Capítulo 1
- E foi no ano trinta, no mês quarto, aos cinco do mês, estando eu no meio dos que foram deportados, junto ao rio Quebar; que se abriram os céus, e eu vi visões de Deus.
- Aos cinco do mês – que foi no quinto ano da deportação do rei Joaquim –,
- Veio expressamente palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar; e esteve sobre ele ali a mão do Senhor.
- Então vi, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, e um fogo revolvendo-se, e um resplendor em torno dele; e no meio dele, algo como da cor de âmbar, que saía do meio do fogo.
- E do meio dele, saía a semelhança de quatro animais. E esta era sua aparência: semelhança de homens tinham.
- E cada um tinha quatro rostos; como também cada um deles, quatro asas.
- E seus pés eram pés direitos; e as plantas de seus pés, como a planta do pé de uma bezerra, e reluziam como a cor de bronze açacalado.
- E mãos de homens tinham debaixo de suas asas, a seus quatro lados; e todos os quatro tinham seus rostos e suas asas.
- Juntavam um ao outro suas asas; andando eles, não se viravam, e cada qual na direção de seu rosto andava.
- E a semelhança de seus rostos era como o rosto de homem; e tinham rosto de leão à direita todos os quatro, e rosto de boi à esquerda todos os quatro. E rostos de águia, todos os quatro.
- E seus rostos e suas asas estavam divididas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma à outra, e outras duas cobriam seus corpos.
- E cada qual na direção de seu rosto andava. Para onde o Espírito queria ir, iam; indo eles, não se viravam.
- E quanto à semelhança dos animais, sua aparência era como brasas de fogo ardentes, com aparência de tochas acesas: o fogo de contínuo percorria entre os animais. E o fogo resplandecia, e do fogo saía relâmpago.
- E os animais corriam e tornavam, à semelhança de relâmpagos.
- E vi os animais; e eis que uma roda estava na terra junto aos animais, segundo seus quatro rostos.
- A aparência das rodas, e sua feitio, era como cor de turquesa; e as quatro tinham a mesma semelhança. E sua aparência, e também seu feitio, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.
- Andando elas, andavam sobre seus quatro lados; andando elas, não se viravam.
- E tinham seus aros, que eram tão altos que causavam medo; e seus aros estavam cheios de olhos ao redor das quatro rodas.
- E andando os animais, andavam as rodas junto a eles; e levantando-se os animais da terra, levantavam-se também as rodas.
- Para onde queria ir o Espírito, iam; sim, para onde queria ir o Espírito. E as rodas se levantavam perante eles, porque o espírito dos animais estava nas rodas.
- Andando eles, andavam elas; e parando eles, paravam elas. E levantando-se eles da terra, levantavam-se também as rodas perante eles; porque o espírito dos animais estava nas rodas.
- E a semelhança sobre as cabeças dos animais era como um estendimento, como a cor de um cristal, terrível: um estendimento sobre suas cabeças, por cima.
- E debaixo do estendimento, estavam suas asas dirigidas uma para com a outra: cada um tinha duas que cobriam seus corpos de um lado, e cada um tinha outras duas que os cobriam do outro lado.
- E ouvi o ruído de suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, andando eles; a voz de um estrondo, como o estrépito de um exército. Parando eles, abaixavam suas asas.
- E ouviu-se uma voz de cima do estendimento que estava por cima de suas cabeças. Parando eles, abaixavam suas asas.
- E sobre o estendimento que estava por cima de suas cabeças, havia a figura de um trono, com aparência de uma safira; e sobre a figura do trono, uma figura com aparência de um homem, que estava sobre ele, em cima.
- E vi algo como a cor de âmbar, como a aparência de fogo por dentro ao redor dele, desde a aparência de seus lombos, e daí para cima; e desde a aparência de seus lombos, e daí para baixo, vi algo como que à semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
- Como a aparência do arco que se faz na nuvem em dia de chuva, assim era a aparência do resplendor ao redor; e esta era a aparência da semelhança da glória do Senhor. E vendo-a eu, caí sobre meu rosto, e ouvi a voz do que falava.
Capítulo 2
- E disse-me: Filho do homem, levanta-te sobre teus pés, e falarei contigo.
- Então entrou em mim o Espírito, falando ele comigo, o qual me pôs sobre meus pés; e ouvi àquele que me falava.
- E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, a gentes rebeldes, que se rebelaram contra mim. Eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia.
- E são filhos duros de rosto, e obstinados de coração; eu te envio a eles. E dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor Deus.
- E quanto a eles, quer ouçam, quem deixem – porque eles são casa rebelde –, contudo saberão que profeta houve entre eles.
- E tu, ó filho do homem, não os temas, nem suas palavras temas; ainda que são teimosos, e como espinhos contigo, e tu com escorpiões habitas. Suas palavras não temas, nem de seu rosto te espantes; porque casa rebelde são eles.
- Porém tu, falar-lhes-ás minhas palavras, quer ouçam, quer deixem; porquanto rebeldes são eles.
- Mas tu, ó filho do homem, ouve o que eu te falo, não sejas rebelde como a casa rebelde; abre tua boca, e come o que eu te dou.
- Então vi, e eis uma mão se estendia para mim; e eis que nela havia um rolo de livro.
- E estendeu-o perante minha face, e esse estava todo escrito, frente e verso; e estavam escritos nele lamentações, e suspiro, e ai.
Capítulo 3
- Depois me disse: Filho do homem, come o que achares. Come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel.
- Então abri minha boca, e ele me deu a comer este rolo.
- E disse-me: Filho do homem, ao teu ventre dá de comer; e tuas entranhas enche deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era em minha boca doce como mel.
- E disse-me: Filho do homem, vai, pois, entra na casa de Israel, e fala-lhes com minhas palavras.
- Porque tu não és enviado a um povo de profunda fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel.
- Nem a muitos povos de profunda fala, e de difícil língua, cujas palavras não podes entender – se eu a eles te enviasse, porventura não te dariam ouvidos?
- Porém os da casa de Israel não te quererão dar ouvidos; porquanto não me querem dar ouvidos a mim. Porque toda a casa de Israel, sim, todos são obstinados de testa, e duros de coração.
- Eis que fiz forte teu rosto contra seus rostos; e tua testa, forte contra sua testa.
- Como diamante, mais forte do que penha, fiz tua testa: não os temas, pois, nem te espantes de seus rostos, porquanto casa rebelde são.
- Disse-me mais: Filho do homem, todas minhas palavras que te hei de falar, toma em teu coração, e com teus ouvidos ouve.
- Eia, pois! Vai-te aos deportados, aos filhos de teu povo, e falar-lhes-ás, e dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor Deus. Quer ouçam, quem deixem.
- E levantou-me o Espírito, e ouvi por trás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do Senhor, desde o seu lugar.
- E ouvi o som das asas dos animais, que tocavam umas às outras, e o som das rodas na frente deles; e o som de um grande estrondo.
- Então o Espírito me levantou, e me tomou. E fui-me mui triste pelo ardor de meu espírito; porém a mão do Senhor era forte sobre mim.
- E vim aos deportados a Tel-Abibe, que moravam junto ao rio Quebar, e eu demorava onde eles moravam; e eu demorava ali por sete dias, atônito entre eles.
- E foi ao fim de sete dias, que veio a palavra do Senhor a mim dizendo:
- Filho do homem, por atalaia te pus sobre a casa de Israel; assim que ouvirás de minha boca a palavra, e avisá-los-ás da minha parte.
- Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem lhe falares para avisar ao ímpio acerca de seu caminho ímpio, para o conservar em vida. Eis que aquele ímpio em sua própria maldade morrerá; porém seu sangue, de tua mão demandarei.
- Porém, avisando tu ao ímpio, e ele não se converter de sua impiedade, e de seu caminho ímpio; ele em sua própria maldade morrerá, mas tu a tua alma farás escapar.
- Semelhantemente, quando se desviar o justo de sua justiça, e fizer maldade; e eu puser tropeço algum diante de sua face, ele morrerá. Porquanto não o avisaste, em seu pecado morrerá, e não virão em memória suas justiças que outrora fizera; mas seu sangue, de tua mão demandarei.
- Porém, avisando-o tu ao justo, para que não peque o justo, e ele não pecar; certamente viverá, porquanto foi avisado, e tu a tua alma fizeste escapar.
- E estava sobre mim ali a mão do Senhor. E disse-me: Levanta-te, e sai-te ao vale; e ali falarei contigo.
- E levantei-me, e saí-me ao vale; e eis que ali estava a glória do Senhor, como a glória que vi junto ao rio Quebar. E caí sobre minha face.
- Então entrou em mim o Espírito, e pôs-me sobre meus pés. E falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te dentro de tua casa.
- Porque tu, ó filho do homem, eis que porão sobre ti cordas, e atar-te-ão com elas; pelo que não sairás entre eles.
- E tua língua farei pegar-se a teu palato, e ficarás mudo, e não lhes servirás de repreensor; porque casa rebelde são eles.
- Mas quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor Deus. Quem ouvir, ouça; e quem deixar, deixe; porque casa rebelde são eles.
Capítulo 4
- Tu, pois, ó filho do homem, toma para ti um tijolo, e põe-no perante tua face; e retrata nele a cidade de Jerusalém.
- E põe contra ela cerco, e edifica contra ela baluarte, e levanta contra ela tranqueira; e põe contra ela arraiais, e ordena contra ela vaivéns em redor.
- E tu, toma para ti uma sertã de ferro, e põe-na por muralha de ferro entre ti e a cidade. E endireita tua face contra ela, e assim será cercada, e cercá-la-ás: de sinal servirá isto à casa de Israel.
- Tu também, deita-te sobre tua ilharga esquerda, e põe a maldade da casa de Israel sobre ela: conforme ao número dos dias que te deitares sobre ela, levarás suas maldades.
- Porque eu já te tenho dado os anos de sua maldade, conforme ao número dos dias: trezentos e noventa dias. E levarás a maldade da casa de Israel.
- E quando cumprires estes, tornar-te-ás a deitar sobre tua ilharga direita, e levarás a maldade da casa de Judá. E isso por quarenta dias: cada dia por cada ano te dei.
- Pelo que, para com o cerco de Jerusalém dirigirás tua face, e também teu braço descoberto; e profetizarás contra ela.
- E eis que porei sobre ti cordas, e não te virarás de uma ilharga tua até a outra ilharga; até que cumpras os dias te deu cerco.
- E tu, toma para ti trigo e cevada, e favas e lentilhas, e milho e aveia, e mete-os num vaso, e faze-te com eles pão. Conforme ao número dos dias que tu te deitares sobre tua ilharga, trezentos e noventa dias, tu comerás disso.
- E tua comida, que hás de comer, será do peso de vinte siclos por cada dia; de tempo em tempo a comerás.
- Também a água, por medida a beberás, isto é, a sexta parte de um him; de tempo em tempo beberás.
- E comê-lo-ás como um bolo de cevada; e cozê-lo-ás com os excrementos que saem do homem, perante os olhos deles.
- E disse o Senhor: Assim comerão os filhos de Israel seu pão imundo. Assim o comerão entre as gentes, entre as quais os lançarei.
- Então disse eu: Ah Senhor Deus, eis que minha alma não foi contaminada! Porque nunca comi coisa morta nem despedaçada, desde minha mocidade até agora, nem entrou em minha boca carne abominável.
- E disse-me: Vê, tenho te dado esterco de vacas, no lugar de excremento de homem. E prepararás teu pão com ele.
- Então ele me disse: Filho do homem, eis que eu quebranto o arrimo do pão em Jerusalém, e comerão o pão por peso, e com desgosto. E a água, por medida e com espanto beberão.
- Para que o pão e a água lhes falte; e se espantem uns para com os outros, e se consumam em suas maldades.
Capítulo 5
- E tu, ó filho do homem, toma para ti uma espada aguda, e uma navalha de barbeiro; esta tomarás para ti, e fá-la-ás passar por tua cabeça e por tua barba. Então tomarás para ti umas balanças, e repartirás os cabelos.
- A terça parte a fogo queimarás no meio da cidade, e isso quando se cumprirem os dias do cerco. Então tomarás a outra terça parte, ferindo com uma espada em torno dela; e a outra terça parte espalharás ao vento, porque arrancarei a espada após eles.
- Também tomarás deles uns poucos em números, e atá-los-ás nas bordas de tua veste.
- E deles ainda tomarás, e lançá-los-ás no meio do fogo, e queimá-los-ás a fogo; e dali sairá um fogo contra toda a casa de Israel.
- Assim diz o Senhor Deus: Esta é Jerusalém, a qual no meio das gentes pus. E ao redor dela, as terras.
- Porém ela mudou meus juízos em impiedade mais que as gentes, e meus estatutos mais que as terras que estão ao redor dela; porque meus juízos rejeitaram, e em minhas ordenanças não andaram.
- Portanto assim diz o Senhor Deus: Porquanto multiplicastes vossas maldades mais que as gentes que estão ao redor de vós, em meus estatutos não andastes, nem meus juízos fizestes. Nem ainda fizestes conforme aos juízos das gentes que estão ao redor de vós.
- Por isso, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo hei de tratar contigo; sim, eu. Porque executarei no meio de ti juízos perante os olhos das gentes.
- E farei em ti o que nunca fiz, e o que já não mais farei; e isso por causa de todas as tuas abominações.
- Pelo que os pais comerão aos próprios filhos no meio de ti, e os filhos comerão a seus pais; e executarei em ti juízos, e espalharei todo teu remanescente a todos os ventos.
- Pelo que, vivo eu, diz o Senhor Deus, se eu mesmo (porquanto meu santuário profanaste com todas tuas detestações, e com todas tuas abominações); se eu mesmo, digo, também não te diminuir, e meu olho te poupar, e também eu me apiedar.
- A terça parte de ti de peste morrerá, e à fome se consumirá no meio de ti; e a outra terça parte à espada cairá ao redor de ti. E a outra terça parte, a todos os ventos espalharei; e a espada arrancarei após eles.
- Assim cumprir-se-á minha ira, e farei repousar meu furor neles, e me consolarei. E saberão que eu, o Senhor, tenho falado em meu zelo, quando eu cumprir meu furor neles.
- E porei a ti em assolação e em opróbrio entre as gentes que estão ao redor de ti, perante os olhos de todos os que passarem.
- E o opróbrio e a infâmia servirão de instrução e espanto às gentes que estão ao redor de ti. E isso quando eu executar em ti juízos com ira, e com furor, e com enfurecidos castigos; eu, o Senhor, o falei.
- Quando eu enviar as más flechas da fome contra eles, que servirão para destruição, as quais eu hei de mandar para vos destruir; então a fome aumentarei sobre vós outros, e quebrantar-vos-ei o arrimo do pão.
- E enviarei sobre vós outros a fome, e ruins animais que te roubarão os filhos; e a peste, e também o sangue, passará por ti. E a espada trarei sobre ti: eu, o Senhor, o falei.
Capítulo 6
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, põe tua face contra os montes de Israel; e profetiza contra eles.
- E dirás: Montes de Israel, ouvi vós a palavra do Senhor Deus! Assim diz o Senhor Deus aos montes e aos outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, eu mesmo, trarei sobre vós a espada, e destruirei vossos altos.
- E serão assolados vossos altares, e quebradas vossas imagens do Sol; e derribarei vossos traspassados perante a face de vossos deuses de esterco.
- E porei os cadáveres dos filhos de Israel perante a face de seus deuses de esterco; e espalharei vossos ossos ao redor de vossos altares.
- Em todas vossas habitações, as cidades serão destruídas, e os altos assolados; para que sejam destruídos e assolados vossos altares, e se quebrem e cessem vossos deuses de esterco, e sejam cortadas vossas imagens do Sol, e desfeitas vossas obras.
- E cairá o traspassado em meio de vós outros, para que saibais que eu sou o Senhor.
- Porém deixarei um restante, para que tenhais alguns que escaparem da espada entre as gentes; quando fordes espalhados pelas terras.
- Então lembrar-se-ão de mim os que escaparem de vós entre as gentes, para onde foram levados em cativeiro; porquanto me quebrantei por causa de seu fornicário coração, que se desviou de mim; e por causa de seus olhos, que andaram fornicando após seus deuses de esterco. E terão nojo de si mesmos, por causa das maldades que fizeram em todas suas abominações.
- E saberão que eu sou o Senhor; que não falei em vão que lhes faria este mal.
- Assim diz o Senhor Deus: Bate com tua mão, e calca com teu pé, e dize: Ah, por todas as abominações das maldades da casa de Israel! Porque à espada, e de fome, e de peste cairão.
- O que estive longe, de peste morrerá; e o que estiver perto, à espada cairá; e o que ficar de resto e cercado, de fome morrerá. E cumprirei meu furor contra eles.
- Então sabereis que eu sou o Senhor, quando estiverem seus traspassados em meio de seus deuses de esterco, ao redor de seus altares: em todo alto outeiro, em todos cumes dos montes, e debaixo de toda árvore verdejante, e debaixo de todo carvalho áspero, e em todo lugar onde ofereciam incenso de suave cheiro a todos seus deuses de esterco.
- Pelo que estenderei minha mão sobre eles, e farei a terra assolada, e ainda mais assolada do que o deserto dos lados de Diblá, em todas suas habitações; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 7
- Depois veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus acerca de Israel: Já aí está o fim. Já veio o fim sobre os quatro cantos da terra.
- Agora veio o fim sobre ti; porque enviarei minha ira sobre ti, e julgar-te-ei conforme a teus caminhos. E trarei sobre ti todas tuas abominações.
- E não te poupará meu olho, nem me apiedarei de ti. Porém teus próprios caminhos sobre ti trarei, e tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Assim diz o Senhor Deus: Um mal, eis quem um só mal veio.
- Já veio o fim, já veio o fim, despertou-se contra ti; eis que já veio.
- Já veio a manhã a ti, ó habitante da terra; já veio o tempo, chegado é o dia da perturbação, e não há eco lá dos montes.
- Agora em breve derramarei meu furor sobre ti, e cumprirei minha ira contra ti, e julgar-te-ei conforme a teus caminhos; e porei sobre ti todas tuas abominações.
- E não te poupará meu olho, nem me apiedarei de ti. Conforme a teus caminhos, sobre ti trarei, e tuas abominações em meio de ti estarão; e sabereis que eu sou o Senhor que firo.
- Eis aqui o dia, eis que já veio! Já saiu a manhã; já floresceu a vara, já reverdeceu a soberba.
- A violência se levantou para ser vara de impiedade: nada restará deles, nem de sua multidão, nem de seu ruído, nem haverá lamentação por eles.
- Já veio o tempo, já é chegado o dia; o comprador não se alegre, e o vendedor não se entristeça. Porque já veio a ira ardente sobre toda sua multidão.
- Porque o vendedor, ao que foi vendido não tornará, mesmo que ainda estivesse entre os vivos a vida deles; porquanto a visão sobre toda a sua multidão não tornará para trás, nem ninguém com sua iniquidade fortalecerá sua vida.
- Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam, porém ninguém vai à peleja; porque minha ardente ira está sobre toda sua multidão.
- A espada por fora, e a peste e a fome por dentro: o que estiver no campo, à espada morrerá, e ao que estiver na cidade, a fome e a peste o consumirão.
- E escaparão sim os que escaparem dentre eles, porém estarão pelos montes como pombas dos vales, todos gemendo: cada qual por sua própria maldade.
- Todas as mãos se enfraquecerão, e todos os joelhos se escorrerão em águas.
- E cingir-se-ão de sacos, e cobri-los-á tremor; e sobre todos os rostos haverá vergonha, e sobre todas suas cabeças, calvice.
- Sua prata pelas ruas lançarão, e seu ouro para imundícia será; nem sua prata nem seu ouro poderá livrá-los no dia do furor do Senhor; sua alma não mais fartarão, nem suas entranhas mais encherão. Porque este será o tropeço de sua maldade.
- E puseram a glória de seu ornamento em soberba; porém imagens de suas detestáveis abominações fizeram nela. Pelo que isso lhes imputei por imundícia.
- E entregá-lo-ei na mão dos estranhos por presa, e aos ímpios da terra por despojo; e profaná-lo-ão.
- E desviarei meu rosto deles, e profanarão meu lugar secreto; porque entrarão nele violadores, e o profanarão.
- Faze para ti uma corrente; porque a terra está cheia de juízo de sangues, e a cidade está cheia de violência.
- Pelo que farei vir os mais malignos das gentes, e possuirão suas casas em herança; e farei cessar a arrogância dos valentes, e serão profanados aqueles que os santificaram.
- Já a destruição vem; e buscarão a paz, porém não a acharão.
- Miséria sobre miséria virá, e rumor sobre rumor haverá. Então buscarão visão de profeta; porém a Lei perecerá do sacerdote, como também o conselho dos anciãos.
- O rei se enlutará, e o príncipe se vestirá de assolação, e as mãos do povo da terra se conturbarão. Conforme a seu próprio caminho lhes farei, e com seus próprios juízos os julgarei; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 8
- Sucedeu, pois, no sexto ano, no mês sexto, aos cinco dias do mês, estando eu assentado em minha casa, e os anciãos de Judá assentados perante minha face; que caiu ali sobre mim a mão do Senhor Deus.
- E olhei, e eis aqui uma semelhança, com aparência de fogo: desde a aparência de seus lombos para baixo, era fogo. E de seus lombos para cima, a aparência de um resplendor, como da cor de âmbar.
- E estendeu a figura de uma mão, e tomou-me pelos cabelos da minha cabeça. E levantou-me o Espírito entre a terra e o céu, e trouxe-me a Jerusalém em visões de Deus, até a entrada da porta do pátio interior, que olha para o norte, lá onde estava o assento da imagem dos ciúmes, que provoca ciúmes.
- E eis que estava ali a glória do Deus de Israel, conforme à aparência que eu tinha visto no vale.
- E disse-me: Filho do homem, levanta agora teus olhos para o caminho do norte. E levantei meus olhos para o caminho do norte; e eis que, dos lados do norte, junto à porta do altar, estava esta imagem de ciúmes na entrada.
- E disse-me: Filho do homem, vês tu o que estão fazendo!? Vês tu as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para afastar-me do meu santuário? Porém ainda tornarás a ver maiores abominações.
- E levou-me à porta do pátio. Então olhei, e eis que havia um buraco na parede.
- E disse-me: Filho do homem, cava agora naquela parede. E cavei na parede, e eis que havia uma entrada.
- Então me disse: Entra, e vê as malignas abominações que fazem aqui.
- E entrei, e olhei, e eis aqui toda figura de répteis e bestas abomináveis, e de todos os deuses de esterco da casa de Israel; os quais estavam pintados na parede em redor.
- E setenta varões, dos anciãos da casa de Israel, com Jaazanias, filho de Safã, que estava no meio deles, estavam perante suas faces; e cada qual tinha seu incensário em sua mão. E uma espessa nuvem de incenso subia para cima.
- Então me disse: Viste porventura, ó filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada qual em suas câmaras cheias de imagens? Porque dizem: O Senhor não nos vê; já desamparou o Senhor a terra.
- E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem.
- E levou-me à entrada da porta da Casa do Senhor, que está dos lados do norte; e eis ali mulheres assentadas, que estavam chorando por Tamuz.
- E disse-me: Viste porventura isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver maiores abominações que estas.
- E levou-me ao pátio de mais adentro da Casa do Senhor; e eis que estavam junto à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco varões. Estavam com suas costas para o templo do Senhor, e seus rostos para o oriente; e eles prostravam-se para o oriente, ao Sol.
- Então me disse: Viste isto, filho do homem? Há, porventura, coisa de menos peso para a casa de Judá, do que fazer tais abominações, que fazem aqui!? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; porque eis que eles chegam ramo de vide a seus narizes.
- Pelo que também eu usarei para com eles de furor: não poupará meu olho, nem me apiedarei. E ainda que gritem a meus ouvidos com alta voz, contudo não os ouvirei.
