ninguém cobiçará tua terra, subindo tu a aparecer perante a face do Senhor, teu Deus, três vezes no ano.
- Não sacrificarás com pão lêvedo o sangue do meu sacrifício, nem ficará da noite para a manhã o sacrifício da festa da Páscoa.
- As primícias das primeiras novidades de tua terra, trarás à casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
- Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve-te estas palavras; porquanto conforme ao teor destas palavras, tenho feito concerto contigo, e com Israel.
- E esteve ali com o Senhor quarenta dias, e quarenta noites: pão não comeu, e água não bebeu. E escreveu nas tábuas as palavras do concerto, as dez palavras.
- E aconteceu que, descendo Moisés do Monte Sinai – com as duas tábuas do testemunho, na mão de Moisés, quando ele desceu do monte –, Moisés não sabia que a tez de seu rosto resplandecesse, depois que o Senhor falara com ele.
- Vendo, pois, Arão, e todos os filhos de Israel, a Moisés, eis que a tez de seu rosto resplandecia; pelo que temeram de se chegar a ele.
- Então Moisés os chamou, e tornaram a ele Arão e todos os príncipes da congregação; e Moisés lhes falou.
- Depois chegaram também todos os filhos de Israel, e ele lhes mandou tudo quanto o Senhor falara com ele no Monte Sinai.
- Assim acabou Moisés de falar com eles; e tinha posto um véu sobre seu rosto.
- Porém, entrando Moisés perante a face do Senhor, para falar com ele, tirou o véu, até que saía. E saiu, e falou com os filhos de Israel o que se lhe tinha mandado.
- E viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, que a tez do rosto de Moisés resplandecia; pelo que Moisés tornou a pôr o véu sobre seu rosto, até que entrava a falar com ele.
Capítulo 35
- Então Moisés fez ajuntar toda a congregação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas são as palavras que o Senhor mandou para fazê-las:
- Seis dias se fará obra, mas no sétimo dia vos será santo o sábado de descanso ao Senhor; todo aquele que fizer nele obra, morrerá.
- Não acendereis fogo em nenhuma de vossas moradas, no dia do sábado.
- Disse mais Moisés a toda congregação dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o Senhor mandou, dizendo:
- Tomai do que tendes uma oferta levantada para o Senhor. Todo o que tem voluntário coração a trará, isto é, oferta levantada ao Senhor: ouro, prata e cobre;
- E azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras;
- E peles de carneiros tingidas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de Sitim;
- E azeite para a lumeeira; e especiarias para o óleo da unção, e para o perfume de especiarias;
- E pedras sardônicas e pedras de engaste, para o éfode e para o peitoral.
- E todos os sábios de coração, entre vós outros, virão, e farão tudo quanto o Senhor mandou:
- O tabernáculo, sua tenda, e sua coberta; seus colchetes e suas tábuas, suas barras, suas colunas e suas bases.
- A arca e suas barras, o propiciatório, e o véu da coberta.
- A mesa e suas barras, e todos seus instrumentos; e os pães da proposição.
- E o castiçal da lumeeira, e seus instrumentos, e suas lâmpadas; e o azeite para a lumeeira.
- E o altar do perfume, e suas barras, e o azeite da unção, e o perfume de especiarias; e a coberta da porta, para a porta do tabernáculo.
- O altar do holocausto, e seu crivo de cobre, suas barras, e todos seus instrumentos; a pia, e sua base.
- As cortinas do pátio, suas colunas e suas bases; e a coberta da porta do pátio.
- Os pregos do tabernáculo, e os pregos do pátio, e suas cordas.
- As vestes de ministério, para ministrar no santuário: as santas vestes para Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrar o sacerdócio.
- Então toda a congregação dos filhos de Israel se saiu de diante de Moisés.
- E veio todo varão a quem moveu seu coração; e todo aquele cujo espírito o fez voluntário trouxe a oferta levantada do Senhor, para a obra da tenda da congregação, e para todo seu serviço, e para as vestes santas.
- Assim que vieram homens com mulheres: todo o que tinha voluntário coração; e trouxeram ganchos, e pendentes, e anéis, e braceletes, e todo vaso de ouro; e todo varão que oferecia oferta movida de ouro ao Senhor.
- E todo varão com quem se achou azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras, e peles de caneiros tingidas de vermelho, e peles de texugos, o trazia.
- Todo aquele que oferecia oferta levantada, de prata ou de cobre, a trazia por oferta levantada do Senhor; e todo aquele com quem se achava madeira de Sitim, para toda a obra do serviço, a trazia.
- E todas mulheres sábias de coração fiavam com suas mãos; e traziam o fiado, azul e púrpura, carmesim e linho fino.
- E todas as mulheres cujo coração as moveu em sabedoria, fiavam os pelos das cabras.
- E os príncipes traziam pedras sardônicas e pedras de engaste, para o éfode e para o peitoral;
- E espécias e azeite, para a lumeeira, e para o azeita da unção, e para o perfume de especiarias.
- Todo o varão e mulher cujo coração os fez voluntários a trazer coisa alguma, para toda a obra que o Senhor mandara fazer por mão de Moisés, os filhos de Israel, sim, trouxeram oferta voluntária ao Senhor.
- Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que chamou o Senhor por nome a Besaleel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá.
- E o Espírito de Deus o encheu: de sabedoria, de entendimento e de ciência, em toda obra.
- E para inventar invenções; para obrar em ouro, e em prata, e em cobre;
- E em artifício de lavrar pedras, para engastar, e em artifício de lavrar madeira: para obrar em toda obra engenhosa.
- Também lhe deu em seu coração de ensinar a outros: sim, a ele, e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã.
- Encheu-os de sabedoria de coração, para fazer toda obra de artífice, e mais engenhosa, e obra de bordador, em azul e em púrpura, em carmesim e em linho fino, e de tecelão; fazendo toda obra, e inventando invenções.
Capítulo 36
- E obrou Besaleel, e Aoliabe, e todo varão sábio de coração, a quem o Senhor dera sabedoria e inteligência, para saber a fazer toda a obra para o serviço do santuário; conforme a tudo que o Senhor mandara.
- E Moisés chamou a Besaleel, e a Aoliabe, e a todo varão sábio de coração, em cujo coração o Senhor dera sabedoria: a todo aquele a quem movera seu coração, que se achegasse à obra para fazê-la.
- Tomaram, pois, de diante de Moisés, toda a oferta levantada que os filhos de Israel trouxeram para a obra do serviço do santuário, para a fazer; e eles lhe traziam ainda oferta voluntária cada manhã.
- E vieram todos os sábios que faziam toda a obra do santuário: cada qual da sua obra, que eles faziam.
- E disseram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra, a qual o Senhor mandou fazer.
- Então mandou Moisés que fizessem passar pregão pelo arraial, dizendo: Nem varão nem mulher, para a oferta levantada do santuário, façam mais alguma obra. Assim o povo foi proibido de trazer coisa alguma.
- Porquanto dos materiais a abundância tinham para toda a obra, para fazê-la; e sobejava.
- Assim todo o sábio de coração, entre os que faziam a obra, fez o tabernáculo de dez cortinas: de linho fino torcido, e azul, e púrpura, e carmesim, com querubins da obra de artífice, as fez.
- O comprimento de uma cortina era de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina de quatro côvados: todas as cortinas tinham uma mesma medida.
- E ajuntou cinco cortinas uma à outra; e as outras cinco cortinas ajuntou uma à outra.
- Depois fez laçadas de azul na borda de uma cortina, ao cabo, na juntura. Assim também fez na borda da cortina, ao cabo, na juntura segunda.
- Cinquenta laçadas fez a uma cortina, e cinquenta laçadas fez ao cabo da cortina que estava na segunda juntura: estas laçadas eram travadas uma com a outra.
- Também fez cinquenta colchetes de ouro; e ajuntou as cortinas uma à outra com os colchetes. E isso foi um tabernáculo.
- Fez também cortinas de pelos de cabras, para a tenda sobre o tabernáculo: onze cortinas as fez.