Capítulo 9
- Então gritou em meus ouvidos em alta voz, dizendo: Fazei achegarem-se os inspetores desta cidade! E cada um com suas armas destruidoras em sua mão.
- E eis que seis varões vinham do caminho da porta alta que está virada para os lados do norte, e cada um com suas armas destruidoras em sua mão; e também um varão entre eles, vestido de linho, com um estojo de escrivão à sua cintura. E entraram, e puseram-se junto ao altar de bronze.
- E a glória do Deus de Israel levantou-se de sobre o querubim, sobre o qual estava, até o umbral da casa; e clamou ao varão vestido de linho, que tinha o estojo de escrivão à sua cintura.
- E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém. E assinala com um sinal as testas dos varões que suspiram e que clamam por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
- E aos demais varões disse ele, aos meus ouvidos: Passai pela cidade após ele, e feri. Não poupe vosso olho, nem vos apiedeis.
- Velhos, mancebos e donzelas, e meninos e mulheres, matai até os acabardes de todo; porém a todo homem que tiver o sinal, não vos achegueis; e desde meu santuário começai. E começaram desde os varões velhos, que estavam diante da Casa.
- E disse-lhes: Contaminai a Casa, e enchei os pátios de mortos, e saí. E saíram, e feriram na cidade.
- Sucedeu pois que, havendo-os ferido, e ficando eu de resto; então caí sobre minha face, e clamei, e disse: Ah Senhor Deus, porventura hás tu de destruir todo o restante de Israel, derramando tua indignação sobre Jerusalém?
- Então me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e encheu-se a terra de sangues, e a cidade encheu-se de perversidade. Porque dizem: Deixou o Senhor a terra, e o Senhor não vê.
- Pelo que também, quanto a mim, nem poupará meu olho, nem me apiedarei: seu próprio caminho farei tornar sobre suas cabeças.
- E eis que o varão vestido de linho, à cuja cintura estava o estojo, tornou com a resposta, dizendo: Fiz tal como me mandaste.
Capítulo 10
- Depois olhei, e eis que, sobre o estendimento que estava por cima da cabeça dos querubins, estava algo como uma pedra de safira, como a aparência da semelhança de um trono; e apareceu sobre eles.
- E dizendo ao varão vestido de linho, disse-lhe: Entra até entre as rodas debaixo do querubim, e enche tuas mãos de brasas ardentes de entre os querubins, e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou, perante meus olhos.
- E os querubins estavam do lado direito da Casa, quando entrou aquele varão; e uma nuvem encheu o pátio interior.
- Então levantou-se a glória do Senhor de sobre o querubim para o umbral da Casa; e encheu-se a Casa de uma nuvem, e o pátio se encheu do resplendor da glória do Senhor.
- E o estrépito das asas dos querubins ouviu-se até o pátio exterior: como a voz do Deus Todo-Poderoso, quando fala.
- Sucedeu pois que, mandando ele ao varão vestido de linho, dizendo: Toma fogo dentre as rodas, de entre os querubins. Sucedeu, digo, que entrou ele, e se pôs junto às rodas.
- Então estendeu um querubim sua mão, de entre os querubins, ao fogo que estava entre os querubins, e o tomou, e o deu nas mãos do que estava vestido de linho; o qual o tomou, e se saiu.
- Porque apareceu nos querubins; sim, apareceu a semelhança de uma mão humana debaixo de suas asas.
- Então olhei, e eis que quatro rodas estavam junto aos querubins: uma roda junto a um querubim, e outras rodas junto aos outros querubins. E a aparência das rodas era como cor de pedra de turquesa.
- E quanto à sua aparência, as quatro tinham uma mesma semelhança: como se estivera uma roda no meio da outra roda.
- Andando estes, andavam elas sobre seus quatro lados, não se viravam andando; mas ao lugar para onde atentava a cabeça, iam atrás, não se viravam andando.
- E todo seu corpo, e suas costas, e suas mãos, e suas asas; e também as rodas, estavam todos cheios de olhos ao redor – os quatro tinham suas rodas.
- E quanto às rodas, a elas foi clamado: Ó rodas! E isso aos meus ouvidos.
- E cada qual tinha quatro rostos: o rosto do primeiro era rosto de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e o terceiro era rosto de leão, e o quarto, rosto de águia.
- E levantaram-se em alto os querubins – estes são os mesmos animais que vi junto ao rio Quebar.
- E andando os querubins, andavam as rodas junto com eles; e levantando os querubins suas asas para se levantarem em alto de sobre a terra, também as rodas não se viravam de junto a eles.
- Parando eles, paravam elas; e levantando-se eles, levantavam-se estas. Porque o espírito dos animais estava nelas.
- Então se saiu a glória do Senhor de sobre o umbral da Casa; e se pôs sobre os querubins.
- E levantaram os querubins suas asas, e se levantaram da terra em alto perante meus olhos, quando saíram; e as rodas estavam diante deles. E cada qual se pôs à entrada da porta oriental da Casa do Senhor; e a glória do Deus de Israel estava sobre eles, em cima.
- Estes são os animais que vi debaixo do Deus de Israel, junto ao rio Quebar; e notei que querubins eram.
- Cada qual tinha quatro rostos, e cada qual quatro asas; e semelhança de mãos humanas havia debaixo de suas asas.
- E a semelhança de seus rostos era a dos rostos que eu vira junto ao rio Quebar: suas aparências, e eles mesmos. Cada qual na direção de seu rosto andava.
Capítulo 11
- Então levantou-me o Espírito, e trouxe-me à porta oriental da Casa do Senhor, a qual olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco varões. E vi em meio deles a Jaazanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaias, príncipes do povo.
- E disse-me: Filho do homem, estes são os varões que pensam perversidade, e que aconselham mau conselho nesta cidade.
- Os quais dizem: Não de perto se devem edificar casas. Porque esta cidade é a caldeira, e nós somos a carne.
- Pelo que profetiza contra eles: profetiza, ó filho do homem!
- Caiu, pois, sobre mim o Espírito do Senhor, e disse-me: Dize: Assim diz o Senhor: Assim vós outros dizeis, ó casa de Israel. Porque cada uma das coisas que sobem a vosso espírito, eu sei.
- Multiplicastes vossos mortos nesta cidade, e enchestes suas ruas de mortos.
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Vossos mortos, os quais deitastes no meio dela, esses sim são a carne, e ela é a cadeira. Porém tirar-vos-ei a vós outros do meio dela.
- A espada temestes; e a espada trarei sobre vós, diz o Senhor Deus.
- E tirar-vos-ei a vós outros do meio dela, e vos entregarei na mão de estranhos; e farei entre vós juízos.
- À espada caireis, e no termo de Israel julgar-vos-ei; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Esta não vos servirá de caldeira, nem vós servireis em meio dela de carne: no termo de Israel vos julgarei.
- E sabereis que eu sou o Senhor, porquanto em meus estatutos não andastes, nem meus juízos fizestes; antes, conforme aos juízos das gentes que estão ao redor de vós outros, fizestes.
- E aconteceu que, profetizando eu, Pelatias, filho de Benaias, faleceu. Então caí sobre meu rosto, e clamei em alta voz, e disse: Ah Senhor Deus, porventura fazes tu consumação do restante de Israel?
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, são teus irmãos, teus irmãos, varões de teu parentesco, e toda a casa de Israel, sim, toda ela. Aos quais disseram os moradores de Jerusalém: Apartai-vos para longe do Senhor; esta terra se nos deu em posse hereditária.
- Pelo que dize: Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os lancei longe entre as gentes, e ainda que os espalhei pelas terras. Todavia, lhes servirei eu de santuário, em pouco tempo, nas terras a que vieram.
- Pelo que dize: Assim diz o Senhor Deus: Sim, ajuntar-vos-ei dos povos, e vos recolherei das terras a que fostes lançados. E vos darei a terra de Israel.
- E virão ali; e tirarão dela todas suas detestações, e todas suas abominações.
- E dar-lhes-ei um mesmo coração, e um espírito novo darei em seu íntimo. Tirar-lhes-ei o coração de pedra de sua carne, e dar-lhes-ei um coração de carne.
- Para que em meus estatutos andem, e meu juízos guardem, e os façam; e me serão a mim por povo, e eu serei a eles por Deus.
- Mas àqueles cujo coração andar conforme o coração de suas detestações e de suas abominações; seu caminho sobre suas cabeças farei tornar, diz o Senhor Deus.
- Então levantaram os querubins suas asas, e as rodas iam diante deles; e a glória do Deus de Israel estava sobre eles, por em cima.
- E a glória do Senhor elevou-se desde o meio da cidade; e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.
- Depois o Espírito me levantou, e me levou à Caldeia, aos deportados, em visão, pelo Espírito de Deus; e foi-se de mim, para cima, a visão que vi.
- E falei aos deportados; sim, falei todas as coisas do Senhor, as quais ele me fizera ver.
Capítulo 12
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, em meio da casa rebelde tu habitas; entre os que têm olhos para ver, e não vêem, e têm ouvidos para ouvir, e não ouvem, porque casa rebelde são eles.
- Pelo que tu, ó filho do homem, prepara-te bagagens de partida, e parte de dia perante seus olhos. E te partirás de teu lugar a outro lugar, perante seus olhos; bem pode ser que vejam, ainda que casa rebelde são eles.
- Assim que tirarás fora tuas bagagens, como bagagens de partida, de dia, perante seus olhos. Então tu sairás à tarde perante seus olhos, como os que saem de partida.
- Perante seus olhos escava para ti um buraco na parede; e tira por ele as bagagens.
- Perante seus olhos, sobre os ombros as levará, às escuras as tirarás, tua face cobrirás, para que não vejas a terra; porque por sinal maravilhoso te dei à casa de Israel.
- E fiz assim, como se me mandara; minhas bagagens tirei para fora, de dia, como bagagens de partida; então à tarde escavei um buraco na parede com a própria mão. Às escuras tirei-as fora, e sobre os ombros as levei perante seus olhos.
- E veio a palavra do Senhor a mim pela manhã, dizendo:
- Filho do homem, porventura não te disse a casa de Israel, aquela casa rebelde: Que fazes tu?
- Dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Esta carga é contra o príncipe em Jerusalém, e contra toda a casa de Israel que está no meio dela.
- Dize: Eu sou vosso maravilhoso sinal. Como eu fiz, assim se fará a eles; por deportação, em cativeiro irão.
- E o príncipe que está entre eles, aos ombros levará às escuras as bagagens, e sairá; na parede escavarão um buraco para as tirarem por ela. Seu rosto cobrirá, para que ele não veja com seu olho a terra.
- Também estenderei minha rede sobre ele, e será preso em minha trama. E o levarei à Babilônia, à terra dos caldeus; e contudo, não a verá, ainda que ali morrerá.
- E a todos os que estiverem ao redor dele por sua ajuda, e a todas suas tropas, espalharei a todos os ventos; e a espada arrancarei após eles.
- Assim saberão que eu sou o Senhor: quando eu os derramar entre as gentes, e os espalhar pelas terras.
- Porém deixarei restar alguns poucos dentre eles da espada, da fome e da peste. Para que contem todas suas abominações entre as gentes, a que chegarem; e saberão que eu sou o Senhor.
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, teu pão com tremor comerás; e tua água com estremecimento e com receio beberás.
- E dirás ao povo da terra: Assim diz o Senhor Deus tocante aos moradores de Jerusalém, na terra de Israel: Seu pão com receio comerão, e sua água com espanto beberão. Porquanto será assolada sua terra de sua abundância, por causa da violência de todos quantos habitam nela.
- E as cidades habitadas serão assoladas, e a terra em assolamento se tornará; e sabereis que eu sou o Senhor.
- E veio ainda a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, que ditado é este que tendes vós outros na terra de Israel, dizendo: “Prolongar-se-ão os dias, e perecerá toda visão”?
- Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Farei cessar este ditado, e não o usarão mais de ditado em Israel. Porém dize-lhes: Já se achegaram os dias, e a palavra de toda visão.
- Porque não haverá mais visão vã alguma, nem adivinhação lisonjeira: não no meio da casa de Israel.
- Porque eu, o Senhor, falarei, e a palavra que eu falar, se fará, não se adiará mais; porque em vossos dias, ó casa de rebelde, falarei uma palavra, e a cumprirei, diz o Senhor Deus.
- Veio mais a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem: A visão que este vê é para muitos dias… E ele profetiza acerca de tempos longínquos!
- Pelo que dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Não se adiará mais nenhuma de minhas palavras. E a palavra que falei, se fará, diz o Senhor Deus.
Capítulo 13
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel, os quais profetizam. E dize aos que profetizam de seu próprio coração: Ouvi vós a palavra do Senhor.
- Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos! Que andam após seu próprio espírito, e após aquilo que não viram.
- Como raposas nos desertos: assim são teus profetas, ó Israel.
- Não subistes às brechas, nem cercastes com sebe a casa de Israel; para estardes na peleja no dia do Senhor.
- Vêem vaidade e adivinhação de mentira os que dizem: Disse o Senhor; e o Senhor não os enviou. E dão esperança de cumprirem a palavra.
- Porventura, visão de vaidade não vedes, e adivinhação de mentira não falais? Quando dizeis “diz o Senhor”, não havendo eu tal falado?
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Porquanto falais vaidade, e vedes mentira; portanto, eis que eu estou contra vós outros, diz o Senhor Deus.
- E será minha mão contra os profetas que vêem vaidade, e que adivinham mentira; na congregação de meu povo não estarão, nem no escrito da casa de Israel se escreverão, nem virão à terra de Israel. E sabereis que eu sou o Senhor Deus.
- Portanto, e porquanto andam enganando ao meu povo, dizendo “paz”, não havendo paz; e um edifica a parede de lodo, e eis que outros rebocam-na com cal solta;
- Dize aos que rebocam com cal solta, que cairá. Haverá uma grande pancada de chuva; e vós, ó pedras grandes de saraivada, caireis, e um vento tempestuoso a fenderá.
- E eis que, caindo a parede; não vos dirão então: Onde está o reboco, com que a rebocastes?
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Sim, um vento impetuoso farei romper em meu furor. E uma grande pancada de chuva haverá em minha ira, e grandes pedras de saraivada em minha indignação, para consumir.
- E derribarei a parede que rebocastes com cal solta, e darei com ela por terra, e se descobrirá seu fundamento. Assim cairá, e perecereis no meio dela, e sabereis que eu sou o Senhor.
- Assim cumprirei meu furor contra a parede, e contra os que a rebocam com cal solta. E vos direi: Já não há parede, nem os que a rebocavam;
- Isto é, os profetas de Israel, que profetizam acerca de Jerusalém, e vêem para ela visão de paz; não havendo paz, diz o Senhor Deus.
- E tu, ó filho do homem, endireita teu rosto contra as filhas de teu povo, que profetizam de seu próprio coração; e profetiza contra elas.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos que tecem almofadinhas para todas as juntas dos braços, e que fazem mantilhas para as cabeças de gente de toda estatura, para caçarem as almas! Porventura as almas de meu povo caçareis, e as almas para vós guardareis em vida?
- E me profanareis para com meu povo por punhados de cevada, e por pedaços de pão, para matardes as almas que não haviam de morrer, e para guardardes em vida as almas que não haviam de viver? Mentindo assim ao meu povo, aos que escutam a mentira?
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que contra vossas almofadas serei, com as quais vós caçais ali as almas nos jardins, e os arrancarei de vossos braços. E soltarei as almas que vós caçais, isto é, as almas nos jardins.
- E rasgarei vossas mantilhas, e livrarei meu povo de vossas mãos, e nunca mais estarão em vossas mãos, para vossa caça; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Porquanto entristecestes ao coração do justo com falsidade, não lhe havendo eu causado dor nenhuma; e porquanto fortalecestes as mãos do ímpio, para que não se desviasse de seu mau caminho, para guardá-lo em vida;
- Portanto, vaidade não vereis mais, nem adivinhação adivinhareis; mas livrarei meu povo de vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor.
Capítulo 14
- E vieram a mim alguns varões dos anciãos de Israel, e se assentaram perante minha face.
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, estes varões levantaram os seus deuses de esterco sobre seus corações; e o tropeço de sua maldade puseram diante de sua face. Porventura, pois, deveras me perguntam?
- Portanto fala com eles, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Qualquer varão da casa de Israel que levantar os seus deuses de esterco sobre seu coração, e o tropeço de sua maldade puser diante de sua face, e vier ao profeta; então eu, o Senhor, vindo ele, lhe responderei conforme a multidão de seus deuses de esterco.
- Para pegar a casa de Israel em seu próprio coração; porquanto todos se alienaram de mim por seus deuses de esterco.
- Pelo que dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Convertei-vos, e deixai-vos converter de vossos deuses de esterco. E de todas vossas abominações, desviai vossos rostos.
- Porque qualquer varão da casa de Israel, e também dos estrangeiros que peregrinam em Israel, que se desvia de ir após mim; e levanta seus deuses de esterco sobre seu coração, e o tropeço de sua maldade põe diante de seu rosto. E vem ao profeta, para me perguntar a mim por meio dele; então eu, o Senhor, lhe responderei por mim mesmo.
- E porei meu rosto contra o tal varão, e o assolarei, pondo-o por sinal e por ditados, e arrancá-lo-ei do meio do meu povo; e sabereis que eu sou o Senhor.
- E o profeta, sendo persuadido e falando coisa alguma, eu, o Senhor, é que persuadi ao tal profeta. E estenderei minha mão contra ele, e destruí-lo-ei do meio de meu povo Israel.
- E levarão sua maldade: como for a maldade do que pergunta, assim será a maldade do profeta.
- Para que não mais se desvie a casa de Israel de ir após mim, nem se contamine mais com todas suas transgressões. Então ser-me-ão a mim por povo, e eu ser-lhes-ei por Deus, diz o Senhor Deus.
- Veio ainda a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, gravemente se rebelando, então estenderei minha mão contra ela, e quebrar-lhe-ei o arrimo de pão; e mandarei nela fome, e arrancarei dela homens e animais.
- E ainda que estivessem estes três varões no meio dela: Noé, Daniel e Jó; eles, por sua justiça, livrariam sua própria alma somente, diz o Senhor Deus.
- Se eu as más bestas fizer passar pela terra, e elas a despojarem de filhos; que ela seja assolada, e ninguém possa passar por ela, por causa das bestas.
- E se esses três varões estivessem no meio dela, tão certo quanto vivo eu, diz o Senhor Deus, que nem a filhos nem a filhas livrariam: só eles ficariam livres, e a terra seria assolada.
- Ou se eu a espada trouxer sobre a tal terra. E disser: Espada, passa pela terra; e eu arrancar dela homens e animais;
- Ainda que aqueles três varões estivessem nela, vivo eu, diz o Senhor Deus; que nem filhos nem filhas livrariam, senão somente eles ficariam livres.
- Ou se eu mandar peste sobre a tal terra; e derramar meu furor sobre ela com sangue, para arrancar dela homens e animais;
- Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor Deus, que nem sequer um filho nem uma filha livrariam. Eles, por sua justiça, só livrariam a sua própria alma.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Quanto mais se eu a meus quatro maus juízos – a espada, e a fome, e as más bestas, e a peste – mandar contra Jerusalém!? Para arrancar dela homens e animais?
- Porém, eis que, dos que escaparem, restarão nela alguns, os quais serão deportados, tanto filhos como filhas; eis que eles sairão a vós outros, e vereis seu caminho e seus feitos. E ficareis consolados acerca do mal que eu trouxe sobre Jerusalém, e de tudo o mais que eu trouxe sobre ela.
- Então eles vos consolarão, quando virdes seu caminho e seus feitos; e sabereis que não sem razão fiz tudo quanto fiz nela, diz o Senhor Deus.
Capítulo 15
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, quanto mais vale o lenho da videira do que qualquer outro lenho? Ou do que um ramo que está entre os lenhos do bosque?
- Toma-se porventura dele madeira para fazer obra alguma? Ou toma-se dele alguma estaca para se pendurar com ela vaso algum?
- Eis que ao fogo o entregam, para que seja consumido. A ambas suas pontas o fogo consome, e seu meio fica queimado: serviria, porventura, para obra alguma?
- Eis que, estando inteiro, não se fazia dele obra alguma. Quanto menos sendo consumido pelo fogo! E sendo queimado, far-se-á ainda dele obra alguma?
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Como é o lenho da videira entre os lenhos do bosque, ao qual entrego ao fogo para que seja consumido; assim entregarei aos moradores de Jerusalém.
- Porque porei minha face contra eles: saindo eles de um fogo, outro fogo os consumirá. E sabereis que eu sou o Senhor, quando houver posto minha face contra eles.
- E tornarei a terra em assolação; porquanto grandemente prevaricaram, diz o Senhor Deus.
Capítulo 16
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, notifica a Jerusalém suas abominações.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus a Jerusalém: Teus tratos, e teus nascimentos também, procedem da terra dos cananeus. Teu pai é amorreu, e tua mãe hetéia.
- E quanto a teus nascimentos, no dia em que nasceste, não foi cortado teu umbigo, nem com água foste lavada, atentando eu para ti; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas.
- Não se compadeceu de ti olho algum, para fazer-te coisa alguma destas, tendo misericórdia de ti. Antes, foste lançada na face do campo, por nojo de tua alma, no dia em que tu nasceste.
- E passando eu junto a ti, te vi-te toda enxovalhada em teu sangue. E disse-te em teu sangue: Vive! Sim, disse-te em teu sangue: Vive!
- Por milhares, como o renovo do campo, te pus, e tu cresceste, e te engrandeceste, e chegaste a grande formosura: teus peitos se engrandeceram, e teu cabelo cresceu, porém estavas nua e descoberta.
- E passando eu junto a ti, vi-te, e eis que teu tempo era tempo de amores; e estendi minha asa sobre ti, e cobri tua nudez. E jurei a ti, e entrei em concerto contigo, diz o Senhor Deus, e ficaste minha.
- Então lavei-te com água, e enxaguei-te de teu sangue; e com óleo te ungi.
- E te vesti de bordadura, e te calcei de pele de texugo; e te cingi de linho fino, e te cobri de seda.
- E te adornei de ornamentos, e pus braceletes em tuas mãos e colar a teu pescoço.
- E pus jóia pendente de tua testa, e pingentes em tuas orelhas; e coroa de glória em tua cabeça.
- E assim foste adornada de ouro e prata, e teu vestido era de linho fino, e seda, e bordadura; flor de farinha, e mel, e óleo comeste. E foste formosa em grande maneira, e foste próspera; de tal modo que vieste a ser rainha.
- E saiu de ti a fama entre as gentes, por causa de tua formosura; porquanto perfeita era, por causa da minha glória, a qual eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Deus.
- Porém confiaste em tua formosura, e fornicaste por causa de tua fama; e derramaste tuas fornicações a todo aquele que passava, para seres sua.
- E tomaste de teus vestidos, e fizeste para ti altares de diversas cores, e fornicaste sobre eles: coisas tais que nunca vieram, nem jamais hão de vir.
- E tomaste os vasos de teu ornamento, os quais eu te dei de meu ouro e de minha prata, e fizeste para ti imagens de varões; e fornicaste com elas.
- E tomaste teus vestidos bordados, e as cobriste; e meu óleo, e meu perfume, puseste diante de suas faces.
- E o meu pão que te dei, a flor de farinha, e o óleo, e o mel, com os quais eu te sustentava, também puseste diante delas, em aroma suave; e assim foi. Isto diz o Senhor Deus.
- Demais disto, tomaste teus filhos, e tuas filhas, que a mim me deste à luz, e sacrificaste-os a elas para os consumir. É pouco isto, de tuas fornicações?
- E mataste meus filhos; e entregaste-os para fazê-los passar pelo fogo a elas.
- E em todas tuas abominações e tuas fornicações, não te lembraste dos dias da tua mocidade; de quando tu estavas nua e descoberta, e estavas enxovalhada em teu sangue.
- E sucedeu depois de toda tua maldade – ai, ai de ti, diz o Senhor Deus! –
- Sucedeu que edificaste para ti uma abóbada, e fizeste para ti lugares altos por todas as ruas.
- A cada canto do caminho edificaste teu lugar alto, e fizeste abominável tua formosura, e abriste tuas pernas a todo aquele que passava; e assim multiplicaste tuas fornicações.
- Também fornicaste com os filhos do Egito, teus vizinhos, grandes de carne; e multiplicaste tua fornicação, para provocar-me à ira.
- Pelo que eis que estendi minha mão sobre ti, e diminuí tua porção; e te entreguei à vontade das que te aborrecem, isto é, das filhas dos filisteus, as quais se envergonhavam de teu pecaminoso caminho.
- Também fornicaste com os filhos de Assur, porquanto eras insaciável; e fornicando com eles, nem ainda assim te fartaste.
- Antes, multiplicaste tuas fornicações na terra de Canaã até a Caldeia; e nem ainda com isso te fartaste.
- Quão fraco está teu coração, diz o Senhor Deus; fazendo tu todas estas coisas, obras de uma mulher rameira poderosa!
- Edificando tu tua abóboda ao canto de cada caminho, teu lugar alto fizeste em cada rua; nem como a rameira foste, desprezando tu o salário.
- Antes, foste como a mulher adúltera; que no lugar de seu marido, recebe aos estranhos.
- A todas as rameiras dão salário; mas tu dás teus salários a todos teus amantes, e lhes dás presentes, para que venham a ti dos arredores por tuas fornicações.
- Assim que sucede contigo o contrário das mulheres, em tuas fornicações, pois após ti não andam para fornicar; porque dando tu salário, e a ti salário não sendo dado, és o contrário das outras.
- Pelo que, ó rameira, ouve a palavra do Senhor:
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto se derramou teu dinheiro, e se desnudaram tuas vergonhas por tuas fornicações com teus namorados. Como também com todos os deuses de esterco de tuas abominações, e no sangue de teus filhos que lhes deste.
- Pelo que eis que ajuntarei a todos teus namorados, com os quais te misturaste, como também a todos quantos amaste, com todos quantos aborreceste; e ajuntá-los-ei contra ti ao teu redor, e descobrirei tua nudez diante deles, para que vejam toda tua nudez.
- E julgar-te-ei conforme aos juízos das adúlteras, e das que derramam sangue; e entregar-te-ei ao sangue de furor e de ciúmes.
- E entregar-te-ei em suas mãos; e derribarão tua abóboda, e transtornarão teus altos lugares; e te despirão de teus vestidos, e te tomarão os vasos de teu ornamento. E te deixarão nua e descoberta.
- Então farão subir contra ti um ajuntamento, e te lapidarão com pedras; e te traspassarão com suas espadas.
- E queimarão tuas casas a fogo, e executarão contra ti juízos, perante os olhos de muitas mulheres; e te farei cessar de ser rameira, nem mais darás salário.
- Assim farei descansar meu furor sobre ti, e desviar-se-ão meus ciúmes de ti; e aquietar-me-ei, e nunca mais me indignarei.
- Porquanto não te lembraste dos dias de tua mocidade, e provocaste-me à ira com tudo isto; pelo que também eu, eis que eu tornarei teu caminho sobre tua própria cabeça, diz o Senhor Deus, e não farás tal enormidade, além de todas tuas abominações.
- Eis que todo o que usa de provérbios, usará acerca de ti deste provérbio, dizendo: Qual a mãe, tal sua filha!
- Tu és a filha de tua mãe, a qual tinha nojo de seu marido e de seus filhos. E tu és a irmã de tuas irmãs, que tinham nojo de seus maridos e de seus filhos; vossa mãe foi hetéia, e vosso pai amorreu.
- E tua irmã maior é Samaria: ela, e também suas filhas, a qual habita à tua esquerda. E tua irmã menor que tu, que habita à tua direita, é Sodoma, e também suas filhas.
- Todavia, em seus caminhos não andaste, nem conforme a suas abominações fizeste: como se isto fora mui pouco, tu porém te corrompeste ainda mais que elas, em todos teus caminhos!
- Tão certo quanto vivo eu, diz o Senhor Deus, que não fez Sodoma, tua irmã, nem ela nem suas filhas; não fez como fizeste tu, e tuas filhas.
- Eis que esta foi a maldade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade teve ela, e suas filhas. Porém a mão do pobre e a do necessitado, nunca fortaleceu.
- E ensoberbeceram-se, e fizeram abominação perante minha face; pelo que tirei-as dali, vendo eu isto.
- Também Samaria, nem tanto quanto a metade de teus pecados ela cometeu! E multiplicaste tuas abominações mais que elas; e justificaste a tuas irmãs, com todas tuas abominações que fizeste.
- Tu, pois, também leva tua vergonha; tu que jugaste a tuas irmãs, por teus pecados que fizeste mais abomináveis que elas; mais justas são elas do que tu! Envergonha-te logo tu também, e leva tua vergonha, pois justificaste a tuas irmãs.
- Eu, pois, tornarei a trazer a seus cativos, isto é, os cativos de Sodoma e suas filhas, e os cativos de Samaria e suas filhas; e os cativos de teu cativeiro entre elas.
- Para que leves tua vergonha, e sejas envergonhada por tudo o que fizeste; dando-lhes tu consolação.
- Quando tuas irmãs, Sodoma e suas filhas, tornarem a seu primeiro estado, e também Samaria e suas filhas tornarem a seu primeiro estado; também tu e tuas filhas tornareis a vosso primeiro estado.
- Nem foi até Sodoma, tua irmã, ouvida em tua boca; não foi ouvida no dia de tuas soberbas.
- Isto é, antes que se descobrisse tua maldade, como no tempo do desprezo das filhas da Síria, e de todos que estavam ao redor dela, as filhas dos filisteus; as quais te desprezavam desde os teus arredores.
- Tua enormidade e tuas abominações tu levarás, diz o Senhor.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Também te farei como tu fizeste! Tu que desprezaste o juramento, quebrantando o concerto.
- Contudo, lembrar-me-ei eu de meu concerto contigo nos dias de tua mocidade; e estabelecerei contigo um eterno concerto.
- Então te lembrarás de teus caminhos, e te confundirás, quando receberes a tuas irmãs maiores que tu, junto com as menores que tu; porque tas darei por filhas, porém não por teu concerto.
- Porque estabelecerei eu meu concerto contigo, e saberás que eu sou o Senhor.
- Para que te lembres disso, e te envergonhes, e nunca mais abras tua boca por causa de tua vergonha; quando me reconciliar contigo de tudo quanto fizeste, diz o Senhor Deus.
Capítulo 17
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, propõe uma parábola, e usa de uma comparação; e isso para com a casa de Israel.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis uma grande águia, grande de asas, cumprida de plumagem, e cheia de penas de várias cores. Veio esta ao Líbano, e tomou o mais alto topo de um cedro.
- E o cume de seus renovos arrancou; e trouxe-o à terra de mercancia, na cidade de mercadores o pôs.
- E tomou da semente da terra, e a lançou num campo de semente; e tomando-a, junto a grandes águas com grande prudência a pôs.
- E brotou, e tornou-se uma videira de muita ramagem, porém baixa de estatura; e olhavam seus ramos para ela, porquanto suas raízes estavam debaixo dela. E tornou-se uma videira, e produzia sarmentos, e brotava gomos.
- E houve mais uma grande águia, grande de asas, e cheia de penas. E eis que esta videira juntou suas raízes a ela, e seus ramos estendeu para ela; para que a regasse segundo os canteiros de sua plantação.
- Numa boa terra, junto a muitas águas, ela estava plantada; para produzir ramos, e para dar frutos, e para que fosse videira excelente.
- Dize: Assim diz o Senhor Deus: Porventura, prosperará!? Ou suas raízes não arrancará, e seu fruto não cortará, e secar-se-á? Em todas as folhas de seus renovos se secará, e isto não com braço grandioso, nem com muita gente, para a levar desde suas raízes.
- Mas eis que, porventura, plantada prosperará!? Porventura, tocando-a o vento oriental, de todo não se secará? Nos canteiros de seus renovos se secará.
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Dize agora à casa rebelde: Porventura, não sabeis o que querem dizer estas coisas? Dize: Eis que veio o rei da Babilônia a Jerusalém, e tomou a seu rei e a seus príncipes, e levou-os consigo à Babilônia.
- E tomou um da semente real, e fez com ele concerto. E trouxe-o para fazer juramento; e aos poderosos da terra, tomou consigo.
- Para que ficasse o reino humilhado, e não se levantasse; para que, guardando seu concerto, pudesse subsistir.
- Porém se rebelou contra ele, enviando seus mensageiros ao Egito, para que lhe mandassem cavalos, e muita gente. Porventura prosperará? Ou escapará aquele que faz tais coisas? Ou quebrantará o concerto, e ainda escapará?
- Vivo eu, diz o Senhor Deus, que morrerá no mesmo lugar do rei que o fez reinar, cujo juramento desprezou, e cujo concerto quebrantou: com ele em meio da Babilônia morrerá.
- E Faraó, nem com grande exército nem com muita companhia, nada efetuará com ele em guerra, levantando tranqueira e edificando baluarte; para destruir muitas vidas.
- Porque desprezou o juramento, quebrantando o concerto. E eis que deu sua mão: havendo, pois, feito todas estas coisas, não escapará.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Tão certo quanto vivo eu, que meu juramento que desprezou, e meu concerto que quebrantou; sim, isto mesmo tornarei sobre sua cabeça.
- E estenderei sobre ele minha rede, e ficará preso em minha trama; e levá-lo-ei à Babilônia, e entrarei em juízo com ele ali por sua rebeldia, com que se rebelou contra mim.
- E todos seus fugitivos, com todas suas tropas, à espada cairão, e os remanescentes a todo o vento serão espalhados; e sabereis que eu, o Senhor, o falei.
- Assim diz o Senhor Deus: Também eu tomarei do topo do cedro alto, e o plantarei; e do principal de seus renovos, o mais tenro cortarei, e o plantarei eu sobre um monte alto e sublime.
- No monte alto de Israel o plantarei, e produzirá ramos, e dará fruto, e se fará cedro excelente. E habitarão debaixo dele todas as aves, de toda sorte de asas; e à sombra de seus ramos, habitarão.
- Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, é que abaixei a árvore alta, exaltei a árvore baixa, sequei a árvore verdejante, e fiz reverdecer a árvore seca. Eu, o Senhor, o falei, e o farei.
Capítulo 18
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Que tendes vós outros, sim, vós outros que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: Os pais comeram o agraço, e os dentes dos filhos se embotaram?
- Tão certo quanto vivo eu, diz o Senhor Deus, que nunca mais direis este ditado em Israel.
- Eis que todas as almas, minhas são; como a alma do pai, assim também a alma do filho, ambas minhas são. A alma que pecar, essa morrerá.
- Sendo pois o homem justo, e fazendo juízo e justiça.
- Sobre os montes não comendo, e seus olhos não levantando para os deuses de esterco da casa de Israel; e a mulher do seu próximo não contaminando, e à mulher apartada não se achegando.
- E a ninguém oprimindo, seu penhor ao devedor tornando, e roubo não fazendo; seu pão ao faminto dando, e ao nu com veste cobrindo.
- À usura não dando, e não recebendo excesso, da injustiça desviando sua mão; e juízo de verdade fazendo entre homem e homem.
- Em meus estatutos andando, e meus juízos guardando, para se portar fielmente; o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Deus.
- E se gerar ele um filho ladrão, que derrama sangue inocente; e que fizer a seu irmão alguma dessas coisas.
- E que todas as demais coisas não fizer; antes, sobre os montes comer, e a mulher de seu próximo contaminar.
- Que ao aflito e necessitado oprimir, roubos fizer, o penhor não tornar; e para os deuses de esterco seus olhos levantar, e abominação fizer.
- Que à usura der, e excesso receber; porventura viveria? Não viverá: todas estas abominações fez, certamente morrerá, e seu sangue sobre ele será.
- E eis que, se gerar este também um filho, que vir todos os pecados que seu pai fez; e atentar para que não faça conforme eles.
- Sobre os montes não comendo, e seus olhos não levantando para os deuses de esterco da casa de Israel; e a mulher de seu próximo não contaminando.
- E a ninguém oprimindo, e o penhor não retendo, e roubo não fazendo; seu pão ao faminto dando, e ao nu com veste cobrindo.
- Do aflito sua mão desviando, usura e excesso não recebendo, meus juízos fazendo, e em meus estatutos andando; o tal não morrerá pela maldade de seu pai, e certamente viverá.
- Quanto a seu pai, porquanto fez opressão, roubou os bens do irmão, e o que não era bom fez no meio de seus povos; eis que morrerá por sua própria maldade.
- Porém dizeis: Por que não levará sobre si o filho a maldade do pai? Porquanto o filho, juízo e justiça fez, e todos meus estatutos guardou, e por obra os pôs, por isso certamente viverá.
- A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará sobre si a maldade do pai, nem o pai levará sobre si a maldade do filho, a justiça do justo estará sobre ele, e a impiedade do ímpio sobre ele mesmo estará.
- Mas o ímpio, convertendo-se de todos os pecados que cometeu, e guardando todos meus estatutos, e fazendo juízo e justiça; este certamente viverá, não morrerá.
- Todas as prevaricações que cometeu não serão lembradas contra ele: pela justiça que obrou, viverá.
- Porventura eu, em alguma maneira quereria a morte do ímpio? Diz o Senhor Deus. Porventura, não quero que se converta de seus caminhos, e viva?
- Mas desviando-se o justo de sua justiça, e obrando iniquidade, fazendo conforme a todas as abominações que faz o ímpio; porventura o tal viveria? Todas as justiças que obrou, em memória não virão; pela transgressão com que transgrediu, e pelo pecado com que pecou, neles morrerá.
- Dizeis porém: Não é direito o caminho do Senhor! Ouvi vós agora, ó casa de Israel: Porventura, não é meu caminho direito? Porventura, não são vossos caminhos os torcidos?
- Desviando-se o justo de sua justiça, e obrando iniquidade, morrerá por ela; na própria iniquidade que cometeu, morrerá.
- Porém, convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, e obrando juízo e justiça; esse sua alma conservará em vida.
- Porquanto esse atenta, e se converte de todas as prevaricações que cometeu; certamente viverá, não morrerá.
- Contudo diz a casa de Israel: Não é direito o caminho do Senhor. Porventura, meus caminhos não seriam direitos, ó casa de Israel? Porventura vossos caminhos não são torcidos?
- Portanto eu vos julgarei, cada qual conforme a seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Tornai-vos, e convertei-vos de todas vossas prevaricações; e a iniquidade não vos servirá de tropeço.
- Lançai longe de vós todas as prevaricações com que prevaricastes, e fazei para vós um coração novo, e um espírito novo. Pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel?
- Porque não tenho prazer na morte daquele que morre, diz o Senhor Deus; pelo que convertei-vos, e vivei.
Capítulo 19
- E tu, levanta uma lamentação sobre os príncipes de Israel.
- E dize: Quem foi tua mãe? Uma leoa entre leões deitada! Em meio dos filhos do leão, criou seus filhotinhos.
- E fez crescer um de seus filhotinhos, e veio a ser filho de leão; e aprendeu a apanhar presa, e comeu homens.
- E ouvindo acerca dele as gentes, na cova delas foi preso; e trouxeram-no com ganchos à terra do Egito.
- Vendo ela, pois, que havia esperado muito, e que já estava perdida sua esperança; tomou um outro de seus filhotinhos, e fez dele filho de leão.
- Este, pois, andando de contínuo em meio dos leões, veio a ser filho de leão; e aprendeu a apanhar presa, e comeu homens.
- E conheceu suas viúvas, e suas cidades destruiu; e assolou-se a terra e sua plenitude, pela voz de seu bramido.
- Então foram contra ele as gentes das províncias ao redor; e estenderam sobre ele sua rede, e na cova delas foi preso.
- E puseram-no no cárcere com ganchos, e o levaram ao rei da Babilônia: levaram-no em fortalezas, para que não mais se ouvisse sua voz nos montes de Israel.
- Tua mãe foi como uma videira em tua quietação, junto às águas plantada; frutificando, e cheia de ramos, em razão das muitas águas.
- E tinha varas fortes para cetros de dominadores, e levantava-se sua estatura bem acima, entre os espessos ramos; e foi vista em sua altura com a multidão de seus ramos.
- Porém foi arrancada com furor, foi abatida até à terra, e o vento oriental secou seu fruto; quebraram-se, e secaram-se suas fortes varas, o fogo as consumiu.
- E agora está plantada no deserto, em terra seca e sedenta.
- E saiu fogo de uma vara de seus sarmentos, o qual consumiu seu fruto; assim que já não mais há nela vara forte, não há cetro para dominar. Esta é a lamentação, e servirá mesmo de lamentação.
Capítulo 20
- E aconteceu no sétimo ano, no mês quinto, aos dez dias do mês, que vieram alguns varões dos anciãos de Israel, para consultarem ao Senhor; e assentaram-se perante minha face.
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, fala aos anciãos de Israel, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: A consultar-me vindes vós outros? Tão certo quanto vivo eu, que não me consultareis, diz o Senhor Deus.
- Porventura, julgá-los-ias tu? Julgá-los-ias tu, ó filho do homem!? As abominações de seus pais lhes notifica.
- E dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: No dia em que elegi a Israel, levantei minha mão para com a semente da casa de Jacó, e me dei a conhecer a eles na terra do Egito. E levantei minha mão para com eles, dizendo: Eu sou o Senhor, vosso Deus.
- Naquele dia, levantei minha mão para com eles, que eu os tiraria da terra do Egito; para uma terra que já havia provido para eles, a qual mana leite e mel, e que é o ornamento de todas as terras.
- Então lhes disse: Cada um de vós as abominações de seus olhos lance fora, e com os deuses de esterco do Egito não vos contamineis. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
- Porém rebelaram-se contra mim, e não quiseram ouvir-me: cada qual as abominações de seus olhos não lançava fora, nem os deuses de esterco do Egito deixava. Pelo que disse que derramaria meu furor sobre eles, para assim cumprir minha ira contra eles no meio da terra do Egito.
- Porém o que fiz foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado diante dos olhos das gentes em meio das quais estavam; aos quais fui conhecido diante dos olhos delas, para os tirar fora da terra do Egito.
- E tirei-os fora da terra do Egito, e levei-os ao deserto.
- E dei-lhes meus estatutos, e meus juízos lhes notifiquei; os quais, se o homem os fizer, há de viver por eles.
- E também dei-lhes meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor, que os santifico.
- Mas rebelou-se contra mim a casa de Israel no deserto, em meus estatutos não andando, e meus juízos rejeitando – os quais, fazendo-os o homem, há de viver por eles –, e meus sábados profanaram grandemente. E disse eu que derramaria meu furor sobre eles no deserto, para os consumir.
- Porém o que fiz foi por amor de meu nome; para que não fosse profanado diante dos olhos das gentes, perante cujos olhos os tirei.
- E contudo, eu levantei minha mão para com eles no deserto; que não os levaria à terra que lhes dera, a qual mana leite e mel, e que é o ornamento de todas as terras.
- Porquanto meus juízos rejeitaram, e em meus estatutos não andaram, e meus sábados profanaram; porque após seus deuses de esterco, seu coração andava.
- Porém o meu olho os poupou, não os destruindo; nem os consumi no deserto.
- Mas disse eu a seus filhos no deserto: Nos estatutos de vossos pais não andeis, nem seus juízos guardeis. Nem com seus deuses de esterco vos contamineis.
- Eu sou o Senhor, vosso Deus: em meus estatutos andai. E meus juízos guardai, e fazei-os.
- E meu sábados santificai; e servirão de sinal entre mim e vós outros, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus.
- Mas rebelaram-se contra mim também os filhos, em meus estatutos não andando, nem meus juízos guardando para fazê-los – os quais, fazendo-os o homem, há de viver por eles –, e também meus sábados profanando. E disse eu que derramaria meu furor sobre eles, para cumprir minha ira contra eles no deserto.
- Porém retirei minha mão, e o fiz por amor de meu nome; para que não fosse profanado perante os olhos das gentes, perante cujos olhos os tirei.
- Também eu levantei minha mão para com eles no deserto; que os espalharia entre as gentes, e os derramaria pelas terras.
- Porquanto meus juízos não fizeram, e meus estatutos rejeitaram, e meus sábados profanaram; e após os deuses de esterco de seus pais se foram seus olhos.
- Pelo que também eu lhes dei estatutos que não eram bons, como também juízos pelos quais não viveriam.
- E os contaminei em suas dádivas, porquanto faziam passar pelo fogo tudo quanto abre a madre; para os assolar, para que soubessem que eu sou o Senhor.
- Portanto, fala à casa de Israel, ó filho do homem, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ainda até nisto me afrontaram vossos pais, em que prevaricaram contra mim com prevaricação!
- Porque, havendo-os eu introduzido na terra pela qual eu levantara minha mão, que havia de dar-lhes; então atentaram para todo outeiro alto e para toda árvore espessa, e sacrificaram ali seus sacrifícios, e deram ali suas ofertas irritantes, e puseram ali seus aromas suaves, e ofereceram ali suas libações.
- E eu lhes disse: Que alto é esse a que vós outros ides? E foi chamado seu nome “Alto”, até o dia de hoje.
- Pelo que dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Estais vós no caminho de vossos pais contaminados? E após suas abominações vós fornicais?
- Sim, quando oferecereis vossas dádivas, e fazeis passar vossos filhos pelo fogo, então vós estais contaminados com todos vossos deuses de esterco, até este dia; e me consultaríeis vós, ó casa de Israel? Vivo eu, diz o Senhor Deus, que vós outros não me consultareis!
- Pelo que, o que subiu ao vosso espírito, de maneira nenhuma será. Quanto ao que dizeis, isto é, “seremos como as gentes, e como as demais gerações das terras, servindo ao madeiro e à pedra”;
- Tão certo como vivo eu, diz o Senhor Deus; que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós outros.
- E tirar-vos-ei dentre os povos, e congregar-vos-ei desde as terras nas quais andais espalhados; e isso com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada.
- E levar-vos-ei ao deserto de povos; e entrarei em juízo convosco ali, cara a cara.
- Tal como já entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito; assim também entrarei em juízo convosco, diz o Senhor Deus.
- E far-vos-ei passar debaixo da vara, e levar-vos-ei no vínculo do concerto.
- E separarei dentre vós aos rebeldes, e aos que prevaricaram contra mim: da terra de suas peregrinações os tirarei, mas à terra de Israel não tornarão. E sabereis que eu sou o Senhor.
- E quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus: Ide cada qual a seus deuses de esterco, servi vós a eles depois também, se a mim não me quereis ouvir. E meu nome santo, com vossas dádivas e com vossos deuses de esterco, não mais o profanareis.
- Porque em meu monte santo, no monte alto de Israel, diz o Senhor Deus, ali me servirá toda a casa de Israel, toda ela naquela terra: ali terei todo meu prazer neles, e ali demandarei vossas ofertas levantadas, e as primícias de vossas dádivas, com todas vossas coisas santas.
- Com aroma de suavidade terei prazer em vós, quando eu vos tirar dentre os povos, e vos congregar desde as terras nas quais andais espalhados; e serei santificado em vós perante os olhos das gentes.
- E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu vos houver feito tornar à terra de Israel: à terra pela qual levantei minha mão, para dá-la a vossos pais.
- E ali vos lembrareis de vossos caminhos e de todos vossos tratos, com que vos contaminastes; e tereis nojo de vós mesmos, por todas vossas maldades, que tendes cometido.
- E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu fizer convosco, por amor de meu nome: não conforme aos vossos maus caminhos, nem conforme aos vossos tratos corruptos, ó casa de Israel, disse o Senhor Deus.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita teu rosto para o caminho do sul, e goteja contra o sul; e profetiza contra o bosque do campo do sul.
- E dize ao bosque do sul: Ouve a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus: Eis que acenderei em ti um fogo, o qual consumirá em ti toda árvore verde, com toda árvore seca: não se apagará a chama flamejante; antes, queimar-se-ão com ela todos os rostos, desde o sul até o norte.