- O comprimento de uma cortina era de trinta côvados, e a largura de uma cortina de quatro côvados: as onze cortinas tinham uma mesma medida.
- E ajuntou as cinco cortinas de per si, e as seis cortinas de per si.
- E fez cinquenta laçadas na borda da cortina, ao cabo, na juntura; também fez outras cinquenta laçadas na borda da cortina, na segunda juntura.
- Também fez cinquenta colchetes de cobre: para ajuntar a tenda, para que fosse uma.
- Fez também para a tenda uma coberta de pelos de carneiros tingidas de vermelho, e uma coberta de peles de texugos em cima.
- E fez tábuas para o tabernáculo, de madeira de Sitim, que estavam em pé.
- O comprimento de uma tábua era de dez côvados, e a largura de uma tábua era de um côvado e meio.
- Uma tábua tinha dois quícios, postos um após o outro, como degraus de escada: assim fez com todas as tábuas do tabernáculo.
- E fez as tábuas para o tabernáculo: vinte tábuas para a banda do meio-dia, ao sul.
- E fez quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases debaixo de uma tábua, a seus dois quícios, e duas bases debaixo da outra tábua, a seus dois quícios.
- Também ao outro lado do tabernáculo, para a banda do norte, fez vinte tábuas;
- E suas quarenta bases de prata: duas bases debaixo de uma tábua, e duas bases debaixo da outra tábua.
- E aos lados do tabernáculo, para o ocidente, fez seis tábuas.
- Também duas tábuas fez para as esquinas do tabernáculo, nos dois lados.
- E ajuntavam-se como gêmeas por debaixo; e também ajuntavam-se como gêmeas pelo mais alto dele, com uma argola. Assim fez com ambas tábuas, às duas esquinas.
- Assim eram oito tábuas com suas bases de prata, a saber, dezesseis bases: duas bases debaixo de cada tábua.
- Fez também barras de madeira de Sitim: cinco para as tábuas de um lado do tabernáculo,
- E outras cinco barras para as tábuas do outro lado do tabernáculo; como também outras cinco barras para as tábuas do tabernáculo de ambas as bandas, para ocidente.
- E fez a barra do meio, que passasse pelo meio das tábuas de um cabo até o outro cabo.
- E às tábuas forrou de ouro, e suas argolas fez, de ouro, por lugares para as barras; e forrou as barras de ouro.
- Depois fez o véu de azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido: de obra de artífice o fez, com querubins.
- E fez-lhe quatro colunas de madeira de Sitim, e as forrou de ouro, com seus ganchos de ouro; e lhes fundiu quatro bases de prata.
- Também fez o anteparo, à porta da tenda, de azul e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido: da obra de bordador.
- Com suas cinco colunas e seus ganchos, e forrou suas cabeças e seus anéis de ouro; e suas cinco bases eram de cobre.
Capítulo 37
- Fez também Besaleel a arca de madeira de Sitim: de dois côvados e meio era seu comprimento, e de um côvado e meio sua largura, e de um côvado e meio sua altura.
- E a forrou de ouro puro por de dentro, e por de fora; e lhe fez uma coroa de ouro ao redor.
- E lhe fundiu quatro argolas de ouro a seus quatro cantos; de maneira que tinha duas argolas a um lado dela, e outras duas argolas ao outro lado dela.
- E fez as barras de madeira de Sitim, e as forrou de ouro.
- E meteu as barras nas argolas aos lados da arca, para levarem a arca.
- Também fez o propiciatório de puro ouro: de dois côvados e meio era seu comprimento, e de um côvado e meio sua largura.
- Fez também dois querubins de ouro: de ouro batido os fez, saindo dos dois cabos do propiciatório.
- Um querubim era ao cabo de uma parte, e o outro querubim ao cabo de outra parte: do propiciatório fez sair os querubins, de seus dois cabos.
- E os querubins estendiam as asas por em cima, cobrindo com suas asas ao propiciatório, e seus rostos estavam um em fronte do ouro: para o propiciatório eram os rostos dos querubins.
- Também fez a mesa de madeira de Sitim: de dois côvados era seu comprimento, e de um côvado sua largura, e de um côvado e meio sua altura.