- E verá toda carne que eu, o Senhor, o acendi: não se apagará.
- Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eles dizem de mim: Porventura não anda este propondo parábolas?
Capítulo 21
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra Jerusalém, e goteja contra os santuários; e profetiza contra a terra de Israel.
- E dize à terra de Israel: Assim diz o Senhor: Eis que contigo hei de tratar, e arrancarei minha espada de sua bainha. E desarraigarei de ti ao justo e ao ímpio.
- E porquanto hei de desarraigar de ti ao junto e ao ímpio, por isso sairá minha espada de sua bainha contra toda carne, desde o sul até o norte.
- E saberá toda carne que eu, o Senhor, arranquei minha espada de sua bainha: nunca mais tornará nela.
- Tu, porém, ó filho do homem, suspira! Com quebrantamento de teus lombos, e com amargura, suspira perante seus olhos!
- E será, dizendo-te eles: Por que tu suspiras!? Será então que dirás: Pela fama, porque já vem; e desmaiará todo coração, e todas as mãos se enfraquecerão, e angustiar-se-á todo espírito, e todos joelhos se desfarão em águas; eis que já vem, e far-se-á, diz o Senhor Deus.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, profetiza, e dize: Assim diz o Senhor! Dize: A espada, sim, a espada está aguçada, e também açacalada.
- Para degolar mesmo está aguçada, e para reluzir está açacalada. Alegrar-nos-emos, pois? A vara de meu filho é, a qual despreza todo madeiro.
- E a deu para açacalar, para usar dela com a mão: esta espada está aguçada, e esta está açacalada, para a entregar na mão do matador.
- Clama e uiva, ó filho do homem, porque esta será contra meu povo, esta será contra todos os príncipes de Israel! Espantos por causa da espada haverá entre o meu povo; portanto, bate na coxa!
- Quando havia provação, que mais havia então? Porventura, também vara desprezadora não haveria!? Diz o Senhor Deus.
- Pelo que tu, ó filho do homem, profetiza, e bate uma mão contra a outra. Porque dobrar-se-á a espada até a terceira vez; a espada é dos traspassados, sim, esta espada é dos traspassados grandiosos, a qual entrará neles até em suas recâmaras!
- Para que desmaie o coração, e se multipliquem os tropeços, contra todas suas portas eu pus a ponta da espada! Ah, ela que foi feita para reluzir, e está reservada para degolar!
- Ó espada, vira-te, une-te à direita, prepara-te, vira-te à esquerda! Para onde quer que tua face se dirigir!
- E também eu baterei minhas mãos uma com a outra, e farei descansar minha indignação. Eu, o Senhor, o falei.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Tu, pois, ó filho do homem, propõe para ti dois caminhos, por onde venha a espada do rei da Babilônia. De uma mesma terra procederão ambos; e escolhe tu um lado; no começo do caminho da cidade o escolhe.
- Um caminho proporás, por onde virá a espada contra Rabá, dos filhos de Amom; e contra Judá, na fortificada Jerusalém.
- Porque parará o rei da Babilônia na encruzilhada, no começo do dois caminhos, para usar de adivinhações: aguçará suas flechas, consultará aos terafins, atentará para o fígado.
- À sua direita estará a adivinhação sobre Jerusalém, para ordenar capitães, para abrir a boca na matança, para levantar a voz com júbilo; para pôr carneiros de arrombar contra as portas, para levantar tranqueira, para edificar baluarte.
- Isto lhes será como adivinhação vã aos seus olhos, porquanto foram ajuramentados com juramentos entre eles; porém ele se lembrará da maldade, para que sejam apreendidos.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Porquanto me fazeis lembrar de vossa maldade, revelando-se vossas prevaricações, aparecendo vossos pecados, em todos vossos tratos. Sim, porquanto viestes em memória, com a mão sereis apreendidos.
- E tu, ó profano e ímpio príncipe de Israel; cujo dia virá no tempo da extrema maldade;
- Assim diz o Senhor Deus: Tira fora a mitra, e levanta de ti a coroa. Esta não será mais a mesma: ao humilde exaltarei, e ao exaltado humilharei.
- Ao revés, ao revés, sim, ao revés porei aquela coroa! E ela não mais será, até que venha aquele de quem é o direito: e a ele a darei.
- E tu, ó filho do homem, profetiza, e dize: Assim diz o Senhor Deus acerca dos filhos de Amom, e acerca de seu desprezo. Dize, pois: A espada, a espada está desembainhada, e para a matança açacalada: para consumir, para reluzir.
- Enquanto vêem para ti vaidade, enquanto adivinham para ti mentira; para assim te porem aos pescoços dos traspassados pelos ímpios, cujo dia virá no tempo da extrema maldade.
- Torna tua espada à sua bainha: no lugar onde foste criado, na terra de tuas negociações, te julgarei.
- E derramarei sobre ti minha indignação, do fogo de meu furor assoprarei contra ti; e entregar-te-ei nas mãos dos homens fogosos, inventores de destruição.
- Para o fogo servirás de mantimento, teu sangue estará no meio da terra; não haverá memória de ti, porque eu, o Senhor, o falei.
Capítulo 22
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Tu, pois, ó filho do homem, porventura julgarás? Porventura julgarás a cidade sanguinolenta!? Notifica-lhe, pois, todas as suas abominações.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus: Ah cidade, que derrama sangue no meio de si, para que venha seu tempo! Que faz deuses de esterco contra si mesma, para se contaminar!
- Com teu sangue, que derramaste, fizeste-te culpada, e com teus deuses de esterco, que fizeste, te contaminaste; fizeste chegar teus dias, e vieste a teus anos. Pelo que te dei por opróbrio às gentes, e por escárnio a todas as terras.
- As que estão perto, e as que estão longe de ti, escarnecerão de ti: imunda de nome, cheia de inquietação.
- Eis que os príncipes de Israel, cada um conforme o seu poder, estiveram em ti: estiveram para derramar sangue.
- Ao pai e à mãe desprezaram em ti, para com o estrangeiro usaram de opressão no meio de ti; ao órfão e à viúva oprimiram em ti.
- Minhas coisas sagradas, desprezaste; e meus sábados, profanaste.
- Detratores houve em ti, para derramarem sangue; e sobre os montes comeram em ti, enormidade fizeram no meio de ti.
- A vergonha do pai desnudaram em ti, a imunda de mênstruo forçaram em ti.
- Também um com a mulher do seu próximo fez abominação, e outro à sua nora contaminou enormemente; e outro sua irmã, filha de seu pai, forçou em ti.
- Suborno tomaram em ti, para derramarem sangue; usura e ganância tomaste, e usaste de avareza para com teu próximo, oprimindo-o. Porém de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus.
- E eis que bati minhas mãos uma com a outra, por causa de tua avareza, da qual usaste; e por causa de teu sangue, que houve no meio de ti.
- Porventura subsistirá teu coração? Porventura estarão fortes tuas mãos nos dias em que eu tratarei contigo!? Eu, o Senhor, o falei, e o farei.
- E espalhar-te-ei entre as gentes, e dispersar-te-ei pelas terras; e consumirei tua imundícia de ti.
- Assim serás profanada em ti mesma, perante os olhos das gentes; e saberás que eu sou o Senhor.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, a casa de Israel se me tornou em escória. Todos eles são bronze e estanho, e ferro, e chumbo, no meio do forno; em escórias de prata se tornaram.
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Porquanto todos vós outros vos tornastes em escórias; por isso, eis que eu vos ajuntarei no meio de Jerusalém.
- Como se ajuntam prata e bronze, e ferro, e chumbo, e estanho, no meio do forno, para assoprar sobre eles fogo, e para fundir; assim ajuntar-vos-ei em minha ira e em meu furor, e ali vos deixarei, e vos fundirei.
- E congregar-vos-ei, e assoprarei sobre vós no fogo do meu furor; e sereis fundidos no meio dela.
- Como se funde prata no meio do forno, assim sereis fundidos no meio dela; e sabereis que eu, o Senhor, derramei meu furor sobre vós outros.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, dize-lhe: Tu és uma terra que não está purificada. E que não tem chuva no dia da indignação.
- A conjuração de seus profetas está no meio dela, como o leão que brama, que arrebata a presa: almas comem, tesouro e coisas preciosas tomam, suas viúvas multiplicam no meio dela.
- Seus sacerdotes violentam minha Lei, e profanam minhas coisas sagradas; entre o santo e o profano não fazem distinção, nem discernem o impuro do puro. E de meus sábados escondem seus olhos; e assim sou profanado no meio deles.
- Seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa: para derramarem sangue, para destruírem as almas, para seguirem a avareza.
- E seus profetas rebocam-nos com cal solta, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira. Dizendo “assim diz o Senhor Deus”, não havendo o Senhor falado.
- Ao povo da terra oprimem gravemente, e andam praticando roubos; e fazem violência ao aflito e necessitado, e ao estrangeiro oprimem sem razão.
- A busquei dentre eles a um só varão que tapasse o muro, e estivesse na brecha perante minha face em prol da terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.
- Pelo que derramei sobre eles minha indignação, com o fogo de meu furor os consumi: seu próprio caminho sobre suas cabeças lhes tornei, diz o Senhor Deus.
Capítulo 23
- Veio mais a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem: houve duas mulheres, filhas de uma mesma mãe.
- Estas fornicaram no Egito: em sua mocidade, fornicaram. Ali foram apertados seus peitos, e ali foram apalpados os seios de sua virgindade.
- E seus nomes eram Aolá, a maior, e Aolibá, sua irmã; e foram minhas, e deram à luz filhos e filhas. E estes eram seus nomes: Samaria é Aolá, e Jerusalém é Aolibá.
- E fornicou Aolá, estando sob meu poder; e enamorou-se de seus amantes, os assírios, seus vizinhos.
- Vestidos de púrpura, prefeitos e magistrados, todos rapazes cobiçáveis; cavaleiros que andam a cavalo.
- Assim cometeu suas fornicações com eles, os quais eram todos a elite dos filhos de Assur; e também com todos os de quem se enamorava, e com todos os seus deuses de esterco se contaminou.
- E suas fornicações, que trouxe do Egito, não deixou; porque com ela se deitaram em sua mocidade, e eles apalparam os seios de sua virgindade. E derramaram sua fornicação sobre ela.
- Portanto a entreguei na mão de seus amantes: na mão dos filhos de Assur, de quem se enamorara.
- Estes descobriram sua nudez, a seus filhos e a suas filhas tomaram; mas ela, à espada mataram. E foi nomeada entre as mulheres, e juízos fizeram nela.
- O que, vendo sua irmã Aolibá, corrompeu seu amor ainda mais que ela; e suas fornicações, mais que as fornicações de sua irmã.
- Dos filhos da Assíria se enamorou, dos prefeitos e dos magistrados, seus vizinhos, vestidos em ornato perfeito, cavaleiros que andam a cavalo; todos rapazes cobiçáveis.
- E vi que se havia contaminado; e que um mesmo caminho era o de ambas.
- E aumentou suas fornicações; porque viu homens pintados na parede, imagens dos caldeus, pintados de vermelhão.
- Cingidos com cinto ao redor de seus lombos, e mitras pintadas em abundância sobre suas cabeças, todos com aparência de capitães: à semelhança dos filhos da Babilônia na Caldeia, terra de seu nascimento.
- E se enamorou deles, vendo-os com seus olhos; e mandou-lhes mensageiros à Caldeia.
- Então vieram a ele os filhos de Babilônia, ao leito dos amores, e contaminaram-na com suas fornicações. E ela se contaminou com eles; então desviou-se deles o desejo dela.
- Assim ela revelou suas fornicações, e revelou sua vergonha; então se desviou também meu desejo dela, como já se desviara meu desejo de sua irmã.
- Porém multiplicou suas fornicações; lembrando-se dos dias de sua mocidade, em que fornicara na terra do Egito.
- E enamorou-se ainda mais que as concubinas deles; daqueles cuja carne é como carne de asnos, e cujo fluxo é como fluxo de cavalos.
- Assim trouxeste à memória a enormidade de tua mocidade; quando os do Egito apalpavam teus seios, por causa dos peitos de tua mocidade.
- Pelo que, ó Aolibá, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu despertarei a teus amantes contra ti, dos quais se desviou tua alma. E trá-los-ei contra ti dos arredores.
- Os filhos da Babilônia, e todos os caldeus – Pecode, e Soa, e Coa –, e todos os filhos de Assur com eles: rapazes cobiçáveis, prefeitos e magistrados todos eles, capitães e renomados varões, todos que andam a cavalo.
- E virão contra ti com carruagens, carretas e rodas; e com ajuntamento de povos, broquéis, e escudos, e capacetes por-se-ão contra ti em derredor. E porei perante sua face o juízo, e julgar-te-ão conforme a seus juízos.
- E porei meu zelo contra ti, e usarão contigo de indignação; teu nariz e tuas orelhas te tirarão, e o que te ficar de resto, à espada cairá. Eles a teus filhos e a tuas filhas te tomarão, e o que restar em ti, consumir-se-á pelo fogo.
- Também te despirão de tuas vestes, e tomar-te-ão os vasos do teu ornamento.
- Assim farei cessar tua enormidade de ti, e tua fornicação da terra do Egito; e não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás mais do Egito.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu entregar-te-ei na mão dos que aborreces. Sim, na mão dos quais se desviou tua alma.
- E usarão contigo de ódio, e tomarão todo teu trabalho, e te deixarão nua e despida; e revelar-se-á a vergonha de tua fornicação, e tua enormidade, e tuas fornicações.
- Estas coisas se te farão; porquanto tu fornicaste indo após as gentes, e porquanto te contaminaste com seus deuses de esterco.
- No caminho de tua irmã andaste, pelo que darei o copo dela em tua mão.
- Assim diz o Senhor Deus: O copo da tua irmã beberás, que é fundo e largo. Servirás de riso e escárnio; porquanto o copo será grande para caber muito nele.
- De bebedice e de dor te encherás; do copo de assolação e solidão, do copo de tua irmã Samaria.
- Bebê-lo-ás, pois, e esgotá-lo-ás, e seus testos quebrarás, e teus peitos arrancarás; porque eu o falei, diz o Senhor Deus.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Porquanto te esqueceste de mim, e me lançaste por detrás de tuas costas; leva, pois, tu também tua enormidade, e tuas fornicações.
- E disse-me o Senhor: Filho do homem, porventura julgarias a Aolá, e a Aolibá? Mostra-lhes, pois, seus abominações.
- Porque cometeram adultério, e sangue há em suas mãos, e com seus deuses de esterco cometeram adultério; e até a seus filhos, que a mim me geraram, fizeram passar pelo fogo por si, para os consumir.
- Ainda isto me fizeram: contaminaram meus santuário no mesmo dia, e meus sábados profanaram.
- Porque havendo sacrificado seus próprios filhos a seus deuses de esterco, vinham ao meu santuário no mesmo dia, para profaná-lo; e eis que assim fizeram no meio de minha Casa.
- E mais, que enviaram mensageiros a varões que haviam de vir de longe; aos quais havia sido enviado mensageiro, e eis que vieram, por amor dos quais te lavaste, tingiste teus olhos com álcool, e te enfeitaste de muitos enfeites.
- E te assentaste sobre um leito suntuoso, ante o qual uma mesa estava preparada; e meu incenso e meu óleo puseste sobre ela.
- Aquentando-se pois nela o rumor da multidão, enviaram por varões da multidão dos homens, e foram trazidos beberrões do deserto; e puseram braceletes em suas mãos, e coroas de glória sobre suas cabeças.
- Então eu disse à já envelhecida em adultérios: Agora acabarão de fornicar suas fornicações, como também ela.
- E entraram a ela, como quem entra a mulher rameira: assim entraram a Aolá e a Aolibá, mulheres hediondas.
- Assim que varões justos, eles sim julgá-las-ão conforme o juízo das adúlteras, e conforme o juízo das que derramam sangue; porque adúlteras são, e sangue há em suas mãos.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Farei subir contra elas uma congregação, e entregá-las-ei a desterro e ao roubo.
- E a congregação há de lapidá-las com pedras, e as acutilarão com suas espadas: a seus filhos e a suas filhas matarão, e a suas casas a fogo queimarão.
- Assim farei cessar a enormidade da terra; para que escarmentem todas as mulheres, e não façam conforme a vossa enormidade.
- E porão vossa enormidade sobre vós, e os pecados de vossos deuses de esterco levareis; e sabereis que eu sou o Senhor Deus.
Capítulo 24
- E veio a palavra do Senhor a mim, ao nono ano, no mês décimo, aos dez do mês, dizendo:
- Filho do homem, escreve-te a ti o nome deste dia, deste mesmo dia; porque achegou-se a Jerusalém o rei da Babilônia neste mesmo dia.
- E usa de uma comparação para com a casa rebelde, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus. Põe ao fogo uma panela; põe-na, e também deita nela água.
- Ajunta seus pedaços nela, todos bons pedaços, as pernas e as espáduas; de ossos escolhidos a enche.
- Do gado escolhido toma, acende os ossos debaixo dela; e faze-a ferver bem, e assim se cozerão seus ossos nela.
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Ai da cidade sanguinária, da panela cuja escuma está nela, e sua escuma não saiu dela. Pedaços a pedaços tira dela, não se deite sobre ela sorte.
- Porque seu sangue, no meio dela está; numa penha descoberta o pôs. Não o derramou sobre a terra, para o cobrir com pó.
- Para que eu faça subir a indignação, para tomar vingança, pus também seu sangue numa penha descoberta; para que não seja encoberto.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Ai da cidade sanguinária! Também eu farei uma grande fogueira.
- Amontoa a lenha, acende o fogo, consome a carne; e tempera-a com especiarias, e os ossos sejam queimados.
- Então pô-la-ás sobre suas brasas, vazia; para que se esquente, e se queime sua ferrugem, e se funda no meio dela sua imundícia, e se consuma sua escuma.
- Com vaidades cansou-me. E não saiu dela sua muita escuma; ao fogo há de ir sua escuma.
- Em tua imundícia há enormidade. Porquanto te purifiquei, mas tu não te purificaste, de tua imundícia nunca mais serás purificada, até que eu faça descansar minha indignação sobre ti.
- Eu, o Senhor, o falei; tal virá, e o farei; não me tornarei atrás, e não escusarei nem me arrependerei. Conforme a teus caminhos, e conforme a teus tratos, te julgarão, diz o Senhor Deus.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, eis que tirar-te-ei de ti o desejo de teus olhos como com uma só pancada; mas não lamentarás, nem chorarás, nem deitarás lágrimas.
- Cessa de suspirar, luto por mortos não farás, teu chapéu atarás sobre ti, e teus sapatos porás em teus pés; e não te rebuçarás, e pão de homens não comerás.
- E falei ao povo pela manhã, e morreu minha mulher à tarde; e fiz pela manhã seguinte como me fora mandado.
- E o povo me disse: Porventura, não nos farás saber o que nos significam estas coisas que tu estás fazendo?
- E eu lhes disse: A palavra do Senhor veio a mim, dizendo:
- Dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu profanarei meu santuário, a glória de vossa fortaleza, o desejo de vossos olhos, e o regalo de vossas almas. E vossos filhos e vossas filhas, aos quais deixastes, à espada cairão.
- E fareis como eu mesmo fiz: não vos rebuçareis, e pão de homens não comereis.
- E vossos chapéus sobre vossas cabeças estarão, e vossos sapatos em vossos pés; não lamentareis, nem chorareis. Mas consumir-vos-eis em vossas maldades, e suspirareis uns com os outros.
- Assim Ezequiel vos servirá de sinal maravilhoso; conforme a tudo quanto fez, fareis. E vindo isto, então sabereis que eu sou o Senhor Deus.
- E tu, filho do homem, porventura não será que, no dia em que eu lhes tirar sua fortaleza, o regozijo de seu ornamento; o desejo de seus olhos, e a saudade de suas almas, seus filhos e suas filhas;
- No mesmo dia, não virá a ti um que houver escapado, para o fazer ouvir aos teus ouvidos?
- No mesmo dia, abrir-se-á tua boca para com o que tiver escapado, e falarás, e não mais estarás mudo. Assim lhes servirás de maravilhoso sinal; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 25
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra os filhos de Amom; e profetiza contra eles.
- E dize aos filhos de Amom: Ouvi vós a palavra do Senhor Deus. Assim diz o Senhor Deus: Porquanto tu disseste: Ah! Ah! Acerca de meu santuário, quando foi profanado, e acerca da terra de Israel, quando foi assolada, e acerca da casa de Judá, quando foram em cativeiro;
- Portanto, eis que te entregarei aos do oriente em posse, e estabelecerão em ti seus palácios, e porão em ti suas moradas: eles comerão teus frutos, e eles beberão teu leite.
- E tornarei a Rabá em estribaria de camelos, e aos filhos de Amom em curral de ovelhas; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Porquanto bateste com as mãos, e calcaste com os pés. E te alegraste de coração em todo teu despojo sobre a terra de Israel.
- Portanto, eis que eu estenderei minha mão contra ti, e dar-te-ei por despojo às gentes, e te arrancarei dentre os povos, e te destruirei dentre as terras; e te acabarei de todo, e saberás que eu sou o Senhor.
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto dizem Moabe e Seir isto: Eis que como todas as gentes é a casa de Judá!
- Portanto, eis que eu abrirei o flanco de Moabe desde as cidades, desde suas cidades fora das fronteiras; o ornamento da terra, Bete-Jesimote, Baal-Meom, e até Quiriatiaim;
- Para os do oriente, com a terra dos filhos de Amom, a qual entregarei em posse; para que não haja memória dos filhos de Amom entre as gentes.
- Também em Moabe executarei juízos; e saberão que eu sou o Senhor.
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto Edom o fez, quando executou vingança contra a casa de Judá. E porque se fizeram culpadíssimos, e se vingaram deles.
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Também estenderei minha mão contra Edom, e arrancarei dela homens e animais. E a tornarei em deserto desde Temã; e até Dedã à espada cairão.
- E tomarei minha vingança sobre Edom, pela mão de meu povo de Israel; e farão em Edom segundo minha ira, e segundo meu furor. E saberão qual seja minha vingança, diz o Senhor Deus.
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto usaram os filisteus de vingança; e executaram vingança de coração com despojo, para destruírem com perpétua inimizade.
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estendo minha mão contra os filisteus, e arrancarei fora aos creteus. E destruirei o restante do porto do mar.
- E executarei neles grandes vinganças, com castigos de furor; e saberão que eu sou o Senhor, quando houver tomado minha vingança sobre eles.
Capítulo 26
- E sucedeu ao décimo primeiro ano, no primeiro dia do mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, porquanto Tiro disse tocante a Jerusalém: Ah! Ah! Já está quebrantada a porta dos povos, já se virou para mim! Eu me encherei, ela já está assolada!
- Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo hei de tratar contigo, ó Tiro. E farei subir contra ti muitas gentes, como se o mar fizesse subir suas ondas.
- As quais dissiparão as muralhas de Tiro, e derribarão suas torres; e varrerei o pó dela. E torná-la-ei em penha lisa.
- Só para estender as redes servirá no meio do mar, porque já o falei, diz o Senhor Deus; e servirá de despojo para as gentes.
- E suas filhas, que estiverem no campo, à espada serão mortas; e saberão que eu sou o Senhor.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu trarei contra ti a Nabucodonosor, rei da Babilônia, desde o norte, rei de reis. E virá com cavalos e com carruagens, e com cavaleiros e companhias, e muito povo.
- Tuas filhas no campo à espada matará; e fará contra ti baluarte, e fundará contra ti tranqueira, e levantará contra ti broquéis.
- E trabucos diante de si porá contra tuas muralhas; e tuas torres derribará com suas espadas.
- Pela multidão de seus cavalos, o pó deles te cobrirá; com o estrondo dos cavaleiros, e das rodas, e das carruagens, tremerão tuas muralhas quando entrar ele por tuas portas, como pelas entradas de uma cidade em que se fez brecha.