- E a forrou de ouro puro, e lhe fez uma coroa de ouro ao redor.
- Também lhe fez uma moldura, de largura de uma mão, ao redor; e lhe fez uma coroa de ouro ao redor de sua moldura.
- Também lhe fundiu quatro argolas de ouro; e pôs as argolas aos quatro cantos, que estavam a seus quatro pés.
- Em fronte da moldura estavam as argolas: por lugares para as barras, para levarem a mesa.
- Também fez as barras de madeira de Sitim, e as forrou de ouro: para levarem a mesa.
- Fez também os instrumentos que haviam de estar sobre a mesa – seus pratos, e seus perfumadores, e suas taças, e suas escudelas com que se havia de cobrir – de ouro puro.
- Também fez o castiçal de puro ouro. De ouro batido fez o castiçal: seu pé, e suas camas, e suas copas, suas maçãs e suas flores eram do mesmo.
- E seis canas saíam de seus lados: três canas do castiçal de um lado seu, e as outras três canas do castiçal do seu outro lado.
- Em uma cana havia três copas a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copas a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor: assim eram as seis canas, que saíam do castiçal.
- Mas no mesmo castiçal havia quatro copas a modo de amêndoas, com suas maçãs, e com suas flores.
- E uma maçã debaixo das duas canas que saíam dele, e outra maçã debaixo das outras duas canas que saíam dele, e ainda outra maçã debaixo das outras duas canas que saíam dele: assim se fez das seis canas que saíam dele.
- Suas maçãs e suas canas eram do mesmo: tudo era um pedaço, obra batida de ouro puro.
- E fez-lhe sete lâmpadas; e seus espevitadores, e seus vasos de apagar, eram de ouro puro.
- De um talento de ouro puro o fez, com todos seus instrumentos.
- E fez o altar do perfume de madeira de Sitim. De um côvado era seu comprimento, e de um côvado sua largura, quadrado, porém de dois côvados sua altura; dele mesmo eram seus cornos.
- E o forrou de ouro puro, a seu teto, e a suas paredes ao redor, e a seus cornos; e lhe fez uma coroa de ouro ao redor.
- Também duas argolas de ouro fez-lhe, por debaixo de sua coroa, a seus dois lados, a suas ambas bandas: por lugares para as barras, para o levarem com elas.
- E fez as barras de madeira de Sitim, e as forrou de ouro.
- Também fez o óleo santo da unção, e o perfume puro de especiarias: obra de boticário.
Capítulo 38
- Fez também o altar do holocausto de madeira de Sitim: cinco côvados era seu comprimento, e cinco côvados sua largura, quadrado, e três côvados sua altura.
- E fez seus cornos a seus quatro cantos: do mesmo eram seus cornos. E o forrou de cobre.
- Também fez todos os instrumentos do altar: os caldeirões, as pás e as bacias, os garfos e os braseiros. Todos seus instrumentos fez de cobre.
- Fez também ao altar um crivo a modo de rede de cobre, e dentro de seu cerco, de abaixo até o meio dele.
- E fundiu quatro argolas aos quatro cabos para o crivo de cobre, por lugares para as barras.
- E fez as barras de madeira de Sitim, e as forrou de cobre.
- E meteu as barras pelas argolas aos lados do altar, para o levarem com elas: cavado de tábuas o fez.
- Fez também a pia de cobre, com sua base de cobre; dos espelhos das mulheres ajuntadas em bandos, que se ajuntaram em bandos à porta da tenda da congregação.
- Também fez o pátio, para a banda do meio-dia, ao sul – as cortinas do pátio eram de linho fino torcido, de cem côvados.
- Suas vinte colunas e suas vinte bases eram de cobre; os ganchos das colunas e seus anéis, de prata.
- E da banda do norte, cortinas de cem côvados; suas vinte colunas, com suas vinte bases, eram de cobre; os ganchos das colunas, e seus fios, de prata.
- E da banda do ocidente eram cortinas de cinquenta côvados; suas colunas, dez; e suas bases, dez; os ganchos das colunas, e seus fios, de prata.
- E da banda do oriente, ao levante, cortinas de cinquenta côvados.
- As cortinas de um lado eram de quinze côvados; suas colunas, três, e suas bases, três.
- E ao outro lado da porta do pátio eram de ambos os lados cortinas de quinze côvados; suas colunas, três, e suas bases, três.
- Todas as cortinas do pátio, ao redor, eram de linho fino torcido.
- E as bases das colunas eram de cobre, os ganchos das colunas e seus fios, de prata, e a coberta de suas cabeças, de prata; e todas as colunas do pátio eram cingidas de prata.
- E o anteparo da porta do pátio, de obra de bordador, de azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; e o comprimento era de vinte côvados, e a altura na largura de cinco côvados, correspondentes às cortinas do pátio.
- E suas quatro colunas, com suas quatro bases, eram de cobre; seus ganchos, de prata, e a coberta de suas cabeças, e seus fios, de prata.
- E todos os pregos do tabernáculo, e do pátio ao redor, eram de cobre.
- Estas são as coisas contadas do tabernáculo, do tabernáculo do testemunho, que se contaram conforme ao dito de Moisés; para o ministério dos levitas, a cargo de Itamar, filho de Arão, o sacerdote.
- E Besaleel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo quanto o Senhor mandara a Moisés.
- E com ele Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã, mestre de obra e engenhoso artífice; e bordador em azul, e em púrpura, e em carmesim, e em linho fino.
- Todo o ouro gasto na obra, em toda a obra do santuário – isto é, o ouro da oferta movida –, foi vinte e nove talentos, e setecentos e trinta siclos, conforme ao siclo do santuário.
- E a prata dos contados da congregação foi cem talentos, e mil e setecentos e setenta e cinco siclos, conforme ao siclo do santuário.
- Um beca por cada cabeça, isto é, meio siclo, conforme ao siclo do santuário; a qualquer que passava aos contados, de idade de vinte anos e acima, que foram seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta.
- E houve cem talentos de prata para fundir as bases do santuário, e as bases do véu; cem bases eram de cem talentos, um talento para cada base.
- Mas dos mil e setecentos e setenta e cinco siclos, fez os ganchos às colunas; e forrou suas cabeças, e as cingiu de fios.
- E o cobre da oferta movida foi sete talentos, e dois mil e quatrocentos siclos.
- E fez dele as bases da porta da tenda da congregação, e o altar de cobre, e o crivo de cobre que tinha; e todos os instrumentos do altar;
- E as bases do pátio ao redor, e as bases da porta do pátio; e todos os pregos do tabernáculo, e todos os pregos do pátio ao redor.
Capítulo 39
- E de azul, e púrpura, e carmesim, fizeram as vestes do ministério, para ministrar no santuário; e fizeram as vestes santas, que eram para Arão, como o Senhor mandara a Moisés.
- Assim fez ao éfode: de ouro, e azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido.
- E estenderam as pranchas delgadas de ouro, e as cortaram em tiras, para as entretecerem no meio do azul, e no meio da púrpura, e no meio do carmesim, e no meio do linho fino – da obra de artífice.
- Fizeram-lhe ombreiras ajuntadas, que se ajuntavam a suas duas pontas.
- E o cinto artificioso de seu éfode, que estava sobre ele, era do mesmo, conforme a sua obra: de ouro, azul, e púrpura, e carmesim e linho fino torcido; como o Senhor mandara a Moisés.
- Também prepararam as pedras sardônicas, engastadas ao redor em ouro; e lavradas do lavor de selos, com os nomes dos filhos de Israel.
- E as pôs sobre a ombreiras do éfode, por pedras de memória para os filhos de Israel; como o Senhor mandara a Moisés.
- Fez também o peitoral, da obra de artífice, conforme à obra do éfode: de ouro, azul e púrpura, e carmesim e linho fino torcido.
- Quadrado era, dobrado fizeram o peitoral: de um palmo era seu comprimento, e de um palmo sua largura, dobrado.
- E engastaram nele quatro ordens de pedras: uma ordem era de um sárdio, um topázio e um carbúnculo – esta é a primeira ordem.