- Com os cascos de seus cavalos pisará todas tuas ruas; a teu povo à espada matará, e as colunas de tua fortaleza em terra se derribarão.
- E roubarão tuas riquezas, e tuas mercadorias saquearão, e derribarão tuas muralhas, e tuas casas preciosas arrasarão; e tuas pedras, e tuas madeiras, e teu pó, tudo em meio das águas lançarão.
- E farei cessar o ruído de tuas cantigas, e o som de tuas harpas não mais será ouvido.
- E te farei como penha alta: só de estender redes servirás, nunca mais serás edificada. Porque eu, o Senhor, o falei, diz o Senhor Deus.
- Assim diz o Senhor Deus a Tiro: Porventura não tremerão as ilhas pelo estrondo de tua queda, quando gemerem os traspassados, quando houver espantosa matança no meio de ti?
- E todos os príncipes do mar descerão de seus tronos, e tirarão de si suas capas, e de suas vestes bordadas se despirão. De tremores se vestirão, sobre a terra se assentarão, e estremecerão a cada momento; e espantar-se-ão acerca de ti.
- E levantarão sobre ti lamentação, e te dirão: Como pereceste, ó bem povoada dos homens do mar! Cidade afamada, que foi forte no mar, ela e seus moradores; que punham seu espanto a todos os moradores dela!
- Agora estremecerão as ilhas no dia de tua ruína, e turbar-se-ão as ilhas que estão no mar por causa de tua saída.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Quando eu te tornar em cidade assolada, como as cidades que não se habitam; quando fizer subir sobre ti um abismo, e te cobrirem as muitas águas;
- Então te farei descer com os que descem à cova rumo ao povo antigo; e te deitarei nas mais baixas partes da terra, em lugares desertos antigos, com os que descem à cova, para que não sejas habitada. E darei o ornamento na terra dos viventes.
- Por grande espanto te porei a ti, e não mais serás; e quando te buscarem, então nunca mais serás achada, para todo sempre, diz o Senhor Deus.
Capítulo 27
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Tu, pois, ó filho do homem, levanta sobre Tiro uma lamentação.
- E dize a Tiro, que habita nas entradas do mar, e negocia com os povos em muitas ilhas. Dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Ó Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura!
- No coração dos mares estão teus termos; teus edificadores aperfeiçoaram tua formosura.
- De faias de Senir fabricaram todos teus conveses; cedros do Líbano trouxeram, para te fazerem mastros.
- De carvalhos de Basã fizeram teus remos; teus bancos fizeram de marfim os da companhia de assírios, das ilhas dos quiteus.
- Linho fino bordado do Egito era tua cortina, para te servir de vela; cárdeo e púrpura das ilhas de Elisa era teu toldo.
- Os moradores de Sidom e de Arvade eram teus remeiros; teus sábios, ó Tiro, que estavam em ti, esses foram teus pilotos!
- Os anciãos de Gebal, e seus sábios, foram em ti os que reparavam tuas fendas; todos os navios do mar e seus marinheiros estiveram em ti, para negociar teus negócios.
- Persas, e lídios, e líbios eram em teu exército teus soldados. Escudos e capacetes penduraram em ti; eles te deram honra.
- Os filhos de Arvade e teu exército estavam sobre tuas muralhas ao redor, e os gamaditas sobre tuas torres. Seus escudos penduravam sobre tuas muralhas ao redor; eles aperfeiçoavam tua formosura.
- Társis, sim, era ela que negociava contigo, por causa da multidão de toda sorte de fazenda; com prata, ferro, estanho e chumbo negociavam em tuas feiras.
- Javã, Tubal e Meseque, eram esses teus mercadores; com almas de homens e vasos de bronze, fizeram contigo negócios.
- Da casa de Togarma, cavalos e cavaleiros e mulos traziam a tuas feiras.
- Os filhos de Dedã eram teus mercadores, muitas ilhas eram o comércio de tua mão; dentes de marfim e pau-preto tornavam para dar-te de presente.
- A Síria contigo negociava, por causa da multidão de tuas obras; esmeralda, púrpura, e obra bordada, e seda, e corais, e cristal, traziam em tuas feiras.
- Judá e a terra de Israel, eram eles teus mercadores; com trigo de Minite, e Panague, e mel, e azeite, e bálsamo, fizeram contigo negócios.
- Damasco negociava contigo, por causa da multidão de tuas obras, por causa da multidão de toda sorte de fazenda; com vinho de Helbom, e lã branca.
- Também Dã, e Javã, o viandante, em tuas feiras tratavam; ferro liso, canafístula, e cana aromática em teu negócio havia.
- Dedã negociava contigo, com panos preciosos para carruagens.
- A Arábia, e todos os príncipes de Quedar, eram eles os mercadores de tua mão; em cordeiros, e carneiros, e bodes, nestas coisas foram teus mercadores.
- Os mercadores de Sebá e Ramá, eram eles teus mercadores; em toda principal especiaria, e em toda pedra preciosa, e ouro também, contratavam em tuas feiras.
- Harã, e Cane, e Eden, os mercadores de Sebá; Assur e Quilmade negociavam contigo.
- Estes eram teus mercadores, em toda sorte de mercadorias, em fardos de cárdeo, e bordado, e em cofres de roupas preciosas; com cordas amarrados, e em cofres de cedro postos, em tua mercadoria.
- Os navios de Társis cantavam acerca de ti, por causa de teu negócio; e te encheste, e te glorificaste muito no meio dos mares.
- A muitas águas te trouxeram teus remeiros; o vento oriental te quebrantou no coração dos mares.
- Tua fazenda e tuas feiras, teu negócio, teus marinheiros e teus pilotos; os que reparavam tuas fendas e os que negociavam teus negócios, e todos teus soldados que há em ti, juntamente com toda tua congregação que está no meio de ti, cairão todos no meio dos mares, no dia de tua queda.
- Ao estrondo do grito de teus pilotos, tremerão os arrabaldes.
- E todos descerão de seus navios, sim, os que usam de remo, marinheiros e todos os pilotos do mar: na terra pararão.
- E farão ouvir sobre ti sua voz, e gritarão amargamente; e lançarão pó sobre suas cabeças, na cinza se revolverão.
- E se farão totalmente calvos por ti, e se cingirão de sacos; e chorarão sobre ti com amargura da alma, e amarga lamentação.
- E levantarão sobre ti lamentação em seu pranto, e lamentarão sobre ti, dizendo: Quem foi como Tiro, como a destruída no meio do mar?
- Quando procediam tuas mercadorias dos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão de tua fazenda, e teu negócio, enriqueceste aos reis da terra.
- No tempo em que foste quebrantada dos mares nas profundezas das águas, teu negócio e toda tua congregação no meio de ti caíram.
- Todos os moradores das ilhas foram espantados sobre ti; e seus reis tremeram em grande maneira, e foram pasmados em seus rostos.
- Os mercadores entre os povos assobiaram sobre ti; tu te tornaste grande espanto, e já não mais serás, para todo sempre.
Capítulo 28
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Porquanto se exalta teu coração, e dizes: Eu sou Deus, na cadeira de Deus me assento no meio dos mares! Sendo tu homem, e não Deus; e teu coração estimas como se fora o coração de Deus.
- Eis que mais sábio és que Daniel: nada de oculto há que se possa esconder de ti!
- Com tua sabedoria, e com teu entendimento, ajuntaste teu poderio; e adquiriste ouro e prata em teus tesouros.
- Com a grandeza de tua sabedoria, em teu comércio aumentaste teu poderio; e exalta-se teu coração por causa de teu poderio.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Porquanto estimas teu próprio coração como se fora o coração de Deus;
- Por isso, eis que eu trarei sobre ti estranhos, os tiranos das gentes; os quais arrancarão suas espadas sobre a formosura de tua sabedoria, e profanarão teu lustre.
- À cova te farão descer; e morrerás da morte dos que foram traspassados no meio dos mares.
- Porventura, pois, em alguma maneira dirás “eu sou Deus” perante a face do teu matador? Sendo tu homem, e não Deus, na mão do que te traspasse?
- Da morte dos incircuncisos morrerás, pela mão dos estranhos; porque eu o falei, diz o Senhor Deus.
- Veio mais a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, levanta lamentação sobre o rei de tiro. E dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o selador da suma, cheio de sabedoria, e perfeito em formosura.
- No Éden, o jardim de Deus, estavas; toda pedra preciosa era tua cobertura: sardônica, topázio e diamante, turquesa, ônix e jaspe, safira, carbúnculo e esmeralda, e ouro. A obra de teus tambores, e de teus pífaros, estava em ti; no dia em que foste criado, estavam preparados.
- Tu eras querubim ungido cobridor; e te estabeleci, no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
- Perfeito eras em teus caminhos, desde o dia em que foste criado; até que se achou maldade em ti.
- Com a multidão de teu comércio, encheram o meio de ti de violência, e assim pecaste; pelo que lançar-te-ei fora, como a um profanado, do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas!
- Exaltou-se teu coração por causa de tua formosura, corrompeste tua sabedoria por causa de teu lustre; por terra te arrojei, perante a face dos reis de pus, para que atentem para ti.
- Por causa da multidão de tuas maldades, pela injustiça de teu comércio, profanaste teus santuários; pelo que fiz sair um fogo do meio de ti, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, perante os olhos de todos quantos te vêem.
- Todos os que te conhecem entre os povos, estão espantados sobre ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás, para todo sempre.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra Sidom; e profetiza contra ela.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo hei de tratar contigo, ó Sidom, e serei glorificado no meio de ti. E saberão que eu sou o Senhor, quando executar nela juízos, e me santificar nela.
- Porque enviarei nela peste, e também sangue em suas ruas, e cairão os traspassados no meio dela, pela espada que está contra ela em derredor; e saberão que eu sou o Senhor.
- E a casa de Israel nunca mais terá espinheiro que a espete, nem espinho que cause dor, de todos os que dos seus arredores os desprezam; e saberão que eu sou o Senhor Deus.
- Assim diz o Senhor Deus: Havendo eu congregado a casa de Israel dentre os povos, entre os quais estão espalhados, e tendo me santificado entre eles perante os olhos das gentes; então habitarão em sua terra, a qual dei ao meu servo, a Jacó.
- E habitarão nela seguros, e edificarão casas, e plantarão vinhas; e então habitarão seguros. E isso quando eu executar juízos contra todos os que os desprezam dos seus arredores; e saberão que eu sou o Senhor, seu Deus.
Capítulo 29
- Aos dez anos, no mês décimo, aos doze dias do mês; veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra Faraó, rei do Egito; e profetiza contra ele e contra todo o Egito.
- Fala, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu contigo hei de tratar, ó Faraó, rei do Egito, o grande dragão marinho, que jaz em meio de seus rios. O qual diz: Meu é o meu rio, e eu o fiz para mim.
- Porém eu porei anzóis em tuas queixadas, e farei apegar-se o peixe de teus rios a tuas escamas; e te tirarei do meio de teus rios, e todo o peixe de teus rios a tuas escamas se apegará.
- E te deixarei no deserto, a ti e a todo o peixe de teus rios; em campo aberto cairás, não serás recolhido nem ajuntado. Aos animais da terra e às aves do céu, te dei por mantimento.
- E saberão todos os moradores do Egito que eu sou o Senhor; porquanto foram como bordão de cana para a casa de Israel.
- Tomando-te eles pela tua mão, te quebrantarás, e lhes fenderás todos os lados; e encostando-se eles a ti, quebrar-te-ás, e lhes deixarás ficar todos os lombos.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que eu trarei sobre ti espada; e destruirei de ti homem a animal.
- E tornar-se-á a terra do Egito em assolação em deserto, e saberão que eu sou o Senhor. Porquanto disse: O rio é meu, e eu o fiz.
- Pelo que eis que eu hei de tratar contigo, e com teus rios; e tornarei a terra do Egito em desertas e assoladas solidões, desde a torre de Sevene até o termo da Etiópia.
- Não passará por ela pé de homem, nem pé de animal passará por ela; nem será habitada por quarenta anos.
- Porque tornarei a terra do Egito em assolação, em meio das terras assoladas; e suas cidades no meio das cidades desertas tornar-se-ão em assolação por quarenta anos. E espalharei aos egípcios entre as gentes, e derramá-los-ei pelas terras.
- Porém assim diz o Senhor Deus: Ao fim de quarenta anos, ajuntarei aos egípcios dentre os povos entre os quais foram espalhados.
- E tornarei a trazer o cativeiro dos egípcios, e os tornarei à terra de Patros, à terra de seu comércio; e serão ali um reino rebaixado.
- Mais que outros reinos será rebaixado, e nunca mais se exaltará sobre as gentes; porque os diminuirei, para que não se façam mais senhores das gentes.
- E não servirá mais para a casa de Israel de confiança, para fazê-la lembrar de sua maldade, quando atentam após eles. Antes, saberão que eu sou o Senhor Deus.
- E sucedeu aos vinte e sete anos, no mês primeiro, ao primeiro dia do mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, Nabucodonosor, rei da Babilônia, fez prestar seu exército um grande serviço contra Tiro: toda cabeça se encalveceu, e todo ombro se esfolou. E pagamento não houve para ele nem para seu exército acerca de Tiro, pelo serviço que contra ela prestou.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que eu darei a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a terra do Egito. E levará sua multidão, e despojará seu despojo, e roubará sua presa; e será isto o pagamento para seu exército.
- Por pagamento de seu trabalho, com que serviu contra ela, dei-lhe a terra do Egito; porquanto fizeram-no por mim, diz o Senhor Deus.
- Naquele dia, farei despontar o poderio da casa de Israel, e te darei abrir de boca no meio deles; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 30
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, profetiza, e dize: Assim diz o Senhor Deus. Uivai vós, dizendo: Ah, aquele dia!
- Porque já está perto o dia, sim, já está perto o dia do Senhor: dia nebuloso, o tempo das gentes será.
- E virá a espada no Egito, e haverá grande dor na Etiópia, quando caírem os traspassados no Egito; e tomarão sua multidão, e quebrar-se-ão seus fundamentos.
- Etiópia, e Pute, e Lude, e toda a misturada chusma, e Cube, e os filhos da terra do concerto: todos com eles à espada cairão.
- Assim diz o Senhor: Também cairão os que sustentam o Egito, e descerá a soberba de sua força. Desde a torre de Sevene, à espada cairão nele, diz o Senhor Deus.
- E serão assolados no meio das terras assoladas; e suas cidades, no meio das cidades estarão desertas.
- E saberão que eu sou o Senhor: quando eu puser fogo ao Egito, e forem quebrantados todos seus ajudadores.
- Naquele dia, sairão mensageiros de diante de minha face em navios, para espantarem a Etiópia, a descuidada. E haverá grandes dores neles, como no dia do Egito; porque eis que já vem!
- Assim diz o Senhor Deus: Eu, pois, farei cessar a multidão do Egito, pela mão de Nabucodonosor, rei da Babilônia.
- Ele, e seu povo com ele, os tiranos das gentes, serão levados a destruir a terra; e arrancarão suas espadas contra o Egito, e encherão a terra de traspassados.
- E aos rios, farei secos; e venderei a terra na mão de malignos. E assolarei a terra e sua plenitude pela mão de estrangeiros; eu, o Senhor, o falei.
- Assim diz o Senhor Deus: E destruirei aos deuses de esterco, e farei cessar os ídolos de Nofe; e príncipe da terra do Egito, não haverá mais. E porei temor na terra do Egito.
- E assolarei a Patros, e porei fogo a Zoã; e executarei juízos em Nô.
- E derramarei meu furor sobre Sin, a força do Egito; e desarraigarei a multidão de Nô.
- E porei fogo ao Egito, Sin terá grande dor, e Nô será fendida; e Nofe terá angústias cotidianas.
- Os rapazes de Aven e Pibesete, à espada cairão; e as moças, em cativeiro irão.
- E em Tacpanês se escurecerá o dia, quando eu quebrantar ali os jugos do Egito, e cessar nela a soberba de sua força: uma nuvem a encobrirá, e suas filhas em cativeiro irão.
- Assim executarei juízos no Egito, e saberão que eu sou o Senhor.
- E sucedeu aos onze anos, no mês primeiro, aos sete dias do mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, ao braço de Faraó, rei do Egito, quebrantei; e eis que não será enfaixado para curar, nem lhe porão faixa para o enfaixar, para o fortalecer, para pegar da espada.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo hei de tratar com Faraó, rei do Egito, e quebrarei seus braços, tanto o forte como o já quebrado. E farei cair a espada de sua mão.
- E espalharei aos egípcios entre as gentes, e pelas terras os espalharei.
- E reforçarei os braços do rei da Babilônia, e darei minha espada em sua mão; porém quebrantarei os braços de Faraó, e gemerá com gemidos do traspassado perante sua face.
- Reforçarei sim os braços do rei da Babilônia, mas os braços de Faraó cairão. E saberão que eu sou o Senhor, quando houver dado minha espada na mão do rei da Babilônia, e ele a estender sobre a terra do Egito.
- E espalharei aos egípcios entre as gentes, e os espalharei pelas terras: assim saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 31
- E sucedeu aos onze anos, no mês terceiro, ao primeiro dia do mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, dize a Faraó, rei do Egito, e à sua multidão: A quem és semelhante em tua grandeza?
- Eis que Assur era cedro no Líbano, formoso de ramos, sombrio de ramagens, e alto de estatura; e entre espessos ramos, estava seu topo.
- As águas o fizeram crescer, o abismo o elevou: com suas correntezas ia ao redor de sua plantação, e seus canos de águas enviava a todas as árvores do campo.
- Pelo que se exaltou sua estatura mais que todas as árvores do campo; e multiplicaram-se seus ramos, e alongaram-se suas ramagens, por causa das muitas águas que enviava.
- Em suas ramagens aninhavam-se todas as aves do céu, e debaixo de seus ramos geravam todos os animais do campo; e à sua sombra se assentavam todos os grandes povos.
- Assim era formoso em sua grandeza, na extensão de seus ramos; porquanto estava sua raiz junto às muitas águas.
- Os cedros não o ofuscaram no jardim de Deus; as faias não eram semelhantes a seus ramos, e os castanheiros não eram como seus renovos. Árvore nenhuma no jardim de Deus lhe era semelhante em sua formosura.
- Formoso o fiz com a multidão de seus ramos; e tiveram inveja dele todas as árvores do Éden, que estavam no jardim de Deus.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Porquanto te exaltaste a ti mesmo por tua estatura, levantou sim seu topo no meio dos espessos ramos, e exaltou-se o seu coração em sua altura;
- Portanto, o dei na mão do mais poderoso das gentes. E isso para que apropriadamente o tratasse; por sua impiedade, o lancei fora.
- E desarraigaram-no estranhos, os tiranos das gentes, e o deixaram; sobre os montes e por todos os vales caíram seus ramos, e foram quebrantados seus renovos por todas as correntes da terra, e se foram de sua sombra todos os povos da terra, e o deixaram.
- Sobre sua ruína habitavam todas as aves do céu, e sobre seus renovos estavam todos os animais do campo.
- Para que não se exaltem por sua estatura todas as árvores fartas de água, nem levantem seu topo no meio dos ramos espessos; nem todas que bebem águas, venham a confiar em si mesmas, por causa de sua altura. Porque já todos estão entregues à morte, até a terra mais baixa, em meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova.
- Assim diz o Senhor Deus: No dia em que ele desceu ao inferno, mandei fazer luto, fiz cobrir por ele o abismo, e detive seus rios, e as muitas águas se retiveram. E cobri de preto por ele ao Líbano, e todas as árvores do campo por ele desfaleceram.
- Do som de sua queda fiz tremer às gentes, quando o fiz descer ao inferno com os que descem à cova; e consolavam-se na terra mais baixa todas as árvores do Éden, a elite e o melhor do Líbano, todas as que que bebem águas.
- Também estes com ele desceram ao inferno, aos traspassados à espada; e os que foram seu braço forte, e assentaram-se à sua sombra no meio das gentes.
- A quem, pois, és semelhante, tanto em glória como em grandeza, entre as árvores do Éden? Antes, serás derribado com as árvores do Éden, à terra mais baixa; em meio dos incircuncisos jazerás com os traspassados à espada: este é Faraó, e toda sua multidão, diz o Senhor Deus.
Capítulo 32
- E sucedeu aos doze anos, no mês duodécimo, ao primeiro dia do mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, levanta uma lamentação sobre Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: A um filho de leão dentre as gentes eras semelhante. E tu foste como um dragão marinho nos mares, e traspassavas em teus rios, e turvavas as águas com teus pés, e enlameavas seus rios.
- Assim diz o Senhor Deus: Portanto, estenderei sobre ti minha rede com um ajuntamento de muitos povos. E puxar-te-ei para cima em minha trama.
- Então deixar-te-ei em terra; no campo aberto te lançarei. E farei morar sobre ti a todas as aves do céu, e fartarei de ti aos animais de toda a terra.
- E porei tua carne sobre os montes, e encherei os vales com tua altura.
- E regarei a terra, onde nadas, com teu sangue até os montes; e as correntes se encherão de ti.
- E apagando-te eu, encobrirei aos céus, e enegrecerei suas estrelas; ao Sol de nuvem cobrirei, e a Lua não deixará reluzir sua luz.
- A todas as luminárias da luz do céu enegrecerei sobre ti; e trarei trevas sobre tua terra, diz o Senhor Deus.
- E farei enraivecer ao coração de muitos povos; quando eu levar teu quebrantamento entre as gentes, às terras que não conheceste.
- E farei que se espantem sobre ti muitos povos, e seus reis tremam em grande maneira, quando eu brandir minha espada perante seus rostos; e estremecerão a cada momento, cada qual por sua alma, no dia de tua queda.
- Porque assim diz o Senhor Deus: A espada do rei da Babilônia virá sobre ti.
- Farei cair tua multidão com as espadas dos heróis, os quais são todos os mais tiranos das gentes; e destruirão a soberba do Egito, e toda sua multidão será perdida.
- E destruirei todos seus animais de sobre as muitas águas: nem as turvará mais pé de homem, nem unhas de animais as turvarão.
- Então farei aprofundar suas águas, e farei fluir seus rios como azeite – diz o Senhor Deus.
- Quando eu tornar a terra do Egito em assolação, e for assolada a terra de sua plenitude, e quando ferir a todos os que habitam nela; então saberão que eu sou o Senhor.
- Esta é a lamentação, e lamentá-la-ão: as filhas das gentes lamentá-la-ão. Sobre o Egito e sobre toda sua multidão a lamentarão, diz o Senhor Deus.
- E sucedeu aos doze anos, aos quinze do mesmo mês; que veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, pranteia sobre a multidão do Egito, e a faze descer; sim, a ela e às filhas das gentes pomposas, à terra mais baixa, aos que descem à cova.
- Mais que quem foste agradável? Desce, e te deita com os incircuncisos!
- No meio dos traspassados à espada, eles cairão. À espada será entregue; puxai ela, e toda sua multidão.
- Falar-lhe-ão os mais poderosos dos heróis, desde o meio do inferno, com seus ajudadores; descerão, e jazerão os incircuncisos, traspassados à espada.
- Ali está Assur, com todo seu ajuntamento, e ao redor dele os seus sepulcros; todos eles foram traspassados, os quais caíram à espada.
- Dos quais os sepulcros foram postos ao lado da cova, e seu ajuntamento está ao redor de seu sepulcro; todos foram traspassados, os quais caíram à espada, e puseram espanto na terra dos viventes.
- Ali está Elam, com toda sua multidão, ao redor de seu sepulcro. Todos eles foram traspassados, os que caíram à espada, os quais desceram incircuncisos às mais baixas partes da terra; os que puseram seu espanto na terra dos viventes, e levaram sua vergonha com os que desceram à cova.
- No meio dos traspassados puseram-lhe um leito; ao redor dele estão seus sepulcros. Todos eles incircuncisos, traspassados à espada; porquanto se pôs seu espanto na terra dos viventes, e levaram sua vergonha com os que desceram à cova; no meio dos traspassados foi posto.
- Assim está Meseque, e Tubal, com toda sua multidão; ao redor dele estão seus sepulcros. Todos eles são incircuncisos, e traspassados à espada, porquanto puseram seu espanto na terra dos viventes.
- Porém não jazerão com os heróis que caíram dentre os incircuncisos. Os quais desceram ao inferno com suas armas de guerra, e puseram suas espadas debaixo de suas cabeças; e sua maldade está sobre seus ossos, porquanto o espanto dos heróis esteve na terra dos viventes.
- Também tu no meio dos incircuncisos serás quebrantado, e jazerás com os traspassados à espada.
- Ali estão Edom, seus reis e todos seus príncipes, que com seu poder foram postos com os traspassados à espada; estes com os incircuncisos jazem, e com os que à cova desceram.
- Ali estão os duques do norte, todos eles, e todos os sidônios. Os quais desceram com os traspassados, em seu espanto envergonhados de seu poder; e jazem incircuncisos com os traspassados à espada, e levam sua vergonha com os que desceram à cova.
- Faraó os verá, e se consolará com toda sua multidão: os traspassados à espada, Faraó, e todo seu exército, diz o Senhor Deus.
- Porque pus meu espanto na terra dos viventes; pelo que jazerá no meio dos incircuncisos, com os traspassados à espada, Faraó, e toda sua multidão, diz o Senhor Deus.
Capítulo 33
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, fala aos filhos de teu povo, e dize-lhes: Quando eu trouxer espada sobre a terra; e o povo da terra tomar um varão de seus termos, e o puser por sua atalaia;
- E ele vir que a espada vem sobre a terra; e tocar a trombeta, e avisar ao povo.
- E aquele que ouve o som da trombeta, ouve sim, mas não se dá por avisado, e vier a espada, e esta o tomar; então seu sangue sobre sua própria cabeça estará.
- E som da trombeta ouviu, e não se deu por avisado: seu sangue estará sobre ele. Mas o que se dá por avisado, sua vida salvará.
- Porém quando o atalaia vir que a espada vem, e não tocar a trombeta, e o povo não for avisado; e vier a espada, e ela tomar dele alguma alma. Então o tal, em sua própria maldade foi tomado; porém seu sangue, da mão do atalaia demandarei.
- A ti, pois, ó filho do homem, por atalaia te pus à casa de Israel; pelo que ouvirás da minha boca a palavra, e os avisarás de minha parte.
- Dizendo eu, pois, ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não lhe falares, para dissuadir ao ímpio de seu caminho. Então aquele ímpio, em sua própria maldade morrerá; porém seu sangue, de tua mão demandarei.
- Mas quando tu dissuadires ao ímpio de seu caminho, para que se converta dele, e ele não se converter de seu caminho. Então ele, em sua própria maldade morrerá; porém tu, tua alma fizeste escapar.
- Pelo que tu, ó filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós outros, dizendo: Visto que nossas prevaricações e nossos pecados estão sobre nós outros; e neles desfalecemos, como então viveríamos?
- Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio; mas sim em que se converta o ímpio de seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos de vossos maus caminhos; por que razão, pois, morreríeis, ó casa de Israel?
- Assim que tu, ó filho do homem, dize aos filhos de teu povo: A justiça do justo não o fará escapar no dia de sua prevaricação; e quanto à impiedade do ímpio, este não cairá por causa dela, no dia em que se converter de sua impiedade. Nem o justo por ela poderá viver, no dia em que pecar.
- Quando eu disser ao justo que ele certamente viverá, e ele confiar em sua justiça, mas fizer iniquidade; de todas suas justiças não haverá mais memória, mas na iniquidade que fez, nela morrerá.
- Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás! Mas ele se converter de seu pecado, e fizer juízo e justiça;
- O penhor o ímpio restituindo, o furtado pagando, nos estatutos da vida andando, e não fazendo iniquidade; então certamente viverá, não morrerá.
- De todos seus pecados, com que pecou, não haverá mais memória contra ele: juízo e justiça fez, certamente viverá.
- Dizem ainda os filhos de teu povo: Não é reto o caminho do Senhor! Não sendo reto o caminho deles mesmos.
- Desviando-se o justo de sua justiça, e fazendo iniquidade; morrerá nela.
- E convertendo-se o ímpio de sua impiedade, e fazendo juízo e justiça; ele viverá neles.
- Dizeis ainda: Não é reto o caminho do Senhor! Julgar-vos-ei, a cada um conforme a seus caminhos, ó casa de Israel.
- E sucedeu aos doze anos, no mês décimo, aos quinze do mês de nossa deportação em cativeiro. Sucedeu, pois, que veio a mim um que escapara de Jerusalém, dizendo: Já ferida é a cidade!
- Ora, a mão do Senhor estivera sobre mim à tarde, antes que viesse a mim o que havia escapado; e abrira minha boca, até que este chegou a mim pela manhã. E minha boca se abriu, e nunca mais estive mudo.
- Então veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, os moradores destes lugares desertos da terra de Israel deveras dizem: Um só varão foi Abraão, e possuiu em herança esta terra. Porém nós outros, muitos somos; a nós nos foi dada esta terra como posse hereditária.
- Pelo que dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Com a carne o sangue comeis, e vossos olhos levantais para vossos deuses de esterco, e sangue derramais. E esta terra possuiríeis hereditariamente?
- Estais em pé sobre vossa espada, cometeis abominação, e cada qual de vós a mulher de seu próximo contaminais; e a terra possuiríeis hereditariamente?
- Assim lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Vivo eu, que os que estiverem em lugares desertos, à espada cairão; e que ao que estiver sobre a face do campo, à fera o entregarei, para que o coma. E os que estiverem em lugares fortificados e em cavernas, de pestilência morrerão.
- Porque tornarei a terra em assolação e espanto, e a soberba de sua força cessará; e serão tão assolados os montes de Israel, de modo que ninguém passe por eles.
- Então saberão que eu sou o Senhor; quando eu tornar a terra em assolação e espanto, por todas as abominações que fizeram.
- E tu, ó filho do homem, os filhos de teu povo falam de ti junto às paredes, e nas portas das casas. E fala um com o outro, e cada qual com seu irmão, dizendo: Ora, vinde vós, e ouvi o que é a palavra que procede do Senhor!
- E eles vêm a ti, como costumava vir o povo, e se assentam perante tua face como meu povo; e ouvem tuas palavras, mas não as põem por obra. Antes, eles lisonjeiam com sua boca; porém seu coração anda após sua avareza.
- E eis que tu lhes és como cantiga de amores, suave de voz, e que tange muito bem; pelo que ouvem tuas palavras, mas não as põem por obra.
- Porém quando isto vier – eis que vem –, então saberão que um profeta houve no meio deles.
Capítulo 34
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel. Profetiza, e dize-lhes: Aos pastores assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel, que apascentam a si mesmos; porventura, os pastores não apascentarão o gado?
- O que é gordo comeis, e da lã vos vestis; o cevado, degolais. Porém o gado, não apascentais.
- As fracas não fortaleceis, e a doente não curais, e a quebrada não enfaixais, e a desgarrada não tornais a trazer, e a perdida não buscais; porém vós, com rigor e dureza dominais sobre elas.
- Assim se dispersaram, porquanto não há pastor; e ficaram só para mantimento de toda alimária do campo, porquanto se dispersaram.
- E andam desgarradas minhas ovelhas por todos os montes, e por todo alto outeiro; e por toda a face da terra minhas ovelhas andam dispersas, e ninguém há que pergunte por elas, e ninguém que as busque.
- Pelo que, ó pastores, ouvi vós a palavra do Senhor.
- Vivo eu, diz o Senhor Deus, que porquanto minhas ovelhas foram entregues a roubo, e foram minhas ovelhas só para mantimento de toda alimária do campo; porquanto não há pastor, e meus pastores não perguntam por minhas ovelhas. E apascentam os pastores a si mesmos, e a minhas ovelhas não apascentam.
- Portanto, ó pastores, ouvi vós a palavra do Senhor.
- Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo com os pastores hei de tratar, e demandarei minhas ovelhas de sua mão; e fá-los-ei cessar de apascentar o gado, e não apascentarão mais os pastores a si mesmos. E farei escapar minhas ovelhas de sua boca, e não lhes servirão mais de mantimento.
- Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo, perguntarei por minhas ovelhas, e as rebuscarei.
- Como o pastor rebusca a seu rebanho, no dia em que está no meio de suas ovelhas que foram dispersas, assim minhas ovelhas eu rebuscarei; e as farei escapar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia da nuvem e da escuridão.
- E as tirarei dos povos, e as congregarei das terras, e as trarei à sua terra; e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos mananciais das águas, e em todas as habitações da terra.
- Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel estará sua malhada: ali se deitarão em boa malhada, e em pastos fartos pastarão nos montes de Israel.
- Eu apascentarei minhas ovelhas, e eu as terei em guarda, diz o Senhor Deus.
- A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer; e a quebrada enfaixarei, e a enferma fortalecerei. Mas a gorda e a forte, destruirei; apascentá-las-ei com juízo.
- Porque vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu julgarei entre gado miúdo e gado miúdo, entre carneiros e bodes.
- Pouco vos é que o bom pasto pastais, e o restante de vossos pastos, piseis com vossos pés? E que as profundas águas bebais, e as que restam, com vossos pés enlameeis?
- E minhas ovelhas!? O que foi pisado com vossos pés, pastarão? E o enlameado com vossos pés, beberão?
- Por isso o Senhor Deus assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado miúdo gordo, e o gado miúdo magro.
- Porquanto com o flanco e com o ombro empurrais, e com vossos chifres escorneais todas as fracas; até que as espalhais fora.
- Portanto livrarei minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina; e julgarei entre gado miúdo e gado miúdo.
- E despertarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará: meu servo Davi. Este as apascentará, e este lhes servirá de pastor.
- E eu, o Senhor, ser-lhes-ei por Deus, e meu servo Davi será príncipe no meio deles. Eu, o Senhor, o falei.
- E farei com eles concerto de paz, e farei cessar a besta ruim da terra; e habitarão no deserto seguramente, e dormirão nos bosques.
- E porei a eles, e aos lugares ao redor de meu outeiro, por bênção. E farei descer a chuva a seu tempo: chuvas de bênção serão.
- E as árvores do campo darão seu fruto, e a terra dará sua novidade; e estarão em sua terra seguros. E saberão que eu sou o Senhor, quando eu quebrar as varas de seu jugo, e os livrar da mão dos que se faziam servir deles.
- E não servirão mais de rapina às gentes, e a besta-fera da terra nunca mais os comerá; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que os espante.
- E despertar-lhes-ei uma planta de renome; e nunca mais serão arrebatadas pela fome na terra, nem levarão sobre si mais o opróbrio das gentes.
- Saberão, porém, que eu, o Senhor, seu Deus, estou com eles; e que eles são meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus.
- Vós outros, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas de meu pasto, homens sois; porém eu sou vosso Deus, diz o Senhor Deus.
Capítulo 35
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra o monte de Seir; e profetiza contra ele.
- E dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu contigo hei de tratar, ó monte de Seir. E estenderei minha mão contra ti, e te porei em assolação em espanto.
- Tuas cidades, em solidão porei; e tu, em assolação te tornarás. E saberás que eu sou o Senhor.
- Porquanto guardas inimizade perpétua, e fizeste derramar aos filhos de Israel a fio de espada; e isso no tempo de sua perdição, no tempo da extrema iniquidade.
- Pelo que, vivo eu, diz o Senhor Deus, que para sangue te prepararei, e sangue te perseguirá; porque não aborreceste ao sangue, o sangue te perseguirá.
- E porei ao monte de Seir em extrema assolação; e desarraigarei dele ao que passar por ele, e o que tornar por ele.
- E encherei seus montes de seus traspassados; em teus outeiros, e em teus vales, e em todas tuas correntes, os traspassados à espada cairão.
- Em assolações perpétuas te porei, e tuas cidades nunca mais se habitarão: assim sabereis que eu sou o Senhor.
- Porquanto dizes: Os dois povos e as duas terras minhas serão, e hereditariamente as possuiremos; ainda que o Senhor mesmo ali estivesse.
- Pelo que vivo eu, diz o Senhor Deus, que farei conforme a tua ira, e conforme a tua inveja, da qual usaste em teu ódio contra eles; e serei conhecido deles, quando eu te julgar.
- E saberás que eu, o Senhor, ouvi todas as tuas blasfêmias, que disseste contra os montes de Israel, dizendo: Já estão assolados! A nós outros serão entregues por mantimento!
- Assim vos engrandecestes contra mim com vossa boca, e multiplicaste contra mim vossas palavras: eu o ouvi.
- Assim diz o Senhor Deus: Quando se alegrar toda a terra, por-te-ei em assolação.
- Como te alegraste acerca da herança da casa de Israel, porquanto está assolada, assim também te farei a ti. Em assolação serás tornado, ó monte de Seir, e todo Edom: sim, todo; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 36
- E tu, ó filho do homem, profetiza aos montes de Israel. E dize: Montes de Israel, ouvi vós a palavra do Senhor!
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto diz o inimigo sobre vós outros: Ah! Ah! Até as eternas alturas nos são por herança!
- Portanto profetiza, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Porquanto, sim, porquanto vos assolaram e devoraram em redor, para que fôsseis herança ao restante das gentes, e sois trazidos aos lábios paroleiros e à infâmia do povo.
- Pelo que, ó montes de Israel, ouvi vós a palavra do Senhor Deus: Assim diz o Senhor Deus aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales, aos lugares assolados e solitários e às cidades desamparadas, as quais se tornaram em rapina e em escárnio ao restante das gentes que estão ao redor.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Certamente no fogo de meu zelo falei contra o restante das gentes, e contra todo Edom. Os quais se apropriaram de minha terra em herança, com alegria de todo coração, e com despojos cobiçáveis, para ser lançada fora, à rapina.
- Portanto, profetiza sobre a terra de Israel. E dize aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales: Assim diz o Senhor Deus: Eis que em meu zelo e em meu furor falei, porquanto a afronta das gentes sobre vós levastes.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eu mesmo levantei minha mão! Que as gentes que estão ao redor de vós, seu opróbrio levarão sobre si mesmas.
- Porém vós, ó montes de Israel, ainda vosso ramo produzireis, e vosso fruto dareis ao meu povo Israel; porque já se achegam para vir.
- Porque eis que eu estou convosco; e olharei por vós outros, e sereis lavrados e semeados.
- E multiplicarei sobre vós homens, para toda a casa de Israel, para ela toda; e se habitarão as cidades, e as solidões se edificarão.
- E multiplicarei sobre vós homens e alimárias, e multiplicar-se-ão, e frutificarão. E vos farei habitar como em vossos dias passados, e o farei ainda melhor que nos vossos princípios; e sabereis que eu sou o Senhor.
- E farei andar sobre vós homens, isto é, o meu povo Israel; eles te possuirão, e serás sua herança. E nunca mais os desfilharás.
- Assim diz o Senhor Deus: Porquanto vos dizem: Terra és que devora homens! E és terra que desfilha teus povos!
- Por isso, homens não mais devorarás, nem a teus povos mais desfilharás – diz o Senhor Deus.
- E nunca mais farei que se ouça sobre ti a afronta das gentes, nem o opróbrio das nações mais sobre ti levarás; nem mais a tuas gentes desfilharás, diz o Senhor Deus.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, quando a casa de Israel habitava em sua própria terra, então a contaminaram com seus caminhos, e com suas ações: como imundícia de menstruada era seu caminho perante meu rosto.
- Pelo que derramei meu furor sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra; e por seus deuses de esterco, com que a contaminaram.
- E os espalhei entre as gentes, e foram esparramados pelas terras; conforme a seus caminhos, e conforme a seus tratos, eu os julguei.
- E chegando às gentes para onde se foram, profanaram meu santo nome. Porquanto se dizia acerca deles: Estes são o povo do Senhor, e da terra dele saíram.
- Porém os escusei por amor de meu santo nome, o qual profanou a casa de Israel entre as gentes para onde se foram.
- Pelo que dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Não por vós eu o faço, ó casa de Israel. Porém por meu santo nome, o qual profanastes entre as gentes para onde fostes.
- Porque eu santificarei meu grande nome, que foi profanado entre as gentes, o qual profanastes em meio delas; e saberão as gentes que eu sou o Senhor, diz o Senhor Deus, quando eu for santificado em vós outros, perante seus olhos.
- Porque vos tomarei dentre as gentes, e vos ajuntarei de todas as terras; e vos trarei à vossa terra.
- Então espargirei sobre vós água pura, e ficareis purificados: de todas vossas imundícias, e de todos vossos deuses de esterco, vos purificarei.
- E vos darei um coração novo, e um novo espírito darei dentro de vós outros; e vos tirarei o coração de pedra de vossa carne, e vos darei um coração de carne.
- E meu Espírito darei dentro de vós outros; e farei que em meus estatutos andeis, e meus juízos guardeis, e os façais.
- E habitareis na terra que dei a vossos pais; e sereis a mim por povo, e eu serei a vós por Deus.
- E vos livrarei de todas vossas imundícias; e chamarei ao trigo, e o multiplicarei, e não vos imporei fome.
- E multiplicarei o fruto das árvores, e a novidade do campo; para que nunca mais recebais o opróbrio da fome entre as gentes.
- Então vos lembrareis de vossos maus caminhos, e de vossos tratos que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos por causa de vossas maldades, e de vossas abominações.
- Não por vós outros eu o faço, diz o Senhor Deus; que isso notório vos seja. Envergonhai-vos, pois, e confundi-vos por causa de vossos caminhos, ó casa de Israel.
- Assim diz o Senhor Deus: No dia em que eu vos purificar de todas vossas maldades; então farei habitadas as cidades, e as solidões se edificarão.
- E a terra assolada se lavrará, em lugar de ser assolada perante os olhos de todos os que passavam.
- E dirão: Esta terra, outrora assolada, ficou como o jardim do Éden! E as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, já estão fortalecidas e habitadas!
- Então saberão as gentes que restarem ao redor de vós outros, que eu, o Senhor, reedifico as cidades destruídas, e replanto o que foi assolado. Eu, o Senhor, o falei, e farei.
- Assim diz o Senhor Deus: Ainda por isto serei requerido pela casa de Israel, que lhes faça: multiplicá-los-ei de homens como o rebanho de ovelhas.
- Como a santificadas ovelhas, e como as ovelhas de Jerusalém em suas solenidades, assim serão as cidades desertas cheias de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 37
- Esteve sobre mim a mão do Senhor, e o Senhor me tirou em Espírito, e me pôs no meio de um vale; o qual estava cheio de ossos.
- E me fez passar perto deles ao redor. E eis que muitos e muitos havia sobre a face do vale; e eis que estavam sequíssimos.
- E disse-me: Filho do homem, porventura viveriam estes ossos? E disse eu: Senhor Deus, tu o sabes.
- Então me disse: Profetiza sobre estes ossos. E dize-lhes: Ossos secos, ouvi vós a palavra do Senhor!
- Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que eu farei entrar em vós espírito, e vivereis!
- E porei sobre vós nervos, e farei subir sobre vós carne, e estenderei sobre vós pele, e porei em vós espírito, e vivereis; e sabereis que eu sou o Senhor.
- Então profetizei, tal como me fora mandado. E houve um ruído, profetizando eu; e eis que uma comoção se fez, e os ossos se achegaram, cada osso a seu osso.
- E olhei, e eis que sobre eles vinham nervos, e carne subia sobre eles, e estendeu-se sobre eles por cima pele; porém espírito não havia neles.
- E disse-me: Profetiza ao espírito. Profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Desde os quatro ventos vem tu, ó espírito, e sopra sobre estes que foram mortos, e viverão!
- E profetizei tal como me mandara. Então entrou neles o espírito, e viveram, e se puseram sobre seus pés: um grandíssimo exército.
- Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Secaram-se nossos ossos, e pereceu nossa atença, e estamos cortados!
- Pelo que profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu abrirei vossas sepulturas, e vos farei subir de vossas próprias sepulturas, ó povo meu! E vos trarei à terra de Israel.
- E sabereis que eu sou o Senhor; quando eu abrir vossas sepulturas, e vos fizer subir de vossas próprias sepulturas, ó povo meu!
- E darei meu Espírito em vós, e vivereis, e vos estabelecerei em vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei, e o fiz, diz o Senhor.
- E veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Tu pois, ó filho do homem, toma para ti um pedaço de pau, e escreve nele: a Judá, e aos filhos de Israel, seus companheiros. E toma para ti outro pedaço de pau, e escreve nele: a José, a vara de Efraim, e de toda a casa de Israel, seus companheiros.
- E faze-os achegar um ao outro, de modo que sejam para ti um só pedaço de pau; e serão como um só em tua mão.
- E quando te falarem os filhos de teu povo, dizendo: Porventura, não nos declararás que é que te significam estas coisas?
- Então lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei o pedaço de pau de José, que esteve na mão de Efraim, e das tribos de Israel, seus companheiros. E os ajuntarei com ele, isto é, com o pedaço de pau de Judá, e os farei como um só pedaço de pau; e serão como um só em minha mão.
- E estarão os pedaços de pau, sobre os quais houveres escrito, em tua mão, perante seus olhos.
- Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei aos filhos de Israel dentre as gentes para onde se foram. E ajuntá-los-ei dos arredores, e os levarei à sua terra.
- E farei deles uma só gente na terra, nos montes de Israel, e todos eles terão um só rei por seu rei; e nunca mais serão duas gentes, e nunca mais, daqui por diante, se dividirão em dois reinos.
- E nunca mais se contaminarão com seus deuses de esterco, nem com suas abominações, nem com todas suas prevaricações. E os livrarei de todas suas habitações em que pecaram, e os purificarei; assim me serão por povo, e eu lhes serei por Deus.
- E meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um mesmo pastor; e em meus direitos andarão, e meus estatutos guardarão, e os farão.
- E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais. E habitarão nela eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
- E farei com eles concerto de paz: concerto perpétuo será com eles. E ali os porei, e os multiplicarei, e porei meu santuário no meio deles, para sempre.
- E estará meu tabernáculo com eles, e ser-lhes-ei por Deus; e eles me serão por povo.
- E saberão as gentes que eu sou o Senhor, que santifico a Israel; quando estiver meu santuário no meio deles, para sempre.
Capítulo 38
- Veio mais a palavra do Senhor a mim, dizendo:
- Filho do homem, endireita tua face contra Gogue, terra de Magogue, príncipe-mor de Meseque e Tubal; e profetiza contra ele.
- E dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo contigo hei de tratar, ó Gogue, príncipe-mor de Meseque e de Tubal.
- E te farei tornar, e te porei anzóis nas queixadas; e te levarei a ti com todo teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos esplendidamente, uma congregação grandiosa, com escudo e broquel, dos quais todos manejam a espada.
- Persas, etíopes e líbios com eles: todos eles com escudo e capacete.
- Gomer e todas suas tropas, a casa de Togarma, ao norte, e todas suas tropas: muitos povos contigo.
- Prepara-te, e apronta-te, tu e todas tuas congregações, que se ajuntaram a ti; e serve-lhes de guarda.
- Depois de muitos dias serás visitado, no fim dos anos virás à terra que se retirou da espada, e foi ajuntada dentre muitos povos aos montes de Israel, que sempre serviram de assolação. Mas aquela terra dentre os povos foi tirada, e todos eles habitarão seguramente.
- Então subirás, como tempestuosa assolação virás, como nuvem serás para encobrir a terra: tu e todas tuas tropas, e muitos povos contigo.
- Assim diz o Senhor Deus: E será naquele dia que subirão conselhos em teu coração, e pensarás um pensamento mau.
- E dirás: Subirei contra a terra das aldeias, irei contra os que estão em repouso, os quais habitam seguros. Todos eles habitam sem muro, e não têm ferrolho nem portas.