- E a segunda ordem, de uma esmeralda, uma safira e um diamante.
- E a terceira ordem, de um jacinto, uma ágata e um ametisto.
- E a quarta ordem, de uma turquesa, uma sardônica e um jaspe; ao redor engastadas de ouro em seus enchimentos.
- Eram, pois, estas pedras com os nomes dos filhos de Israel: doze, segundo seus nomes. De lavor de selos, cada um segundo seu nome, para as doze tribos.
- Também fizeram ao peitoral correntinhas de igual medida, da obra da fieira; de ouro puro.
- E fizeram dois engastes de ouro, e duas argolas de ouro; e puseram as duas argolas nas duas pontas do peitoral.
- E meteram as duas correntinhas de fieira de ouro nas duas argolas, que estão nas pontas do peitoral.
- E as outras duas pontas das duas correntinhas de fieira meteram nos dois engastes; e as puseram sobre as ombreiras do éfode, da banda dianteira dele.
- Fizeram também duas argolas de ouro, que puseram nas duas pontas do peitoral; à sua borda que está ao lado do éfode, por de dentro.
- Fizeram mais duas argolas de ouro, que puseram sobre as duas ombreiras do éfode, debaixo da banda dianteira dele, em fronte de sua juntura – por cima do cinto artificioso do éfode.
- E ataram ao peitoral com suas argolas às argolas do éfode, com um cordão de azul, para que estivesse sobre o cinto artificioso do éfode, e nunca se separasse o peitoral do éfode; como o Senhor mandara a Moisés.
- E fez o manto do éfode de obra tecida, todo de azul.
- E o colar do manto estava no meio dele, como colar de saia de malha; o colar tinha uma borda ao redor, para que se não rompesse.
- E fizeram nas bordas do manto romãs, de azul, e púrpura, e carmesim, fio torcido.
- Fizeram também campainhas de ouro puro; e puseram as campainhas no meio das romãs nas bordas do manto ao redor, no meio das romãs.
- Uma campainha e uma romã, outra campainha e outra romã, havia nas bordas do manto ao redor; para ministrar, como o Senhor mandara a Moisés.
- Também fizeram as túnicas de linho fino, de obra tecida: para Arão, e para seus filhos.
- E a mitra de linho fino, e o ornato das tiaras de linho fino; e as ceroulas de linho, de linho fino torcido.
- E o cinto de linho fino torcido, e de azul, e púrpura, e carmesim, de obra de bordador; como o Senhor mandara a Moisés.
- Também fizeram a lâmina da coroa da santidade, de ouro puro. E escreveram nela o escrito, como lavor de selos: Santidade do Senhor.
- E lhe pegaram um cordão de azul, para a pegarem à mitra por de cima; como o Senhor mandara a Moisés.
- Assim se acabou toda a obra do tabernáculo da tenda da congregação. E fizeram os filhos de Israel conforme a tudo quanto o Senhor mandara a Moisés; assim fizeram.
- Depois trouxeram o tabernáculo a Moisés, a tenda, e todos seus instrumentos: seus colchetes, suas tábuas, suas barras, e suas colunas, e suas bases;
- E a coberta de peles de carneiros tingidas de vermelho, e a coberta de peles de texugos; e o véu da coberta;
- A arca do testemunho e suas barras, e o propiciatório;
- A mesa com todos seus instrumentos, e os pães da proposição;
- O castiçal puro, com suas lâmpadas, as lâmpadas da ordenança, e todos seus instrumentos; e o azeite para a lumeeira;
- Também o altar de ouro, e o azeite da unção, e o perfume de especiarias; e a coberta da porta da tenda;
- O altar de cobre e seu crivo de cobre, suas barras, e todos seus instrumentos; a pia, e sua base;
- As cortinas do pátio, suas colunas e suas bases, e a coberta da porta do pátio, suas cordas, e seus pregos, e todos os instrumentos do serviço do tabernáculo, para a tenda da congregação;
- As vestes do ministério para ministrar no santuário: as vestes santas para Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio.