- Para despojar despojo, e para saquear saque. Para voltar tua mão contra as terras desertas, que agora se habitam; e contra o povo que se ajuntou dentre as gentes, e já tem gado e posses, que habita no meio da terra.
- Sebá, e Dedã, e os mercadores de Társis, e todos seus filhos de leões, te dirão: Porventura, tu vens para despojar despojo? Ou para saquear saque, ajuntaste teu ajuntamento!? Para levar prata e ouro? Para tomar gado e posses? Para despojar grande despojo?
- Portanto profetiza, ó filho do homem, e dize a Gogue: Assim diz o Senhor Deus: Porventura não o experimentarás naquele dia, quando habitar meu povo Israel seguramente?
- Virás, pois, de teu lugar, dos lados do norte, tu e muitos povos contigo; todos esses que andam a cavalo, grande ajuntamento, e muito exército.
- E subirás contra meu povo Israel como nuvem, para encobrir a terra. No fim dos dias, tal será; então te trarei contra minha terra, para que me conheçam as gentes, quando me houver santificado em ti perante seus olhos, ó Gogue.
- Assim diz o Senhor Deus: Porventura não és tu aquele de quem eu disse nos dias passados, pelo ministério de meus servos, os profetas de Israel, os quais naqueles dias profetizaram tantos anos; que eu te traria contra eles?
- Será porém naquele dia, no dia em que vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor Deus; que subirá minha indignação a minhas narinas.
- Porque em meu zelo, no fogo de meu furor, eu falei: falei que naquele dia haverá grande tremor sobre a terra de Israel.
- De tal maneira que tremerão de diante de minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que rastejam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e derribar-se-ão os montes, e cairão os precipícios, e cairão todos os muros por terra.
- Porém chamarei sobre ele, em todos meus montes, a espada, diz o Senhor Deus: a espada de cada um, contra seu próprio irmão será.
- E contenderei com ele com peste e com sangue; e uma grande pancada de chuva, e grandes pedras de saraivada, fogo e enxofre, farei chover sobre ele, e sobre suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele.
- Assim engrandecer-me-ei, e santificar-me-ei, e serei conhecido perante os olhos de muitas gentes; e saberão que eu sou o Senhor.
Capítulo 39
- Tu pois, ó filho do homem, profetiza ainda contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo contigo hei de tratar, ó Gogue, príncipe-mor de Meseque e de Tubal.
- E te farei tornar, e te porei seis anzóis, e te farei subir desde os lados do norte; e te trarei aos montes de Israel.
- E tirarei teu arco de tua mão esquerda; e tuas flechas de tua mão direita, farei cair.
- Nos montes de Israel cairás, tu e todas tuas tropas, e os povos que estiverem contigo: às aves de rapina, às aves de toda sorte de asas, e aos animais do campo, te dei por mantimento.
- Sobre a face do campo cairás; porque eu o falei, diz o Senhor Deus.
- E enviarei fogo em Magogue, e entre os que nas ilhas habitam seguros; e saberão que eu sou o Senhor.
- E meu santo nome farei notório em meio de meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar meu santo nome; e saberão as gentes que eu sou o Senhor, o Santo em Israel.
- Eis que é vindo, e será, diz o Senhor Deus: este é o dia de que tenho falado.
- E sairão os moradores das cidades de Israel, e acenderão um fogo, e queimarão armas, e escudos e broquéis, com arcos e com flechas, e com bastões de mão e com lanças; e acenderão com elas fogo por sete anos.
- E não trarão lenha do campo, nem a cortarão dos bosques; mas com as próprias armas acenderão o fogo. E saquearão aos que os saquearam, e despojarão aos que os despojaram, diz o Senhor Deus.
- E será, naquele dia, que darei a Gogue um lugar de sepultura ali em Israel, isto é, o vale dos que passam ao oriente do mar; e este há de tapar os narizes dos que passarem. E sepultarão ali a Gogue, e a toda sua multidão, e lhe chamarão o Vale da Multidão de Gogue.
- E os enterrará a casa de Israel para purificar a terra, por sete meses.
- Enterrá-los-á, pois, todo o povo da terra, e lhes será por renome: no dia em que eu for glorificado, diz o Senhor Deus.
- E a varões continuamente separarão, os quais passarão pela terra, e também coveiros com esses que passam, para enterrarem aos que foram deixados sobre a face da terra, para a purificarem: ao fim de sete meses, farão escrutínio.
- E passarão os que passam pela terra; e vendo alguém osso algum de homem, levantará junto a ele um sinal. Até que os coveiros o houverem enterrado no Vale da Multidão de Gogue.
- E também o nome da cidade será Hamoná: assim purificarão a terra.
- Tu pois, ó filho do homem – assim diz o Senhor Deus –, dize às aves de toda sorte de asas, e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos e vinde, congregai-vos dos arredores a meu sacrifício, o qual eu mesmo sacrifiquei por vós, um sacrifício grandioso nos montes de Israel. E comei carne, e bebei sangue!
- Carne de heróis comereis, e sangue dos príncipes da terra bebereis; de carneiros, de cordeiros, e de bodes, e de bezerros, todos esses cevados de Basã.
- E comereis gordura até vos fartardes, e bebereis sangue até vos embebedardes: do meu sacrifício, o qual sacrifiquei por vós.
- E vos fartareis à minha mesa de cavalos e de carruagens, de heróis e de todos homens de guerra – diz o Senhor Deus.
- E porei minha glória entre as gentes; e verão todas as gentes meu juízo, que fiz, e minha mão, que pus nelas.
- E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor, seu Deus: saberão desde aquele dia em diante.
- E saberão as gentes que, por sua própria maldade, foram levados em cativeiro os da casa de Israel, porquanto se rebelarão contra mim, e eu escondi minha face deles; e os entreguei na mão de seus adversários, e caíram à espada todos.
- Conforme à sua imundícia, e conforme a suas prevaricações, procedi para com eles; e escondi minha face deles.
- Pelo que assim diz o Senhor Deus: Agora tornarei a trazer aos presos de Jacó, e me apiedarei de toda a casa de Israel. E zelarei por meu santo nome.
- Quando houverem levado sobre si sua vergonha, e toda sua rebeldia com que se rebelaram contra mim; habitando eles em sua terra seguros, e não havendo ninguém que os espantasse.
- Quando eu os tornar a trazer dentre os povos, e os houver ajuntado das terras de seus inimigos; e eu for santificado neles perante os olhos de muitas gentes;
- Então saberão que eu sou o Senhor, seu Deus; porquanto os fiz levar em cativeiro entre as gentes, e os tornei a ajuntar em sua própria terra. E nenhum deles deixei mais lá.
- Nem esconderei mais minha face deles; quando eu houver derramado meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus.
Capítulo 40
- Aos vinte e cinco anos de nossa deportação em cativeiro, no princípio do ano, aos dez do mês, aos catorze anos desde que fora ferida a cidade; naquele mesmo dia, veio sobre mim a mão do Senhor, e me levou para lá.
- Em visões de Deus, me levou à terra de Israel; e me pôs sobre um monte mui alto, e havia sobre ele algo como um edifício de uma cidade, para os lados do sul.
- E havendo-me levado ali, eis um varão cuja aparência era como aparência de bronze; e tinha um cordel de linho em sua mão, e uma cana de medição. E ele estava em pé, junto à porta.
- E aquele varão me falou: Filho do homem, olha com teus próprios olhos, e com teus ouvidos ouve, e põe teu coração em tudo quanto eu te fizer ver; porque para to fazer ver, és trazido aqui. Anuncia, pois, tudo quanto tu vires à casa de Israel.
- E eis uma muralha fora da casa, em derredor. E na mão do varão, um cana de medição de seis côvados, cada côvado de um côvado e um palmo; e mediu a largura do edifício, de uma cana, e a altura, de outra cana.
- Então veio à porta cuja face estava para o caminho do oriente, e subiu por seus degraus; e mediu o umbral da porta, de uma cana de largura, e o outro umbral, de outra cana de largura.
- E cada camarinha era de uma cana de comprimento, e de outra cana de largura, e entre as camarinhas eram cinco côvados; e o umbral da porta, junto ao alpendre da porta interior, era de uma cana.
- Também mediu o alpendre da porta interior que era de uma cana.
- Então mediu o exterior alpendre da porta de oito côvados, e seus pilares, de dois côvados; e o alpendre da porta interior.
- E as camarinhas da porta do caminho para o oriente – três deste e três do outro lado – eram de uma mesma medida elas três. Também os pilares, deste e do outro lado, tinham uma mesma medida.
- Mediu mais a largura da entrada da porta, de dez côvados; e o comprimento da porta, de treze côvados.
- E o espaço de diante das camarinhas era de um côvado de um lado, e de outro côvado o espaço do outro lado; e cada camarinha tinha seis côvados de um e seis côvados do outro lado.
- Então mediu a porta desde o telhado de uma camarinha até o telhado da outra, da largura de vinte e cinco côvados: porta contra porta.
- Também fez pilares de sessenta côvados: para o pilar do pátio ao redor da porta.
- E desde a dianteira da porta da entrada até a dianteira do alpendre da porta interior, havia cinquenta côvados.
- Havia também janelas de fechar nas camarinhas, e em seus pilares interiores ao redor da porta, assim também nos alpendres; e as janelas estavam por dentro ao redor, e nos pilares havia palmeiras.
- E levou-me ao pátio exterior, e eis que havia nele câmaras e um assoalho que estava feito no pátio em derredor: trinta câmaras havia naquele assoalho.
- E o assoalho do lado das portas estava perante o comprimento das portas: o assoalho estava debaixo.
- E mediu a largura, da dianteira da porta debaixo até a dianteira do pátio interior, por de fora, de cem côvados: dos lados do oriente e do norte.
- E no tocante à porta cuja face estava para o caminho do norte no pátio exterior, mediu seu comprimento e sua largura.
- E suas camarinhas, três de um lado e três do outro, e seus pilares, e seus alpendres, eram da medida da primeira porta: de cinquenta côvados era seu comprimento, e a largura de vinte e cinco côvados.
- E suas janelas, e seus alpendres, e suas palmeiras, eram todos da medida da porta cuja face estava para o caminho do oriente; e por sete degraus subiam a ela, e seus alpendres estavam diante deles.
- E estava a porta do pátio interior em frente à porta do norte e do oriente; e mediu de porta a porta, cem côvados.
- Então levou-me ao caminho do sul; e eis que havia uma porta para o caminho do sul. E mediu seus pilares e seus alpendres, conforme a estas mesmas medidas.
- Também havia janelas, e seus alpendres ao redor, como estas janelas: de cinquenta côvados era o comprimento, e a largura de vinte e cinco côvados.
- E de sete degraus eram suas subidas, e seus alpendres estavam diante deles; e tinha palmeiras, uma de um lado e outra do outro lado, em seus pilares.
- Também uma porta havia no pátio interior, para o caminho do sul. E mediu de porta a porta, para o caminho do sul, cem côvados.
- Então levou-me ao pátio interior pela porta do sul, e mediu a porta do sul conforme a estas medidas.
- E suas camarinhas, e seus pilares, e seus alpendres, eram todos conforme estas medidas; e janelas tinha ela e seus alpendres em redor. De cinquenta côvados era o comprimento, e a largura de vinte e cinco côvados.
- E alpendres havia ao seu redor; o comprimento era de vinte e cinco côvados, e a largura de cinco côvados.
- E seus alpendres estavam no pátio exterior, e em seus pilares tinham palmeiras; e de oito degraus eram suas subidas.
- Depois levou-me ao pátio interior, para o caminho do oriente; e mediu a porta conforme a estas medidas.
- Como também suas camarinhas, e seus pilares, e seus alpendres, conforme a estas medidas, e tinha ela janelas e seus alpendres em redor: o comprimento, de cinquenta côvados, e a largura, de vinte e cinco côvados.
- E seus alpendres estavam no pátio exterior; também havia palmeiras em seus pilares, de um e de outro lado. E de oito degraus eram suas subidas.
- Então levou-me à porta do norte; e mediu conforme a estas medidas:
- Suas camarinhas, seus pilares e seus alpendres, e também janelas tinha em redor: o comprimento era de cinquenta côvados, e a largura de vinte e cinco côvados.
- E seus pilares estavam no pátio exterior, e palmeiras em seus pilares, de um e de outro lado; e de oito degraus eram suas subidas.
- E sua câmara e sua porta estavam junto aos pilares das portas, lá onde lavavam o holocausto.
- E no alpendre da porta estavam duas mesas de um lado, e outras duas mesas do outro; e isso para degolar nelas o holocausto, e o sacrifício pelo pecado, e pela culpa.
- Também do lado de fora da subida para a entrada da porta do norte havia duas mesas; e de um lado, que estava no alpendre da porta, havia outras duas mesas.
- Quanto mesas de um, e quatro mesas de outro lado, para os lados da porta: oito mesas, sobre as quais degolavam.
- E as quatro mesas para o holocausto eram de pedras lavradas, do comprimento de um côvado e meio, e da largura de um côvado e meio, e da altura de um côvado; e sobre elas os instrumentos se punham, com que degolavam o holocausto e o sacrifício.
- E as pedras do lar eram de um palmo de grossura, bem ordenadas na casa ao redor; e sobre as mesas, a carne da oferta.
- E de fora da porta de dentro, estavam as câmaras do cantores, no pátio interior, que ficava do lado da porta do norte, e sua face para o caminho do oriente: uma estava para o lado da porta do oriente, cuja face estava para o caminho do norte.
- E falou-me: Esta câmara cuja face está para o caminho do sul, é para os sacerdotes que têm a guarda do templo.
- Mas a câmara cuja face está para o caminho do norte, esta é para os sacerdotes que têm a guarda do altar: estes são os filhos de Zadoque, os quais se achegam, dentre os filhos de Levi, ao Senhor, para o servir.
- E mediu o pátio: o comprimento de cem côvados, e a largura de cem côvados, isto é, era quadrado. E estava o altar diante do templo.
- Então me levou ao alpendre do templo, e mediu o pilar do alpendre: cinco côvado de um lado, e cinco côvados do outro. E a largura da porta era três côvados de um lado, e três côvados do outro.
- O comprimento do alpendre era de vinte côvados, e a largura de onze côvados; e era com degraus, pelos quais se subia. E colunas havia junto aos pilares, um de um lado, e outro de outro.
Capítulo 41
- Então me levou ao templo. E mediu os pilares: seis côvados de largura de um lado, e seis côvados de largura do outro, que é a largura da tenda.
- E a largura da entrada, de dez côvados; e os lados da entrada, cinco côvados de um lado, e cinco côvados do outro. Também mediu seu comprimento, de quarenta côvados, e a largura de vinte côvados.
- E entrou lá dentro, e mediu o pilar da entrada, de dois côvados; e a entrada de seis côvados, e a largura da entrada de sete côvados.
- Também mediu seu comprimento de vinte côvados, e a largura de vinte côvados, diante do templo. E disse-me: Esta é a santidade das santidades.
- E mediu a parede do templo, de seis côvados; e a largura das câmaras colaterais, de quatro côvados em torno do templo, ao redor.
- E as câmaras colaterais, câmara sobre câmara, entram trinta e três por ordem; e entravam na parede acessória ao templo pelas câmaras colaterais ao redor, para que se estribassem nelas. Porque não estribavam-se na parede do templo.
- E havia maior largura e volta mui alta nas câmaras colaterais, porque o caracol do templo subia mui alto ao redor do templo; pelo que o templo tinha mais largura em cima. E assim da câmara baixa se subia à alta pelo meio.
- E olhei para a altura do templo em redor; e eram os fundamentos das câmaras colaterais da medida de uma inteira cana, e seis côvados, o côvado tomado até a axila.
- A largura da parede das câmaras colaterais de fora era de cinco côvados; e o que foi deixado vazio, era o lugar das câmaras colaterais que estavam junto ao templo.
- E entre as câmaras havia a largura de vinte côvados, em torno do templo, ao seu redor.
- E as entradas das câmaras colaterais saiam ao lugar vazio: uma entrada para o caminho do norte, e outra entrada para o do sul. E era a largura do lugar vazio de cinco côvados ao redor.
- Era também o edifício que estava diante da separação, à esquina do caminho do ocidente, da largura de setenta côvados, e a parede do edifício de cinco côvados de largura, ao redor; e era seu comprimento de noventa côvados.
- E mediu o templo do comprimento de cem côvados; como também a separação, e o edifício, e suas paredes, do comprimento de cem côvados.
- E a largura da dianteira do templo, e da separação ao oriente, era de cem côvados.
- Também mediu o comprimento do edifício, diante da separação, que estava por trás dele; e suas galerias, de um e de outro lado, eram de cem côvados. Com o templo interior, e os alpendres do pátio.
- Os umbrais e as janelas estreitas, e as galerias ao redor dos três, perante o umbral, estavam cobertas de madeira ao redor; e isto desde a terra até as janelas, e as janelas estavam cobertas.
- Até o que havia por cima da porta, e até o templo de dentro e de fora, e até toda a parede ao redor por dentro e por fora, tudo por medida.
- E se fez com querubins e palmeiras; de maneira que cada palmeira estava entre um querubim e outro querubim, e cada querubim tinha dois rostos:
- Um rosto de homem para a palmeira de um lado, e um rosto de filho de leão para a palmeira do outro: assim se fez por toda a casa em redor.
- Desde a terra, até por cima da entrada, estavam feitos os querubins e as palmeiras; como também pela parede do templo.
- As umbreiras do templo eram quadradas; e no tocante à dianteira do santuário, era a feição de uma como a feição da outra.
- O altar, de madeira: três côvados de altura, e seu comprimento de dois côvados, e tinha suas esquinas; e seu comprimento, e suas paredes, também de madeira. E ele me falou: Esta é a mesa que está perante o Senhor.
- E o templo e o santuário, tinham ambos duas portas.
- E havia duas portas para as portas: duas portas que se podiam virar, isto é, duas para uma porta, e duas portas para a outra.
- E havia feitos nelas, isto é, nas portas do templo, querubins e palmeiras, como estavam feitos nas paredes; e havia uma viga grossa de madeira na dianteira do alpendre, por de fora.
- E havia janelas estreitas e palmeiras, de um e de outro lado, pelas lados do alpendre; como também nas câmaras do templo, e nas grossas vigas.
Capítulo 42
- Depois disso, me fez sair ao pátio exterior, para os lados do caminho do norte; e me levou às câmaras que estavam em frente ao lugar vazio, e que estavam em frente ao edifício, ao norte.
- Em frente ao comprimento, de cem côvados, era a entrada do norte; e a largura era de cinquenta côvados.
- Em frente aos vinte côvados que tinha o pátio interior, e em frente ao assoalho que tinha o pátio exterior; havia galeria contra galeria, em três andaimes.
- E diante das câmaras havia um passeio de dez côvados de largura do lado de dentro, e um caminho de um côvado; e suas entradas dos lados do norte.
- E as câmaras de cima eram mais estreitas; porquanto as galerias eram mais altas que aquelas, isto é, que as debaixo, e que as do meio do edifício.
- Porque eram elas sim de três andaimes, porém não tinham colunas como as colunas dos pátios; por isso, estavam mais retraídas do que as debaixo e as do meio, desde a terra.
- E o muro que estava por de fora, frente às câmaras, era para o caminho do pátio exterior, por diante da câmaras; era do comprimento de cinquenta côvados.
- Porque o comprimento das câmaras que tinha o pátio exterior, era de cinquenta côvados; e eis que, em frente ao templo, havia cem côvados.
- E debaixo destas câmaras; sim, ali estava a entrada do oriente, quando se entra nelas desde o pátio exterior.
- Na largura do muro do pátio para o caminho do oriente, diante do lugar vazio, e diante do edifício, havia também câmaras.
- E o caminho de diante delas era da feição das câmaras que estavam para o caminho do norte: conforme ao seu comprimento, assim era sua largura. E todas suas saídas eram também conforme a suas feições, e conforme a suas entradas.
- E conforme às entradas das câmaras que estavam para o caminho do sul, havia também uma entrada no princípio do caminho; isto é, o caminho de diante do formoso muro, para o caminho do oriente, quando se entra por elas.
- Então ele me disse: As câmaras do norte e as câmaras do sul, que estão diante do lugar vazio, elas são câmaras santas, em que comerão os sacerdotes, que se achegam ao Senhor, as coisas mais santas. Ali porão as coisas mais santas, e as ofertas de comer, e a expiação pelo pecado, e a que é pela culpa; porquanto o lugar é santo.
- Quando os sacerdotes entrarem, não sairão do santuário para o pátio exterior; mas ali porão suas vestes com que ministraram, porque eles são santidade. Vestir-se-ão de outras vestes, e assim se chegarão ao que toca ao povo.
- E acabando ele de medir o templo de dentro, tirou-me pelo caminho da porta cuja face está para o caminho do oriente; e mediu-a ao redor.
- Mediu o lado oriental com a cana de medição: quinhentas canas, com a cana de medição ao redor.
- Mediu o lado do norte: quinhentas canas, com a cana de medição ao redor.
- O lado do sul, ele também mediu: quinhentas canas com a cana de medição.
- Rodeou o lado do ocidente, e mediu quinhentas canas com a cana de medição.
- Dos quatro lados, ele a mediu; e tinha um muro ao redor, do comprimento de quinhentas canas, e da largura de quinhentas também. E isso para fazer diferença entre o santo e o profano.
Capítulo 43
- Então me levou à porta: à porta que olha para o caminho do oriente.
- E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e era sua voz como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa de sua glória.
- E a aparência do que vi era como a aparência, sim, como a aparência que já havia visto quando vim para destruir a cidade; e eram as aparências da visão como a aparência que vi junto ao rio de Quebar. E caí sobre meu rosto.
- E a glória do Senhor entrou no templo, pelo caminho da porta cuja face está para o caminho do oriente.
- E levantou-me o Espírito, e levou-me ao pátio interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.
- E ouvi a um, que falava comigo desde o templo; e um varão estava em pé junto a mim.
- E disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei em meio dos filhos de Israel para sempre. E não contaminarão mais os da casa de Israel meu nome santo: nem eles, nem seus reis, com suas fornicações, e com os cadáveres de seus reis em seus altos.
- Quando punham seu umbral junto a meu umbral, e sua umbreira junto a minha umbreira, e havia uma parede entre mim e eles. E contaminaram meu santo nome com suas abominações que faziam; pelo que os consumi em minha ira.
- Agora lançarão longe de mim sua fornicação, e os cadáveres de seus reis; e habitarei em meio deles para sempre.
- Tu pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel esta casa, para que se envergonhem de suas maldades; e meçam o modelo dela.
- E envergonhando-se eles de tudo quanto fizeram, faze-lhes saber a forma desta casa e sua estatura, e suas saídas e suas entradas, e todas suas formas e todos seus estatutos, sim, todas suas formas e todas suas leis; e escreve-o perante seus olhos. Para que guardem toda sua forma, e todos seus estatutos, e os façam.
- Esta é a lei desta casa. Sobre o cume do monte estará, e todo seu contorno ao redor será santidade de santidades: eis que esta é a lei desta casa.
- E estas são as medidas do altar, conforme aos côvados, tomado o côvado a um côvado e um palmo. E o centro, de um côvado de altura, e um côvado de largura; e seu contorno de sua borda ao redor, de um palmo; e esta é a costa do altar.
- E do centro de sobre a terra, até a listra de baixo, dois côvados; e de largura, um côvado. E desde a pequena listra, até a listra grande, quatro côvados; e a largura de um côvado.
- E o Harel, de quatro côvados; e desde o Ariel e até em cima, havia quatro chifres.
- E o Ariel tinha doze côvados de comprimento, e doze de largura; e era quadrado, em seus quatro quadrados.
- E a listra, de catorze côvados em comprimento, e de catorze em largura, em seus quatro quadrados; e o contorno ao redor dela era de meio côvado, e o centro dela de um côvado ao redor, e seus degraus olhavam para o oriente.
- E disse-me: Filho do homem, assim diz o Senhor Deus: Estes são os estatutos do altar, no dia em que o farão. Para oferecer sobre ele holocausto, e para espargir sobre ele sangue.
- E darás isto aos sacerdotes levitas, que são da semente de Zadoque, os quais se achegam a mim – diz o Senhor Deus –, para me servirem: um bezerro, filho de vaca, para expiação pelo pecado.
- E tomarás de seu sangue, e o porás em seus quatro chifres, e nas quatro esquinas da listra, e no contorno ao redor: assim o limparás, e o expiarás.
- Então tomarás o bezerra da expiação pelo pecado; e o queimarão no lugar da casa para isso ordenado, fora do santuário.
- E ao segundo dia, oferecerás um bode das cabras inteiro em expiação pelo pecado; e expiarão o altar, como o expiaram com o bezerro.
- E acabando tu de expiar, oferecerás um bezerro filho de vaca inteiro e um carneiro inteiro do rebanho.
- E os oferecerás perante a face do Senhor; e deitarão os sacerdotes sobre eles sal, e os oferecerão por holocausto ao Senhor.
- Por sete dias, prepararás um bode de expiação a cada dia. Também um bezerro, filho de vaca, e um carneiro do rebanho, inteiros, prepararão.
- Por sete dias, expiarão o altar, e o purificarão; e encherão suas mãos.
- E acabando eles estes dias; então será ao oitavo dia, e dali em diante é que prepararão os sacerdotes sobre o altar vossos holocaustos, e vossos sacrifícios gratíficos, e terei contentamento em vós, diz o Senhor Deus.
Capítulo 44
- Então me fez tornar ao caminho da porta do santuário de fora, que olha para o oriente; a qual estava fechada.
- E disse-me o Senhor: Esta porta, fechada estará; não se abrirá, nem ninguém entrará por ela, porquanto o Senhor, Deus de Israel, entrou por ela. Pelo que estará fechada.
- O príncipe, sim, o príncipe mesmo, ele se assentará nela, para comer pão perante a face do Senhor: pelo caminho do alpendre da porta entrará, e pelo caminho dele sairá.
- Depois me levou pelo caminho da porta do norte, diante da casa; e eis que enchera a glória do Senhor a Casa do Senhor. Então caí sobre meu rosto.
- E disse-me o Senhor: Filho do homem, põe teu coração, e olha com teus olhos, e com teus ouvidos ouve, tudo quanto eu falar contigo, acerca de todos os estatutos da Casa do Senhor, e de todas suas leis. E põe teu coração junto à entrada da casa, com todas as saídas do santuário.
- E dize aos rebeldes, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Bastem-vos todas vossas abominações, ó casa de Israel!
- Porquanto trouxestes à minha casa estranhos, incircuncisos de coração, e incircuncisos de carne, para estarem em meu santuário, e para o profanarem em minha casa. Quando ofereceis meu pão, a gordura e o sangue; e eles meu concerto invalidaram, por todas vossas abominações.
- E não guardastes a guarda de minhas coisas sagradas; antes, vós outros pusestes para vós guardas de minha guarda, em meu santuário.
- Assim diz o Senhor Deus: Nenhum estranho, incircunciso de coração nem incircunciso de carne, entrará em meu santuário. E isso de estranho algum que estiver entre os filhos de Israel.
- Mas os levitas, que se desviaram para longe de mim quando Israel andava errante, os quais também andavam errantes, de mim desviados após seus deuses de esterco; sim, eles levarão sobre si sua maldade.
- Contudo, serão em meu santuário ministros, nos ofícios das portas da casa, e servirão a casa: eles degolarão o holocausto e o sacrifício para o povo, e eles estarão perante eles, para os servir.
- Porquanto os serviram perante a face de seus deuses de esterco; e foram para a casa de Israel por tropeço de maldade. Pelo que levantei minha mão contra eles, diz o Senhor Deus, que levarão sobre si sua maldade.
- E não se chegarão a mim para me servirem no sacerdócio, nem para se achegarem a nenhuma de todas minhas coisas sagradas, às santidades de santidades. Mas levarão sobre si sua vergonha, e suas abominações que fizeram.
- Portanto, eu os porei por guardas da guarda da casa: em todo seu serviço, e em tudo quanto se houver de fazer nela.
- Mas os sacerdotes levíticos, os filhos de Zadoque, que guardaram a guarda de meu santuário, quando andavam errantes os filhos de Israel longe de mim, eles se chegarão a mim, para me servir; e estarão perante minha face, para me oferecer a gordura e o sangue, diz o Senhor Deus.
- Eles entrarão em meu santuário, e eles se chegarão à minha mesa, para me servir; e guardarão minha guarda.
- E será, quando entrarem nas portas do pátio interior, que de vestes de linho se vestirão; e não subirá lã sobre eles, quando servirem nas portas do pátio interior, e ainda mais adentro.
- Coifas de linho estarão sobre suas cabeças, e ceroulas de linho estarão sobre seus lombos: não se cingirão no suor.
- E saindo eles ao pátio exterior, isto é, ao pátio exterior ao povo, despirão suas vestes com as quais eles ministraram, e as depositarão nas santas câmaras; e se vestirão de outras vestes, para que não santifiquem ao povo com suas vestes.
- E sua cabeça não raparão, nem as guedelhas deixarão crescer; antes, como convém tosquiarão suas cabeças.
- E nenhum sacerdote beberá vinho, quando entrarem no pátio interior.
- Nem viúva nem repudiada se tomarão por mulheres; mas virgens da semente da casa de Israel, ou viúva que era viúva de sacerdote, tomarão.
- E a meu povo ensinarão a diferença entre o santo e o profano; e a diferença entre o impuro e o puro, lhes farão saber.
- E sobre o pleito, eles assistirão a ele para o julgar, e por meus juízos o julgarão. E minhas leis e meus estatutos, em todas minhas celebrações, guardarão; e meus sábados santificarão.
- E nenhum deles junto a homem morto entrará, para se contaminar; mas por pai ou por mãe, ou por filho ou por filha, ou por irmão ou por irmã que não tiver marido, poder-se-ão contaminar.
- E depois de sua purificação, sete dias lhes contarão.
- E no dia em que ele entrar no lugar santo, no pátio interior, para ministrar no lugar santo, oferecerá sua expiação pelo pecado – diz o Senhor Deus.
- E isto lhes será por herança: eu sei sua herança. Pelo que não lhes dareis possessão em Israel: eu sou sua possessão.
- A oferta de manjares, e o sacrifício pelo pecado, e o que for pela culpa, eles comerão; e toda coisa consagrada em Israel, será sua.
- E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda oferta de tudo, de todas vossas ofertas, serão dos sacerdotes. Também as primícias de vossas massas, dareis ao sacerdote; para que faça repousar a bênção em tua casa.
- Nenhuma coisa morta de si mesma, nem arrebatada de aves e de bestas, os sacerdotes comerão.
Capítulo 45
- Quando, pois, repartirdes por sorteios a terra em herança, oferecereis uma oferta ao Senhor, para ser lugar santo da terra: o comprimento será o comprimento de vinte e cinco mil canas, e a largura de dez mil. Este será santo em todo seu contorno ao redor.
- Disso tudo serão, para o santuário, quinhentas com mais quinhentas, em quadrado, ao redor; e cinquenta côvados para arrabalde terá ao redor.
- E desta medida medirás o comprimento de vinte e cinco mil côvados, e a largura de dez mil; e ali estará o santuário e o lugar santíssimo.
- Este será o lugar santo da terra: será para os sacerdotes que administram o santuário, e se achegam para servir ao Senhor. E lhes servirá de lugar para casas, e de lugar santo para o santuário.
- E do comprimento de vinte, e cinco mil e de dez mil de largura; assim terão os levitas, ministros da casa, por sua possessão, para vinte câmaras.
- E para possessão da cidade, da largura dareis cinco mil canas, e do comprimento vinte e cinco mil, perante a oferta santa; o que para toda a casa de Israel será.
- O príncipe, porém, terá sua parte deste e do outro lado da santa oferta, e da possessão da cidade, diante da santa oferta, e diante da possessão da cidade, da esquina ocidental para o ocidente, e da esquina oriental para o oriente; e será o comprimento, na frente de uma das partes, desde o termo ocidental até o termo oriental.
- E esta terra será sua possessão em Israel. E nunca mais oprimirão meus príncipes ao meu povo; antes, a terra deixarão à casa de Israel, conforme a suas tribos.
- Assim diz o Senhor Deus: Baste-vos já, ó príncipes de Israel; a violência e a assolação deixai, e juízo e justiça fazei. Tirai vossas imposições de meu povo, diz o Senhor Deus.
- Balanças justas e justo efa, e justo bato tereis.
- O efa e o bato, de uma mesma medida serão; de maneira que o bato contenha a décima parte de um ômer. E o efa, a décima parte de um ômer: conforme ao ômer será sua medida.
- E o siclo será de vinte geras; vinte siclos, vinte e cinco siclos, e quinze siclos, de um arrátel vos servirão.
- Esta será a oferta que haveis de oferecer: a sexta parte de um efa de ômer de trigo, e também dareis a sexta parte de um efa de ômer de cevada.
- No tocante ao estatuto do azeite, de um bato de azeite oferecereis a décima parte de um bato tirado de um coro, que é um ômer de dez batos; porque dez batos perfazem um ômer.
- E uma cordeira do rebanho de duzentas, da mais regada terra de Israel, para oferta de manjares, e para holocausto, e para sacrifício gratífico; para fazer expiação por eles, diz o Senhor Deus.
- Todo o povo da terra estará para esta oferta, pelo príncipe em Israel.
- E o príncipe será obrigado a oferecer holocaustos, e ofertas de manjares, e libações, nas festas, e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel. Ele fará a expiação por pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios gratíficos: para fazer expiação pela casa de Israel.
- Assim diz o Senhor Deus: Ao mês primeiro, ao primeiro dia do mês, tomarás um bezerro, filho de vaca, inteiro. E limparás ao santuário.
- E o sacerdote tomará do sangue do sacrifício pela expiação, e porá dele nas umbreiras da casa, e nas quatro esquinas da listra do altar; e nas umbreiras da porta do pátio interior.
- Assim também farás ao sétimo dia do mês, por causa dos desgarrados, e por causa dos símplices: assim expiareis a casa.
- Ao mês primeiro, aos catorze dias do mês, tereis a Páscoa: festa de sete dias, pão ázimo comer-se-á.
- E preparará o príncipe no mesmo dia por si e por todo o povo da terra, um bezerro de expiação pelo pecado.
- E nos sete dias da festa, preparará holocausto ao Senhor: sete bezerros e sete carneiros inteiros, a cada dia, em todos os sete dias. E sacrifício de expiação de um bode dentre as cabras, a cada dia.
- Também uma oferta de manjares: um efa para cada bezerro e um efa para cada carneiro, preparará. E se azeite, um him para cada efa.
- Ao sétimo mês, aos quinze dias do mês, na festa, fará o mesmo todos os sete dias: como o sacrifício pela expiação, como o holocausto, e como a oferta de manjares, e como o azeite.
Capítulo 46
- Assim diz o Senhor Deus: A porta do pátio interior, que olha para o oriente, estará fechada nos seis dias de trabalhar. Porém no dia de sábado, se abrirá; também ao dia da lua nova, se abrirá.
- E entrará o príncipe pelo caminho do alpendre da porta que está por de fora, e estará em pé junto à umbreira da porta; e os sacerdotes prepararão seu holocausto e seus sacrifícios gratíficos, e ele se prostrará no umbral da porta, e sairá. Porém a porta não se fechará, até a tarde.
- E o povo da terra se prostrará à entrada da mesma porta nos sábados e nas luas novas, perante a face do Senhor.
- E o holocausto que o príncipe há de oferecer ao Senhor será o seguinte: no dia do sábado, seis cordeiros inteiros, e um carneiro inteiro.
- E a oferta de manjares será um efa com cada carneiro; e com cada cordeiro, a oferta de manjares será uma dádiva de sua mão. E de azeite, um him com cada efa.
- Mas no dia da nova lua, será um bezerro, filho de vaca, dos inteiros; e seis cordeiros, e um carneiro, inteiros serão.
- E um efa para o bezerro, e um efa para o carneiro, preparará como oferta de manjares; mas para os cordeiros, conforme o que alcançar sua mão. E de azeite, um him para um efa.
- E quando entrar o príncipe: pelo caminho do alpendre da porta entrará, e pelo mesmo caminho sairá.
- Mas quando vier o povo da terra perante a face do Senhor nas solenidades, aquele que entrar pelo caminho da porta do norte para adorar, sairá pelo caminho da porta do sul; e aquele que entrar pelo caminho da porta do sul, sairá pelo caminho da porta do norte. Não tornará pelo caminho da porta por onde entrou, mas pela que está de frente sairá.
- E o príncipe assim: no meio deles, quando eles entrarem, ele entrará, e saindo eles, juntos sairão.
- E nas festas e nas solenidades será a oferta de manjares: um efa para o bezerro, e um efa para o carneiro; mas para os cordeiros, uma dádiva de sua mão. E de azeite, um him para um efa.
- E quando vier a fizer o príncipe uma oferta voluntária de holocausto, ou de sacrifícios gratíficos, por oferta voluntária ao Senhor; então lhe abrirão a porta que olha para o oriente, e fará seu holocausto e seus sacrifícios gratíficos, como houver feito no dia do sábado. E sairá, e se fechará a porta depois que ele sair.
- E um cordeiro inteiro, de um ano, prepararás em holocausto a cada dia ao Senhor: todas as manhãs o prepararás.
- E por oferta de manjares farás juntamente com ele, todas as manhãs, a sexta parte de um efa, e de azeite a terça parte de um him, para sovar a flor de farinha: por oferta de manjares para o Senhor, por estatutos perpétuos e contínuos.
- Assim prepararão o cordeiro, e a oferta de manjares, e o azeite, todas as manhãs: por contínuo holocausto.
- Assim diz o Senhor Deus: Quando houver de dar o príncipe um presente de sua herança a algum de seus filhos, isto será para seus filhos. Possessão deles será por herança.
- Porém, dando ele um presente de sua herança a algum de seus servos, será dele até o ano de liberdade; então tornará ao príncipe. Contudo, sua herança será por seus filhos; sim, por eles será.
- E não tomará o príncipe nada da herança do povo, para os defraudar daquilo que é possessão deles: de sua própria posse deixará herança a seus filhos. Para que não seja disperso meu povo, cada qual de sua possessão.
- Depois disto, me trouxe pela entrada que estava ao lado da porta, às câmaras santas dos sacerdotes, que olhavam para o norte. E eis que ali estava um lugar aos dois lados, ao ocidente.
- E disse-me: Este é o lugar onde hão de cozer os sacerdotes o sacrifício pela culpa, e o que é pelo pecado. E onde cozerão a oferta de manjares, para que não a tragam ao pátio exterior, para santificar ao povo.
- Então me tirou ao pátio exterior, e me fez passar às quatro esquinas do pátio; e eis que, em cada esquina do pátio, havia um outro pátio.
- Nas quatro esquinas do pátio havia outros pátios com chaminés, de quarenta côvados de comprimento, e de trinta de largura: uma mesma medida tinham estas quatro esquinas.
- E um muro havia em torno delas, ao redor das quatro; e havia cozinhas feitas abaixo dos muros, ao redor.
- E disse-me: Estas são as casas dos cozinheiros, onde os ministros da casa cozerão o sacrifício do povo.
Capítulo 47
- Depois disso, me trouxe de volta à entrada da casa; e eis que águas saíam de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa estava para o oriente. E as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do altar.
- E me tirou pelo caminho da porta do norte, e me fez rodear pelo caminho de fora até a porta de fora, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que águas manavam desde o lado direito.
- E saindo aquele varão para o oriente, tinha um cordel de medição em sua mão; e mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas. E as águas chegavam até os tornozelos.
- E mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, e as águas chegavam até os joelhos. E mediu mais mil, e me fez passar, e as águas chegavam até os lombos.
- E mediu mais mil, e era já um ribeiro, pelo qual eu não podia mais passar. Porque as águas estavam altas; sim, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia mais passar.
- E disse-me: Porventura viste isto, ó filho do homem? Então me levou, e me tornou a trazer à margem do ribeiro.
- E tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia muitas e muitas árvores: de um e do outro lado.
- Então me disse: Estas águas saem para a Galiléia oriental, e descem à campina. E entram no mar; e ao mar levadas, serão curadas as águas.
- E será que toda alma vivente que nadar por onde quer que entrarem estes dois ribeiros, viverá, e haverá muitíssimo peixe; porquanto entrarão ali estas águas, e sararão, e viverá tudo, por onde quer que entrar este rio.
- Será também que estarão em pé junto a ele pescadores, desde En-Gedi até En-Eglaim; haverá também lugares para estender as redes. Segundo sua natureza será seu peixe, como o peixe do mar grande, em grandíssima multidão.
- Porém seus charcos e seus lamaceiros não sararão: estarão entregues para sal.
- E junto ao ribeiro subirá, à sua margem, de um e do outro lado, toda sorte de arvoredo para alimento; não cairá sua folha, nem perecerá seu fruto; em seus meses, produzirá novos frutos, porque suas águas, do santuário saem. E servirá seu fruto para alimento, e sua folha para medicina.
- Assim diz o Senhor Deus: Este será o termo conforme ao qual tomareis em herança a terra, segundo as doze tribos de Israel. José terá duas partes.
- E herdá-la-eis, tanto um como o outro, pela qual levantei minha mão, que eu a daria a vossos pais. Assim que cairá esta mesma terra a vós outros em herança.
- E este será o termo da terra: ao norte, desde o mar grande, caminho de Hetlom, por onde se vai a Zedade.
- Hamate, Berotá, Sibraim, que estão entre o termo de Damasco e o termo de Hamate; Hazer-Haticom, que está junto ao termo de Havrã.
- E será o termo desde o mar Hazer-Enom, o termo de Damasco, e o norte que olha para o norte, e o termo de Hamate; e este será o canto do norte.
- E o canto do oriente medireis desde entre Havrã, e desde entre Damasco, e desde entre Gileade, e desde entre a terra de Israel junto ao Jordão, desde o termo até o mar do oriente; e este será o canto do oriente.
- E o canto do sul, dos lados do sul, será desde Tamar até as águas das contendas de Cades, junto ao ribeiro, até o mar grande; e este será o canto do sul, ao sul.
- E o canto do ocidente será o mar grande, desde o termo até que diante de Hamate viemos; este será o canto do ocidente.
- Repartireis, pois, esta terra entre vós, segundo as tribos de Israel.
- Será, porém, que a fareis cair por sorteios em herança a vós, e também aos estrangeiros que peregrinam no meio de vós outros, que geraram filhos no meio de vós outros. E eles vos serão como naturais dentre os filhos de Israel: convosco entrarão em herança no meio das tribos de Israel.
- E será que, na tribo em que peregrinar o estrangeiro; ali lhe dareis sua herança, diz o Senhor Deus.
Capítulo 48
- E estes são os nomes das tribos: desde os confins do norte, dos lados do caminho de Hetlom, vindo para Hamate, Hazar-Enã, o termo de Damasco para o norte, dos lados de Hamate. E terá ela o canto do oriente, e do ocidente; sim, Dã terá uma parte.
- E junto ao termo de Dã, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Aser terá uma parte.
- E junto ao termo de Aser, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Naftali terá uma parte.
- E junto ao termo de Naftali, desde o canto co oriente até o canto do ocidente, Manassés terá uma parte.
- E junto ao termo de Manassés, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Efraim terá uma parte.
- E junto ao termo de Efraim, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Rúben terá uma parte.
- E junto ao termo de Rúben, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Judá terá uma parte.
- E junto ao termo de Judá, desde o canto do oriente até o canto do ocidente; será a oferta que haveis de oferecer, isto é, vinte e cinco mil canas de largura e de comprimento, com uma das demais partes, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, e o santuário estará no meio dela.
- A oferta que haveis de oferecer ao Senhor será assim: do comprimento de vinte e cinco mil canas, e de largura de dez mil.
- E por eles será ali a oferta santa, isto é, pelos sacerdotes, para o norte do comprimento de vinte e cinco mil canas, e para o ocidente da largura de dez mil, e para o oriente da largura de dez mil, e para o sul do comprimento de vinte e cinco mil. E o santuário do Senhor estará no meio dela.
- E será para o sacerdotes santificados dentre os filhos de Zadoque, que guardaram minha guarda; os quais não andaram errantes quando erravam os filhos de Israel, como erraram os outros levitas.
- E lhes será o que for oferecido da oferta da terra santidade de santidades, junto ao termo dos levitas.
- E os levitas terão, diante do termo dos sacerdotes, vinte e cinco mil de comprimento, e de largura dez mil: todo o comprimento será vinte e cinco mil, e a largura dez mil.
- E não venderão disso, nem trocarão nem traspassarão as primícias da terra; porque é santidade ao Senhor.
- Porém as cinco mil, isto é, as que ficaram de largura diante das vinte e cinco mil, ficarão profanas para a cidade, para habitação e arrabalde; e estará a cidade no meio delas.
- E estas serão suas medidas: o canto do norte, de quatro mil e quinhentas canas, e o canto do sul, de quatro mil e quinhentas. E do canto do oriente, quatro mil e cinquentas, e o canto do ocidente, de quatro mil e quinhentas.
- E será o arrabalde para a cidade, ao norte, de duzentas e cinquenta canas; e para o sul, de duzentas e cinquenta. E para o oriente, de duzentas e cinquenta; e para o ocidente, de duzentas e cinquenta.
- E quanto ao que ficou de resto do comprimento em frente à santa oferta, será dez mil para o oriente, e dez mil para o ocidente; e estará em frente à santa oferta. E sua novidade será para sustento dos que servem à cidade.
- E os que servem à cidade, a servirão de todas as tribos de Israel.
- Toda a oferta será de vinte e cinco mil canas, com mais vinte e cinco mil: em quadro oferecereis a santa oferta, com a possessão da cidade.
- E o restante será para o príncipe, deste e do outro lado da santa oferta, e da possessão da cidade, diante das vinte e cinco mil canas da oferta até o canto do oriente e do ocidente, diante das vinte e cinco mil até o termo do ocidente, perante as partes: tal será para o príncipe. E será oferta santa, e o santuário da casa no meio dela.
- E desde a possessão dos levitas, e desde a possessão da cidade, estando no meio do que será para o príncipe; o que está entre o termo de Judá e o termo de Benjamim, será para o príncipe.
- E isto quanto ao restante das tribos: desde o canto do oriente, até o canto do ocidente, Benjamim terá uma parte.
- E junto ao termo de Benjamim, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Simeão terá uma parte.
- E junto ao termo de Simeão, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Issacar terá uma parte.
- E junto ao termo de Issacar, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Zebulom terá uma parte.
- E junto ao termo de Zebulom, desde o canto do oriente até o canto do ocidente, Gade terá uma parte.
- E junto ao termo de Gade, ao canto do sul, dos lados do sul; será o termo desde Tamar até as águas da contenda de Cades, junto ao ribeiro até o mar grande.
- Esta é a terra que repartireis por sorteios em herança, às tribos de Israel: estas são suas partes, diz o Senhor Deus.
- E esta são as saídas da cidade: desde o canto do norte, quatro mil e quinhentas medidas.
- E as portas da cidade hão de ser conforme os nomes das tribos de Israel: três portas para o norte. A porta de Rúben, uma; a porta de Judá, uma; e a porta de Levi; uma.
- E ao canto do oriente, quatro mil e quinhentas medidas, e três portas. A porta de José, uma; a porta de Benjamim, uma; a porta de Dã, uma.
- E ao canto do sul, quatro mil e quinhentas medidas, e três portas. A porta de Simeão, uma; a porta de Issacar, uma; a porta de Zebulom, uma.
- Ao canto do ocidente, quatro mil e quinhentas medidas, e suas três portas. A porta de Gade, uma; a porta de Aser, uma; a porta de Naftali, uma.
- Ao redor, dezoito mil medidas; e o nome da cidade, desde aquele dia, será “o Senhor está ali”.