- Conforme a tudo quanto o Senhor mandara a Moisés, assim os filhos de Israel fizeram toda a obra.
- Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito; como o Senhor mandara, assim tinha feito. Então Moisés os abençoou.
Capítulo 40
- E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
- No dia do mês primeiro, ao primeiro do mês, levantarás o tabernáculo, a tenda da congregação.
- E porás nele a arca do testemunho, e cobrirás a arca com o véu.
- E meterás nele a mesa, e porás em ordem o que se deve pôr em ordem nela. Também meterás nele o castiçal, e acenderás suas lâmpadas.
- E porás o altar de ouro, para o perfume, diante da arca do testemunho. Então pendurarás a coberta da porta do tabernáculo.
- Também porás o altar do holocausto, diante da porta do tabernáculo da tenda da congregação.
- E porás a pia entre a tenda da congregação e o altar; e deitarás nela água.
- Depois porás o pátio ao redor, e pendurarás a coberta à porta do pátio.
- Então tomarás o azeite da unção, e ungirás ao tabernáculo, e a tudo quanto está nele; e o santificarás, com todos seus instrumentos, e será santo.
- Também ungirás ao altar do holocausto, e todos seus instrumentos; e santificarás ao altar, e será o altar santíssimo.
- E ungirás a pia, e sua base, e santificá-la-ás.
- E farás chegar a Arão, e a seus filhos, à porta da tenda da congregação; e os lavarás com água.
- E vestirás a Arão com as vestes santas; e ungi-lo-ás, e santificá-lo-ás, para que e administre o sacerdócio.
- Também a seus filhos farás chegar, e lhes vestirás as túnicas.
- E os ungirás, como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio; e há de ser que sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo, em suas gerações.
- E fez Moisés: conforme a tudo o que o Senhor lhe mandara, assim fez.
- E aconteceu, no mês primeiro, no ano segundo, ao primeiro do mês, que o tabernáculo foi levantado.
- E Moisés levantou o tabernáculo, e pôs suas bases, e armou suas tábuas, e meteu nele suas barras; e levantou suas colunas.
- E estendeu a tenda sobre o tabernáculo, e pôs a coberta da tenda sobre ele, por de cima; como o Senhor mandara a Moisés.
- Tomou mais, e pôs o testemunho na arca, e meteu as barras à arca; e pôs o propiciatório sobre a arca, por de cima.
- E trouxe a arca ao tabernáculo, e pendurou o véu da coberta, e cobriu a arca do testemunho; como mandara o Senhor a Moisés.
- Também pôs a mesa na tenda da congregação ao lado do tabernáculo, ao norte: fora do véu.
- E pôs em ordem sobre ela o pão que se devia pôr em ordem perante a face do Senhor; como o Senhor mandara a Moisés.
- Também pôs o castiçal na tenda da congregação, em fronte da mesa; ao lado do tabernáculo, ao sul.
- E acendeu as lâmpadas perante a face do Senhor, como o Senhor mandara a Moisés.
- E pôs o altar de ouro na tenda da congregação, diante do véu.
- E incensou sobre ele o perfume de especiarias aromáticas, como o Senhor mandara a Moisés.
- Também pendurou a coberta da porta do tabernáculo.
- E ao altar do holocausto pôs à porta do tabernáculo da tenda da congregação; e ofereceu sobre ele holocausto e oferta de manjares, como o Senhor mandara a Moisés.
- Também pôs a pia entre a tenda da congregação e entre o altar, e deitou nela água para lavar.
- E lavaram dela Moisés, e Arão, e seus filhos, suas mãos e seus pés.
- Quando entravam eles na tenda da congregação, e quando se achegavam ao altar, se lavavam; como o Senhor mandara a Moisés.
- Também levantou ao pátio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim acabou Moisés a obra.
- Então cobriu a nuvem a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.
- E Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela; e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
- Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então marchavam os filhos de Israel, por todas suas marchas.
- Porém, se a nuvem se não levantava, não marchavam então, até o dia em que ela se levantava.
- Porquanto a nuvem do Senhor estava sobre o tabernáculo de dia, e o fogo estava de noite sobre ele; perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas suas marchas.